Texto sobre Saudade Amor
"Todos já amamos, mas só sabemos que não é amor de verdade quando tudo acaba.
E se não existir um cara?
Ou dois, ou três, ou quatro, ou cinco?
E se o amor de verdade não existir e estivermos com medo de admitir isso?
Nós nos produzimos, fingimos ser algo que não somos, viramos nossa vida do avesso e nos perdemos em algo que sonhamos ser melhor do que o que achamos que somos.
E se aquilo que procuramos simplesmente não existir?
Por que tudo tem que ser tão... apenas tão?"
"Você namoraria o seu melhor amigo?"
o desespero de amar alguém que não te faz bem é tão grande que chega a sufocar.
o peito pesa, afunda, arranha.
te amei com todo o meu ser enquanto jogava toda a minha essência no lixo só pra servir no molde que você montou pra mim.
cansei.
cansei de tentar ser quem não sou para agradar alguém que não se importa.
por que essa necessidade de mudar alguém se todos somos diferentes?
não consigo acreditar que habitei tanto tempo na sua atmosfera tóxica.
se eu te dissesse que não penso em você todos os dias,
eu mentiria.
se eu te dissesse que vai ser assim pra sempre,
eu mentiria também.
*……QUERIDO AMIGO……*
Todos os dias deste ano,
Você esteve presente.
Fazendo-me sorrir quando eu mais queria chorar.
Todas as suas palavras confortaram Meu coração quando eu mais precisei.
E é com todo carinho que desejo
Tudo de bom na sua vida,
Um Natal repleto de alegrias.
E que todos seus sonhos se tornem realidade neste
E em todos os Natais que ainda virão.
Um forte abraço.
Feliz Natal!
Imagine que você tem uma nova mochila,coloque conhecidos casuais nela comece por amigos de amigos,pessoas do escritorio e ai passe as pessoas de sua
confiança com os seus segredos mais intimos,seus primos,tios e tias
seus irmãos,pais,melhor amigo e, finalmente,seu marido ou esposa,seu namorado ou namorada,sinta o peso da mochila
Nao se engane,seus relacionamentos são os maiores componentes em sua vida.Voce sente
as alças cortando seus ombros? Todas essas negociaçoes e discussões,segredos e compromissos.
Você não precisa carregar todo esse peso.POrque não coloca essa mochila no chão?
Tenho dificuldade em decorar caminhos, me perco fácil.
Tenho facilidade de esquecer coisas ruins, me curo fácil.
Tenho a incapacidade para amar, mas engano fácil.
Aprendi a buscar novas rotas, apagar memórias, a fingir ser alguém para alguém, mas no fundo eu só queria achar um caminho onde não precisasse esquecer por saber amar demais.
Renasci na beleza do afeto,no encanto que há na amizade
Hoje vivo coisas tão incríveis,que não há nada no mundo que pague
Para alguns,isso é benção ou sorte
Eu apenas chamo de você…
E eu sinto que quando isso ler,saberás que escrevi pra você!
Trecho do Poema(Benção ou Sorte,eu Chamo de Você)Blog Café Amor e Poesia
AOS MEUS AMIGOS E AMIGAS
O Natal se aproxima e eu agradeço muito a Deus, por ter amigos tão especiais como você.
Que esta mensagem seja guardada no fundo do seu coração, queria lhe mandar uma mensagem muito, mas muito linda, mas só irás encontrá-la no coração.
Que nós possamos viver em um mundo de paz, sem ódio, guerras e preconceitos.
Que nossas famílias se unam, trazendo um mundo totalmente solidário e que possamos aprender os grandes ensinamentos do Grande Deus Pai.
Que o seu Natal seja completo de paz...
Alegria...
Amor...
Compreensão...
Que tudo isso esteja em ti durante todo o ano e não apenas no Natal.
FELIZ NATAL!
Lembro-me da grande confusão que causou na minha vida.
Pensar nisso foi como ver minha própria queda. Você foi minha queda!
Sua partida foi minha queda!
E isso me divide, estando ou não em uma determinada situação.
Mas de todos os casos, prefiro sair e nunca mais colocar meus pés onde meu coração não é bem-vindo.
Amor não mim deixe aqui, você é tudo para mim.
Meu chão, meu ar, meu viver.
Você é tudo que eu mais quero,que amo e preservo;
Se lembra de cada momento? Tão especial, tão bonito.
Que pena que acabo! Você era simplesmente
tudo para mim, meu bem.
Nunca imaginei amar uma pessoa tanto assim, você é o dono dos meus olhos mais perfeitos. O meu bem, volta para mim. Você sempre será meu eterno namorado, meu princípe encantando.
Eu sei que você me ama, eu te amo também. Volta, eu sempre estarei aqui de braços abertos. Mim olha nos olhos e mim beija é o que eu mais espero a todo esse tempo. Você é simplesmente o cara dos meus sonhos, razão do meu viver. Seu sorriso que meche comigo, seu modo de falar,seu beijo sempre doce,o que mim faz levar aos ares.Me perdoa se um dia te fiz chora, se um dia eu te magoei. Te criticava muitas vezes eu sei, mais tudo era para seu bem! Ô amor nunca se esqueça para onde você for a distancia,nada nem ninguem vai levar você de mim.
Por que meu amor por você é simplesmente verdadeiro.
Me desculpa por tantas idiotisses,por tantos ciúmes bestas. Mais nunca esqueça que poderá contar comigo para tudo, a qualquer momento estarei aqui.
Te amo e sempre te amarei meu bem!
A Alegria na Tristeza
O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti. No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis" que, até onde sei, permanece inédito no Brasil.
O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.
Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.
Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.
Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.
Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.
Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.
MANIA DE EXPLICAÇÃO
Era uma menina que gostava de inventar uma explicação para cada coisa.
Explicação é uma frase que se acha mais importante do que a palavra.
As pessoas até se irritavam, irritação é um alarme de carro que dispara bem no meio de seu peito, com aquela menina explicando o tempo todo o que a população inteira já sabia. Quando ela se dava conta, todo mundo tinha ido embora. Então ela ficava lá, explicando, sozinha.
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer "eu deixo" é pouco.
Pouco é menos da metade.
Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Agonia é quando o maestro de você se perde completamente. Preocupação é uma cola que não deixa o que não aconteceu ainda sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Renúncia é um não que não queria ser ele.
Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.
Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente. Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.
Ansiedade é quando faltam cinco minutos sempre para o que quer que seja.
Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada especialmente.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é fevereiro.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.
Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.
Perdão é quando o Natal acontece em maio, por exemplo.
Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.
Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.
Desatino é um desataque de prudência.
Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Emoção é um tango que ainda não foi feito.
Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Desejo é uma boca com sede.
Paixão é quando apesar da placa "perigo" o desejo vai e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero... Também não. É um desaforo... Uma batelada? Um enxame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor ela não sabia explicar, a menina.
Nota: Versão adaptada de Link
"Saudades"
Sinto saudades de seu ser
De suas mãos me acariciando
E seus lábios tocando os meus...
Saudades de seu abraço gostoso
De seu sorriso as vêzes malicioso
De seu olhar carinhoso
Conseguindo ver o mais fundo do meu "eu"...
Sinto saudades da saudade que tu és
És uma saudade ardente, saudade envolvente
Que se apossa de minha mente
E dilacera meu coração...
És uma saudade que alucina
Que minha alma contamina
Mas meu ser não desespera
Ele para... e te espera...
Espera que venhas
Talvez um dia quem sabe
Para acabar com a saudade que em meu peito
Não da mais pra suportar...
Sei que um dia viras
E com seu grande sorriso
Ira no ar... alegria espalhar...
E por esse dia eu vivo a esperar...
Vêm... é preciso que tu venhas
De longe sua mão acena
Assim como pra me avisar
E eu correrei para em teus braços me aconchegar...
Para teus labios beijar
Meus dedos entre os seus entrelaçar
E juntos, como num encanto
Toda essa saudade matar...
Vêm... pois tu és
Aquele que me faz sonhar
A distância causa saudade, mas nunca o esquecimento. Já a saudade faz crescer o amor e nos dá uma lição de vida, porque aprendemos que, por mais que queiramos, não podemos fugir do nosso destino nem do nosso amor e aprendemos também que o tempo cura tudo, todas as feridas e marcas. Às vezes até apaga as cicatrizes e nos ensina também que quando tem que ser não adianta fugir, porque sempre chega até você da forma mais inesperada e apaixonante. A vida é maravilhosa e surpreendente. Nunca diga nunca. Eu amo a vida, eu me amo e amo amar.
Talvez nunca tenhas a oportunidade de ler essas pequenas linhas,
Então vamos lá!
Primeiramente gostaria de parabenizar por mais um ano do meu amor;
Embora, não saibas, mas hoje completamos mais um ano juntos;
Se soubesse disso, hoje lhe daria as mais belas rosas desse mundo;
Se tivesse ciência o quanto a amo, saberia a hora que lhe visitei em sonhos essa noite;
Diariamente lhe sirvo com o melhor café da manhã e adoro isso;
Por quantas vezes te vi acordando todas as vezes que eu fechei os olhos;
Sempre me apaixonei novamente toda vez que via o brilho do teu sorriso;
Nem o mais belo jardim guarda esse seu perfume;
Sei lá, adoro a forma que eu cuido de você, por mais que não saibas!
Fico com medo que um dia descubra o quanto a amo, tenho receio de perdê-la!
Acho bom ver você todas as vezes que olho para o céu em noites estreladas;
Chego até sentir o seu toque no meu rosto através da breve brisa;
Sabe somente essa semana eu lhe pedi em casamento umas dúzias de vezes;
E em todas às vezes sempre aceitou, dizendo: Obrigado por me amar tanto!
Eu nunca me vi amando menos, te amar é como respirar, parece tão normal;
Por isso não me importo se um dia saberás ou não desse amor!
Acho tão perfeito a forma que amo você!
Nesse dia dos namorados gostaria de renovar os votos de amor por você;
Não há um dia que não sonhe com você; tudo tão perfeito!
Desejo que não acabe tão cedo esse amor, que dure por duas eternidades;
Afinal, amar é amar, nada mais, mesmo que não me ames! Eu amo!
AMIGAS
Eu tenho saudade de todas as amigas que já tive na vida, mesmo aquelas que me machucaram. E tenho saudades de mim mesma quando lembro de alguma amiga que perdi.
Aquela amiga desbocada que só fala palavrão e se mete em encrenca, mas faz você rir muito.
Tem também aquelas que vêm e somem, mas parecem sempre as mesmas.
Aquela pra quem você conta absolutamente tudo, e sente que foi entendida, e sai aliviada.
Aquela que te dá broncas e manda você parar de roer as unhas.
Aquela que não tem vergonha de dizer que te ama.
Aquela que apresenta os melhores caras.
Aquela que passa com você o momento mais difícil da sua vida.
Aquela que liga todo dia.
Aquela que desistiu de um cara porque sabia que você estava a fim.
E aquela que roubou seu namorado.
Aquela que abraçou em silêncio e sentiu você chorar, e aquela que virou as costas quando você mais precisou.
Aquela que faz tudo que você pede e aquela egoísta.
Aquela que ouve quando você está apaixonada e passa horas falando do mesmo assunto.
Aquela que entende quando você a deixou pra ficar com seu namorado.
E aquela outra que exige a sua atenção.
Aquela que também apóia as suas loucuras.
E a outra que reprime você em quase tudo.
Aquela que só liga no dia do seu aniversário, e que mesmo assim você adora.
Aquela que te indica ginecologista.
Aquela que parece sua mãe, e vive pra te dar conselho. A mãe da sua afilhada. A madrinha da sua filha.
Aquela de quem você sente muito ciúme.
Aquela que você invejou secretamente.
Tem também aquela por quem você sente um carinho enorme desde a primeira vez que viu.
Aquela que você odiou no começo, mas depois passou a amar, e aquela que decepcionou horrores.
Aquela que escreve e manda poesias, e sempre na hora certa, na hora em que você mais precisava.
Aquela que te empresta apartamento pra você passar o feriadão.
Aquela que pede a Deus por você quando ora.
Aquela que você conheceu pela Internet e que se tornou uma amigona do coração, e com quem você fica horas digitando.
Aquela que você magoou porque trocou ela por outra que não valia nada.
Aquela que te deu o conselho certo, que você não ouviu. E aquela que você conheceu no ônibus, ou na fila de cinema.
Aquela que voltava com você da faculdade.
Aquela que abraçou no velório de alguém querido seu.
Aquela que trabalha com você todos os dias, com quem você divide trabalho e confidências.
Aquela que te avisa cochichando que a sua calça está manchada ou que o botão da sua blusa está aberto, ou que tem batom no seu dente.
Aquela que presenciou o maior mico, segura seu braço quando você tropeça ou quando vai atravessar a rua sem olhar.
Aquela que leu o trabalho que você precisava entregar e deu dicas pra melhorá-lo.
Aquela que irrita, mas que você não imagina a vida sem ela.
Aquela de quem você sente saudades, mas por alguma razão obscura, nunca arruma tempo pra ligar.
Aquela que organiza uma festa surpresa pra você.
Aquela que defende você de tudo e de todos.
Aquela que paga coisas pra você quando você está sem grana.
Aquela que sempre traz um presentinho.
Aquela que liga pra casa do seu namorado pra saber se ele está vivo quando ele acha de sumir e você quase enlouquece.
Aquela que chora a sua dor.
Aquela que te deu a dica que te fez mudar de emprego e, por conseqüência, mudar a sua vida.
Aquela que tem uma mãe boazinha que você às vezes queria que fosse sua.
Aquela problemática, ou aquela esnobe.
Aquela de quem você arrumou o véu antes de ela entrar na igreja pra se casar.
Aquela que era a mais chegada, mas sumiu e você nunca mais soube. E aquela que é uma irmã pra você.
E tem também a melhor amiga. Aquela. Que é simplesmente aquela.
SAUDADE DE TI
Quanta saudade
Do teu cheiro, da tua voz
Do teu jeito meu de ser
De sentir os teus beijos, teus carinhos
E depois enlouquecer
Nessa paz que fica
De não ter tempo nem momento
De ser simplesmente
E fazer acontecer
De quase morrer
Num minuto de incerteza
Por amar mais que queria
Mas como controlar o que não sacia?
E para que calar o que já evidencia?
Aparências? Que sentidos elas tem
Se o amor não as pode ver
Ah! Que saudade de matar
Esse explosivo desejo
De querer até quase enlouquecer
E então sossegar num abraço
Infinitos segundos de reencontro
Para acalmar toda ânsia
E o desespero de não ter
Quem deixou de fazer o que tinha vontade Perdeu! Ficou na Saudade.
Quem deixou de sorrir, com vergonha de tudo Envelheceu! Ficou mudo.
Quem deixou de viver por falta de coragem Morreu. Viveu de passagem.
Quem deixou escapar o sonho de infância É tarde!
Não dá para buscar. Já se foi seu destino Não é mais uma criança.
Prefira se arrepender de ter feito errado! Jamais por não ter tentado!
Tenho saudade de quando meu amanhecer e meu anoitecer começavam com um beijo seu;
Quando sentia o frio na barriga de ver você ao longe, cada vez mais perto do meu coração;
Do calor do seu abraço em dias que o sol estava escondido;
Dos dias em que vivi fora de mim e vivi dentro do seu coração.
Tenho saudade do tempo em que fui feliz ao seu lado.
Eu te amo hoje, amanhã e vou amar para todo sempre.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
A Falência do Prazer e do Amor
Terceiro Tema
I
Beber a vida num trago, e nesse trago
Todas as sensações que a vida dá
Em todas as suas formas [...]
.....................................................................
Dantes eu queria
Embeber-me nas árvores, nas flores,
Sonhar nas rochas, mares, solidões.
Hoje não, fujo dessa idéia louca:
Tudo o que me aproxima do mistério
Confrange-me de horror. Quero hoje apenas
Sensações, muitas, muitas sensações,
De tudo, de todos neste mundo — humanas,
Não outras de delírios panteístas
Mas sim perpétuos choques de prazer
Mudando sempre,
Guardando forte a personalidade
Para sintetizá-las num sentir.
Quero
Afogar em bulício, em luz, em vozes,
— Tumultuárias [cousas] usuais —
o sentimento da desolação
Que me enche e me avassala.
Folgaria
De encher num dia, [...] num trago,
A medida dos vícios, inda mesmo
Que fosse condenado eternamente —
Loucura! — ao tal inferno,
A um inferno real.
II
Alegres camponeses, raparigas alegres e ditosas,
Como me amarga n'alma essa alegria!
.....................................................................
Nem em criança, ser predestinado,
Alegre eu era assim; no meu brincar,
Nas minhas ilusões da infância, eu punha
O mal da minha predestinação.
.....................................................................
Acabemos com esta vida assim!
Acabemos! o modo pouco importa!
Sofrer mais já não posso. Pois verei —
Eu, Fausto — aqueles que não sentem bem
Toda a extensão da felicidade,
Gozá-la?
.....................................................................
Ferve a revolta em mim
Contra a causa da vida que me fez
Qual sou. E morrerei e deixarei
Neste inundo isto apenas: uma vida
Só prazer e só gozo, só amor,
Só inconsciência em estéril pensamento
E desprezo [...]
Mas eu como entrarei naquela vida?
Eu não nasci para ela.
III
Melodia vaga
Para ti se eleva
E, chorando, leva
O teu coração,
Já de dor exausto,
E sonhando o afaga.
Os teus olhos, Fausto,
Não mais chorarão.
IV
Já não tenho alma. Dei-a à luz e ao ruído,
Só sinto um vácuo imenso onde alma tive...
Sou qualquer cousa de exterior apenas,
Consciente apenas de já nada ser...
Pertenço à estúrdia e à crápula da noite
Sou só delas, encontro-me disperso
Por cada grito bêbedo, por cada
Tom da luz no amplo bojo das botelhas.
Participo da névoa luminosa
Da orgia e da mentira do prazer.
E uma febre e um vácuo que há em mim
Confessa-me já morto... Palpo, em torno
Da minha alma, os fragmentos do meu ser
Com o hábito imortal de perscrutar-me.
V
Perdido
No labirinto de mim mesmo, já
Não sei qual o caminho que me leva
Dele à realidade humana e clara
Cheia de luz [...] alegremente
Mas com profunda pesadez em mim
Esta alegria, esta felicidade,
Que odeio e que me fere [...]
.....................................................................
Sinto como um insulto esta alegria
— Toda a alegria. Quase que sinto
Que rir, é rir — não de mim, mas, talvez,
Do meu ser.
VI
Toda a alegria me gela, me faz ódio.
Toda a tristeza alheia me aborrece,
Absorto eu na minha, maior muito Que outras
[...]
.....................................................................
Sinto em mim que a minha alma não tolera
Que seja alguém do que ela mais feliz;
O riso insulta-me, por existir;
Que eu sinto que não quero que alguém ria
Enquanto eu não puder. Se acaso tento
Sentir, querer, só quero incoerências
De indefinida aspiração imensa,
Que mesmo no seu sonho é desmedida ...
VII
tua inconsciência alegre é uma ofensa
para mim. O seu riso esbofeteia-me!
Tua alegria cospe-me na cara!
Oh, com que ódio carnal e espiritual
escarro sobre o que na alma humana
Fria festas e danças e cantigas...
....................................................................
Com que alegria minha, cairia
Um raio entre eles! Com que pronto
Criaria torturas para eles
Só por rirem a vida em minha cara
E atirarem à minha face pálida
O seu gozo em viver, a poeira — que arda
Em meus olhos — dos seus momentos ocos
De infância adulta e tudo na alegria!
.....................................................................
Ó ódio, alegra-me tu sequer!
Faze-me ver a Morte. roendo a todos,
Põe-me ria vista os vermes trabalhando
Aqueles corpos! [...]
VIII
Triste horror d'alma, não evoco já
Com grata saudade, tristemente,
Estas recordações da juventude!
Já não sinto saudades, como há pouco
Inda as sentia. Vai-se-me embotando,
Co'a força de pensar, contínuo e árido,
Toda a verdura e flor do pensamento.
Ao recordar agora, apenas sinto,
Como um cansaço só de ter vivido,
Desconsolado e mudo sentimento
De ter deixado atrás parte de mim,
E saudade de não ter saudade,
Saudades dos tempos em que as tinha.
Se a minha infância agora evoco, vejo
— Estranho! — como uma outra criatura
Que me era amiga, numa vaga
Objetivada subjetividade.
Ora a infância me lembra, como um sonho,
Ora a uma distância sem medida
No tempo, desfazendo-me em espanto;
E a sensação que sinto, ao perceber
Que vou passando, já tem mais de horror
Que tristeza [...]
E nada evoca, a não ser o mistério
Que o tempo tem fechado em sua mão.
Mas a dor é maior!
IX
Ó vestidas razões! Dor que é vergonha
E por vergonha de si-própria cala
A si-mesma o seu nexo! Ó vil e baixa
Porca animalidade do animal,
Que se diz metafísica por medo
A saber-se só baixa ...
.....................................................................
Ó horror metafísico de ti!
Sentido pelo instinto, não na mente!
Vil metafísica do horror da carne,
Medo do amor...
Entre o teu corpo e o meu desejo dele
'Stá o abismo de seres consciente;
Pudesse-te eu amar sem que existisses
E possuir-te sem que ali estivesses!
Ah, que hábito recluso de pensar
Tão desterra o animal que ousar não ouso
O que a [besta mais vil] do mundo vil
Obra por maquinismo.
Tanto fechei à chave, aos olhos de outros,
Quanto em mim é instinto, que não sei
Com que gestos ou modos revelar
Um só instinto meu a olhos que olhem ...
.....................................................................
Deus pessoal, deus gente, dos que crêem,
Existe, para que eu te possa odiar!
Quero alguém a quem possa a maldição
Lançar da minha vida que morri,
E não o vácuo só da noite muda
Que me não ouve.
X
O horror metafísico de Outrem!
O pavor de uma consciência alheia
Como um deus a espreitar-me!
Quem me dera
Ser a única [cousa ou] animal
Para não ter olhares sobre mim!
XI
Um corpo humano!
Às vezes eu, olhando o próprio corpo,
Estremecia de terror ao vê-lo
Assim na realidade, tão carnal.
XII
................................................. Sinto horror
À significação que olhos humanos
Contém...
.....................................................................
Sinto preciso
Ocultar o meu íntimo aos olhares
E aos perscrutamentos que olhares mostram;
Não quero que ninguém saiba o que sinto,
Além de que o não posso a alguém dizer...
XIII
Com que gesto de alma
Dou o passo de mim até à posse
Do corpo de outros, horrorosamente
Vivo, consciente, atento a mim, tão ele
Como eu sou eu.
XIV
Não me concebo amando, nem dizendo
A alguém "eu te amo" — sem que me conceba
Com uma outra alma que não é a minha
Toda a expansão e transfusão de vida
Me horroriza, como a avaro a idéia
De gastar e gastar inutilmente —
Inda que no gastar se [extraia] gozo.
XV
Quando se adoram, vividos,
Dois seres juvenis e naturais
Parece que harmonias se derramam
Como perfumes pela terra em flor.
Mas eu, ao conceber-me amando, sinto
Como que um gargalhar hórrido e fundo
Da existência em mim, como ridículo
E desusado no que é natural.
Nunca, senão pensando no amor,
Me sinto tão longínquo e deslocado,
Tão cheio de ódios contra o meu destino. —
De raivas contra a essência do viver.
XVI
Vendo passar amantes
Nem propriamente inveja ou ódio sinto,
Mas um rancor e uma aversão imensos
Ao universo inteiro, por cobri-los.
XVII
O amor causa-me horror; é abandono,
Intimidade...
... Não sei ser inconsciente
E tenho para tudo [...]
A consciência, o pensamento aberto
Tornando-o impossível.
E eu tenho do alto orgulho a timidez
E sinto horror a abrir o ser a alguém,
A confiar n’alguém. Horror eu sinto
A que perscrute alguém, ou levemente
Ou não, quaisquer recantos do meu ser.
Abandonar-me em braços nus e belos
(Inda que deles o amor viesse)
No conceber do todo me horroriza;
Seria violar meu ser profundo,
Aproximar-me muito de outros homens.
Uma nudez qualquer — espírito ou corpo —
Horroriza-me: acostumei-me cedo
Nos despimentos do meu ser
A fixar olhos pudicos, conscientes.
Do mais. Pensar em dizer "amo-te"
E "amo-te" só — só isto, me angustia...
XVIII
[...] eu mesmo
Sinto esse frio coração em mim
Admirado de ser um coração
Tão frio está.
XIX
Seria doce amar, cingir a mim
Um corpo de mulher, mais frio e grave
e feito em tudo, transcendentalmente
O pensamento agrada-me, e confrange-me
Do terror de perto, e [junto]
Em sensação ao meu, um outro corpo.
Gelada mão misteriosa cai
Sobre a imaginação [...]
XX
É isto o amor? Só isto? [...]
.....................................................................
Sinto ânsias, desejos,
Mas não com meu ser todo. Alguma cousa
No íntimo meu, alguma cousa ali
— Fria, pesada, muda — permanece.
[P'ra] isto deixei eu a vida antiga
Que já bem não concebo, parecendo
Vaga já.
Já não sinto a agonia muda e funda
Mas uma, menos funda e dolorosa,
[Bem] mais terrível raiva [...]
De movimentos íntimos, desejos
Que são como rancores.
Um cansaço violento e desmedido
De existir e sentir-me aqui, e um ódio
Nascido disto, vago e horroroso,
A tudo e todos...
XXI
— Amo como o amor ama.
Não sei razão pra amar-te mais que amar-te.
Que queres que te diga mais que te amo,
Se o que quero dizer-te é que te amo?
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Quando te falo, dói-me que respondas
Ao que te digo e não ao meu amor.
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Ah! não perguntes nada; antes me fala
De tal maneira, que, se eu fora surda,
Te ouvisse todo com o coração.
Se te vejo não sei quem sou: eu amo.
Se me faltas [...]
... Mas tu fazes, amor, por me faltares
Mesmo estando comigo, pois perguntas —
Quando é amar que deves. Se não amas,
Mostra-te indiferente, ou não me queiras,
Mas tu és como nunca ninguém foi,
Pois procuras o amor pra não amar,
E, se me buscas, é como se eu só fosse
Alguém pra te falar de quem tu amas.
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Quando te vi amei-te já muito antes:
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há cousa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que o não fosse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro.
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E eu soube-o só depois, quando te vi,
E tive para mim melhor sentido,
E o meu passado foi como uma 'strada
Iluminada pela frente, quando
O carro com lanternas vira a curva
Do caminho e já a noite é toda humana.
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Quando eu era pequena, sinto que eu
Amava-te já longe, mas de longe...
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Amor, diz qualquer cousa que eu te sinta!
— Compreendo-te tanto que não sinto,
Oh coração exterior ao meu!
Fatalidade, filha do destino
E das leis que há no fundo deste mundo!
Que és tu a mim que eu compreenda ao ponto
De o sentir...?
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XXII
Pra que te falar? Ninguém me irmana
Os pensamentos na compreensão.
Sou só por ser supremo, e tudo em mim
É maior.
XXIII
Reza por mim! A mais não me enterneço.
Só por mim mesmo sei enternecer-me,
Soba a ilusão de amar e de sentir em que forçadamente me detive.
Reza por mim, por mim! Eis a que chega
A minha tentativa [em] querer amar.
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