Textos de Humildade

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A VERDADEIRA MORADA - ELES VIVEM!
Catarina Labouré / Irmã Zoé .
Queridos irmãos.
que a suave paz e a doce luz de nosso Senhor Jesus,nos envolva e nos sustente como tem sido realizado sobre todos desde tempos imensuráveis sobre suas ovelhas imortais...
Meus filhos,foi estipulado pelos homens,uma data para se lembrar daqueles que adentraram pelas portas da morte do corpo físico,as moradas da casa paterna celestial! O derradeiro momento que se nos parece uma dura separação a qual dizemos respeitosamente,muitos afirmam "saudades eternas" não está de acordo com a vida que pulsa indeterminadamente na mensagem do túmulo vazio de Messias.
Ao cerrarem-se os olhos surrados da carne,quando o corpo inerte e frio,nada responde,causando-nos um amargor e sensação de que tudo acabou,os olhos em espírito translúcidos independentemente da evolução,se abrem em terras que antecedem a estes nas moradas infinitas na casa do Pai!
O fenômeno o qual se deu o nome de morte,não tem existência nem mesmo na própria matéria,pois correspondem à leis de transformações que dão continuidade unicelular a tantas outras vidas,que as lentes microscópicas podem comprovar.Na natureza nada se cria,nada se perde,tudo se transforma.Lavoisier está inquestionavelmente certo,o vaso cadavérico ainda é aproveitado pela natureza mesmo que reduzido a pó,no amparo da sustentabilidade ambiental.Que os incrédulos provem o contrário,sendo que tudo nos fala de vida.
Se a morte tivesse existência própria,equivaleria dizermos que existem duas forças no universo e sabemos sem sombra de dúvidas,que Deus é único,criador de todas as coisas.Ele não deu existência à morte,mas sim um tempo num corpo corruptível que hora se nos apresenta viçoso e logo mais cedo ou mais tarde será devolvido à sua origem no limo.
As palavras encontradas no Antigo Testamento: Tu és pó e ao pó retornará! Só tem efeito se forem analisadas com as palavras sublimais da frase esclarecedora do querido Padre Antônio Vieira quando ainda na terra:Queres saber o que é a vida?Olhai o corpo morto!
Na meditação em tal sensato pensamento,este queria dizer e consolando,que além daquele objeto que nos serviu de de vestimenta por um período,agora está vazio na concepção da palavra vida,porque ela agora,volita na vida verdadeira.
Quando o filósofo Sócrates que antes de Jesus vir assumir o seu insubstituível posto autocrático,perguntaram ao sábio pensador que fora obrigado a beber cicuta,dose suficiente para derrubar mais de dez elefantes,ele alegremente sorve o veneno e declara aos seus seguidores preocupados onde ele gostaria que fosse enterrado o seu corpo?
- O corpo? Este joguem fora...sócrates não habita mais nele!
A morte como sendo irmã da vida,mesmo que pareça um disparate tais palavras,dá a sua contribuição à vida,porque retira o homem do lamaçal fétido aprisionado na terra e o redireciona mais vivo ainda,porque ninguém morre!
Não perdemos os que amamos ou mesmo aqueles que são motivos de escândalos,mas que outros corações amantes choram também desfrutam da mesma essência imortal.
Não nos detenhamos em condenar a alguém,é preferível as desafeições dentro da matéria que fora dela,por causa da nuvem de testemunhas invisíveis que nos cercam,segundo o apóstolo dos gentios.
Não ignora-se a profunda dor que nos assalta quando este momento se concretiza,é uma dor que se pode dizer análoga ao desaparecimento,mas não nos percamos em tais sentidos,pois provas incontestáveis existem que o ser amado vive.Enderecemos a este nosso amor inseparável,mas nunca as palavras de adeus.Um dia vamos nos reencontrar,um dia,porque a cada um segundo as suas obras,na casa do Pai há muitas moradas.A evolução de cada um é o abismo que separava o rico que via o mendigo no seio de Abraão.
Precisamos fazer sem demora,um "exercício" para morte,como?
Nos preparando sempre,na renúncia,na dedicação,na auto iluminação para nos enxergarmos uns aos outros depois do aceno último no campo santo,onde todas as diferenças acabam.
Mas,não duvides todos sobrevivem,vivemos antes do corpo e toda a Bíblia dá nos provas da continuação perpétua do espírito...
Neste dia,em que dizemos comemorarmos o dia dos mortos,que estão sempre vivos e que vem falar aos "vivos" que estão sempre mortos,possamos banhá-los se for o caso com as lágrimas pela falta física,mas é bem sentida a presença constante em nós da sua marca a nos dizer: Estamos aqui,vivos,unamos os nossos sentidos puros e verdadeiros de amor como antes!
Alegremo-nos,isto não faz mal,enfeitemos a casa física de sorrisos e perfumadas flores ou mesmo dentro da expressão de cada fé,manifestemos a nossa gratidão a eles e a Deus pelo momento mesmo que fugaz pelo convívio no corpo.
lembremos a nossa fé as imutáveis e inesquecíveis palavras de Jesus:
- Coragem,eu venci o mundo,tu também o vencerá!
- Ser fiel até o fim e eu te darei a coroa da vida.
É nisto que se consiste a preparação para morte!
Assim agindo,quando este democrático momento vier,doerá,mas doerá menos,porque estaremos preparados.
Muita paz! E apenas um até breve!
( Mensagem recebida na noite de: ( 01/11/2015.)
Médium: Marcelo Caetano Monteiro.

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( _ Quem escreve desde cedo escreve a vida. ) Respondeu o jovem Marcelo Caetano Monteiro ao ser entrevistado pela Rádio de Manhumirim - MG. Programa em época, comandado pelo então conhecido radialista: Amarildo Paradise que na ocasião recebeu do jovem escritor Marcelo, um exemplar do livro: A Valsa Do Pensamento - Obra Filosófica Vol. II. Obra que veio à luz em 09 de Outubro de 1997. Livro impresso na extinta Gráfica Monteiro. Exatamente das mãos do próprio escritor.

QUEM ESCREVE DESDE CEDO ESCREVE A VIDA:
frase: Marcelo Caetano Monteiro.
MARCELO CAETANO MONTEIRO.
Retrato de um Espírito que Escreve o Tempo
Desde os primeiros anos de sua formação intelectual, Marcelo Caetano Monteiro revelou-se um homem vocacionado à contemplação profunda da condição humana. Não se tratou jamais de um impulso circunstancial, mas de uma inclinação antiga, quase ancestral, que o conduziu naturalmente ao silêncio reflexivo, à palavra escrita e à busca incessante por sentido. Sua trajetória inscreve-se no raro campo daqueles que compreendem a literatura não como ornamento, mas como instrumento moral, filosófico e espiritual.
Autodidata por vocação e erudito por disciplina interior, construiu sua formação à margem dos modismos intelectuais, nutrindo-se dos clássicos, da tradição humanista e das grandes correntes do pensamento metafísico. A leitura não lhe serviu como fuga, mas como aprofundamento da realidade. Em sua obra, o homem surge sempre confrontado com sua própria consciência, com a dor silenciosa do existir e com a necessidade de compreender o sagrado que se oculta no cotidiano.
Sua produção literária abrange romances, contos, poemas e reflexões de caráter filosófico, nos quais se percebe uma constante tensão entre o sofrimento humano e a possibilidade de transcendência. A escrita de Marcelo Caetano Monteiro não se submete ao imediatismo; ela exige recolhimento, maturidade e disposição para o mergulho interior. Seus textos frequentemente transitam entre a melancolia lúcida e a esperança austera, jamais concessiva ao sentimentalismo fácil.
Ao longo de sua trajetória, participou ativamente da vida cultural de sua região, integrando e fundando movimentos literários, colaborando com instituições culturais e promovendo a valorização da palavra escrita como forma de elevação moral. Sua atuação estendeu-se também ao campo social, onde a literatura foi compreendida como instrumento de consciência e dignidade humana.
Sua obra, presente em bibliotecas, círculos literários e acervos culturais, reflete uma concepção clássica da escrita: a de que o autor não fala apenas de si, mas empresta voz àquilo que a maioria silencia. Em seus livros, a existência é tratada com gravidade, respeito e profundidade, como se cada frase fosse uma tentativa de reconciliar o homem com o seu destino interior.
Marcelo Caetano Monteiro inscreve-se, assim, na linhagem dos escritores que compreendem a literatura como missão. Não busca o brilho efêmero, mas a permanência ética da palavra. Sua obra permanece como testemunho de que escrever, quando feito com verdade, é um ato de responsabilidade espiritual diante do tempo e da consciência humana.

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AS MUSAS E A ETERNIDADE DO ESPÍRITO CRIADOR.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
Desde os primórdios do pensamento helênico, a humanidade buscou compreender a origem da beleza, da palavra e da ordem que sustenta o mundo sensível. Nesse anseio inaugural, surgem as Musas, filhas de Zeus e de Mnemósine, a Memória, como figuras arquetípicas que não apenas inspiram, mas estruturam o próprio ato de pensar, narrar e criar. Elas não são simples personagens mitológicos, mas manifestações simbólicas do elo profundo entre a consciência humana e o absoluto invisível que rege a arte, o saber e a transcendência.
Segundo a tradição antiga, Zeus uniu-se a Mnemósine por nove noites consecutivas, gerando nove filhas cuja missão seria impedir que o esquecimento devorasse os feitos humanos e divinos. Essa genealogia não é acidental. A memória, elevada à condição divina, torna-se o ventre da cultura. Nada que é belo, verdadeiro ou grandioso subsiste sem ela. As Musas, portanto, não criam o mundo, mas o preservam pela recordação ordenada, pelo canto, pela narrativa e pela forma.
Calíope, a de voz bela, preside a poesia épica e a eloquência, sendo a guardiã das grandes narrativas fundadoras. Clio vela pela história, não como mera cronista dos fatos, mas como consciência do tempo e da responsabilidade moral da lembrança. Erato inspira a poesia amorosa, revelando que o afeto também é uma linguagem sagrada. Euterpe concede ritmo e harmonia à música, expressão sensível da alma em movimento. Melpômene governa a tragédia, ensinando que o sofrimento possui dignidade estética e valor formativo. Polímnia guarda os hinos e a retórica, unindo o sagrado à palavra ordenada. Tália, em contraste fecundo, representa a comédia e a leveza que humaniza a existência. Terpsícore rege a dança, símbolo da integração entre corpo e espírito. Urânia, por fim, eleva o olhar ao céu, fazendo da astronomia uma ponte entre o cálculo e o assombro metafísico.
Do ponto de vista psicológico, as Musas podem ser compreendidas como estigmas da criatividade humana. Elas personificam impulsos internos que emergem quando o intelecto se harmoniza com a sensibilidade. O artista, o pensador e o cientista não criam a partir do vazio, mas de uma escuta interior que os antigos chamavam de inspiração. Nesse sentido, a musa não é uma entidade externa que impõe ideias, mas a expressão simbólica de um estado de abertura da consciência ao sentido profundo da existência.
Filosoficamente, as Musas representam a recusa do esquecimento como destino. Em um mundo marcado pela transitoriedade, elas afirmam a permanência do significado. Cada obra de arte, cada poema, cada investigação científica torna-se um gesto de resistência contra o caos e a dispersão. A tradição ocidental, desde a Grécia clássica até a modernidade, herdou delas a convicção de que conhecer é recordar, e criar é participar de uma ordem mais alta.
Na contemporaneidade, embora o culto ritual às Musas tenha desaparecido, sua presença permanece viva. Elas sobrevivem nos museus, nas academias, nas universidades, na linguagem cotidiana que ainda fala de inspiração e gênio criador. Persistem como metáforas vivas da necessidade humana de dar forma ao indizível e sentido ao efêmero. Mesmo em uma era tecnológica, continuam a sussurrar que não há progresso sem memória, nem inovação sem raiz.
Assim, as nove filhas de Zeus não pertencem apenas ao passado mitológico. Elas habitam o íntimo da cultura, sustentando silenciosamente a ponte entre o caos e a ordem, entre o instante e a eternidade, lembrando à humanidade que toda verdadeira criação nasce do diálogo profundo entre a memória e o espírito.

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A HEREDITARIEDADE À LUZ DO ESPIRITISMO:
GENÉTICA, ESPÍRITO E A PEDAGOGIA DA ENCARNAÇÃO.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
A Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec no século XIX, oferece uma leitura singular e profundamente coerente acerca da constituição do ser humano, integrando ciência, filosofia e espiritualidade em uma síntese harmônica. Embora o conceito moderno de genética ainda não existisse à época de Kardec, suas análises sobre a hereditariedade antecipam reflexões que a ciência contemporânea apenas viria a desenvolver plenamente décadas mais tarde. Ao distinguir com precisão a herança biológica da herança espiritual, o Espiritismo inaugura uma compreensão ampliada da natureza humana, na qual corpo e espírito se articulam sem se confundirem.
Kardec reconhece, com clareza científica, que os traços físicos são transmitidos dos pais aos filhos por mecanismos materiais. A forma do corpo, a estrutura orgânica, as disposições fisiológicas e certas predisposições patológicas pertencem ao domínio da hereditariedade corporal. Essa transmissão se dá segundo leis naturais que regem a matéria viva, hoje compreendidas pela genética. O corpo, nesse sentido, deriva do corpo, submetendo-se às leis biológicas que organizam a vida material.
Entretanto, o Espiritismo estabelece uma distinção fundamental ao afirmar que as qualidades morais, intelectuais e afetivas não são produto da herança física. O Espírito, princípio inteligente e individual, preexiste ao corpo e sobrevive a ele. Cada ser traz consigo um patrimônio moral construído ao longo de múltiplas existências, composto por experiências, conquistas, quedas e aprendizados. Assim, virtudes, inclinações, tendências e aptidões não procedem dos pais, mas da história espiritual do próprio indivíduo.
Essa distinção conduz ao conceito de afinidade espiritual. As semelhanças morais frequentemente observadas entre membros de uma mesma família não resultam de herança genética, mas da reunião de Espíritos afins que se atraem por similitude de tendências. A família, sob essa perspectiva, não é apenas um agrupamento biológico, mas uma comunidade espiritual reunida por laços de afinidade, de reparação ou de aprendizado mútuo. Daí a explicação, apresentada por Kardec, para a existência de famílias moralmente elevadas ou, ao contrário, marcadas por conflitos recorrentes: são Espíritos que se reencontram para progredir juntos.
Elemento central dessa dinâmica é o perispírito, definido como o envoltório semimaterial do Espírito. Ele atua como intermediário entre a alma e o corpo físico, servindo de molde organizador durante a encarnação. É por meio dele que as necessidades evolutivas do Espírito se refletem na formação corporal, influenciando predisposições, limitações e tendências, sempre dentro dos limites das leis naturais. O perispírito não cria o corpo, mas orienta sua estruturação conforme o planejamento reencarnatório.
Nesse contexto, a genética não é negada, mas integrada. Ela constitui o instrumento material por meio do qual se expressa uma realidade espiritual mais profunda. O corpo é o veículo, não a causa primeira. A herança genética oferece os meios; o Espírito, a finalidade. Assim, a ciência e a espiritualidade não se opõem, mas se completam, cada qual atuando em seu campo próprio.
A reflexão se aprofunda quando se considera a encarnação como processo educativo. Segundo o Espiritismo, ninguém encarna ao acaso. A escolha das condições de nascimento obedece a critérios de necessidade moral e progresso espiritual. As limitações físicas, as dificuldades familiares e as circunstâncias sociais não são punições arbitrárias, mas instrumentos pedagógicos destinados ao aprimoramento do ser. A justiça divina manifesta-se não pelo sofrimento imposto, mas pela oportunidade de crescimento que cada experiência proporciona.
Nesse sentido, a encarnação revela-se como expressão da pedagogia divina. O sofrimento deixa de ser visto como castigo e passa a ser compreendido como meio de aprendizagem. A dor, quando compreendida à luz da imortalidade da alma, adquire sentido educativo e libertador. Cada existência corporal representa uma etapa no longo percurso de aperfeiçoamento do Espírito, que avança gradualmente rumo à plenitude moral.
Allan Kardec, em obras como O Livro dos Espíritos, A Gênese e a Revista Espírita, apresenta essa visão com notável coerência filosófica. A vida material surge como campo de experiências necessárias, onde o Espírito aprende a dominar suas inclinações inferiores, desenvolve virtudes e constrói sua própria elevação. Não há privilégios, nem condenações eternas, mas uma justiça divina baseada na responsabilidade e na misericórdia.
Assim, a doutrina espírita não apenas dialoga com a ciência, mas a transcende ao inserir o ser humano em uma perspectiva mais ampla de sentido e finalidade. A genética explica o mecanismo; o Espiritismo revela o propósito. A matéria fornece o instrumento; o Espírito lhe confere direção. Dessa síntese nasce uma compreensão mais profunda da existência, na qual cada vida é uma lição e cada experiência, uma oportunidade de crescimento moral.

" Que essa compreensão ilumine o entendimento humano e fortaleça a consciência de que a existência corporal não é um fim em si mesma, mas uma etapa necessária na longa jornada de aperfeiçoamento do Espírito rumo à plenitude moral. "

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SOB A SOMBRA DA BELEZA NO AMOR.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
O amor nasce já ferido.
Não como promessa, mas como necessidade.
Uma carência inscrita na própria estrutura do querer.
Ama-se não por plenitude, mas por falta.
A beleza surge como engano sublime.
Ela se oferece ao olhar como redenção,
quando na verdade é apenas o véu mais refinado da dor.
Toda forma bela carrega em si a sentença do perecimento,
e é justamente por isso que fascina.
O espírito, ao reconhecer o belo, não encontra repouso.
Antes, inquieta-se.
Pois compreende que aquilo que o atrai
jamais poderá ser possuído sem perda.
Amar é desejar o que inevitavelmente escapa.
A consciência, ao amadurecer, percebe
que o amor não promete felicidade,
apenas instantes de intensidade.
E intensidade é sempre sofrimento condensado.
Quanto mais profundo o vínculo,
mais aguda a percepção do fim.
A mística do amor revela-se então trágica.
O sujeito não ama o outro,
ama a imagem que nele desperta sua própria carência.
E quando essa imagem vacila,
a dor emerge não como surpresa,
mas como confirmação da natureza do querer.
Há uma tristeza inerente à beleza
porque ela nos obriga a desejar o que não se fixa.
Tudo o que é digno de amor
é, por essência, transitório.
E a consciência disso não liberta: aprofunda.
Assim, amar é consentir com o sofrimento lúcido.
É aceitar a vigília permanente do espírito
diante de um mundo que não promete consolo.
A grandeza não está na felicidade,
mas na coragem de contemplar o abismo
sem desviar o olhar.

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A ROSA ESCURA DA DOR.
Do Livro: Não Há Arco-íris No Meu Porão. Ano, 2025.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
Todos temos dores que não pedem cura, apenas permanência.
Elas florescem no interior como uma rosa que se alimenta do próprio sangue do sentir.
Não gritam. Não suplicam. Apenas se abrem, pétala por pétala, no silêncio mais denso da consciência.
A dor que aqui habita não deseja redenção.
Ela existe como rito, como escolha íntima de quem compreendeu que certos sofrimentos não são falhas, mas revelações.
Há uma voluptuosidade secreta no padecer que se reconhece, uma dignidade austera em suportar a própria sombra sem implorar por luz.
O espírito inclina-se diante de si mesmo, não em derrota, mas em reverência.
Cada pensamento torna-se um espinho necessário, cada memória um perfume escuro que embriaga e ensina.
A alma aprende que nem toda ferida quer ser fechada, algumas precisam permanecer abertas para que a verdade respire.
Há uma doçura austera no ato de suportar-se.
Uma forma de amor que não consola, mas sustenta.
A consciência, exausta de fugir, ajoelha-se diante da própria dor e a reconhece como mestra silenciosa.
Assim floresce a rosa escura.
Não para ser admirada, mas para ser compreendida.
Não para enfeitar a vida, mas para dar-lhe gravidade.
Pois somente quem aceita sangrar em silêncio conhece a profundidade do que é existir.

Inserida por marcelo_monteiro_4

A rainha

Conta-se a lenda de uma rainha que viveu num país além-mar há muitos séculos. Sempre coberta de jóias e adornos preciosos que enfeitavam sua vestimenta valiosa, ela não media esforços para atormentar seus servos em prol do aumento da produtividade para saciar seus desejos de ostentar ainda mais a riqueza, ser admirada por todos e tornar-se um exemplo, embora o povo sequer conhecesse o sabor do pão que, em enormes recipientes, eram jogados no lixo todos os dias daquele castelo em que a rainha vivia e de onde raramente saía.

- Nada de útil esse povo pode oferecer-me além do ouro e da seda - dizia ela - para que possa ser dado o tratamento que eu, majestade, mereço. Muitos têm que sofrer para que poucos, como eu, desfrutem do prazer de viver. Essa é a lei! Tenho tudo que preciso: jóias, sedas e um mundo de facilidade e felicidade por isso.

Certa noite, enquanto todos dormiam, um de seus servos bateu à porta de seu aposento e deixou uma carta que dizia:

"Vossa majestade, por favor, com todo seu conhecimento e poder, peço que dê ao povo o que é do povo." Surpresa, a rainha ordenou que os servos trabalhassem mais uma hora por dia e aumentou os impostos da população.

Aproximadamente quinze dias depois, novamente outra carta fora deixada com os mesmos dizeres. A rainha, dessa vez, dobrou a sanção imposta aos servos e ao povo. Assim, passaram-se dois meses; cartas seguidas do aumento de horas e impostos, até que um dia a rainha subitamente sentiu-se mal, sendo constatado por médicos que não resistiria muitos dias devido à sua gravíssima condição.

Em seu leito, reuniu os servos e perguntou quem, durante aqueles dias, deixara cartas solicitando para dar ao povo o que é do povo, bem como o que deveria ser dado. Um dos servos tomou a dianteira do grupo e disse:

"Majestade, sempre acreditei que o que torna um homem rico e um exemplo de vida é o seu trabalho honesto, o reconhecimento de seu esforço e a dedicação com amor àqueles que o cercam. As jóias, os tecidos, nada disso levaremos em nossa trajetória. Gostaria apenas que vossa majestade desse ao povo o que é do povo: respeito enquanto ser humano, admiração enquanto trabalhador e amor como um irmão, pois somente isso nos faz crescer e nos tornarmos admirados, além de ser tudo o que realmente precisamos na vida para alcançarmos a felicidade".

Então, a rainha quase sem forças entregou a ele sua coroa dizendo em tom baixo de voz: "Irmão, vos faço meu sucessor, pois demonstrastes que dentro de ti reina os mais nobres sentimentos! Não fui digna da coroa, mas és digno desse povo!"

Com um delicado desejo de sucesso fechou os olhos e adormeceu para a eternidade.

Inserida por oswaldojrm

A mulher adúltera à luz do Cristo e da Doutrina Espírita.
A ESCRITA DIVINA ENTRE A PEDRA E A TERRA.
A LEI, A CONSCIÊNCIA E O JULGAMENTO À LUZ DA TRADIÇÃO ESPÍRITA.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
Analisaremos uma narrativa bíblica que apresenta dois gestos de escrita que atravessam os séculos como símbolos de autoridade moral, revelação espiritual e exame da consciência humana. Um deles ocorre no monte Sinai, Êxodo: (31:18, 32:15-16) ,quando Moisés recebe as tábuas da Lei gravadas pelo próprio dedo divino. O Local: Monte Sinai (também chamado Horebe).
O Autor: O próprio Deus, usando Seu "dedo" para escrever. O outro manifesta-se séculos depois em João 8:6-8, onde Jesus se inclina e escreve no chão com o dedo enquanto os fariseus o questionam sobre uma mulher adúltera, respondendo com "Aquele de vocês que nunca pecou, atire a primeira pedra", e volta a escrever, mostrando que o que Ele escrevia estava ligado ao julgamento e à Lei de Deus, possivelmente citando Jeremias 17:13 (que fala de nomes escritos na terra para quem abandona o Senhor), mas o texto bíblico não especifica o conteúdo exato das escritas. *Abordaremos mais adiante. Quando Jesus inclina-se diante da mulher acusada de adultério e escreve silenciosamente no pó da terra. Ambos os episódios, quando contemplados sob a ótica espiritual e filosófica, revelam uma continuidade pedagógica da Lei divina, ajustada ao progresso moral da humanidade.
No livro do Êxodo lê-se que o Senhor entregou a Moisés duas tábuas de pedra escritas pelo dedo de Deus, contendo os preceitos fundamentais que deveriam reger a vida moral e social do povo hebreu. Esse gesto não é meramente simbólico. A escrita em pedra indica permanência, solidez e autoridade absoluta. A Lei mosaica nasce como fundamento externo da moral, necessária a um povo ainda rude, incapaz de compreender plenamente os ditames da consciência interior. Conforme registrado no Êxodo trinta e um, versículos dezoito a trinta e dois, quinze e dezesseis, as tábuas eram obra direta de Deus, expressão de uma justiça objetiva, firme e inapelável.
Entretanto, o mesmo texto sagrado narra que Moisés, ao testemunhar a idolatria do povo, quebra as tábuas. O gesto não é de ira humana apenas, mas de revelação simbólica. A Lei, embora divina, não podia permanecer íntegra em corações que a negavam em espírito. Deus reescreve as tábuas, demonstrando que a Lei é permanente, mas sua compreensão depende da maturidade moral daqueles que a recebem. Essa duplicidade já anuncia o progresso espiritual que se desenvolveria ao longo dos séculos.
É nesse horizonte que se insere o episódio narrado no Evangelho segundo João, capítulo oito, versículos seis a oito. Diante de uma mulher acusada de adultério, Jesus não responde de imediato. Ele se inclina e escreve no chão com o dedo. O gesto ecoa deliberadamente o ato divino do Sinai, mas agora não sobre pedra, e sim sobre a terra. A terra representa a condição humana, frágil, transitória, sujeita ao erro. O Cristo não grava mandamentos eternos em tábuas externas, mas provoca a escrita interior da consciência.
A tradição exegética reconhece que o texto não revela o conteúdo da escrita. No entanto, a ausência da palavra escrita não diminui sua força simbólica. Pelo contrário, convida à reflexão. Muitos intérpretes, entre eles teólogos antigos e modernos, associam esse gesto à profecia de Jeremias capítulo dezessete versículo treze, onde se afirma que aqueles que abandonam o Senhor terão seus nomes escritos na terra, pois desprezaram a fonte das águas vivas. Assim, ao escrever no chão, Jesus revela silenciosamente a condição moral dos acusadores, desvelando a incoerência entre a letra da Lei e a vivência ética daqueles que a invocavam.
A lógica espiritual do episódio se aprofunda quando o Cristo pronuncia a célebre exortação segundo a qual aquele que estivesse sem pecado lançasse a primeira pedra. Não se trata de anulação da Lei mosaica, mas de sua elevação. A justiça, que antes se expressava pela sanção exterior, agora é conduzida ao foro íntimo da consciência. A partir desse momento, a Lei deixa de ser apenas um código imposto e passa a ser um espelho moral. Cada acusador, ao reconhecer sua própria imperfeição, afasta-se em silêncio. A escrita na terra cumpre sua função pedagógica ao despertar a responsabilidade individual.
Sob a ótica espírita, essa cena revela com clareza a transição da humanidade da lei do temor para a lei do amor e da responsabilidade. Conforme ensina a doutrina codificada por Allan Kardec, a lei divina é uma só, eterna e imutável em sua essência, mas sua compreensão acompanha o progresso do espírito. A Lei mosaica corresponde a uma fase educativa da humanidade. A mensagem do Cristo representa sua culminância moral, ao deslocar o eixo do julgamento exterior para o tribunal da consciência. Essa interpretação encontra respaldo em obras fundamentais como O Livro dos Espíritos, especialmente nas questões que tratam da lei de justiça, amor e caridade.
Assim, o gesto de Jesus escrevendo na terra não é um ato enigmático isolado, mas a síntese de toda uma pedagogia espiritual. Ele não revoga a Lei recebida por Moisés, mas a interioriza. Não nega a justiça, mas a submete à misericórdia consciente. O dedo que outrora gravou mandamentos na pedra agora escreve sobre o pó humano, indicando que a verdadeira lei não se impõe pela força, mas desperta pela lucidez moral.
Dessa forma, a cena evangélica revela a passagem do Deus que escreve fora do homem para o Deus que escreve dentro dele. A Lei, antes externa, torna-se consciência viva. E a justiça, antes aplicada pela pedra, transforma-se em responsabilidade íntima diante da própria consciência espiritual. É nesse movimento que se cumpre a finalidade maior da revelação, conduzindo a humanidade da obediência cega à compreensão esclarecida do bem.

A MISERICÓRDIA QUE DESVELA A CONSCIÊNCIA:
A mulher adúltera:

No oitavo capítulo do Evangelho segundo João, encontra-se uma das passagens mais tensas sob o ponto de vista moral, psicológico e espiritual da tradição cristã. Trata-se do episódio da mulher surpreendida em adultério, conduzida à presença de Jesus por escribas e fariseus que, mais do que aplicar a Lei, buscavam testar a autoridade moral daquele que perturbava a ordem religiosa vigente.
A cena ocorre no Templo de Jerusalém, espaço sagrado por excelência, símbolo do pacto entre Deus e o povo de Israel. Ali, diante de uma assembleia expectante, apresenta-se uma mulher reduzida à condição de objeto jurídico e moral. Não há menção ao homem envolvido no ato, revelando, desde logo, o viés patriarcal e seletivo da aplicação da Lei Mosaica. Conforme prescrevem os textos do Levítico 20:10 e do Deuteronômio 22:22, ambos os culpados deveriam ser punidos com a morte. Contudo, apenas ela é exposta, humilhada, julgada.
Esse detalhe não é secundário. Ele evidencia a assimetria moral de uma sociedade que instrumentalizava a Lei para exercer domínio, não para promover justiça. A legislação mosaica, embora elevada para seu tempo, fora convertida em instrumento de rigor desprovido de misericórdia, afastando-se do espírito da lei para apegar-se à letra morta.
É nesse cenário que Jesus se manifesta, não como legislador, mas como consciência viva. Diante da armadilha, cuidadosamente arquitetada, Ele não reage de imediato. Abaixa-se, escreve no chão, silencia. Esse gesto, tantas vezes interpretado como enigmático, revela uma pedagogia espiritual profunda: antes de julgar, é preciso recolher-se; antes de acusar, é necessário olhar para dentro.
Quando finalmente se pronuncia, sua frase atravessa os séculos com força inalterável: “Aquele que estiver sem pecado, atire a primeira pedra”. Não se trata de um artifício retórico, mas de uma convocação à lucidez moral. Subitamente, a acusação externa converte-se em exame interior. A justiça punitiva dissolve-se diante da consciência desperta.
Um a um, os acusadores se retiram. O silêncio que se instala não é vazio, mas revelador. Ele expõe a verdade essencial: ninguém está isento de faltas; ninguém possui autoridade moral absoluta para condenar o outro. O Cristo não absolve o erro, mas separa o erro do que o comete. Quando diz à mulher “vai e não peques mais”, une misericórdia e responsabilidade, compaixão e ética.
Sob a ótica do Espiritismo, esse episódio assume profundidade ainda maior. Allan Kardec, ao examinar a moral evangélica à luz da razão, ensina que a verdadeira justiça divina não se exerce pela punição sumária, mas pela educação do Espírito. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, especialmente no capítulo décimo, destaca-se que a indulgência é uma das mais elevadas virtudes, pois reconhece no erro uma etapa do aprendizado espiritual, jamais uma condenação definitiva.
A mulher adúltera, portanto, representa a humanidade imperfeita em processo de ascensão. Seu erro não a define; sua possibilidade de regeneração a dignifica. Jesus não a absolve por condescendência, mas por compreensão profunda das leis morais que regem a evolução do Espírito.
A psicologia espiritual, conforme desenvolvida posteriormente por autores como Joana de Ângelis , reforça essa compreensão ao afirmar que todo julgamento severo projeta, muitas vezes, conflitos não resolvidos do próprio julgador. Aquele que acusa com veemência revela, inconscientemente, suas próprias sombras. Daí a advertência evangélica sobre o argueiro e a trave: vemos com facilidade os defeitos alheios, mas somos indulgentes com os nossos.
Nesse sentido, o episódio não é apenas histórico ou religioso. Ele é arquetípico. Revela o drama humano entre culpa e redenção, entre julgamento e misericórdia. Ensina que a verdadeira justiça não humilha, não expõe, não destrói. Ela educa, esclarece e conduz à renovação íntima.
A Doutrina Espírita, ao retomar esse ensinamento, reafirma que todos somos Espíritos em aprendizado, sujeitos a quedas e reerguimentos. Ninguém está autorizado a apedrejar moralmente o outro, pois todos caminhamos sob as mesmas leis divinas de causa e efeito, progresso e responsabilidade.
Assim, o Cristo não apenas salvou aquela mulher da morte física, mas ofereceu à humanidade uma lição eterna: a de que o amor esclarecido supera a rigidez da lei, e que a verdadeira justiça nasce da consciência iluminada pelo bem.
Em última análise, o episódio convida cada ser humano a voltar o olhar para si mesmo, reconhecer suas fragilidades e, a partir desse reconhecimento, aprender a amar sem condenar. Eis a essência do Evangelho vivido. Eis o cerne da ética espírita. Eis a pedagogia do Cristo, eterna e transformadora.

Inserida por marcelo_monteiro_4

É perigoso ser religioso – quanto mais religioso, mais perigo corre. A religião ensina amor e humildade. Amar os outros como a si mesmo e ser humilde são ideais muito bonitos. Praticá-los é outra coisa… Falar de amor e humildade e vivê-los são coisas distintas. Quanto mais discurso, menos prática. O amor e a humildade são silenciosos – não falam de si mesmos e não chamam atenção.

Tempo de festa, de harmonia, de reconciliação. Tempo de perdoar e amar, de humildade, de ser feliz. Tempo de pensar em Deus. Que todos os dias de sua vida seja Natal, e seja presenteado por todos esses sentimentos que é a mais pura expressão de vida e do amor infinito de Nosso Senhor. Feliz Natal...

Não sou normal, não nasci para ser normal, e desconforta-me a falta de humildade das pessoas, na falta de aceitação pela minha anormalidade. Sou quem sou. Não me marquem como alguém que não sou, até me conhecerem. Alias, até hoje, ninguém, até me conhecer, gostou de mim...Mas, também não exista ninguém quem me deixe sem chorar...

"Bonito mesmo é ser humilde. É tratar as pessoas bem, dar atenção a todo mundo. Eu vejo tanta gente supervalorizando um rostinho de anjo, um corpinho escultural, quando o que realmente encanta é aquilo que não se vê na balada em duas palavrinhas trocadas com uma bebida na mão. Eu fico decepcionada quando vejo pessoas se livrando umas das outras com a mesma facilidade que se amassa papel para jogar num cesto de lixo, sob algum pretexto do tipo: “-ah, porque ele é feio”. Ridícula é essa atitude de rotular pessoas. Cada ser humano é um estranho ímpar, tem a sua história e passou por coisas que ninguém sabe para estar aqui, e o mínimo que você pode oferecer é a sua atenção. Ser educado e atencioso não deveria ser qualidade, mas sim obrigação. Agora eu reparo daqui a distância. As pessoas descartam pessoas interessantes sem nem se permitir conhecê-las, para supervalorizar outras que as menosprezam. Depois se queixam que ninguém quer nada sério. É como procurar chifre em cabeça de cavalo. Vocês não vão encontrar nunca. E isso só vai alimentar a frustração de vocês. Dê valor a quem te der valor, simples assim. Mudem os focos e as prioridades."

Possuir inteligência, é levar sua vida de maneira simples, humilde e vez ou outra (se não quase sempre), mostrar-se o extremo da idiotice. Fazer-se de tolo permite, aos que possuem inteligência, despejar suas verdades com riso no rosto, saboreando o tolo real rir e irritar-se com seus próprios passos errôneos. Os que possuem inteligência real, sentam-se em observância e contemplam, mesmo que em grande distância, o tolo se debater em sua ambição e enganos, se perdendo do que realmente importa. Mas é bom, aos inteligentes, lembrar que inteligência não denota sabedoria.

Ninguém é digno de ser mais que o outro. Ser humilde é aceitar toda e quaisquer diferenças existentes em cada ser. É ser digno de seus atos, e reconhecer suas falhas. Ninguém nasce e cresce, nem se torna perfeito, somos moldados conforme cada falha e regeneração. A vida em si é uma mutação onde estamos inseridos a mudar. Não mudar não te faz dono de si, mas algoz de si mesmo.Tudo se transcende de como você trata e se trata. Humildade não está só nos gestos. Humildade é uma riqueza que está no coração e ramificada na alma.

Sejamos simples, humildes, menos exigentes, menos marketing e mais produto. Sejamos sorriso gratuito, sejamos abraços fortuitos, sejamos andar ao sol, admirar a lua, banhar na chuva e pisar na lama. Sejamos desarrumar a cama, não maquiar o rosto, se contentar com o esboço, reconhecer quem nos ama.

Humildade não é a atenção intencional provocada pelo pensamento pretensioso diante de uma cena para se destacar; não é um momento isolado de aceitação na futilidade de uma descontração; não é o abraçar em pessoas que mesmo distante de superar suas expectativas, ainda assim, dispõe de algum dom lucrável, tampouco, o belo querendo ser simpático cedendo a um fútil segundo um destaque ao feio e necessitado. A humildade está além das nossas atitudes, ela é a transparência da alma, o reflexo do coração, o pulsar benéfico do pensamento caridoso, a manifestação de amor ao próximo, à tolerância ativa e viva da vida em suas diferenças e entendimento e, a aceitação de vê-se como um ser comum e igualitário, porém pleno de princípios e compaixão.

Sabe o que está faltando? -Está faltando olho no olho. Está faltando lealdade, caridade, humildade... Falta quem ajude, ao invés de criticar. Está faltando mais abraços, mais 'eu te amo' e 'muito obrigado'. Está faltando bons sentimentos. Está faltando coragem de assumir os erros cometidos e sobrando desculpas, mentiras e promessas quebradas.

Sua humildade foi testada. Sua paciência foi colocada em cheque. Sua determinação e sua ambição também. Você não pode deixar com que essas pessoas te façam sentir, nem mesmo por um segundo, que você foi diminuído ou rebaixado. Você deve chegar à conclusão de que a vida é curta e dar o seu melhor. Essas são as cartas que você recebeu, e você deve aprender a jogar com elas. Não tem como você ficar desperdiçando todo esse tempo imaginando que as coisas poderiam ter sido diferentes.

Henry Rollins

Nota: Trecho de "Letter to a Young American Redux".

Obrigada meu bom Deus pelo dom da sabedoria e da humildade, de poder procurar dar o meu melhor a todas as pessoas sem discriminação de cor, raça, religião ou outros. Agradeço a Deus e alegra-me pensar, que todos aqueles que passaram para um outro plano e que tiveram a oportunidade de cruzar comigo nessa vida, não levaram nenhum desprazer, pelo menos da minha parte. Caso contrário, não seria apenas as boas lembranças e saudades, mas ressentimentos e mágoas de arrependimento, sem dúvida, essa dor seria bem pior... Peço ao pai dos céus, o conforto para todos aqueles que perderam seus entes queridos. Alegrem-se, pois se Deus é infinitamente perfeito, ele não deixaria em semi circulo e os nossos "porques"(?????) um dia serão bem compreendidos. Sei que é difícil, mas vale a pena pensar assim...

Sobre pessoas humildes, simples, que ostentam sorrisos, que riem de coisas bobas e demostram que gostam da forma mais simples. Pessoas que não estão nem aí pro carro que você tem, com a marca ou preço das suas roupas, estão nem aí pra onde ou com quem você mora, que dão vácuo na rede social, mas sempre pedem desculpas, que são muito mais "vamos,vamos" do que "vou ver" e que sempre perguntam "como você está?". Pessoas que dividem o lanche, a conta o chocolate e também as frustrações e alegrias: AMO VOCÊS ❤