Texto sobre o Passado
"Pɑssɑdo, presente e algo mais''
Ao ɑcordɑr percebi que conheço alguém que é como o doce novembro,
ɑlguém que ɑntes erɑ do pɑssɑdo e ɑgorɑ no presente. ɑo ɑcordɑr percebo que queriɑ te dɑr ɑquele bom diɑ... Recheɑdo de muitɑ paz, preenchido pelo brilho trɑzido ɑ mim pelɑ suɑ grɑciosidɑde.
Um Bilhete na Porta
Se você voltar...
Nem precisa acender a luz pra me procurar
Até porque a luz está queimada
E não tinha ninguém pra trocar
Se você voltar...
Já aviso que a janela está aberta
Pois o passarinho aqui, não queria
Mas teve que voar
Se você voltar...
Vai encontrar nossa antiga cama toda molhada
Isso foi de um choro meu
Que eu nunca mais hei de chorar
Se você voltar...
Tome cuidado com os cacos ao chão
Cacos que são pedaços meus
Cacos que eu não consegui mais colar
E se você voltar...
Peço que tranque a porta
E feche a janela
Pra que em nossa casa
Ninguém nunca possa entrar.
A Casa
Naquela casa abandonada
Existia um casal
Hora brigava, hora se amava
Mas naquela rua não tinha outro igual
Hoje eu olho e vejo a casa escura
Tão sombria e abandonada
Nem parece aquela casa
Onde um casal tanto se amava
Eu passava e ouvia brigas
Dias sim, dias não
Mas eu tinha a certeza
Daqueles dois era feito um só coração
Passo lá todos os dias
E observo aquela luz queimada
Se ninguém veio trocar
É porque realmente é o fim da morada
Torço pra que um dia
Alguém ali possa viver
Nem que seja outro casal
Mas daqueles dois eu jamais irei esquecer
Voz da Jhud
Amar, eu te amo
Ainda ouço Jennifer Hudson dizer
"Eu não quero ser livre, eu não viverei sem você"
Te entreguei meu melhor sorriso
Te entreguei todo meu olhar
Ainda ouço Jennifer Hudson falar
"Nós somos partes do mesmo tempo, nós somos partes do mesmo lugar"
Se a vida for seguir
Que siga até esse amor morrer
Mas ainda sim ouço Jennifer Hudson dizer
"Não, não, não não há como viver sem você".
Ainda há tempo
Quanto tempo tem o tempo?
Você já se perguntou?
E se ele tiver todo o tempo, em que tempo estou?
A cada letra o passado se forma,
E o momento a seguir é um presente, sem forma...
Então vai! Se forma!
Já formei! E nem precisei de palavras para que percebesse, que por ali... eu só... Passei! Fui bem! Boas notas e o emprego dos sonhos! Do outro... O meu? Perdi...
Tava ocupado, tinha prova.
Outra vez atrasado? Anda logo pra sua cova! Sim senhor!
Hoje você fica de guarda, porque na quarta... Série, eu lembro que não queria estar aqui, queria ser fotógrafo! Mas meu pai, Coronel... Disse que o filho dele só ia tirar foto se...
O pai dele o tivesse ensinado a amar. Não só a falar, escrever e estudar...
Mas quem sabe aprender que um ciclo só pode ser quebrado, do presente pra frente. E que não adianta culpar o passado, por não amar aqueles que estão presentes.
Tic, tac...
Tira máscara antes de dizer que não presto.
Tira a máscara antes de dizer que não foi justo.
Tira a máscara antes de apontar o dedo.
Tira a máscara antes de tornar sua verdade a mais absoluta.
Tira a máscara antes de dizer que eu tenho uma.
Tira a máscara, aproveita e tira a venda também!
Você não sabe sobre a vida que você não vive.
►Despeço-me
Às vezes indago se eu estava melhor antes de te conhecer
Digo, você me alegra, mas no geral, só me faz sofrer
Tenho pensado muito sobre isso, sobre nós
E, cheguei em uma conclusão um tanto quanto pior,
Que você não me ama verdadeiramente
Você apenas se engana, e acaba vivendo uma vida rotineira.
Nossas tentativas são temporárias
As nossas brigas, já premeditada
Não há mais felicidade em nossa jornada,
Não há mais amizade em nosso conto de fadas
Tudo o que predominou foi o rancor,
Das decepções que o tempo nos proporcionou.
Sei bem dos meus erros,
Reconheço de prontidão os meus medos
Não os escondi em nenhum momento
E, de frente para ti, escrevo todos eles
Desconheço o meu futuro, quanto mais o seu
Mas sinto que quaisquer ações apenas irão atrasar
O inevitável pode tardar mas irá chegar
E já estou esperando sua vinda, já estou sem estima
Escrevo aqui uma lágrima, talvez dê uma poesia?
Não sei dizer claramente, acho que no fundo,
Eu queria que tivéssemos um amor profundo
Mas, tudo que consigo dizer é que sinto muito
Talvez por não ter me esforçado o suficiente,
Talvez por ter desistido de você tão facilmente
Não sei por quê, mas acabou acontecendo sem ou com querer.
Talvez o destino não quis, ou desistimos sem pestanejar
Talvez era para ser assim, e me encontro agora a chorar
Mas, se eu já sabia, então por que será?
Por quê? Talvez não estava preparado para nos separar?
São tantas perguntas sem tempo para processar
Não sei dizer como você está se sentindo
Se está triste ou feliz com tudo isso
Mas, estou escrevendo esse texto, lírico ou cínico?
Não sei, eu apenas não sei definir o que estou a sentir
Que lágrimas são essas que estou deixando fluir?
Que batidas desenfreadas são essas que estou a ouvir?
Respostas, se me perguntarem o que procuro
Proposta, se indagaram o que eu desejo
Mas, não me perguntem como posso sair do escuro
Testemunho meus sentimentos se tornando medo.
Não estou sentindo algo de bom agora
Como aquela sensação de um dia ruim que vai embora,
E que traz consigo um amanhecer puro, com o aroma da vitória
Talvez amanhã eu sinta, ou talvez isso seja apenas uma mentira
Talvez eu volte a vida, ou eu sucumba a depressão já conhecida
Isso é o que eu penso, talvez, uma possibilidade
Uma porcentagem, probabilidade, de encontrar a felicidade
Mas jamais possuir a certeza da compatibilidade
Por conta disso, hoje despeço de você, talvez minha cara metade
Hoje deixarei de entrar em sua casa, por toda eternidade.
►Na Escadaria de Pedra
E pela janela do meu quarto eu vejo a lua
Durmo no aconchego de sua ternura
Toda a dor do dia se vai, encontro minha paz
E pela janela antiga eu observo minha amiga,
Aquela que tanto citei em minhas tentativas poéticas
Escrevo agora admirando-a, e imaginando
E, em devaneios noturnos eu me pego sonhando
Um sonho bom, caloroso, que faz bem ao meu coração
Escrevo não só para ela, escrevo para remediar as dores
Dores de uma antiga donzela, de uma amizade outrora bela
Dores de um romance desfeito, de uma traição do peito
Escrevo para sarar, para me recuperar, me alegrar.
Momentos que outrora me deixavam sereno,
Hoje se revoltaram, se tornaram um tormento
E, como passatempo, eu caminho no relento,
Procurando, buscando um sorriso meigo.
Não sei dizer o que sinto quando me encontro despedindo
De sentimentos que não foram ouvidos,
E que foram grosseiramente omitidos
Não sei o que pensar quando estou sozinho,
Sendo assombrado pelos meus medos reprimidos
E também desconheço o que é ser verdadeiramente amado
Eu gostaria de experimentar, degustar de um sentimento tão bem falado
Faço então uma tentativa escrita, um texto fraco.
Sentado em uma escadaria de várias pedras, eu penso
Estou sozinho, refletindo sentimentos
Lento, talvez seja a melhor definição para o momento
Eu penso, logo existo, em um tempo que me sinto um inquilino
Sem moradia, sem uma casinha só minha, sem nada
Reflito sim, pois o que me resta é pensar no meu fim
Estarei lamentando os arrependimentos?
Estarei sozinho? Sem uma família ou amigos?
Se eu de fato existo, logo, posso tentar pensar
Se posso pensar, por que então não posso tentar amar?
Mas amar quem? Quem me deseja ao seu lado?
Estou enlouquecendo com pensamentos insaciáveis
Eu quero amar, assim como o meu avô amou sua esposa
Eu quero acreditar, que a solidão, com a minha vontade, irá passar
Então escrevo, na escuridão das ruas do meu peito
Medo? Sempre, afinal já escrevi inspirando-me nele
Talvez a palavra que está faltando em mim é serenidade
Talvez a coloque daqui a alguns poucos meses
Escrevo junto a minha necessidade e amizade perante a caneta
Escrevo, sem dia ou hora, a minha já exposta incerteza.
A vida é curta demais para não tomar banho de chuva
Fiquei trinta minutos esperando a chuva passar.
Sozinha.
Era umas 19h50.
A rua estava vazia.
Haviam casas em volta, mas não comércios.
Sob a forte chuva, todos os moradores, escondiam-se no conforto de seus lares.
Fiquei ali quietinha, embaixo de uma marquise, observando os pingos baterem agressivamente no chão.
O ritmo era forte.
Os raios me assustavam, os trovões não.
Não havia vento, então os pingos caiam retos.
O tempo passava.
A bateria do celular pedia carga.
Dane-se a bateria.
Não reclamei por estar ilhada, muito menos por estar me atrasando para um compromisso que começaria em uma hora. Pelo contrário, sentia paz.
Poderia ficar observando cada movimento improvisado daquele temporal, por mais um bom tempo.
Isso me fascina.
Cada ação que não planejei, gosto de acreditar que é Deus mudando a minha rota.
Era para ser assim, por que algo melhor haveria de acontecer.
Então naquele instante, ele queria que eu estivesse bem ali, talvez querendo saber, o que eu era capaz de fazer com o que ele havia me dado.
Então saí de onde estava parada.
Caminhei lentamente para casa, eram cinco quadras.
Literalmente, uma caminhada apreciação.
Então nenhum outro pensamento, se instalou em mim.
Era eu, os passos, e uma sinfonia divina. _
"A chuva tem esse som mágico, impossível de ser reproduzido por um instrumento, impossível de ser comparado.
Misteriosa.
Ao mesmo tempo que é serena, pode ser devastadora.
Ao mesmo tempo que é linda, pode ser assustadora.
A chuva, é um pouco nós.
Líquida.
Líquidos somos".
Molhei tudo, a bolsa, a roupa, o celular, o corpo e o coração... Mas agora estou aqui, seca, mas de alma lavada.
As vezes, a gente só precisa levar mais a sério os pequenos prazeres, por que são eles que nos fazem sentirmos gratos e felizes. E Deus, a todo instante nos coloca diante desses "pequenos prazeres", mas quase sempre a gente escolhe chama-los de problemas.
Pense nisso, e lembre-se: A vida é curta demais para não tomar banho de chuva, e para não fazer valer os improvisos.
►As Sereias
Eu não sabia como era ser feliz
Tudo o que eu conhecia era a solidão
Não vou dizer que era como eu sempre quis
Mas assim, eu protegia o meu coração
Por muito tempo eu pensei que estava certo
Por muito tempo eu sobrevivi a seca do deserto
Mas, um dia a tempestade me alcançou
E, com a sua ventania brutal, ela me arrasou
Eu confesso que não estava preparado para o desastre
A minha única guia era a própria tristeza
Ela me indicava o caminho, como uma boa amiga.
Nunca pensei que acabaria escrevendo textos,
Muito menos sobre momentos tensos e meigos
Nunca fui um adepto de filmes de romances perfeitos
Mas, depois que conheci aquela pessoa, mudei o meu jeito
Comecei a dedicar, comecei a poetar,
Mesmo não sabendo me expressar direito
Tudo aconteceu de repente, culpo aquele beijo
Aquele toque macio, aquele aroma de alívio,
Que retirava o peso que eu estava, talvez, sentindo
A perspectiva que eu tinha para com o mundo havia mudado
Sempre que eu me encontrava chateado,
Eu me lembrava daqueles cabelos cacheados
Hoje já não os tenho mais como forma de remediar a dor,
Mas as memórias são de igual valor
Assumindo o esquecimento da voz, eu ainda permaneço apaixonado,
Por aquela que me enfeitiçou.
Às vezes parte de mim a odeia
Mas, não importa o quanto eu tente,
Para sempre ela será minha única princesa
Não sei o que o futuro me reserva, e não me interessa
Mas eu gostaria muito de revê-la,
Apenas para saber se ela manteve aquela promessa
Escrevo aqui um desabafo de um coração cansado,
Cansado de buscar aquele mesmo calor em outros braços
Eu não sei o que será de mim se eu continuar,
Pensando que todas as mulheres são como rosas,
Que devem ser cuidadas, amadas, regadas com carinho
Não sei, mas sinto que estarei sozinho no fim.
Eu gostaria de entregar os textos que escrevi,
Para todas as inspirações que conheci
Carol, Vitória, Ana, e aquela ruiva que o nome fugira de mim
Elas são provas de que "mulher da vida" não se aplica a todas,
Me apaixonei por elas, com todas as minhas forças
Se uma delas me pedirem hoje um texto romântico,
Eu irei de fazer um romance titânico
Farei um conto de fadas entre Pã e a ninfa
Tudo para derrubar as lastimas de quem eu,
Outrora chamara de queridas
Se elas me mandarem uma mensagem de saudade,
Eu manusearei palavras de afeto e ternura
E retornarei frases de felicidade
Não sei se sou afeminado por escrever dessa maneira,
Mas, sim, me apaixonei, e sim, conheci sereias.
Lembro-me muito bem das letras que formei,
Das canções que eu recitei,
Dos versos que liriquei
Se me perguntarem de quem sinto mais falta,
A resposta jamais será clara, pois,
Sonho com todas, guardo em um baú aquelas lembranças boas.
Vou escrevendo e pensando naqueles momentos
Momentos que me tornaram o que sou hoje,
Um jovem sem medo de amar, de perdoar
Creio eu que os textos me ajudaram quando eu estava no vazio
E espero que eles me acompanhem em meu exílio,
Se caso eu vá ficar perdido no meio do caminho.
Outro dia uma garota, uma pequena libélula, me visitou
Em posses de alguns dos meus versos, ela me olhou
Surpreendentemente ela me elogiou, e isso me cativou
Não digo que fora adicionado, mas um motivo para escrever
Mas, me alegro em saber que consegui entretê-la ao ler
E, novamente estou aqui, mas com um objetivo diferente
Estou apenas recordando um passado tão agradável
Talvez eu o reviva, mas sei que é pouco provável
Mas posso, ao menos dizer que, de muitos, eu fiz parte de poucos,
Poucos os jovens que realmente sentiram o que é amar,
E ser amado, e não se preocupar com os defeitos e os fracassos
Pois ao seu lado está a pessoa mais adequada
Então, sim, fui feliz, e espero ser de novo
E como as águas claras, viajo em mais uma jornada,
Em busca de fábulas, em busca de musas, de fadas.
Eterno
No desencanto
Largado no canto
Encontro-me em pranto
Querendo um ombro
A premissa
Divina menina
Quão doce. Facina
Minh'alma suspira
Perdido em n'águas
Transpondo namoradas
Um passado que agrada
Mais uma volta mal dada
Logo me entrego
Com o peito aberto
Em busca do incerto
Ao lado do certo
ARTIFICIAL
Nesse mundo tão vazio de toques na pele
Cheio de toques na tela
Olhares rasos
Conversas secas
Onde não há mais lugar para cartas escritas a mão
Nem se conhece o cheiro do amigo
Nesse mundo sem conversas na calçada
Onde não se olha mais o céu
Não se conta mais estrelas
E os pirilampos são apenas recordações
Temo que a primavera nos dê flores de plástico.
Quando olho para trás e vejo como o tempo passou....
Não enxergo quanto velha estou, mas sim tudo que vivi, todas as alegrias, tristezas, conquistas, amores, experiências profissionais.... Tudo!
A vida é feita de momentos, viva o hoje!
No futuro olharemos para trás com memória seletiva.... E lembraremos do que quisermos, do que nos faz bem!
A lei do desapego serve para quase tudo na vida, der adeus a auto crítica, abandone a culpa, largue os prenconceitos, deixe de lado a procrastinação, esqueça as crenças limitantes, descarte os rancores, as más companhias e solte o passado.
Mas nunca desapegue-se do amor, ele é a cura pra todos os males.
Não vale a pena se torturar por erros passados antes fosse possível evitá-los mas é fato que vamos errar.
Não há culpa em refazer a rota, produzir novos planos, se preciso for, melhor é desfazer das ideias antigas, que não teve efeito, e recomeçar.
A vida não para, quem para somos nós enquanto lamentamos as frustrações e enquanto isso o tempo passa e com ele as oportunidades de um novo desfecho.
Bem, acontece, as vezes precisamos desse tempo, mas tão logo que possível, reerguer-se e continuar a caminhada, é mais que uma opção, é uma necessidade.
Por isso, o ideal é se desprender logo de tudo que causa amargura, que causa dor e parar de apenas sobreviver e então viver, porque a vida é muito pra ser desperdiçada!
Você está equivocado ao dizer que não podemos deslocarmos livremente no tempo. Por exemplo, ao me lembrar vividamente de um incidente, volto ao momento em que ele ocorreu. Estou com o espírito ausente, como se costuma dizer. Dou um salto ao passado. Naturalmente, não temos condição alguma de permanecer no passado por qualquer extensão de tempo, assim como um selvagem ou um quadrúpede não pode permanecer no ar dois metros acima do solo. Mas o homem civilizado dispõe de muito mais recursos que o selvagem, e pode desafiar as leis da gravitação num balão. E por que não pode ele esperar que um dia, finalmente, consiga parar ou acelerar seu curso ao longo da Dimensão-Tempo, ou mesmo virar-se e viajar na outra direção?
(A Máquina do Tempo)
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEMPO – A trilogia do Viver
O inesperado pode roubar-nos o presente; as mudanças, desviar-nos completamente do futuro; mas o PASSADO jamais nos é tirado, por onde quer que sigamos e até o último momento.
A relevância do FUTURO não consiste em vê-lo concretizado ou não, mas em emprestar sabor ao presente e converter-nos em molas propulsoras para buscá-lo neste exato e mais recente amanhecer.
O PRESENTE só faz sentido como resultado direto de toda uma história que construímos para chegar até ele, e atinge seu ponto máximo quando cada partícula do agora chega plena de prazer no exato momento entre o último que se foi e o primeiro que o seguirá.
"Escute bem: em cada noite eu me converto em água, me trespasso em líquido. [...] Para dizer a verdade, eu só me sinto feliz quando me vou aguando. Nesse estado em que me durmo estou dispensada de sonhar: a água não tem passado. [...]
( em "A varanda do frangipani", Lisboa: Editorial Caminho, 1991.)
Li em algum lugar que a vida é o que acontece diariamente.
E é bem isso mesmo.
A vida acontece,e não importa se estamos chorando por não ter dado certo um relacionamento de anos.
Se não passamos naquele concurso,não ficamos naquele emprego,Se estamos tristes,
com tédio,preguiça,com vontade de desistir
Ela passa,ela ta passando.
Ela não vai esperar você ter aquele carro do ano,aquela casa enorme,os 4 filhos,aquele amor de cinema.
Ela não vai esperar você está bem.
E você precisa aprender isso.
A vida ta seguindo,e se você não notar isso,vai morrer estagnado no mesmo lugar,esperando
a oportunidade perfeita para viver.
Mas por mais que tentemos seguir em frente, por mais tentador que seja não olhar para trás, o passado sempre volta para nos infernizar. E como a história nos mostrou inúmeras vezes, quem esquece o passado está destinado a repeti-lo.
[…]
Às vezes o passado é uma coisa que não conseguimos esquecer. E às vezes o passado é algo que faríamos tudo para esquecer. E, às vezes, descobrimos algo novo sobre o passado, que muda tudo o que sabemos sobre o presente.