Textos de Filhos para os Pais

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Quem é você? — perguntou a Lagarta.
Eu... mal sei, Sir, neste exato momento... pelo menos sei quem eu era quando me levantei esta manhã, mas acho que já passei por várias mudanças desde então. — respondeu Alice.
Que quer dizer com isso? — esbravejou a Lagarta. Explique-se.
Receio não poder me explicar. Por que não sou eu mesma, entende? — disse Alice.
Não entendo. — respondeu a Lagarta.
Receio não poder ser mais clara. Pois eu mesma não consigo entender, para começar; e ser de tantos tamanhos diferentes num dia é muito pertubador. — completou Alice.

Alice no país das maravilhas Lewis Carroll
CARROLL, L., Alice no País das Maravilhas, 1865

Que espécie de gente vive por aqui? — perguntou Alice
Naquela direção, vive um Chapeleiro; e naquela direção, vive uma Lebre de Março. Visite qual deles quiser: os dois são loucos. — respondeu o Gato.
Mais não quero me meter com gente louca. — Alice observou.
Oh! É inevitável, somos todos loucos. Eu sou louco. Você é louca. — disse o Gato.
Como sabe que sou louca? — indagou Alice.
Só pode ser, ou não teria vindo parar aqui. — respondeu o Gato.

Alice no país das maravilhas Lewis Carroll
CARROLL, L., Alice no País das Maravilhas, 1865

- Gatinho de Cheshire (...) Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora daqui?
- Isso depende muito de para onde quer ir - responder o Gato.
- Para mim, acho que tanto faz... - disse a menina.
- Nesse caso, qualquer caminho serve - afirmou o Gato.
- ... contanto que eu chegue a algum lugar - completou Alice, para se explicar melhor.
- Ah, mas com certeza você vai chegar, desde que caminhe bastante.
- Mas eu não quero me meter com gente louca - ressaltou Alice.
- Mas isso é impossível - disse o Gato. - Porque todo mundo é meio louco por aqui. Eu sou. Você também é.
- Como pode saber se sou louca ou não? - disse a menina.
- Mas só pode ser - explicou o Gato. - Ou não teria vindo parar aqui.
Alice achou que isso não provava nada. No entanto, continuou:
- E como você sabe que é louco?
- Para começo de conversa - disse o Gato - um cachorro não é louco. Concorda?
- É, acho que sim - disse Alice.
- Pois bem... - continuou o Gato. - Você sabe que um cachorro rosna quando está bravo e abana o rabo quando está feliz. Mas eu faço o contrário: eu rosno quando estou feliz e abano o rabo quando estou bravo. Portanto, eu sou louco.
(Alice No País das Maravilhas)

Alice no país das maravilhas Lewis Carroll
CARROLL, L., Alice no País das Maravilhas, 1865

O amor maior

O amor não perde a graça, nós é que perdemos a graça de amar, porque estamos acostumados com as facilidades.
Hoje em dia ninguém quer lutar por um grande amor, apenas queremos um amor pronto, sem dificuldades, sem lutas, sem percas, sem dor e sem escândalos.
Queremos manter as aparências diante das pessoas, mais não queremos manter um grande amor.
Preferimos ser reconhecidos e exaltados a desconhecidos, humilhados mais amados.
Preferimos nos esconder atrás das artes, do que descobrir a doce arte de amar.
Preferimos esperar por um amor melhor, do que desfrutar do melhor que este amor tem pra dar.
Sempre achamos que o melhor está por vir, sendo que o melhor já veio e esta aqui.
Nós é que por medo, imaginamos um outro amor, uma outra história, uma nova vida, um novo dia, um novo tempo.
Mais nunca haverá espaço para outro amor.
Porque o amor maior prevalecera para sempre.

A dor do amor.

Como é difícil às vezes esperar pelo amor.
Ainda mais quando há barreiras a serem superadas.
A pior dor do amor é quando temos o amor bem perto e não podemos desfrutá-lo.
Ou quando a outra parte não age com a mesma intensidade, com a qual gostaríamos que agisse.
O problema deve ser este, em esperar demais pelo amor ou do amor.
Temos que aprender a amar, a doar amor sem cobranças, assim como uma criança que ama e não pede nada em troca.
Tenho vontade de gritar: quero aprender a amar! Será que isso existe?
Espero que com o tempo, este amor resista a estes momentos de dor.
E venha a ser vivido com toda liberdade, sem barreiras, sem interrupção e com intensidade.

Daiana Pais

Meu Deus, meu Deus! Como tudo é esquisito hoje! E ontem tudo era exatamente como de costume. Será que fui eu que mudei à noite? Deixe-me pensar: eu era a mesma quando me levantei hoje de manhã? Estou quase achando que posso me lembrar de me sentir um pouco diferente. Mas se eu não sou a mesma, a próxima pergunta é: "Quem é que eu sou?". Ah, essa é a grande charada!

Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo.

Desconhecido

Nota: Autoria desconhecida, o texto é frequentemente atribuído ao escritor José Saramago.

"Vamos, não adianta nada chorar assim!" — disse Alice a si mesma, num tom áspero. "eu a aconselho a parar já" — em geral dava conselhos muito bons a si mesma (embora raramente os seguisse), repreendendo-se de vez em quando tão severamente que ficava com lágrimas nos olhos...

Alice no país das maravilhas Lewis Carroll
CARROLL, L., Alice no País das Maravilhas, 1865

Na educação de nossos filhos
todo exagero é negativo.
Responda-lhe, não o instrua.
Proteja-o, não o cubra.
Ajude-o, não o substitua.
Abrigue-o, não o esconda.
Ame-o, não o idolatre.
Acompanhe-o, não o leve.
Mostre-lhe o perigo, não o atemorize.
Inclua-o, não o isole.
Alimente suas esperanças, não as descarte.
Não exija que seja o melhor, peça-lhe para ser bom e dê exemplo.
Não o mime em demasia, rodeie-o de amor.
Não o mande estudar, prepare-lhe um clima de estudo.
Não fabrique um castelo para ele, vivam todos com naturalidade.
Não lhe ensine a ser, seja você como quer que ele seja.
Não lhe dedique a vida, vivam todos.
Lembre-se de que seu filho não o escuta, ele o olha.
E, finalmente, quando a gaiola do canário se quebrar, não compre outra.
Ensina-lhe a viver sem portas.

OS VIRGENS

Sou virgem e meu signo é Leão. Sou casada e sou virgem, tenho filhos e sou virgem. Tão virgem quanto você.

Quando falamos em virgindade, logo pensamos em sexo, e a partir do dia que o experimentamos, o mundo parece perder seu mistério maior. Não somos mais virgens - que grande ilusão de maturidade.

Virgindade é um conceito um tanto mais elástico. Somos virgens antes de voltar sozinhos do colégio pela primeira vez. Somos virgens antes do primeiro gole de vinho. Somos virgens antes de conhecer Nova York. Somos virgens antes do primeiro salário. E podemos já estar transando há anos e permanecermos virgens diante de um novo amor.

Por mais que já tenhamos amado e odiado, por mais que tenhamos sido rejeitados, descartados, seduzidos, conquistados, não há experiência amorosa que se repita, pois são variadas as nossas paixões e diferentes as nossas etapas, e tudo isso nos torna novatos.

As dores, também elas, nos pegam despreparadas. A dor de perder um amigo não é a mesma de perder um carro num assalto, que por sua vez não é a mesma de perder a oportunidade de se declarar para alguém, que por outro lado difere da dor de perder o emprego. Somos sempre surpreendidos pelo que ainda não foi vivido.

Mesmo no sexo, somos virgens diante de um novo cheiro, de um novo beijo, de um fetiche ainda não realizado. Se ainda não usamos uma lingerie vermelha, se ainda não fizemos amor dentro do mar, se ainda cultivamos alguns tabus, que espécie de sabe-tudo somos nós?

Eu ainda sou virgem da neve, que já vi estática em cima das montanhas, mas nunca vi cair. Sou virgem do Canadá, da Turquia, da Polinésia. Sou virgem de helicóptero, Jack Daniels, revólver, análise, transa em elevador, LSD, Harley Davidson, cirurgia, rafting, show do Neil Yong, siso e passeata. A virgindade existencial nos acompanha até o fim dos nossos dias, especialmente no último, pois somos todos castos frente à morte, nossa derradeira experiência inédita. Enquanto ela não chega, é bom aproveitar cada minuto dessa nossa inocência frente ao desconhecido, pois é uma aventura tão excitante quanto o sexo e não tem idade pra acontecer.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Felicidade Crônica. Porto Alegre: L&PM, 2014.

MÃES MÁS

Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:
– Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
– Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer vocês saberem que aquele novo amigo não era boa companhia.
– Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".
– Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto a vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
– Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
– Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade por suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também!
E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
"Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo..."
– As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas.
As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (tocava nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails).
Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violava as leis do trabalho infantil. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho, que achávamos cruéis.
Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos, tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.
Enquanto todos podiam voltar tarde à noite, com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por qualquer crime.
Foi tudo por causa dela.
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", como minha mãe foi.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes mães más.

[Conselhos para os meus três filhos]
Um, lembre-se de olhar para as estrelas e não para baixo, para seus pés. Dois, nunca desista do trabalho. Trabalho dá significado e propósito, e a vida está vazia sem eles. Três, se você tiver sorte o suficiente para encontrar o amor, não o deixe ir embora.

Aos Nossos Filhos
Elis Regina
Composição: Ivan Lins/Vitor Martins

Perdoem a cara amarrada,
Perdoem a falta de abraço,
Perdoem a falta de espaço,
Os dias eram assim...

Perdoem por tantos perigos,
Perdoem a falta de abrigo,
Perdoem a falta de amigos,
Os dias eram assim...

Perdoem a falta de folhas,
Perdoem a falta de ar
Perdoem a falta de escolha,
Os dias eram assim...

E quando passarem a limpo,
E quando cortarem os laços,
E quando soltarem os cintos,
Façam a festa por mim...

E quando lavarem a mágoa,
E quando lavarem a alma
E quando lavarem a água,
Lavem os olhos por mim...

Quando brotarem as flores,
Quando crescerem as matas,
Quando colherem os frutos,
Digam o gosto pra mim...

Digam o gosto pra mim...

AMOR E QUE AMOR QUE NÃO ACABA
Amor romântico, Amor de pai, Amor de mãe, Amor de filhos, amor de irmãos, Amor de parentes, amor de amigos, Amor pelo próximo, Amor do Amor, Amor, Amor, enfim Amor!
Quantas vezes ouvimos e também já dissemos: Eu te Amo!
Nas paixões, num momento de satisfação, de alegria, de conforto, de bem estar, de consolo, de romantismo, de querer amar.
Emoção ou Amor, pois do Amor á emoção faz parte, mas na emoção nem sempre temos o Amor.
Amor e que Amor que não acaba!
Reflita se você ama mesmo:
Amor não pede;
Amor dá.
Amor não sacrifica;
Amor alivia;
Amor não exige condições para se ter Amor:
Amor atenua por Amor;
Amor não pede o sofrimento e a angustia em troca do amor;
Amor trás conforto e solução;
Amor não ofende;
Amor é feito e vivido de palavras doces;
Amor não exige abandono das coisas que gosta, e que ama para ter Amor;
Amor não é egoísta; Amor se preocupa com o Amor do Amor;
Amor não impõe sofrimento;
Amor é felicidade sempre;
Amor não rejeita de forma nenhuma carinho do Amor;
Amor se acalenta com um simples gesto de Amor:
Amor não trai;
Amor é fiel em todos os sentidos;
Amor não desmerece o Amor;
Amor enobrece e alavanca o Amor;
Amor não pede abandono:
Amor batalha junto para atenuar a alma do Amor;
Amor não amargura o dia e a vida:
Amor dá cor e dá brilho ao dia e a vida, todos os dias e para toda vida;
Amor nunca pede a distancia;
Amor quer viver, ficar, andar e respirar junto;
Amor não prejudica a honra, o trabalho e a responsabilidade;
Amor apóia. Aconselha de forma branda, incentiva o trabalho e o compromisso;
Amor não tira a força;
Amor é a fonte de criação e potencia;
Amor não trás transtorno num dia feliz;
Amor dá felicidade, cultiva o sorriso, cultiva a alegria de Amar;
Amor não rejeita e deixa sem jeito o Amor que esta sendo dado, a procura;
Amor atende, e com carinho permite que o Amor encontre;
Amor não tem gestos de agressividade contra o Amor;
Amor acaricia o Amor;
Amor não repudia de forma grosseira;
Amor acalenta e faz descansar;
Amor não exige guerras e combates do Amor;
Amor apóia, aconselha a harmonia das coisas;
Amor não afasta;
Amor atrai;
Amor não cansa;
Amor descansa;
Amor não pesa;
Amor é leve;
Amor não deseja ficar só;
Amor quer estar sempre com o amor;
Amor não desconfia e não tem aparas para o Amor;
Amor é livre, leve e direto;
Amor não trás desaforo e rancor;
Amor só dá felicidade e carinho constantes;
Amor e que amor que não acaba;
Amor forte, amor brilho, amor luz , amor tenaz
Amor BEM E PAZ......................
A falta de entender o que é o Amor verdadeiro leva a morte do Amor.
Como é triste a morte do amor!
Pois quando morre o Amor, morreu o calor, morreu o olhar, morreu musica e canção, morreu o coração;
Quando morre o amor;
Morreu a felicidade, a harmonia da vida, a beleza real do mar, das montanhas, do céu, do infinito, morreu o brilho e a luz;
Morreu o Amor
Morreu na sua alma ........Jesus.
E como viver com uma alma sem amor?
É como num paradoxo inimaginável: Morrer vivendo.
Alma sem o verdadeiro Amor é o sentimento do vazio.
Muita gente passa a passará pela vida sem nunca ter recebido o verdadeiro Amor:
Outros passarão imaginando ter dado ou recebido o Amor:
Outros, se quer vão saber que nunca o conheceram.
Pois quem não o conhece, quem o interpreta de forma equivocada, quem o imagina e não vive, se quer pode reconhecer quando ele esta presente, latente, vivo porque dá vida.
A arte de viver vivendo.
O amor que não acaba NUNCA. Amor que vive para SEMPRE.
E o NUNCA igualzinho ao SEMPRE é um tempo longo demais.
É equivalente ao tudo e ao nada. Vai daqui ao sem fim. Ultrapassa o tempo e o espaço.
Ultrapassa a existência e a materialidade.
É a conjunção do coração, alma, espírito, essência, enfim a comunhão da espiritualidade.
Amor e que Amor que não acaba!
Amor á força, o segredo, o mistério, o caminho da vida e do Universo,
Amor e que Amor que não acaba!
Amor de todos os sentidos;
Amor e todo tipo de amor de todos os dias meus;
Amor sem fim;
Amor de Deus;
Ou...............
Simplesmente
AMOR.

Poema enjoadinho

Filhos . . . Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete . . .
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los . . .
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!

Vinicius de Moraes
Antologia poética

Ainda hoje somos homens e mulheres de passagens; somos filhos da Páscoa.
Os mares existem; os cativeiros também. As ameaças são inúmeras. Mas haverá sempre uma esperança a nos dominar; um sentido oculto que não nos deixa parar; uma terra prometida que nos motiva dizer: Eu não vou desistir!
E assim seguimos. Juntos. Mesmo que não estejamos na mira dos olhos.
O importante é saber, que em algum lugar deste grande mar de ameaças, de alguma forma estamos em travessia...

Talvez você case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não. Talvez se divorcie aos quarenta, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante.
Faça o que fizer não se auto congratule demais, nem seja severo demais com você, as suas escolhas têm sempre metade das chances de dar certo, é assim para todo mundo.

Bom seria se todos os dias fossem o "Dia das Mães",
Se os filhos acordassem sensíveis a uma tamanha gratidão,
Se os corações de todos fossem presenteáveis,
Se o amor por todas elas fosse coberto de obediência, respeito, carinho e cuidados.

Ah, bom seria se todos os dias fossem o "Dia das Mães", se os filhos ouvissem seus conselhos como ouve o melhor amigo, se eles a tratassem realmente todos os dias como uma joia de grande valor, e pensassem bem antes de lhe responder indevidamente.

Bom seria se todos os dias fossem o "Dia das Mães", e os filhos não as abandonassem depois que crescessem ou constituíssem suas próprias famílias, nem as rejeitassem pelas consequências da idade que o tempo traz.

Bom seria, sim, se todos os dias fossem o "Dia das Mães", e a gente pudesse florir a vida dela como florimos hoje, e dizer a cada amanhecer sem ser preciso tantas festas aparentes... "Mãe, eu amo você"... Bom seria... Se todos os dias fosse mesmo o Dia das Mães.

Sem Deus, meus filhos, minha família e você, meu fã, eu não poderia te feito isto tudo, seu amor, seu apoio e lealdade fez isto tudo ser possível. Você estava lá quando eu realmente precisei de você, seu sempre e presente amor ajudou-me e enxugou minhas lágrimas e carregou-me. Eu precisarei da sua devoção e apoio para sempre. Você é minha inspiração.
Com amor...
(comunicado escrito no dia do seu julgamento para os fãs)

Amor de Pai ...

O amor de PAI tem raízes
Quando põe filhos no mundo
Se alguém os faz infelizes
Vive em desgosto profundo

Chora de noite e de dia
Sem nada poder fazer
Nunca mais tem alegria
E assim vive até morrer

Quando em trabalhos me vi
Metido em grandes sarilhos
A vida a Deus ofereci
P’ra me salvar os meus filhos

Eu tenho uma cama assim
Que faço com todo o jeito
P’rós afagar junto a mim
A noite quando me deito

Eu queria ter junto a mim
Os dois filhotes que fiz
Não podendo ser assim
Não me sinto um pai feliz

Queria falar com Jesus
Que tanto poder encerra
P’ra me aliviar a cruz
Que eu carrego na terra

Agarro-me á minha cruz
Como se fosse um troféu
Que foi o que fez Jesus
E no fim ganhou o Céu

Muito gostava eu de ver
Mas é feito a horas mortas
Deus do Céu a escrever
Direito por linhas tortas