Textos de Luis de Camoes
Muro das lamentações
Pavões que se levantam
Baixando decoros e bastiões
Sem darem conta, plantam
No seu muro das lamentações
As vergonhas que cantam
Sem saberem cantar canções!
Diz o ditado que não aprende
O pavão da latente cidadela,
Que desse cantar depende
Pra sonhar ser coisa bela,
E por isso ele acende
À vergonha uma vela!
Amor, solução de todos os conflitos
Por quem tendes vós afinal
Laços feitos, nós engasgados?
Das roseiras do vosso quintal
Perdoais aos espinhos os pecados?
Que passarinhos do vosso beiral
Saciais de braços cruzados?
O amor que se dá, é o que fica
Do que se partilha e abdica.
Tempo, esse devorador avarento
Do amor baptizado de intemporal,
Que os anos tingem de cinzento
O que já foi da cor da cal.
Para remediar tal desalento
E a cor da neve ser a final,
Candeias iluminem o que definha
A branca neve, a vossa e a minha!
Amor de mãe, pai ou conjugal,
Do estranho ao parente,
Amar o próximo é igual
A concertar o gemido doente,
A arrancar qualquer mal
E a fortalecer a fraca gente.
Solução de todos os conflitos,
Dores, desamores e gritos!
Sou trovador velhaco
Sou trovador velhaco, de zelo apostólico
Com o senso, que bem não sei se ajuíza;
Censuro o mundo real e o simbólico
Com vara curta que o justo enfatiza.
O meu e o outro mundo diabólico,
O que eu queria e o que hostiliza,
Qual doente inferno e céu católico,
Que a minha prosa aqui satiriza
Cantando e ralhando a poesia,
Ora afago quente, ora chibata fria!
Ser poeta: Deus dos enredos e do tempo
Letras e palavras são anarquias,
Que pintadas de cinzento,
Chamam por metáforas e analogias
Ao sabor da inspiração do vento.
Vento que tão bem assobias
E tão longo é teu chamamento,
Quanto mais a dor me afias
Maior é de ti, o meu alimento!
Desamores e dores que me envias
Fazem-me Deus dos enredos e do tempo!
Pinto infernos de lindas pradarias!
Anjos visto de negro fardamento!
Hoje sou rei de todas as bigamias,
Amanhã servo do meu casamento!
Ser da poesia escravo todos os dias,
Mas o que quero a cada momento!
O fado mais bem feito
Cai a noite, nasce a lua,
Finda o dia e nascemos nós!
Sopra o vento que apazigua
A minha alma e a tua
Enquanto estamos a sós!
Sob o luar mais perfeito,
Cantamos a uma só voz
O fado mais bem feito
Deste amor insuspeito,
Não querendo ficar sós!
Vai-se a lua, o galo canta,
Nasce o dia e ficamos sós!
Solidão que se agiganta
Até vir a lua santa
E de novo sermos ‘nós’!
Velhice no ponto final
Virgulas, já as perdi no caminho
Onde atalhos vão dar a pontos finais;
Reticências, rezo-as sempre sozinho
Pra escapar a parágrafos canibais!
Aos poucos vislumbro o último vinho
Que beberei não sei de que punhais!
Ter menos tempo é ter mais a perder,
Quase nu e tanto pra escrever!
São horas lentas, frias e demoradas,
Que a velhice aceitou e por onde há
Pouca agitação e muitos nadas;
Estou onde a televisão está
E vejo-a com pálpebras desmaiadas;
Do que lá vejo e oiço, bastará
A minha ruidosa cama
E a visita de quem me ama...
Sou as cruzes e rasgos do desfiladeiro,
Cheio de marcas que contam histórias;
Tenho no bolso um andar batoteiro,
Relógios calcinados, que não dão horas,
Um olhar obsoleto, um falar trapaceiro,
Que pergunta quantas mais memórias
Terei com o meu melhor fato?
Oh, destino ingrato...
O forte cai e corre
A vida assim encarar:
Ser coruja errante
Ou papagaio ignorante,
É diferença entre caminhar
Ou cair num instante!
Ao cair, que se aprenda
Com o descuido passado,
Ou serás enterrado
Pela vida, pela fenda
Onde caístes à bocado!
O fraco a morte planta,
O forte cai e corre
Mas se agiganta!
Um, hoje se levanta,
O outro, amanhã morre!
A flor de lótus almejada
Sou flor por nascer, por germinar,
Como ela procuro a esperança remota
Do sol, vida e paz um dia abraçar!
Vagueando por onde a flor brota,
Eis que em mim o caule sinto rasgar
Da flor nascida, à luz devota!
Da minha alma antes alagada
Nasce a bela flor de lótus almejada.
Morte por entre dedos
É ver areia fina escoar entre dedos
E o relógio que não pára de andar!
Apontam os ponteiros cruéis torpedos
A horas que não páram de contar
As areias finas dos meus medos
Que a mão da esperança quer fechar!
Será que mão fechada o tempo segura
E a esperançosa vida nela perdura?
O meu jardim
Borboleta,
que em tão negro jardim queres entrar,
que me queres trazer flores ou espinhos,
não tragas
e não entres...
Fica à porta, espreita o que está à tua frente.
Consegues ver, porque lá dentro estão velas.
As acesas, rezam por amores acabados,
as apagadas, por calvários que nunca foram amores.
Diante dos teus olhos
estão mármores frios e negros.
Se reparares com atenção,
em cima desses mármores, estão fotografias.
São fotografias de pessoas,
a quem aos meus filhos direi, que eram amigos,
porque foi com eles
que passei os melhores anos da minha vida.
À tua direita, a terra é estéril.
As flores que vês, vestidas de negro, não são flores!
São de pedra.
Ali jazem fracassos
em forma de mágoas, mentiras, traições e abandonos.
À esquerda, ervas daninhas.
Coroas de flores, por tudo o que foi em vão,
por sorrisos e lágrimas, alegrias e tristezas,
noites inesquecíveis, noites de espera agoniante,
cartas e fotografias que se queimaram,
ouro que se vendeu, bens que se perderam,
recomeços extasiantes, tropeços estúpidos
e sonhos que não se tornaram realidade.
Ao fundo, está um pedaço de terra.
Só tem uma linda flor.
Só tenho essa.
É para a trocar pelo resto da minha vida,
por companheirismo, amor e amizade,
tudo junto!
Por tudo isto, borboleta,
se vieres só de passagem,
não abras a porta do meu jardim!
Mas se vieres para ficar,
se estrelas e constelações quiseres enfrentar,
se tratares o meu jardim como eu tratarei o teu,
entra, porque estive a vida inteira à tua espera!
Olhos fechados, para disfarçar a vermelhidão dos traumas, baseados em uma vida de luta.
Não me falta esperança!
Sem ver, é possível sonhar. Por isso, fecho os olhos e exercito minha imaginação, que me permite criar, e encontrar soluções criativas para os problemas da vida.
Disfarço tão mal meus sentimentos, que só quem não quer enxergar não consegue ver.
O que deixa meus olhos vermelhos nunca me fez mal.
Quem dita as crenças e as teorias que eu devo acreditar, sim, só me faz mal.
Continuaremos a acreditar nas crenças de quem? Até quando?
Você disfarça sua dor? Esconde o que te fere?
Se a sua resposta for sim, tá se sabotando. Tá dando força pro sequestrador, pro agressor e quem seja lá a pessoa que esteja roubando-lhe a paz.
Não permita que ninguém seja capaz de quebrar seu coração.
Busque, antes de qualquer relação pessoal, o auto conhecimento. Sem se conhecer, como será capaz de conhecer alguém verdadeiramente?
Ninguém merece uma versão fajuta sua, ninguém merece amigos superficiais.
Tolos!
A minha subjetividade ninguém rouba.
Não deixa que roubem a sua, pelo seu bem!
Qual a graça de uma vida imprevisível?
Imprevisível é o futuro que eu não faço a menor ideia de como será.
E a magia está aí, em conhecer o desconhecido.
Os nossos pais, costuma sempre dizer com ar de conselho passivo agressivo - deixa ele, a vida ensina. Tem que apanhar pra aprender. A cabeça não pensa e o corpo padece.
Ouvi muito isso, quem dera tivesse ao menos escutado.
Faria das minhas decisões mais simples.
Não pensaria, se por consequência padecer, padeceria!
Os melhores aprendizados estão nos sentimentos, e eles vão de alguma forma te causar dor, é que te afeta então não tem saída.
Sentimentos, sentimos, vivemos e erremos. Aprenderemos e renasceremos!
No reino do desconhecido nos assustamos com a falta de familiaridade, porém no não familiar podemos criar novas e antigas versões de nós mesmo.
Encontramos esperança no que não conhecemos e no que ainda não nos conhece.
Como se a reserva conseguisse encher o tanque.
Sejamos possíveis de qualquer possibilidade que não cause dor de punir!
Por favor não
Não me olhe nos olhos.
Não me toque com a alma.
Não quebre o meu coração novamente.
Eu imploro!
Não me faça querer despertar.
Não queira me colocar em uma jaula.
Não diga que me ama, e me deixe ir.
Não brinque comigo.
Não mude minha maneira.
Não me faça querer mudar.
Não mude, deixe estar!
To cansado de me refazer em desfeita.
To cansado de acabar com o pra sempre.
De estar disposto e se indispor.
De aprender o que é dor.
Só me deixa no meu canto!
Não finja que me ama.
Não publique seus sentimentos por mim.
Não judia de alguém que você destruiu.
Me esquece por favor!
"Você não pensa fora da caixa como você acha que pensa!"
Entenda, você já nasceu fora da caixa e o sistema é quem te encaixotou.
Você não está sendo tão criativo, porque te ensinaram a ser robô.
Sem você é aquele cara da turma que gabarita em tudo, pode ter certeza que não é o melhor.
Gabarito é um resultado estipulado anteriormente por uma determinada pessoa, que não você. Você é induzido a tentar adivinhar o que o professor quer que você responda, não a tentar buscar uma solução criativa e autêntica.
Por exemplo uma sala com mais de 30 cabeças, de histórias, famílias e vidas diferentes induzidas a responder a mesma alternativa.
Sua opinião pode contaminar as ideias das pessoas, existe o momento de listar e decidir. Separe-os!
Ideias sabotadas pelos julgamentos! Fazemos isso dentro da nossa própria cabeça.
As vez a gente tem uma ideia que pode até não ser tão boa, mas que se fosse dita ela seria o gatilho pra uma nova ideia de uma outra pessoa, com perspectivas diferentes da sua.
O santo da criatividade não bate com o do julgamento entende.
Devemos cortar os “Mas se não“e acrescentar os “E se”, sacas ?
Uma dica coleguinhas, brainstorming não é momento de convergir!
Uma ideia meia boca + uma ideia meia boca = a uma ideia boa.
Você partiu,
Súbita e inexplicavelmente.
Não parcialmente, teve a preocupação de ir em sua totalidade.
Partiu um coração jovem, dividindo-o em antes e depois de você.
Partiu todas as construções imaginarias, que esse coração carente criou em segundos.
Partiu todas as construções quando passou pela janela do esquecimento, deixando-as caírem na lama da chuva de um verão cinza.
Verão esse que passou sem brotar nenhuma flor.
Você levou o sol, levou a esperança e a dor.
Encaixotou tudo e deu uma baita bicuda
Rompendo de uma vez só, as correntes imaginarias da ilusão de quem te amou.
Hoje, mesmo com sua bicuda nas costas, não sinto nada.
É que justo hoje você partiu e não é mais amada.
31.12.2019 – 09:44
Essa época do ano me deixa um pouco perdido.
É o final de um ciclo e o começo de outro, e isso automaticamente sem querer, nos cobra uma mudança radical de vida.
Sinceramente, não sei se esse ano estou preparado pra isso não.
Mudar requer esforços! Esforços que nem sempre são só seus, as pessoas que estão em sua vida também têm que se esforçar pra aceitar e se adaptar a mudança.
Aí um motivo para querermos sempre mudar de cidade. Iniciar outra vida.
Saiba que as pessoas nem sempre estão dispostas a aceitar a mudança, o que pra elas também pouco importa.
A decisão é sua, vai viver sua vida ou viver a vida que te deram?
- Mesmo querendo mudar contínuo o mesmo!
Jamais imaginei, que a partir daquele dia em que nos conhecemos, você se tornaria a pessoa mais importante para mim, a pessoa que mais amei na vida......quanta coisa passamos juntos, choros, risos, brigas e reconciliação.....
Jamais imaginei, que naquele dia, em que chegamos em casa, seria nosso último dia junto, um beijo no rosto, um abraço e um adeus......eu vi você partir e com você foi parte de mim.....
Hoje, não sou mais mesmo, amadureci ainda mais..... E o amor, eu guardo no peito, junto com a saudade, que insiste apertar....
Decisão precipitada mágoa!
Ser impulsivo mágoa!
A impulsividade de nossas decisões mágoa, sabia?
Não adianta ganhar o céu quando se perde o chão, quando se perde o rumo.
Palavras ditas ao vento não voltam.
Pensamentos revelados denunciam a verdade subliminar implícita no outro, imperceptível a olho nu.
Acredito, agora mais do que nunca, que as relações a dois é pura perda de inocência. Quanto mais você se relaciona com as pessoas mais “safo” você fica em não se decepcionar.
Decepções só magoam os inocentes.
Explica aqui uma coisa: qual o seu problema?
Quero um amor de época
De segredos na sombra das arvores
Da malicia embutida
em andar de mão dadas
Amor de olhar nos olhos
De amar todo dia
De viver pensando
e sonhar assim que fecha os olhos
Os vexame de amor que deixei de dar
São os únicos fardos que eu carrego
Por isso ame, e se precisar sim
dê muito vexame
Ai foi onde eu aprendi a falar de amor
Com a doçura de Edith
e a loucura de Nina
Recomendo
É um livro e tanto
Onde aprendi que amar
não requer de tanto
Como vocês conseguem conviver com a possibilidade de um ataque atômico?
Como saber que isso é real e não pirar?
Como continuar a merce de um sistema? Que pode acabar com a sua existência em um clique?
Nos dias de hoje a unica solução que eu encontrei pra tudo isso, é o amor e aproximação. Principalmente os amores naturais, sem cobrança ou dúvida.
Só proteção e lealdade.
Eu sei porque os escritores sofrem tanto! Estão sempre em busca de um preenchimento totalmente vazio de sentimento. A maioria deles, esquecem os amores naturais e vivem em busca dos amores carnais, visuais, historias de amor.
Alguns se afastam de suas famílias para conquistar o mundo, que nunca foi uma grande merda. Consequência, stress, solidão, ansiedade e as demais doenças comuns do século atual.
Esses escritores são vulneráveis por pensarem de mais da conta, por sentir de mais da conta, por observar demais da conta e principalmente por tentar ser lógico.
Como eu consigo me manter sereno? Estou me afastando de tudo que vocês criaram, e estou me conectando com a minha criadora.