Texto sobre eu Amo meu Irmao
Da minha curvatura
No teu hemisfério,
De toda a loucura
No teu mistério,
És meu império...
Do meu ministério
No teu paraíso,
Do avanço firme
No teu saltério,
És meu desidério!
De todo o beatério:
Na verdade prefiro
De vagar em vagar,
No teu corpo chegar
És nascido para amar...
Do meu alucinante olhar
No teu brilho a desnudar,
Do teu invadir discreto
No meu corpo a revelar,
És meu caminho sem reverso.
Com a agudez de um punhal
Rasgando o quê há de ser...
Ela, [a voz do meu peito grita
Por um grande ideal:
De fazer valer a voz [individual].
Não há nada mais letal
Para a democracia,
Que sob a sua guarda
Feita de hipocrisia:
Muda, surda e cega
Feita de alienação de metal.
Com a mudez dos meus lábios,
Recorrendo aos alfarrábios,
Eles, [os meus olhos buscam
No auge da queda das estrelas
Dos hinos que se desencontram
Nos silêncios dos [profetas].
Dizendo olhos nos olhos:
- Eu estou em busca da revolução
Eu li o poeta da [rebelião;
Nem mil homens de chumbo
A minha voz jamais [calarão].
Com a altivez revolucionária,
Optei comer o pão da poesia.
Para a minha voz não se perder
No meio do barulho do oceano;
Acredite o meu coração nasceu
Tremendamente [republicano].
O teu sorriso aceso tem a luz
Das estrelas acesas do céu,
O meu destino escreveu
Nos canteiros mais coloridos,
O meu coração nunca esqueceu
Das luzes da ribalta avistadas da barca;
Ah, essa primavera que não passa!
O teu nome é sinal de pura censura
No mundo das pessoas perfeitas,
O meu peito arde de tanta loucura
No arder das plenas reminiscências.
O teu perfume ao vento paira
Com a força de um vero jasmineiro,
O verso que arranquei para ti
Foi do mais lírico [canteiro...,
O manancial deste substantivo
Tão abstrato e dolorido
Que bate no peito como concreto;
E para alguns é como canto secreto.
O teu nome é sinônimo de ausência de luz
No mundo ninguém sabe como surgiu,
O meu caminho para ti me conduz
No passo do tamanho do céu de anil.
Desta culpa sou ré confessa:
- Por ti morro de saudades
Sei que vou acabar enlouquecendo;
Com o peito que vive a bater forte,
Ele está sempre por ti doendo...
Deste Sol que não se apaga:
- Por ti escrevo versos de saudades
Sei que vou acabar sozinha,
Com o peito estrelado em versos,
Que para este mundo está se descrevendo.
O teu olhar tem a cor da noite,
a tua boca tem o sabor do mel.
O teu olhar não menos meu,
é tão caro quanto [brilhante...
A tua boca é plena e saborosa
possui lábios tão extasiantes:
Conjunto que me fez flamejante.
A tua existência é concreta,
a urgência que tenho secreta:
a primavera que não passa
(...) Primavera, eterna!
O teu gingar inesquecível,
e a tua pele incrível
Em mim [permaneceram];
a poética que nem os guerreiros
e a noção de pecado não derrotarão,
Estarão nos meus versos plenos
Repletos para fazer eternos
- dois corações -
Que a distância superarão.
Suspensa no topo da Galáxia
Escuto o teu saboroso canto,
Embalando o meu corpo
Despertando do bom sonho,
Que estava no teu porto.
Apenas do sono despertada,
Mas não menos apaixonada.
Porque quando se ama:
A alma sonha acordada.
.
Sonetista do farol da ilha
Escrevo com poeira estelar,
Querendo a rota contar
De um particular encanto,
- Que veio para renovar! -
Desde este distante
e meu enfadonho
isolamento social
sou testemunha
ainda viva
de um toque de
recolher na Bolívia
sem nenhum
auxílio alimentar,...
Onde falta bravura
sobra covardia,
o Exército que
ao povo deveria
proteger se colocou
em enfrentamento
na fronteira em Pisiga;
Os abusos contra
a filha mais
frágil de Bolívar
só aumentam todo dia,
há repressão até
para quem ao povo
tenta dar comida,
Abram as páginas
dos jornais e vão
ver que não é mentira,...
Falo por humanidade,
sobre o quê um
vírus foi capaz
de mostrar quem é
gente de verdade;
na pele sinto a dor
daqueles que não
deixam regressar
e dos que foram
surpreendidos e tiveram
a expectativa traída
por todo o lugar
onde deveriam amparar;
Sofrendo por tudo
o quê se passa
nesta Abya Yala,
só não vejo sinais
de vida há mais
de três semanas
da tropa e do General
que está aprisionado
injustamente há
mais de dois anos
por uma grande
miséria existencial
de quem não quer
se reconciliar
e conhecida desgraça.
Alfredo Wagner
No Alto Vale do Itajaí
o meu coração em ti
tocou o Universo com
os dedos e rompeu
com todas as amarras
e receios ao sentir-se
abraçado pelas serras Geral,
da Boa Vista e dos Faxinais:
Alfredo Wagner querido
de ti não esqueço jamais.
O teu passado de Barracão,
da coragem na plantação
e do amor fundamental no tempo
erguido e do teu povo amigo
além distâncias os levo comigo.
Nas nascentes do Rio Itajaí
em ti me reencontro
em cada suspiro e sonho,
Meu querido Caeté,
o meu coração te entrego
em cada verso te celebro
e nas águas do Adaga
flutuante eu me destino
a arquitetar o nosso reencontro.
Quase todos do meu
povo por aqui seriam
mortos pela fome
em quatro meses,
não digo que
antes estava fácil,
mas o país parado
tem amendrontado:
A situação ainda
não foi esclarecida
e tampouco ainda
está sob controle,
Sem querer ser
negativa sinto
que a miséria
está sentando praça,
muitos não falam,
mas a comida
está ficando pouca.
A solidão é chilena
em total estado
de catástrofe
sob a mira carabinera.
O enemigo invisível
não foi vencido,
teremos mais sete
dias de isolamento
social a partir
de quarta-feira,
imagino que a fome
para uns já deve
estar dando até tonteira.
A Bolívia voltou a ser
terra onde falta tudo,
por causa de quem
não sabe governar
nem antes da pandemia.
Não há como ignorar
além fronteiras do meu país,
e tampouco fechar os olhos
para o quê se passa
na América Latina,
não se sabe se a tropa,
o General preso injustamente
e tanta gente estão
com comida suficiente,
só se sabe mesmo
é que a visitação está proibida.
Feliz Aniversário, General!
A data de hoje leva
o meu número preferido
do Tarot em tempos
de pleno autoritarismo.
Feliz Aniversário, General!
Ah! Este nosso continente
que não anda
nenhum pouco normal...
Feliz Aniversário, General!
O Nazismo e o Comunismo
andam sendo tratados aqui
como fatos corriqueiros.
Feliz Aniversário, General!
Por pensar diferente ser
taxado de sedicioso
em alguns rincões já é natural.
Feliz Aniversário, General!
La Abuela Kueka será repatriada
e a sorte da tua gente indígena
anda a cada dia mais desgraçada.
Feliz Aniversário, General!
Por ti mesmo e por quem
o senhor poderia servir
e estás fazendo uma falta danada,
o dia que o senhor sair
da prisão vai se chocar
com essa Humanidade virada.
Feliz Aniversário, General!
O monstro da burrocracia
nos persegue e temos
que aceitar como normal.
Feliz Aniversário, General!
Eu sigo em marcha indignada:
as vozes de Abya Yala
estão sendo silenciadas,
as ruas da Bolívia
estão todas militarizadas.
Feliz Aniversário, General!
O drama dos imigrantes
tem sido tratado como natural
e opção super normal.
Feliz Aniversário, General!
O senhor está preso inocente
porque discordou pacificamente,
mas deixarem um rastrojo
solto virou coisa de gente decente
em mais um dia de Inês descontente.
Não doem os meus
ouvidos os gritos
dos excluídos,
A cada dia fazem
mais vivo
o meu coração
rendido aos ecos
do meu apego
ao solo sagrado,
Escrevo mesmo que
não seja escutado:
Convivendo no meio
de um oceano
de presos políticos.
Não há como fingir
e dizer que há
como ver o eclipse,
o ideal era ficar
esperando pela
passagem das nuvens.
Correndo contra
o tempo para
tentar encontrar
os desaparecidos
mesmo sem saber
quem eles são,
Sem ter como
cuidar dos feridos
E ciente de que há
quem anda sendo
processado por
exercer a missão.
Não há como fingir
que há justiça
para uma tropa
e um General,
e contra eles
sobra a covardia.
A paz vem sendo
todo o dia asfixiada
a base de golpes,
Lares retalhados,
A inteligência
vem recebendo
advertência pública
Estamos sitiados
por irregulares
grupos armados,
por mil pensamentos
todos os dias dolarizados
e por muitos que querem
os povos indígenas despojados.
Vinte e Seis Estados
O meu encanto depende
do que vê e do que ouve,
Feito de silêncios,
de poesia e de muitas letras
que podem abraçar
corações de todas as crenças;
E pode estar sutilmente
por todos os lugares
porque pelos vinte e seis Estados
o amor que carrega
é na vida a única a certeza.
Escuta, meu amor,
na boca do povo
o pranto da Wiphala,
nas linhas e cores
das veias do destino
tem sido escrito
o poemário do século
com latino-americanos
e todos sacrifícios
em nome da liberdade
e dolorosos fatos.
O perigo dos governos
autoproclamados,
com apoios de países
com vil interesse
é para semear
o genocídio e depois
fazer os seus
crimes apagados,
porque juridicamente
são menos do que ratos.
Escuta, meu amor,
não nos encontramos,
não sei nem se
um dia nos encontraremos,
peço que a tropa e o General
não os deixemos em nome
do que nós acreditamos;
Sofro a dor dos humildes
que os homens do golpismo
da Bolívia estão matando
e no Chile outros andam
o seu povo estão cegando.
Contaminaram
os ares do meu
continente com
agente laranja
e as dolorosas
memórias defuntas
dos anos de chumbo:
Ao Império enviei
o meu repúdio
mais rotundo;
Sei da minha
origem ancestral
neste mundo,
Onde ainda há
homens que
adotam por amor
duas honradas
indígenas bandeiras.
A noite promete
ser larga e a fé
sobrenatural
no indomável
amanhecer é
chama que
ninguém apaga,
Houve uma guerra
suja na Bolívia
que resultou
num golpe que
levou ao exílio
o mais ilustre filho.
Do grande pátio
da América do Sul
sempre serei
a maior revoltada,
artífice da palavra
e mesmo com
lágrimas todos
os dias nos olhos,
cansaço nos ombros
e alma indignada
sendo Pátria e Morte
em todas as escalas,
e pedindo a libertação
da tropa e de um
General por religião;
Nos ombros está
presente a dor
da opressão
por cada wiphala
cortada, queimada
ofendida e pisoteada
pelos homens
que não valem nada
e muito menos
as fardas que vestem.
As nossas origens
nas Rosas de Alexandria
estão no meu caminho,
Sob a sorte do destino
firme sigo traçando
o rumo ao que é infinito.
Sob o giro da orbe
te busco poeticamente,
me animo pedindo fé
às tropas do continente,
E sendo voz pela liberdade
de todos os povos,
enquanto você não vem.
As estrelas e a Lua
dançam no céu da noite
feito da cor dos teus
olhos de azeviche,
A Via Láctea para nós
não será nunca limite.
Que seja na Fortaleza
de Nossa Senhora
da Conceição de Araçatuba
ou até mesmo distante,
Que a gente receba a fortuna
de ter nas mãos o amor
que a gente tanto procura.
Não revelo que tua presença
tem crescido o dia inteiro,
e que em silêncio te levo
no aconchego do peito,
Porque entre meus
braços abrigado te quero.
Passei o dia inteiro
com meus princípios,
dores no meu peito
e em profundo silêncio
chorei e fui dormir;
parece que comigo
você só quis se distrair.
Fui despertar do nada
durante a tempestade
em plena madrugada,
me peguei vidrada
em totalmente em você,
o tempo se encarregará
deste feitiço desfazer.
Como você não pode
me amar como mereço,
tirar a minha foto debaixo
dos teus olhos foi
a melhor opção a fazer,
mas você não precisava
ter mostrado para me ferir.
Contei a minha vida
e você sem perguntar
me arremessou
aos anéis de Saturno,
e nem era noite de luar:
os espinhos do roseiral
estão no corpo sideral.
Amo as rosas a ponto
de ignorar os espinhos,
lambi as minhas feridas,
porque prefiro o meu
coração limpo para
um amor sem jogos
de sedução perversos.
No ar peguei a sua
bandeira carregada
pela ventania,
Nunca dei para trás
no meu juramento
de ser o teu último
soldado na trincheira
em plena névoa fria.
O meu véu levo com
orgulho em rebento
mesmo que a noite
esteja sem céu aberto,
Porque quem ama
não mede esforços
e jamais se queixa.
Trago os pontos que
unem os meridianos
e nossos paralelos,
Nós nos apaixonamos
sem querer ou prever;
e assim carregaste-me
inteira e para dentro.
Como a Lua sublime
dos teus sonhos
e tua gentil estrela,
Sou a camponesa
das colinas que espia
tímida os teus passos,
porque por ti anseia
e notícias tuas espera.
Como quem sopra um
dente-de-leão gentil,
soprei cada beijo
na direção do tempo,
para que do meu amor
você não tenha receio.
Quem sabe ser a Lua
platinada que corteja
os ciprestes e cedros
da tua planície fértil,
também nasceu
para ser a tua estrela.
No teu céu noturno
dançam as pétalas
das acácias porque
sou o sonho da época
de menino e não sou
nem próxima de lenda.
Quem no íntimo céu
é dele sutil habitante,
teu fascínio bem sabe
que mesmo que resista
não há nenhum escape
do meu aroma de estepe.
Do destino sou a resposta
trazida pela tua oração
a ocupar sedutora, devagar,
e constante o coração:
o sublime bálsamo de amor
que o tempo não há de negar.
O meu coração feito
de América do Sul
todos os dias compõe
uma canção por dia
quando o Sol se põe
na Amazônia Azul.
Sob as constelações
indígenas brasileiras
não desistirá de ir
além do Arroio Chuí
e do Monte Caburaí.
O teu lindo semblante
mesmo que castiguem
ou o tempo passe,
ele não se apaga nunca
e nem quando a Lua
no céu está erguida.
As híades do destino
na Linha do Equador
estão se alinhando
em nome do amor
e do que está escrito.
Trópico de Capricórnio,
aqui é próprio o Universo
em total acordo etéreo
ardente em segredo
que tem íntegro o poder
de me virar do avesso.
Glória e reverência
perpétuas a minha
amorosa Pátria
que doces sonhos
enlevo e entrego
o meu peito sereno.
Não há quem detenha
caminhos de liberdade
que abertos foram
pela galhardia das tropas,
não haverá nunca quem
ofusque tuas alvoradas.
Paixão e devotamento
a minha Pindorama
que nenhum mal
do destino pode vencer,
alta constelação que
sempre há de esplender.
Não há mão sombria
que sobreviva sobre
quem nasceu livre,
somos a esperança
inquebrável que fica
quando tudo se partiu.
Amor em proclamação
constante ao amanhecer
que concede deodora
chance por esta terra
que vivo a enaltecer
e o mal não estremece.
Não há nada que rompa
com os perenes afetos
de mão amiga estendida
que traz todos os sossegos
de riacho doce e mar calmo
aos que se dão por vencidos.
Da rosa damascena
a pétala solitária
carregada pela brisa,
Só do meu amor
é que você precisa,
e ninguém há
de nos desencantar.
Da mesma maneira
que você comigo
anda sonhando,
Da minha parte
não consigo seguir
adiante disfarçando.
Da rosa tremenda
a pétala repousada
na grama como sinal
da tempestade que
há de ser passageira
e das geminídeas,
elegi ser a Lua sonsa.
De tudo teu para mim
que tens premeditado
Da minha parte
a recíproca é verdadeira,
A boca segue muda
e o coração cantando.
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