Texto sobre Sonhos
RUMA
Sidney Santos
Já pra que é abarbar
Poesias não vou fazer
Hoje só vou escutar
O que você tem pra dizer
Versos matuto
Tempo de reflexão
Hoje só escuto
Estou de prontidão
Fala o que tem vontade
Não importa exatidão
O que vale é a lealdade
Expressa no coração
Do coração, é palavra
Fruto de santa lida
Faina de boa lavra
É o sangue da vida
Em homenagens aos poetas repentistas deste País.
CIGANA
Sidney Santos
Dança minha gitana
No sonho do baila comigo
Mostra beleza e gana
Deixa-me dançar contigo
Mulher sensualidade
Batidas dos pés e palma
Entoa o amor de verdade
Trazendo o reflexo d’alma
Baila ao som da guitarra
Solta teu lindo sorriso
Canta que é a vida é uma farra
É isso só que preciso
OPINIÃO DE MATUTO
Sidney Santos
Se correr o bicho pega
Se ficar o bicho come
Expressão que ficou brega
Pois bicho mesmo é o “home”
Tanta corrupção
Tá faltando hospitais
E depois da “eleição”
É que vai faltar mais
Falta de consideração
“Sem-vergonha” tá sobrando
Mesmo antes da votação
Por isso não vou calar
Sou matuto e vou falando
Em ninguém vou votar
Pra não sustentar malandro
FRENTE E VERSO
Sidney Santos
Paz da minh’alma
Luz do meu caminho
Água límpida e calma
Fonte pura de carinho
Vontade de fortes emoções
Presença no abraçar
União de corações
Pulsando o verbo amar
Sentença mais do que certa
Escrita no verso e frente
É como janela aberta
Tendo a brisa presente
PAZ POR INTEIRO
Sidney Santos
Paz é o acalanto no berço
Forte da mão amiga
O inteiro do terço
Um amor sem intriga
É o brilho dos olhos
Espelho do coração
Águas calmas nos abrolhos
Do recife proteção
Paz é firme caminho
Traçando felicidades
Arraial de largo carinho
Nos becos das grandes cidades
No berço, no amor, no mar
Nos olhos, corações, cidades
A paz não pode faltar
Paz em todas idades!
1ºde janeiro - CONFRATERNIZAÇÃO UNIVERSAL
ROMANCE
Sidney Santos
A força do teu olhar
O vermelho da tua boca
A vontade de te amar
Essa vida, tão louca
Caminhos e desatinos
Eu a tua procura
Anunciado destino
Delirante loucura
Porta do se encontrar
Sinal de entreaberta
Espera do amor chegar
Final feliz, na certa!
Santos, 2 de janeiro de 2013
SEMENTE VERDADE
Sidney Santos
Sete juras eu fiz
Pra ganhar teu amor
Escrevi no céu à giz
Poema que a chuva apagou
Estava escrito um encanto
Espécie de uma magia
Visão em qualquer recanto
E que nada apagaria
Veio a chuva e levou
Minha jura de amor
Nada no céu ficou
Poesia virou prosa
Mas, semente de valor
Na terra nasceu uma rosa
SECA
Sidney Santos
Terra seca, dura
Ladainha pra ver se alguém comove
Mulheres em sua candura
Faz dez meses que não chove
Água ali por perto
Tanta que dá um lago
Insensatez do político esperto
Faz do sertão um estrago
Um povo que não foge da luta
Em procissão, um recado
Pra ver se alguém escuta
“ - Um pouco do solo molhado!”
SILÊNCIO
Sidney Santos
Ah, se o silêncio bastasse
Pra que você respondesse
E de repente explicasse
Todo desinteresse
Aparecer de um libelo
Triste separação
Dois riscos paralelos
Tortas raízes sem chão
Extinguir de uma chama
Supressão de um calor
Desgosto de quem ama
Desilusão, muita dor
O silêncio não basta
Ao teu coração aflito
Pobre relação gasta
Onde a calada é um grito
Canto de Desamor
À minha Santos querida!
SANTOS
Sidney Santos
Santos da minha praia
Cidade dos meus amores
Livre pista sem raia
Jardim de múltiplas flores
Recanto das noites mais belas
Onde a lua permanece acordada
E de dia pintando aquarela
Sorrindo enamorada
Santos Terra querida
Sempre o aconchego do mar
Mostrando as delícias da vida
E a todos querendo abraçar
REPENTE MALUCO
Sidney Santos
Poetas peço licença
Por não saber versar
Mas minha demência
Autoriza-me a cantar
Canto as delícias do amor
As rosas pra namorada
O riso do cantador
Nos braços da sua amada
Canto a criança que brinca
E delira com seu feito
Um, dois, quatro ou trinca
Tabuada sem preconceito
Canto o pássaro que voa
Sobre um lindo jardim de flores
Trazendo a vida à toa
Num arco-íris de cores
E no final desse repente
Escrevendo no céu a giz
Mostrando a toda gente
Meu nome – Louco Feliz!
MARINHEIRO DO AMOR
SIDNEY SANTOS
Navegando mar revolto
Arribei porto inseguro
Ficando meu barco solto
Nas ondas do sem futuro
Pés marcando a areia
Cabelos ao sabor do vento
Colo moreno sereia
Encontro do meu momento
Fado da minha calma
Destino do meu caminho
Paz pra minh’alma
Fonte clara de carinho
O sol atrás da colina
Libera um facho de luz
Retido nas mãos da menina
Que agora o barco conduz
BARCO À VELA
Sidney Santos
Barco à vela
Para o pintor, uma tela
Cores lindas em aquarela
Para o escultor
Um troféu
Horizonte e linha do céu
Para o poeta,
Um momento
Canto de liberdade
A seu lado sabor do vento
Para trás, uma saudade
Santos, um domingo de abril de 2012 as 12:30h
Poeta dos Sonhos
CÉTICO
Sidney Santos
Em terra de cego quem tem um olho, ...
não sei
Água mole em pedra dura, ...
escorreguei
Devagar, ...
se demora
Cavalo dado, ...
monto agora
Falar é fácil, ...
escutar impossível
Até para o cético é crível
Mas não há rima que vença
Quem tem amores
Tem dores
Cada cabeça, uma sentença
O amor bem vivido
É o amor atrevido!
Poeta Dos Sonhos
Da minha Santos Querida - setembro de 2013
O MOMENTO
Sidney Santos (Poeta Dos Sonhos)
Boa noite à luz do luar
À chegada branda do vento
A você com doce amar
Carinho a todo o momento
A seu sorriso brejeiro
Gostoso abraço apertado
Beijos que chegam primeiro
E depois... um gostoso pecado
Boa noite à vermelha rosa
Retrato da mais bela flor
Boa noite a você toda prosa
Após o instante do amor
Santos, 16 de setembro de 2013 -18:00h
FURDÚNCIO DA BENEDITA
Sidney Santos
Menina o que é furdúncio?
Furdúncio é aquela anarquia
Sempre com muito anúncio
É famosa mixórdia
Em tempo de qüiproquó
É noite que vira dia
Campo sem lei e dó
É sobrinho correndo da tia
É neto atazanando avó
Circo de muita alegria
Dureza da pedra mó
Furdúncio que você apronta
Toda vez que te vejo
Meu coração fica louco da conta
Com o calor do teu beijo
Neste poema tem palavras que minha vó proferia; nascida em 1905, sempre separava meia hora para ler o jornal do dia; quando não concordava com minhas “artes” perguntava:
Menino que furdúncio é esse?
Salve!
Poeta dos Sonhos
Canto do Cotidiano
Santos, 19 /2/2013 as 15:30h
NECESSIDADE
Sidney Santos
A construção do quadrado
Precisa de quatro lados
Para um poço profundo
Primeiro medir o fundo
Uma paz duradoura
Extinção do “gênio do mal”
Uma boa salmoura
Vaso com água e sal
Vinho de boa tina
Carnaval com serpentina
Para o tubo a vazão
O sangue com coração
O artista no palco
A esponja pro talco
Lábios vermelho carmim
Ah! E teu sorriso pra mim
Dia Nacional da Poesia
ÊXTASE
Sidney Santos
Ser insensato
Sair do lugar comum
Surgir em auto-retrato
Apenas não ser mais um
Santos, 14 de março de 2013 as 17:00h
Do sonho à realidade
Aos olhos, brando colírio
Tela de suavidade
Mas no coração, delírio
Beijos em tua boca
Para teu corpo, amor
Emoção e vontade louca
Do teu sorriso e tremor
DIALÉTICA
Sidney Santos
Paz da minh’alma
Luz do meu caminho
Meu berço de calma
Verso do meu carinho
Pulsar do meu coração
Sangue em minha artéria
Gênese do meu vulcão
Vida da minha matéria
Ponto do meu início
Aresta do meu quadrado
Anistia pro meu vício
Você, doce pecado
FÁCIL
Sidney Santos
Escrever poema
Um doce cantar
Simples esquema
Exige saber sonhar
O sonho de amigo
O cantar do amante
A mão em abrigo
O carinho constante
O sentir de perto
Percepção do longe
Rapidez do esperto
Serenidade de monge
Escrever um poema
É saber sonhar
E o desenho do esquema
Começa com o verbo amar
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