Textos Dissertativos de Amor
Um sábio me dizia: esta existência,
não vale a angústia de viver. A ciência,
se fôssemos eternos, num transporte
de desespero inventaria a morte.
Uma célula orgânica aparece
no infinito do tempo. E vibra e cresce
e se desdobra e estala num segundo.
Homem, eis o que somos neste mundo.
Assim falou-me o sábio e eu comecei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Um monge me dizia: ó mocidade,
és relâmpago ao pé da eternidade!
Pensa: o tempo anda sempre e não repousa;
esta vida não vale grande coisa.
Uma mulher que chora, um berço a um canto;
o riso, às vezes, quase sempre, um pranto.
Depois o mundo, a luta que intimida,
quadro círios acesos : eis a vida
Isto me disse o monge e eu continuei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Um pobre me dizia: para o pobre
a vida, é o pão e o andrajo vil que o cobre.
Deus, eu não creio nesta fantasia.
Deus me deu fome e sede a cada dia
mas nunca me deu pão, nem me deu água.
Deu-me a vergonha, a infâmia, a mágoa
de andar de porta em porta, esfarrapado.
Deu-me esta vida: um pão envenenado.
Assim falou-me o pobre e eu continuei a ver,
dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Uma mulher me disse: vem comigo!
Fecha os olhos e sonha, meu amigo.
Sonha um lar, uma doce companheira
que queiras muito e que também te queira.
No telhado, um penacho de fumaça.
Cortinas muito brancas na vidraça
Um canário que canta na gaiola.
Que linda a vida lá por dentro rola!
Pela primeira vez eu comecei a ver,
dentro da própria vida, o encanto de viver.
SONETO VII
Ardor em firme coração nascido!
Pranto por belos olhos derramado!
Incêndio em mares de água disfarçado!
Rio de neve em fogo convertido!
Tu, que em um peito abrasas escondido, (*?) Tu, que em ímpeto abrasas escondido,
Tu, que em um rosto corres desatado,
Quando fogo em cristais aprisionado,
Quando cristal em chamas derretido.
Se és fogo como passas brandamente?
Se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai! Que andou Amor em ti prudente.
Pois para temperar a tirania,
Como quis, que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu, parecesse a chama fria.
São delicados e sutis os fios da harmonia. Ao contrário da alegria, do entusiasmo, ela é uma das sensações mais discretas. Sua voz é quase imperceptível, feito outra qualidade de silêncio. Ela não é uma gargalhada, é aquele sorriso por dentro, uma sensação gostosa de estar no lugar certo, na hora adequada. Feito um arco-íris depois da tempestade, sua beleza é adornada pelo equilíbrio dentro do derramamento. É um adestramento dos fantasmas internos. A possibilidade de aprimorar os pensamentos. É quase como não pensar. Simplesmente, sentimos uma ligação profunda com tudo, um denso bem-estar. Como se tivéssemos uma secreta intimidade com o mundo, certa cumplicidade com o tempo. É como se observássemos descompromissados, ela é uma descontração. Como se o coração batesse pelo corpo todo, mas sem extremada euforia. Uma tranqüilidade dilatada no peito, o olhar satisfeito, a mente entendendo que já nem precisa entender o que é prosa ou poesia. E o mundo inteiro cabendo num abraço. E uma firmeza na carícia, a maturidade que perdeu o cansaço, uma confiança que preenche a existência. A harmonia é um contato profundo com a experiência. E o tempo do dia não é mais composto por esperas, ele é vivido. E já não se fala, palavras passeiam pela boca. E já não se escreve, as frases coreografam as paisagens. E já não se ama, o amor vigora em nós. A harmonia tem fios muito delicados e sua trama faz a ligação mais suave entre todas as urgências já sentidas. E o chão do sonho é macio, e tudo parece estar alinhavado, numa ligação sem sufocamentos. E a poesia não deseja mais ser nada, vira o afago de um momento. E nas letras a textura de um veludo, como se ao correr pela página, os olhos pudessem ser acariciados. E você tem todas as coisas sem precisar tomar posse delas. Você ama o amor, não o delírio de estar apaixonado. Sinto a harmonia como uma espécie de fascínio pela vida. É quase uma perda de outros apetites, porque se está tão nutrido pela própria companhia. E a gente tem aquela vontade súbita de andar pela noite: não apenas para olhar as estrelas, mas também para por elas sermos vistos.
Harmonia é como se fôssemos inundados pelo mar onde antes só havia um precipício."
(...)Os grandes relacionamentos que tive foram os que me renderam as melhores metáforas. Que me despertaram uma vontade constante de ser uma pessoa cada vez melhor e mais inteira. Que me deram colo e não conselho e beijo na boca quando o silêncio ainda era a melhor resposta. Algumas dessas pessoas se foram antes que eu pudesse lhes contar uma história bonita e eu chorei feito menina. Outras ficaram até descobrir que uma caixa de quiwís era o melhor presente que eu poderia ganhar no meio de uma tarde triste...Outras, ainda, me cobraram respostas demais e eu só sabia que nunca aprendi a andar de perna de pau porque tenho medo de altura (o que por um lado pode ser também resposta para várias outras coisas). Mas todas essas pessoas me desenvolveram e isso ficou comigo; são minhas porque faziam parte do meu potencial amoroso e elas vieram só pra me conduzir ao melhoramento do meu amor. Hoje o meu grau de exigência aumentou muito porque aprendi que dar amor não é a mesma coisa que dar carência. Por isso fico sozinha pelo tempo que for necessário para ter novamente essa sensação de "encontro". Abandonei um monte de certezas, recuso sem pudor algumas regras e desrespeito várias vezes as placas de aviso de perigo. Me divirto muito ou sofro, mas tenho cada vez mais faisquinhas nos olhos por viver as coisas em sua totalidade, sem recusar experiências e aproveitando diversas possibilidades. O que posso dizer é que existem na vida pessoas sedutoras e seduzíveis por quem nos apaixonaremos "definitivamente" todos os dias e que amaremos "para sempre"... hoje!
Agora, tem um lado muito romântico meu que diz que a "tal pessoa" virá e enroscará uma margaridinha nos meus cabelos cacheados, fazendo pousar no meu rosto o sorriso de um beija-flor... ;-) e plagiará Neruda sussurrando ao pé do ouvido: "Quero fazer com você, o que a Primavera fez com as cerejeiras..."
Minha Mãe
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fronte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.
Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: - Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão, que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu.
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Dize que eu parta, ó mãe, para a saudade.
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.
Gosto de Comunicação e Filosofia. Amo muito os dois. Adoro relacioná-los, estabelecer insights que nenhum outro comunicador ponderou. É um amor visceral que já me custou bons empregos em escolas de comunicação que idolatram técnicos americanos e condenam qualquer tipo de reflexão crítica. Tornar-se um reprodutor acéfalo de discursos vindos de além-mar é o componente indispensável na formação da elite brasileira. Um amor platônico por aquilo que vem do norte do planeta e não do que pode ser feito aqui.
Amor por Filosofia, amor por Comunicação, amor por estrangeiros. Amor, amor e amor. Amar é tudo de bom. Não só por ele mesmo. Mas porque torna tudo mais interessante. Assim, se alguém preferir falar de futebol, de política ou de dinheiro é porque os ama.
Por isso escrevo e falo sobre o assunto. Mas a que afeto corresponde esta palavra tão recorrente?
Amor pode ser desejo. Quando estamos apaixonados. Gostaríamos que a vítima da nossa paixão permanecesse ao nosso lado todo o tempo. Como não dá, pensamos nela sem parar. Amamos o que desejamos, quando desejamos, enquanto desejarmos. E podemos desejar quase tudo. Desde uma pessoa até uma groselha bem gelada. Para desejar, basta não ter. Sempre que desejamos, é porque algo nos falta. Desejamos o que não temos, o que não somos, o que não podemos fazer. Assim, o desejo é sempre pelo que faz falta. E o amor, também.
Claro que você se deu conta das consequências deste entendimento. Ou você ama e deseja o que não tem, ou tem, mas aí, sem desejo, sem amor. Paradoxo platônico da existência. Ora, se a felicidade para você e para mim implica ter o que se quer ter, então, o amor não será feliz nunca. Aragon é poeta. Não há amor feliz para ele. Eu sou professor de Ética na Comunicação, ou seja, um pobre desgraçado na definição afetiva daquele filósofo e do Estado que me paga.
Mas Platão e seus tristes seguidores não têm sempre razão. Porque amor pode ser também alegria. É o que nos propõe Aristóteles, seu mais conhecido aluno. E alegria é diferente de desejo. Porque sempre acontece no encontro, na presença. O mundo alegra quando está bem diante de você. Não é como o objeto do desejo, confinado nos seus devaneios. O amor aristotélico é pelo mundo como ele é. Não pelo mundo como gostaríamos que fosse.
E você, andando na rua, declara sem medo de errar: gostei mais desta mulher do que gosto da minha. Afeto carnal. Inclinação erótica. Tesão. Eu prefiro um amor na alegria pelo que tenho do que no desejo pela mulher de capital estético exuberante e apetecível que me falta. Eu, no seu lugar caro leitor, teria cautela. Porque se seu cônjuge for adepto da mesma concepção, amará sempre o que encontrar. Na mais estrita presença. E aí, de duas uma. Ou você ocupa todos os seus espaços e se torna onipresente para ele, ou ele te amará só de vez em quando. Nos instantes de encontro. No resto do tempo ele amará a secretária, a copeira, o personal, o zelador e o que mais lhe alegrar pelo mundo.
Por isso, é melhor que os dois tenham razão. Para que o amor seja rico. E possamos amar na falta, desejando o que não temos, e também na presença, alegrando-nos com o que já se encontra à nossa disposição. É como dar aulas e sustentar uma família, um conflito afetivo entre minha alegria e a responsabilidade orçamentária com meus entes queridos. É bem verdade que não desejamos tudo e que nem tudo nos alegra. Mas não é nenhum problema, pois nossa capacidade de amar não é mesmo tão grande. Amemos no desejo e na alegria, e isto já nos converterá em grandes e refinados amantes.
Espero que nesse ano você, leitor, cultive mais inclinações amorosas do que suas obrigações ordinárias. Rotinas desagradáveis muitas vezes são importantes, mas não são fundamentais. O amor não é tão ruim como nos faz ver Platão. É possível ser prudente, sábio, e, mesmo assim, cultivar amores na vida. Optar pelo amor em detrimento da estabilidade já conhecida pode ser bom. Ser um pouco mais afetivo e um pouco menos racional. Pense nisso.
Anjos do Céu
As ondas são anjos que dormem no mar,
Que tremem, palpitam, banhados de luz...
São anjos que dormem, a rir e sonhar
E em leito d'escuma revolvem-se nus!
E quando de noite vem pálida a lua
Seus raios incertos tremer, pratear,
E a trança luzente da nuvem flutua,
As ondas são anjos que dormem no mar!
Que dormem, que sonham- e o vento dos céus
Vem tépido à noite nos seios beijar!
São meigos anjinhos, são filhos de Deus,
Que ao fresco se embalam do seio do mar!
E quando nas águas os ventos suspiram,
São puros fervores de ventos e mar:
São beijos que queimam... e as noites deliram,
E os pobres anjinhos estão a chorar!
Ai! quando tu sentes dos mares na flor
Os ventos e vagas gemer, palpitar,
Por que não consentes, num beijo de amor
Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar?
Aula de piano
Depois do almoço na sala vazia
A mãe subia pra se recostar
E no passado que a sala escondia
A menininha ficava a esperar
O professor de piano chegava
E começava uma nova lição
E a menininha, tão bonitinha
Enchia a casa feito um clarim
Abria o peito, mandava brasa
E solfejava assim:
Ai, ai, ai
Lá, sol, fá, mi, ré
Tira a não daí
Dó, dó, ré, dó, si
Aqui não dá pé
Mi, mi, fá, mi, ré
E agora o sol, fá
Pra lição acabar
Diz o refrão quem não chora não mama
Veio o sucesso e a consagração
Que finalmente deitaram na fama
Tendo atingido a total perfeição
Nunca se viu tanta variedade
A quatro mãos em concertos de amor
Mas na verdade tinham saudade
De quando ele era seu professor
E quando ela, menina e bela
Abria o berrador
Ai, ai, ai,
Lá, sol, fá, mi, ré
Como o tempo você vai percebendo que a pessoa que você amava seria o seu amor eterno, mas infelizmente não passava de mais uma pessoa que apenas entrou na sua vida e te decepcionou e partiu seu coração mais uma vez.
Infelizmente você criou expectativas aonde não existia nenhuma, na vida você tem que querer bem quem te quer bem! Não busque pessoa apenas por sua aparência, corpo ou dinheiro e sim busque uma pessoa por suas qualidades e defeitos, pois ninguém é perfeito nesse mundo e ninguém jamais será perfeito para nossas vidas.
Ame na sua vida quem da vontade de amar e quem merece seu amor, pare de procurar pessoas por ai, as vezes um rostinho bonito na vida pode te custar muito caro, sabia?
A vida é cheia de surpresas e você pode se arrepender.
Natural da vida a gente sofrer, chorar e ficar para baixo, mas você supera, todos esses sentimentos existem dentro de nós, mas se não for dessa vez, não tem problema, pois um dia encontrará alguém que te mereça e corresponda esse amor.
Por mais que você já tenha se decepcionado com outras pessoas quem entra na sua vida nesse período não tem culpa do que os outros fizeram contigo no passado!
Dona dos meus textos
O realismo está presente em meus textos, muitas vezes vem expressado em forma de sorriso ou se apresenta chorando.
Vale a pena contar as minhas histórias, na maioria delas a minha principal e favorita personagem é você.
Em meus versos, a culpa, a dor, a alegria, o respeito e o amor, ganham vida e estão marcados no nosso passado, no meu presente e nos meus sonhos futuros, o final da nossa história ninguém sabe, acho que nem o destino tem certeza de como será, então, irei continuar imaginando, acreditando e vivendo na esperança de escrever um final feliz.
palavras são palavras
são tantas palavras
se escritas viram textos
se faladas viram algazarras
são tantas palavras
gritadas
ruidosas
xingadas
maldosas
balbúrdias
perfídias
falácias
tenho impressão
que não vivemos
na mesma galáxia
tamanha confusão
sem entendimento
sem consentimento
daí o inferno fica cheio
de gente sem coração
é essa a intenção!!!
25 de Julho.
Gasto mais tempo lendo textos do que vendo imagens.
Não porque não goste.
Eu gosto muito.
Na verdade, aprecio belas fotografias e até me arrisco. Admiro os fotógrafos.
E quem nunca se "instagrameou"?
Quem nunca registrou uma bela paisagem ou tirou uma boa foto de si?
É algo tão natural quanto a luz do dia.
É fantástico isso, brincar de fotografia.
Mas um bom texto tira os pés da gente do chão. Provoca aquela inquietação que se mistura ao fascínio. Provoca a ânsia de saber o porvir, a cada palavra, a cada parágrafo, cada capítulo.
As imagens dizem o que querem dizer.
São pontuais.
As imagens dizem muito e às vezes não dizem nada, fica o dito pelo não dito.
Os textos não, eles precisam de você, precisam da sua visão de mundo, precisam que você converse com eles.
Os textos são gentis, chega um determinado momento que eles saem de cena pra que você construa.
E mesmo depois do fim, do último ponto final, eles continuam a registrar. Sem pausas. Sem interrupções. Sem quebra. Silenciosamente. Não no escrito, não no impresso. Não mais no papel, agora, dentro de você.
Justamente esta capacidade de registrar o hiato, a pausa entre o dizer e o não dizer, é que eles tiram a gente do eixo e nos transportam pra lá.
Os textos são fantásticos.
Os textos nos inspiram.
E viva à palavra escrita!
Aos que que as eternizam com caneta e papel.
Seja quem for.
Um famoso ou um aninônimo.
Quem tem cabelos brancos ou quem não sabe nada da vida.
Viva à você, brasileiro, que escreve sua história todo dia, em crise, sem perder o sorriso e esse brilho no rosto.
Todos nós temos um "quê" de Escritor, pois escrevemos a nossa própria história, diariamente.
Em minhas andanças pela internet ontem, eu me deparei com alguns textos ... frases famosas de autores até conhecidos, e dando uma boa lida nestes textos eu confesso que me preocupei com o teor daquilo que li.
Não tenho nada contra ninguém... tampouco sou juíza dos sentimentos, atitudes e vontades alheios a mim mas... sou alguém que valoriza muito o cultivo de boas virtudes e por isto, as coisas que li me provocaram certo desconforto.
Um exemplo disto que estou falando foi um texto ( que não vou citar nome de autor por uma questão ética obviamente) que li:
" Acontece que agora eu não dou mais o meu melhor pra quem me dá pouco. Não corro atrás de quem não dá um passo por mim."
" Não seja tanto para quem lhe oferece tão pouco..."
Me desculpe quem gosta destes tipos de texto e tem o costume de compartilhar, transcrever ou mesmo se identifica com estes textos MAS...
O primeiro ponto a ser observado... Como assim ? " .. eu não dou mais o meu melhor para quem me dá pouco... "
Quer dizer que a minha atitude depende do que o outro me dá? Quer dizer que para que eu possa dar o meu melhor ao meu semelhante eu tenho que ''RECEBER" ?
Quer dizer que eu só dou o melhor de mim quando alguém me é recíproco?
Quer dizer que EU só corro atrás.. só luto.. só amo.. que por mim faz o mesmo?
Sempre pensei que o que FAÇO para alguém, faz parte de QUEM eu sou de fato... do meu caráter como pessoa. A minha bondade não depende da bondade do outro pra ela acontecer... Eu não preciso esperar receber do outro para que eu possa me doar na minha totalidade. Cada um conhece a sua força e limitações... Assim como quem recebe de nós ... DÁ OU NÃO conforme suas possibilidades porque CADA UM DÁ O QUE TEM e isso é fato também.
Aquele que deixa de fazer o que está em seu poder realizador .. esperando receber na mesma medida de sua entrega.. já deixou de ser gentileza e virtude, há muito tempo.
Me parece que está havendo um equívoco em relação aos conceitos de reciprocidade e amor próprio ( auto-estima)... e o que tenho visto ultimamente, são pessoas que sustentando na íntegra estes conceitos, sob justificativa de proteger seu coração e alma de possíveis decepções, sem perceber, estão se tornando egoístas, individualistas e condicionadas a viver por expectativas alheias...
Com sinceridade... acho que devemos prestar mais atenção nestas frases feitas .. escritas ... algumas vezes .. incentivando inadequações de comportamentos, trazendo inseguranças, medos e danificando nossos relacionamentos interpessoais.
Enfim termino afirmando... " Nossas ações determinam quem somos"
Paz e Luz á todos!
BOA LEITURA!
Amo as letras, as palavras, as frases, os textos!...
- Das letras, faço pequenas porções de petiscos que serão servidos por mim com carinho e, degustados por muitos viajantes... inicialmente ou, se preferir, no decorrer da leitura.
- Das palavras, faço brinquedos de todos os tipos e gostos, para um merecido entretenimento do meu público - os mais variados possíveis. Da criança ao idoso. Que cultivam o hábito de ler.
- Das frases, construo estradas, melhorando a mobilidade das pessoas e da logística, no traslado de livros,revistas,jornais...
- Dos textos... bem, nos textos...
Conto minhas estórias, falo de lugares interessantes, paisagens exuberantes, personagens engraçados, palhaços...
Para os caros leitores viajar,conhecer,aprender,contemplar, chorar, sorrir, asustar-se, brincar e relaxar...
Tenha portanto, uma boa viagem nos livros,
porque uma boa leitura é tudo de bom!
(08.10.17)
Era uma vez um Jovem Mudo
Que passava suas noites a escrever,
Somente em seus textos ele revelava
O Amor que sonhava um dia viver.
Existia também uma jovem surda...
Ela desejava um dia poder a alguém amar,
Ao caminhar pela praia, olhava o horizonte
na sua solidão, passava os dias a sonhar.
Certa vez, triste estava o jovem mudo
Que ao amanhecer, nas areias da praia escreveu,
Assinando o que logo se apagaria, ele dizia:
Pode ser sonhador aquele que um Amor nunca viveu?
Estava a jovem surda caminhando curiosa
A beleza do entardecer estava ela a contemplar,
Deparou-se com uma frase, vinda de seus sonhos,
E um autor ela prometeu encontrar...
De tanto a jovem surda buscar por um nome
Certo dia, dois olhares se reconheceram...
Um encontro, uma caneta e um papel
Após isso, o mais lindo Amor eles viveram.
Eis o orgulho dos poetas
Sem mentiras, maldade ou pudor...
Da força de um gesto tão simples
Nasceu uma impossível história de Amor.
Somos um encaixe sem igual, pode acreditar. Eu nunca tinha sentido com tamanha intensidade, às vezes até ousei me enganar, ou talvez fosse tola e não percebia. Não percebi, é um fato. Achei que já tivesse encontrado o que precisava e que aquilo me bastava. Nossa, como podemos ser facilmente surpreendidos e descobrir o que é sentir por completo!
Você e eu, nossos corpos, nossos sentidos, nossos desejos, nossos suspiros, nossos beijos, meu eu em você, você em mim. Tenho percebido e descoberto pouco a pouco todos os dias. Posso ver e sentir toda vez que tenho você junto a mim, junto ao meu corpo, junto ao nosso amor.
Somos plenitude, somos amor.
Hoje estou triste
Amor... Hoje estou triste... Nesses dias
a vida de repente se reduz
a um punhado de inúteis fantasias...
... Sou uma procissão só de homens nus...
Olho as mãos, minhas pobres mãos vazias
sem esperas, sem dádivas, sem luz,
que hão semear vagas melancolias
que ninguém vai colher, mas que compus...
Amor, estou cansado, e amargo, e só...
Estou triste mais triste e pobre do que Jó,
- por que tentar um gesto? E para quê?
Dê-me, por Deus, um trago de esperança...
Fale-me, como se fala a uma criança
do amor, do mar, das aves... de você!
("O Poder da Flor" - 1969)
Procura-se
Procura-se uma alma gêmea...
Ou ate mesmo um amor bobo...
Que me faça sorrir novamente...
Que me devolva o brilho no olhar...
E o sorriso bobo no rosto...
Procura-se...
Uma mão solitária...
Para nos caminhos da vida...
Andar colada nas minhas...
Procura-se...
Uma amante...
Que me faça nascer e morrer a todos os instantes...
Que me inspire...
E com o seu perfume...
Me seduza...
Me envolva....
Procura-se...
Lembranças de Um Amor Passageiro.
Um dia tive ao meu lado um grande amor,
tudo era perfeito quando estávamos juntos
viviamos cada momento como se fosse o último,
aproveitarmos a vida juntos era nosso lema.
Curtiamos cada oportunidade dada por
Deus, muitas viagens, festas etc...
mas um dia o sonho acabou, todos as
oportunidades pareciam ter sido dadas,
não havia mais nenhuma, foi quando
a realidade voltou, tudo era muito bom;
nossa vida juntos eram só de momentos
felizes.
Não queria ter acordado daquele sonho
mas a vida é uma caixinha de surpresa
e hoje sinto tua falta. nossos momentos
juntos podem terem acabados, mas nossas
lembraças sempre estarão guardadas em
nossos corações.
Sou réu de amor
Confesso o meu pecado
Porem não me arrependo desse crime
Que amar alguém e talvez não ser amado
Seja o crime mais gostoso e mais sublime
A confissão por certo não redime
A quem quer continuar culpado
E se eu for por acaso condenado
Não há razão para que desanime
Pelo contrário, altivo, embora fique
Meu coração partido em mil pedaços
Eu quero que a justiça se pratique
Sou réu de amor e julgo-me indefeso!
Pela justiça, entrego-me a teus braços
Pois eternamente quero ficar preso...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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