Textos de Capacidade
Para com essa mania de tentar concertar as coisas, de tentar mudar o que tinha que acontecer, o que você sabia que ia acontecer. No fundo você sabia que não seria para sempre, que tem outra história destinada a você. Deixa de lado toda essa baboseira e larga um pouco desse drama, comece a olhar o lado bom das coisas ruins: você está livre. Você está livre para seguir com sua vida, está livre para encontrar novos caminhos, viver novos momentos, ocupar-se com novas histórias e conhecer novas pessoas. Você está livre para seguir seu caminho, está livre para fazer novas escolhas e livre para fazer o que quiser. Deixa o que já passou bem guardadinho nas lembranças, você teve suas chances, você deu as chances e não deu certo, já deu tudo o que tinha que dar e foi certo enquanto durou, mas agora acabou. Deixa de ficar choramingando migalhas do passado e comece a olhar as oportunidades que a vida está te dando. É tudo um ciclo, e aquela parte da sua vida com aquela pessoa também era um ciclo, um ciclo que já se fechou. O que você tinha para fazer, já fez. E o que deveria ter feito agora não vêm ao caso mais, já passou. Agora está na hora de levantar esse queixo, abandonar esse drama, aceitar o que passou e seguir em frente. Você está livre, talvez você não perceba isso hoje, amanhã ou semana que vem, mas hora ou outra você vai entender que na vida coisas boas se vão para abrir espaço para coisas melhores chegarem.
Não me canso de você. Não me canso da sua voz e nem da sua falta de jeito quando fica com vergonha. Não me canso de escutar sua risada e suas piadas que só você acha graça. Não me canso de sentir você aqui do meu lado, não me canso de puder te abraçar a qualquer hora. Não me canso de imaginar e sonhar o nosso futuro, nossa casa, nosso jardim, nossos filhos e nossos cachorros. Não me canso de imaginar eu te esperando chegar do serviço, na nossa casa, com o jantar na mesa e uma comédia na TV esperando para ser assistida. Não me canso de te ter em minha vida. Não me canso dos roncos que você dá de vez em quando e nem de quando você insiste em puxar a coberta no meio da noite. Não me canso de cada detalhe teu, de cada qualidade tua, de cada defeito teu. Não me canso de desejar que o dia passe, que as horas voem para te ter ao meu lado. Eu simplesmente não me canso de você. Eu não me canso de te olhar, de sonhar e imaginar minha vida, aliás nossa vida, juntos, um futuro todinho nosso. Não me canso de você. Não me canso de amar você.
É só mais uma virada de ano chegando trazendo à tona todas as lembranças, memórias e recordações de todos esses 365 dias que se passaram, ou melhor, 365 oportunidades. 365 oportunidades de fazer diferente, de ser diferente, de tentar novamente. Um ano de muitas chegadas, muitas partidas, muitas despedidas. Muitas surpresas, muitas decepções, muitas palavras bobas que foram ditas ao vento e promessas feitas que se dissolveram com o tempo. Vários sonhos, vários desejos, várias orações. Vários beijos, vários abraços, vários corações. Um ano de muitas escolhas, de muitas expectativas, de muitas promessas. Um ano de muitas emoções, muitos sentimentos e muitos momentos. Um ano de desafios, de aprendizagem, de amadurecimento, de adaptação. Um ano que apesar dos pesares, compensou. Um ano que apesar de muitos momentos difíceis e de muitos empurrões da vida, valeu a pena. É só mais uma virada de ano chegando, mas dessa vez sem ilusões de criar expectativas para o próximo ano que está chegando, somente a certeza que estará entregue nas mãos da Deus, à favor da vida, de acordo com o destino. Para o próximo ano sem promessas e sem metas, apenas a de aproveitar os bons ventos e os bons sentimentos, com calma, amor e compreensão. Ano novo, caminhos novos, alma renovada.
E quando se tem a mania de escrever, é assim: transformamos dores, alegrias, tristezas, sentires variados, em letras, palavras que formam frases. Algumas curtas, outras nem tanto. Mas, que muitas vezes, saem como/ ou no lugar das lágrimas, das dores que costumam, pela sensibilidade exagerada, serem igualmente exageradas, intensas. E transbordantes. Mas igualmente são sentidos os sentires de felicidade. E igualmente saem interpretando os sorrisos, ecoando as gargalhadas!! Em letras que se juntam, e formam palavras, que em sequencia, viram frases, textos. E assim, nos aliviamos, nos expressamos e compartilhamos o que acontece aqui fora, e nos atinge aqui dentro!
Quer saber a real? Tô cansada. Cansada de me importar com coisas que não deveria dar a mínima, cansada de me sentir péssima por coisas que são incontroláveis, cansada de ter que ler e ouvir coisas de gente que não me quer bem. Tô cansada disso tudo e mais um pouco. O fato é que eu não deveria ligar para suas palavras, eu não deveria me deixar abalar por elas. Porque é verdade incontestável que pessoas amargas falam coisas amargas só pra fazer pessoas doces serem tão amargas quanto elas já são.
Sempre me perguntam de onde tiro esse sorriso, essa alegria e esse ânimo de viver, essa confiança inabalável, essa fé indestrutível e essa força para sempre vencer. Sempre querem saber de de onde tiro a esperança no amanhã e a certeza que nada poderá me abalar e que sou capaz de superar tudo. E eu sempre respondo: "Eu tenho Deus na minha vida e no meu coração."
Sempre me perguntam de onde tiro esse sorriso, essa alegria e esse ânimo de viver, mesmo passando por tantos momentos difíceis. Sempre me perguntam de onde vem essa confiança inabalável, essa fé que se renova e essa força para sempre correr atrás da vitória. Querem saber de onde tiro essa minha esperança no amanhã, a certeza que nada poderá me abalar e que sou capaz de superar. E eu sempre respondo: "Eu tenho Deus na minha vida e no meu coração."
Quem sou eu? Venho tentando encontrar uma resposta para isso desde quando comecei a escrever. São centenas de palavras, conexas e desconexas, jogadas aos montes em folhas de papel, documentos no Drive, anotações no celular e conversas de WhatsApp. Percebo que tudo não passa de frustradas tentativas de me encontrar perdido em alguma dessas linhas.
Me recuso a ser definida por um mero vislumbre de quem passa correndo e se esbarra comigo. Me recuso a ser definida por olhos que projetam seus desejos nos meus. Sou tantas. Sou múltipla. Carrego tanta vida. Tanta morte. Carrego tanta história tatuada na pele suada e que divide cicatrizes e algumas inflamações abertas. Carrego tanto amor, mas também tanto ódio. Não me canso de dizer que sou. Que sou muitas. Tão doce como mel. Tão azeda como biribiri chupado com sal. Sou santa e profana. Sou mansidão em mar em um dia perfeito de sol. Sou água raivosa em seu pico alto em tempestade. Eu sou tantas. A menina, a mulher. A princesa e a bruxa. A bruxa. Eu sou tantas. A real, a mágica. A esperança, a trágica. Que não quero ser definida apenas por um mero vislumbre de quem passa correndo e se esbarra comigo.
Quando acordo pela manhã, a primeira coisa que meus olhos procuram é o céu. Abro sonolenta a cortina de tecido pesado e fito a sua imensidão. Nem todos os dias as cores vibrantes permanecem, e hoje o que me esperava era um céu cinza. As nuvens cobriam o que de fato meus olhos esperavam ver. Mas sabia que ali por trás de algum jeito, o céu permanecia. Venho tentando sempre imergir na certeza de que tudo é passageiro. Porque afinal, até mesmo as nuvens pesadas acinzentadas no céu são. Uma hora ele abre e o céu azul volta. E em outros momentos ele se fecha de novo e abre de novo. É o passageiro que sempre espera de alguma forma o retorno.
Encaro os meus olhos no reflexo penetrante no espelho. Vejo o rosto em brilho que dizem ser belo, mas o que vejo de verdade são as cicatrizes que ficam por baixo dele. As grossas, as mais profundas. As que revelam o monstro que modelaram com mãos ensanguentadas. Aquele que tento matar, mas que permanece por trás da bonita pele que agrada aos que olham. Prefiro deixar as cicatrizes que me revelam monstro escondidas, afinal é assim que insistem para que eu ainda exista. Para que ainda me sinta amada. Porque ninguém quer olhar profundamente nos olhos e enxergar não só apenas a capa que cobre para proteger de cair e quebrar ainda mais. Ninguém quer ver as cicatrizes monstruosas por trás da face que faz de mim ser quem também sou. Querem o bom, o belo apenas. Sem saber que todos de algum jeito também estão marcados pelas mãos ensanguentadas. Eles se afastam, eu os afasto. Afinal, ando me perdendo dentro do monstro que existe dentro de mim porque ando cansada de viver pela metade. Cansada de viver me escondendo.
Os galhos estão secos e é difícil imaginar de novo a copa da árvore em roupagens prósperas. Os olhos cansados e vacilantes só conseguem ver o que é fato. E de uma forma aumentada, a secura e a devastação. Mas no fundo sabe, não é destruição. É cíclico, eu sei. E também sei do viço do verde vital, e do sabor na língua do doce que me faz salivar da cria que vem dela. Volta. Os dias de queda e de renovação vão e vem. A flor que brota, a folha que cai. Vão e vem. O que sempre precisa permanecer é a espera e a certeza da esperança, que com força ou sem força, logo ou tardia, sempre chega. Uma hora chega. E permaneço esperando a minha chegar.
No jarro em cima da mesa, flores de corte que já passam de uma semana. Algumas direcionadas a janela, exalam perfume que manifesta vida. A suave luz as manteve ainda de pé. Quando giro de leve o jarro, encontro algumas murchas, que mesmo do lado das sombras, já não mas com tanta força, esbanjam um perfume discreto mesmo exibindo seu próprio cenário fúnebre. Elas já encarnavam a não vida. E estranhamente, mesmo estando no fim, mesmo coberta por sombras, o seu perfume ainda é perceptível. Em um mesmo jarro, dois lados. Que cumpre de forma orgulhosa o seu papel. Uma em condições favoráveis, outra em desvantagem. E naquela que já padecia, encontrei a força que sempre lhe era residente. Totalmente murcha e perdendo a cor, mas não deixando de encantar. Afinal, até mesmo quando as pétalas se vão, o perfume da beleza também nos encontra.
No amor também se aprende. No amor também se cresce. A gente se perde em acreditar que é só na queda e no rasgar dos joelhos que fazem os nossos músculos se esticar. A cicatriz medonha nos faz lembrar do sabor amargo e por isso tudo se torna mais enfático. Porém, o amor também nos marca de diversas formas. A diferença é que o seu toque é suave como o vento no crepúsculo do verão. Toca, te molda, e ainda deixa a pele que veste teus ossos intacta, e ainda assim, não mais a mesma.
Aprendi que verbalizar onde dói não necessariamente será aberto espaço para colo. Navegando nessas nuances, ficamos totalmente dependentes do ouvido que nos ouve. Se ele está limpo, verdadeiramente aberto, encontraremos mesmo que um simples conforto. Mas quando as portas estão fechadas e sua principal segurança é a ofensa, o espaço é aberto para a inferiorização dos sentimentos colocados sobre a mesa. A fala é sempre importante. Mas, depende muito de quem se fala. Depende muito do ouvido que se ouve.
Vou catando a felicidade em cada algodão que uso para limpar as feridas que ainda teimam em sangrar. Nas asas de uma libélula, vou tentando encontrar essa liberdade da pressa de encontrar um feitiço, um antídoto, que cure com mais pressa as feridas que os fantasmas fizeram se alastrar sobre a pele vistosa que tinha. Não, não preciso ter tanta pressa por esse dia. Afinal, em alguns casos, ele nunca chega. É preciso buscar e com coragem encontrar essa paz miserável em meio aos algodões manchados de vermelho.
Que névoa alguma repouse sobre os meus olhos. Que meu toque permaneça sã. Que o maravilhamento pelas miudezas resista, apesar da dureza que se apresenta a cada nova esquina. Que ao ouvir um miado, ou a uma risada longa de uma criança, não perca a graça de ver ali a poesia mais bonita. Que observar a lua acompanhada das estrelas não deixe de meus olhos marejar. Quero sentir, como se deve sentir o sentir. Que não deixe de cantar em plenos pulmões a minha canção favorita, não importando o quão antiga ela seja. Que permaneça encanto o brilho dos detalhes que andam esquecidos. Que fortemente sinta a beleza de passar um café e sentir o seu aroma, mesmo numa manhã cinza. Que mesmo, com tanto atravessamento, não perca o deslumbramento pela magia vida.
É um voo livre. Finalmente descobri. Depois de tanto que me mantive engaiolada com o passado de cárcere ensinado. É um voo livre e vou mesmo com as asas cortadas, todas picotadas, com pontas ensanguentadas, por tesouras desamoladas de quem não aceita o que precisa crescer e partir. É um voo livre, depois de muito tempo, finalmente descobri.
Nem tudo é sobre você. Nem tudo precisa da sua voz. Há uma nobreza em se conter, em não se meter onde não foi chamado, em perceber que algumas batalhas não te pertencem. A gente esquece que silêncio também é uma forma de presença, talvez a mais difícil de todas. Porque exige humildade, exige segurar a língua quando ela insiste em querer dar conselhos não pedidos, emitir opiniões que ninguém solicitou. Por isso, o melhor que podemos fazer por alguém é simplesmente ouvir. Não confunda se calar com ser omisso. Há uma grande diferença entre ignorar e compreender o momento de não interferir. Nem tudo que você acha certo é certo para o outro, e nem toda opinião sua vai transformar a vida de alguém. Então, ao invés de ser a voz que interrompe, tente ser o ouvido que acolhe. Ao invés de ser o dedo que aponta, seja o ombro que suporta. O silêncio também tem sua poesia. E às vezes, o maior gesto de amor é apenas deixar o outro existir, sem invadir, sem impor, apenas respeitando.
Ando também aprendendo o silêncio. Hoje entendo que quando uma tempestade parece querer se aproximar, preciso manifestar a calma, para com doçura olhar bem dentro do olho do furacão. Aprendi que, assim, posso escolher se será uma luta que vale a pena travar. Se será uma tempestade, que na rua, enfrentarei seu despertar. Mas quando se descobre certos silêncios, às vezes é necessária essa busca por um teto. Essa busca por se acolher e se proteger do mundo caindo sobre sua cabeça. Não, não vale a pena enfrentar certas tempestades e sair delas toda ensopada. Não, não vale a pena logo após pegar um resfriado. Quando se escolhe o que de fato vale a pena ser travado, se torna menos pesado viver vestindo a própria pele. Mesmo que nesse silêncio seja preciso ocasionalmente, engolir o próprio vômito.
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