Textos de Reflexoes sobre as Pessoas

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O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
Há que se dar um gosto incasto aos termos.
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
Talvez corrompê-los até a quimera.
Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
Não existir mais reis nem regências.
Uma certa liberdade com a luxúria convém.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Não é possível formar professores sem fazer escolhas ideológicas. Conforme o modelo de sociedade e de ser humano que defendemos, não atribuiremos as mesmas finalidades à escola e, portanto não definiremos da mesma maneira o papel dos professores. Eventualmente, podemos formar químicos, contadores ou técnicos em informática abstraindo as finalidades das empresas que os contratarão. Podemos dizer, um pouco cinicamente, que um bom químico vai continuar sendo um bom químico tanto no caso de fabricar medicamentos ou drogas. Que um bom contador vai saber lavar dinheiro ou aumentar o capital de uma organização comunitária. Que um bom técnico em informática poderá servir tão eficazmente à máfia quanto à justiça. As finalidades do sistema educacional e as competências dos professores não podem ser dissociadas tão facilmente. Não privilegiamos a mesma figura do professor se desejamos uma escola que desenvolva a AUTONOMIA ou o conformismo, a ABERTURA DO MUNDO ou o nacionalismo, A TOLERÂNCIA ou o desprezo por outras culturas, o GOSTO PELO RISCO INTELECTUAL ou a busca de certezas, o ESPÍRITO DE PESQUISA ou o dogmatismo, o SENSO DE COOPERAÇÃO ou a competição, a SOLIDARIEDADE ou o individualismo.

Epitalâmio do Nosso Namoro

Nos silêncios que partilhamos, onde o tempo se desfaz,
E nas palavras não pronunciadas, onde o amor se desvela,
Em teu olhar, encontro a serenidade que tanto busquei,
E em teus braços, a fortaleza que jamais me abandona.
Somos, na essência, o destino materializado,
Onde cada gesto, cada toque, desvela a profundidade do ser,
Entrelaçados na simplicidade de nossos dias,
Descobrimos que o amor se tece não apenas nos grandes gestos,
Mas nas minúcias que habitam o silêncio de nossos corações.
Amo-te nas sombras que se transmutam em luz,
Nos erros que se fazem lições e sabedoria,
E na vulnerabilidade que me ensina a ser mais,
A ser mais do que eu imaginava ser,
Por ti, e contigo, sou completo.
Este amor não é mera promessa, é a coragem da honestidade,
De abandonarmos as máscaras para nos tornarmos o que somos em essência,
E no mistério que cada dia nos revela,
Encontro em ti um novo universo,
E simultaneamente, a paz de estar em casa.
Cada segundo contigo é a revelação de um recomeço incessante,
De um caminho que não se mede em distâncias temporais,
Mas nos corações que se encontram, se reconhecem,
E, ao se unirem, criam um tempo imune ao fim.
Este amor é profundo, pois não busca compreensão,
Mas se sente, se vive, se metamorfoseia a cada pulsar do coração.
Em ti, encontrei mais do que um companheiro:
Encontrei a razão de minha existência,
E, juntos, edificado está um amor que transcende.

Inserida por Caio_AS

O Amor como Essência e Questionamento da Existência

⁠O amor é o eco da alma no abismo,
A busca incessante pelo que não se vê,
É a verdade oculta, o eterno paradoxo,
Onde ser e não ser se entrelaçam ao viver.

É a essência que transcende o corpo,
Mas que ainda assim, o abraça em fogo,
É o abismo e o céu, a queda e o voo,
O desejo de ser e de se perder no outro.

Não é a posse que o define, mas o vazio,
O espaço que se preenche de presença e falta,
É o questionamento do ser e do não-ser,
A dúvida que nos molda e nos exalta.

Amar é entender que nada se sabe,
E, ainda assim, buscar, persistir e crer,
É a eternidade fugindo do tempo,
E o momento, carregado de infinito, a se fazer.

O amor é a pergunta que se torna resposta,
É o mistério que nos habita e nos chama,
O que existe e não existe, o que é e não é,
A filosofia do ser que se desvela na trama.

Inserida por Caio_AS

O Paradoxo do Amor

⁠O amor é um labirinto sem fim,
Onde buscamos o sentido do ser,
Em cada olhar, uma pergunta sem resposta,
Em cada toque, o mistério de viver.

É como o vento que não se vê,
Mas que toca e molda a nossa alma,
Não se define, mas se sente,
Em silêncio, sua essência nos acalma.

Ele é o fogo que arde sem queimar,
A luz que nos guia no escuro,
É o eterno paradoxo, a verdade velada,
Que encontra no efêmero seu mais puro.

O amor não é posse, mas entrega,
Não é finito, mas infinito,
É a consciência do outro dentro de nós,
É o encontro do finito com o infinito.

Talvez seja a pergunta sem resposta,
O eterno questionamento da existência,
Mas quem sabe, seja a própria resposta,
A chave para a nossa transcendência.

Inserida por Caio_AS

⁠Toque e Fogo

Em meio ao riso, ao nosso enredo,
minha mão desliza, sem medo.
Na curva macia, morena e quente,
um aperto leve, um toque ardente.

Teu olhar responde, faísca e chama,
brilho escondido, desejo que inflama.
Na dança sutil de pele e arrepio,
teu corpo se curva, entrega ao frio.

Não é só toque, é jura, é laço,
é ter-te perto num breve espaço.
Entre risos, entre segredos,
aperto tua coxa e perco os medos.

Teus músculos tensos, um leve tremor,
denunciam o fogo do nosso calor.
É um gesto simples, mas tão profundo,
como se eu segurasse em minhas mãos teu mundo.

E quando afrouxo, num jogo envolvente,
tua pele implora, pede mais quente.
Entre apertos, suspiros, ora pois,
somos apenas nós… só nós dois.

Inserida por Caio_AS

⁠A Sublime Transcendência do Amor Perene

É no silêncio profundo, onde o tempo se aniquila,
Que se entrelaçam os olhares, imersos na infinita partilha.
Nos dedos que se encontram, como o fio invisível da existência,
O toque é eternidade, a carne se dissolve em resistência.

O amor verdadeiro não é mero vestígio,
Mas a essência que permeia, imortal em seu rito.
É o calor da alma que se transmuta em matéria,
E o perfume das promessas, exalando a imperiosa quimérica esfera.

No abraço, o ser se funde em um só corpo,
Onde cada respiração é um cântico solene, exposto.
As palavras tornam-se ecos, mas são silenciosas e plenas,
Sendo a boca apenas o ponto de transgressão das amarras pequenas.

O som da respiração é o zéfiro que acaricia,
E cada suspiro é a poesia de um amor que se eterniza.
Os lábios se tocam, e o gosto do beijo é a epifania do enigma,
Onde o desejo é sacramento, e o corpo, pura magnífica enigma.

É a cor do infinito, que se vê na aurora do ser,
A textura do silêncio que se torna a própria razão de viver.
O amor verdadeiro é o fogo alquímico, que purifica o abismo,
Onde o coração se eleva, transcende, e se torna o próprio cinismo.

Quando o mundo se desfaz nas sombras do cansaço,
É no abraço do amado que se encontra o espaço.
O amor verdadeiro não se apega ao efêmero,
Mas navega nos rios da alma, profundo e etéreo.

Em cada passo, é a perda e o encontro, o eterno movimento,
É o gosto da entrega, o aroma do discernimento.
A sinfonia do ser se dissolve no outro, numa dança inaudível,
Onde o amor verdadeiro se faz sublime, impossível, infundível.

Inserida por Caio_AS

⁠Meu Mundo é Você

Teu nome é canção no meu peito,
uma melodia que nunca termina,
que embala meus sonhos
e faz o tempo sorrir.

Teus olhos são dois universos,
onde me perco sem querer voltar,
porque em cada estrela que brilham,
encontro meu lar.

Teu riso tem o encanto das manhãs,
um sol que aquece por dentro,
um vento suave que leva embora
qualquer sombra ou medo.

E teu abraço...
Teu abraço é refúgio,
é a página mais bonita
da história que só faz sentido
porque tem você.

Inserida por Caio_AS

⁠Você, Meu Tudo

Se eu pudesse pintar o amor,
usaria a cor dos seus olhos
e o brilho do seu sorriso.

Se eu pudesse escrever o destino,
cada linha teria o som da sua voz
e o calor do seu corpo.

Se eu pudesse parar o tempo,
seria no instante em que seus lábios tocam os meus,
onde o mundo desaparece e só existe você.

Mas não preciso mudar nada,
porque te amar já é a poesia mais bonita
que a vida me deu.

Inserida por Caio_AS

⁠Oceano de Desejo

Teus olhos, astros fulgentes do éter,
órbitas etéreas de luz sideral.
Raiam, qual fênix em voo insurrecto,
céfiro ardente em fulgor imortal.

Teus cabelos, lianas de ébano puro,
selva indômita onde o tempo se perde.
São véus de sombra, crepúsculo escuro,
no qual minh’alma, rendida, se excerde.

Teu toque, centelha dos deuses arcanos,
sopro que anima matéria e razão.
És fogo sagrado, mistério profano,
qual Prometeu a inflamar-me a mão.

Teus lábios, nectário de rubra alvorada,
vertigem etérea, veneno e elixir.
São ânforas de ambrosia encantada,
onde minh’essência se deixa esvair.

Tua voz, ressonância de harpas celestes,
melopeia que embala os ventos do Sul.
És verbo em cadência de rimas modestas,
eco sublime em silêncio azul.

Teu abraço, brumas que envolvem colinas,
manto que cerra os abismos do eu.
Nele me encontro, nele me perco,
qual náufrago absorto no seio de Orfeu.

Teu perfume é a brisa dos campos elísios,
orvalho em pétalas do Éden antigo.
Aroma que embriaga, que ilude, que enlaça,
feito narcótico de um sonho bendito.

E quando me fitas, o cosmos se curva,
as órbitas tremem, os astros vacilam.
És caos e ordem, princípio e ruína,
o alfa, o ómega, que em mim se destilam.

Oh, que seja teu amor minha sina,
tormenta infinita de luz e torpor!
Pois se és oceano que tudo extermina,
eu sou o abismo que clama por dor.

Inserida por Caio_AS

Breve Declaração à Minha Amada

⁠Minha amada, és a obra-prima que o tempo esculpiu com paciência e o universo adornou com os mais belos detalhes. Teus olhos, janelas cintilantes da tua alma infinita, refletem o brilho das estrelas que dançam no céu apenas para imitar teu encanto. Quando me perco no teu olhar, sinto que sou acolhido por um oceano de ternura, onde cada onda sussurra segredos de amor eterno.

Teus cabelos, longos e cacheados como rios de ébano, fluem como a noite que embala os sonhos mais doces. São fios tecidos pelo próprio destino, entrelaçando a magia que te torna única. Cada movimento teu é uma poesia silenciosa, um sopro de beleza que desafia o tempo e hipnotiza meu coração.

Teu sorriso é o sol que nasce mesmo nos dias nublados, aquecendo minha alma e dissipando qualquer sombra que ouse se aproximar. És o equilíbrio perfeito entre doçura e força, entre delicadeza e intensidade. Tua voz, melodia que embala meus devaneios, é a música que nunca canso de ouvir, a harmonia que ressoa na minha existência.

Amar-te é caminhar por um jardim eterno, onde cada pétala exala tua essência e cada brisa sussurra teu nome. És a página mais linda da minha história, a poesia que nunca termina, o milagre que a vida me concedeu. E em cada batida do meu coração, um único verso se repete: tu és meu tudo, minha inspiração, meu amor sem fim.

Inserida por Caio_AS

⁠Na âmbar penumbra onde o tempo ressoa,
sibilo teu nome em áureo segredo.
Qual brisa perene que a noite entoa,
inscrevo-te em versos de etéreo enredo.

Teu riso, epifania de luz e mistério,
flutua em arpejos que o éter conduz.
És lira celeste em tom refratério,
sílfide etérea em névoa de azul.

Sussurro-te hinos de antiga memória,
nascidos em páginas d’alma imortal.
Tu és a essência da minha glória,
mármore e chama em fulgor sem igual.

Inserida por Caio_AS

Cálamo Ardente

⁠Ó tu, esplendor de etérea matéria,
Vértice e sonho em que meu ser se enlaça,
Tua voz, harpa eólica, ligeira,
Nas cordas de meu peito ecoa e passa.

Teu olhar, astro em noite taciturna,
Derrama sobre mim seu lume brando,
E a alma, náufraga e soturna,
Ancoro em teu porto, rubro e nefando.

São teus lábios a fonte prometida
Onde bebo o licor da tua essência,
Eterna ambrosia, doce ferida,
Que me transfigura em pura incandescência.

Em teu dorso, a cartografia antiga
De um reino onde o tempo é só delírio,
E cada gesto teu, sutil liturgia,
Consagra-me ao teu amor—sacrário e giro.

Pois és o verso que me faz poeta,
O enigma e a chama que me completa,
E até que o Fogo Universal se acoite,
Serás meu canto, minha estrela inquieta.

Inserida por Caio_AS

Lábios de Éter ⁠

Na pele da madrugada, teu corpo desenho,
Língua de mel que invade meus segredos,
Teus dedos, fogo em mapas não revelados,
No sopro do teu riso, desfaço meus medos.

Tua boca é um vinho que me embriaga,
Fruta roubada do jardim proibido,
Na curva do teu pescoço, a noite se alonga,
Sussurras meu nome—e o mundo é um gemido.

Entre lençóis de sombra, nos dissolvemos,
Cada toque teu, um verso em carne viva,
Sou maré que se rende ao fluxo do teu leito,
Na dança dos ossos, a chama se reluz.

Beijo teus joelhos, altar do meu desejo,
Teu ventre, um rio onde me perco e nado,
Na língua do teu umbigo, escrevo um enigma:
Somos fera e flor, pecado e sacramento sagrado.

Quebramos o relógio, só há pele e espasmo,
Dois corpos que o cosmos não ousa entender:
Na curva da tua coxa, mordo o tempo e traço,
Segredo é só um nome…—aqui, somos eternidade em brasa.

Até o amanhecer nos caçar, encharcados de estrelas,
Alma e carne um só vértice, eclipse e fruto:
Me beberás de novo, sou teu cálice sem fundo,
Morrer de amor é só o início do nosso culto.

Inserida por Caio_AS

⁠Uma ferida não fecha assim tão rápido. E, se não for tratada corretamente, pode infeccionar e contaminar o resto do corpo. Pode ser tarde até que se note a infecção.
Eu perdoo o passado na maioria dos dias. Em alguns, não. Cada pequena ocorrência ativa minha memória, e os meus sentimentos logo assumem o controle.
Ainda estou me curando.
Persistir é uma tarefa árdua porque você não sabe até quando vai ter que aguentar. Não somos invencíveis. Não damos conta de tudo. Parece que nada está mudando realmente.
Estou cicatrizando, eu acredito.
"Siga em frente." Deixe a ferida se fechar e não fique cutucando, não vai mudar o que aconteceu. Pegue todo aquele amor e cuidado que você tem e aplique em si próprio. É hora de desacelerar, olhar para si e passar a se enxergar. Esse processo é só seu.

Inserida por alicesantosEscritora

⁠Eu era jovem, antes. Correndo contra o tempo, sentindo que cada momento era único e decisivo.
Fiquei mais velha, depois. Ouvia as crianças rindo e relembrava os bons e velhos dias de liberdade e inocência preservadas. Naquela época, comecei a pensar que a vida era muito pesada para mim e que, talvez, eu já havia passado por tudo nela.
Me encontrei lá, então: presa em um turbilhão de impressões próprias sobre a minha vida, e apenas desejando encontrar meu caminho de volta. Mas, dessa vez, não poderia ser como uma jovem mulher aprendendo seu caminho, tampouco como uma senhora pronta para desistir desta existência de morte e começos contínuos.
Deveria ser alguém que não tem medo da passagem do tempo, de seus arcos e encerramentos. Uma pessoa cujos pés estão firmes no chão e, ainda assim, consegue voar como apenas uma criança pode fazer.

Inserida por alicesantosEscritora

⁠Quanto tempo passara ali, entre idas e vindas de pessoas aguardando o momento de partir, ruminando pensamentos do que se foi e do que há de vir.
Envolta numa maré de rostos esperançosos, entristecidos, cansados... A rotina nos alcança todos os dias.
Encontramos durante as horas, porém, pequenas doses de alegria, motivação e encanto que tornam a batalha diária menos exaustiva. Que bom!
Esses pequenos momentos entre o embarque e desembarque, até durante a jornada, não são desperdiçados
Tudo pode acontecer, assim como o seu oposto é verdadeiro. Todo tempo é momento de reconhecer a vida.

Inserida por alicesantosEscritora

⁠Coleciono sonhos, amores, cicatrizes.
Toda e qualquer variação do que fui ainda reside em mim.
As decepções e dores passadas, não foram compensadas pelas alegrias de agora. Talvez, nunca serão.
Entretanto, sinto que as primeiras vão perdendo sua força, pouco a pouco, e já não incomodam tanto.
Já as alegrias, essas parecem iluminar mais forte a minha alma, como se eu pudesse percebê-las com novos sentidos.
Descubro em cada caminho novidades e destinos. Existem coleções inéditas a serem formadas.

Inserida por alicesantosEscritora

⁠Vem sorrir para mim, ao meu lado, a cada dia.
Deixa teus olhos encontrarem nos meus as verdades que não consigo dizer.
Encontra em mim a parte que te pertence, deixa-me encontrar em você o reflexo de mim.
Fale-me sobre as coisas que ainda não sei, e escute: eu tenho muito que dizer. Ame quem sou pelo que você é. Então, logo, amar-te-ei com tudo o que eu sou.

Inserida por alicesantosEscritora

⁠Na superfície dura e fria do espelho, o reflexo embaçado de um rosto me encara de volta.
É uma visão turva de uma expressão duramente composta, criada com o propósito de aparentar uma natureza distante daquela que atormenta o meu íntimo.
Uma caricatura do eu, imagem vendida por mim e aceita pelos outros.
Mandíbula cerrada, sorriso composto, postura altiva e determinada. É o suficiente. Embalagem perfeita para a vitrine da vida, mais uma na prateleira de objetos inanimados esperando receber qualquer estímulo externo, ou ganhar vida.

Inserida por alicesantosEscritora