Texto eu Amo meu Namorado
Uma mulher chamada guitarra
Um dia, casualmente, eu disse a um amigo que a guitarra, ou violão, era "a música em forma de mulher". A frase o encantou e ele a andou espalhando como se ela constituísse o que os franceses chamam un mot d'esprit. Pesa-me ponderar que ela não quer ser nada disso; é, melhor, a pura verdade dos fatos.
O violão é não só a música (com todas as suas possibilidades orquestrais latentes) em forma de mulher, como, de todos os instrumentos musicais que se inspiram na forma feminina - viola, violino, bandolim, violoncelo, contrabaixo - o único que representa a mulher ideal: nem grande, nem pequena; de pescoço alongado, ombros redondos e suaves, cintura fina e ancas plenas; cultivada, mas sem jactância; relutante em exibir-se, a não ser pela mão daquele a quem ama; atenta e obediente ao seu amado, mas sem perda de caráter e dignidade; e, na intimidade, terna, sábia e apaixonada. Há mulheres-violino, mulheres-violoncelo e até mulheres-contrabaixo.
Mas como recusam-se a estabelecer aquela íntima relação que o violão oferece; como negam-se a se deixar cantar preferindo tornar-se objeto de solos ou partes orquestrais; como respondem mal ao contato dos dedos para se deixar vibrar, em benefício de agentes excitantes como arcos e palhetas, serão sempre preteridas, no final, pelas mulheres-violão, que um homem pode, sempre que quer, ter carinhosamente em seus braços e com ela passar horas de maravilhoso isolamento, sem necessidade, seja de tê-la em posições pouco cristãs, como acontece com os violoncelos, seja de estar obrigatoriamente de pé diante delas, como se dá com os contrabaixos.
Mesmo uma mulher-bandolim (vale dizer: um bandolim), se não encontrar um Jacob pela frente, está roubada. Sua voz é por demais estrídula para que se a suporte além de meia hora. E é nisso que a guitarra, ou violão (vale dizer: a mulher-violão), leva todas as vantagens. Nas mãos de um Segovia, de um Barrios, de um Sanz de la Mazza, de um Bonfá, de um Baden Powell, pode brilhar tão bem em sociedade quanto um violino nas mãos de um Oistrakh ou um violoncelo nas mãos de um Casals. Enquanto que aqueles instrumentos dificilmente poderão atingir a pungência ou a bossa peculiares que um violão pode ter, quer tocado canhestramente por um Jayme Ovalle ou um Manuel Bandeira, quer "passado na cara" por um João Gilberto ou mesmo o crioulo Zé-com-Fome, da Favela do Esqueleto.
Divino, delicioso instrumento que se casa tão bem com o amor e tudo o que, nos instantes mais belos da natureza, induz ao maravilhoso abandono! E não é à toa que um dos seus mais antigos ascendentes se chama viola d'amore, como a prenunciar o doce fenômeno de tantos corações diariamente feridos pelo melodioso acento de suas cordas... Até na maneira de ser tocado - contra o peito - lembra a mulher que se aninha nos braços do seu amado e, sem dizer-lhe nada, parece suplicar com beijos e carinhos que ele a tome toda, faça-a vibrar no mais fundo de si mesma, e a ame acima de tudo, pois do contrário ela não poderá ser nunca totalmente sua.
Ponha-se num céu alto uma Lua tranquila. Pede ela um contrabaixo? Nunca! Um violoncelo? Talvez, mas só se por trás dele houvesse um Casals. Um bandolim? Nem por sombra! Um bandolim, com seu tremolos, lhe perturbaria o luminoso êxtase. E o que pede então (direis) uma Lua tranquila num céu alto? E eu vos responderei: um violão. Pois dentre os instrumentos musicais criados pela mão do homem, só o violão é capaz de ouvir e de entender a Lua.
Para de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Para de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Para de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Para de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Para de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse.
Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada,
terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Para de crer em mim – crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Para de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido? Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti.
Quando você sentir vontade de chorar, não chore
Pode me chamar que eu choro por você.
Quando você sentir vontade de sorrir, me avise
Que venho para nós dois sorrirmos juntos.
Quando você sentir vontade de amar, me chame,
Que eu venho amar você.
Quando você sentir que tudo está acabado, me chame,
Que eu venho lhe ajudar a reconstruir.
Quando você achar que o mundo é pequeno demais para suas tristezas,
Me chame, que eu faço ele pequeno para sua felicidade.
Quando você precisar de uma mão, me chame,
Que a minha é sempre sua.
Quando você precisar de companhia, naqueles dias nublados e tristes,
Ou nos dias ensolarados, eu venho, venho sim.
Quando você estiver precisando ouvir alguém dizer: EU TE AMO!
Me CHAME que eu digo a você a todo hora.
Pois o meu amor é imenso.
E quando você não precisar mais de mim, me avise,
Que simplesmente irei embora, pensando em você.
Oração pela Paz
Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde há ódio, que eu leve o amor.
Onde há ofensa, que eu leve o perdão.
Onde há discórdia, que eu leve a união.
Onde há dúvida, que eu leve a fé.
Onde há erro, que eu leve a verdade.
Onde há desespero, que eu leve a esperança.
Onde há tristeza, que eu leve a alegria.
Onde há trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido;
amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
é morrendo que se vive para a vida eterna.
Eu sei que o sofrimento tem visitado o teu coração.
Não tenho muito o que dizer e é bom que seja assim.
Existem acontecimentos que não combinam com as palavras.
Foram feitos para o silêncio.
É neste momento que nós recorremos aos símbolos, às realidades que falam sem precisar dizer.
Trouxe flores...
EU QUERIA
Eu queria você aqui, agora,
me dando um beijo, me olhando e...
sonhando.
Eu queria você
me beijando no ouvido,
falando baixinho,
me fazendo sonhar...
Eu queria você
me tirando do espaço,
me roubando um suspiro...
Eu queria você
para deitar no seu peito,
despertar o desejo,
esquecer o que é direito...
Eu queria você
para te olhar bem de perto,
te beijar sem censura,
te levar à loucura...
Eu queria você
brigando comigo
se te corto um pouquinho,
ou te chamo a atenção...
Eu queria você
a me morder de mansinho,
me fazer um carinho,
me fazer flutuar...
Eu queria você
para afagar meu cabelo,
descobrir o que penso,
ser um pouco de mim...
Eu queria você
para me deixar contente
quando o mundo parece
desabar sobre mim.
Eu queria você para,
se eu chorar, chorar comigo
e saber o motivo,
ser meu amor e meu maior amigo.
O Berço e o Terremoto
Os versos, em geral, são versos de embalar, como eu às vezes os tenho feito, não sei se por simples complacência... ou pura piedade.
Contudo, os verdadeiros versos não são para embalar - mas para abalar.
Mesmo a mais simples canção, quando a canta um Camela Lorca, desperta-te a alma para um mundo de espanto.
Eu guardei muitas coisas em minhas mãos, e perdi todas; mas todas que coloquei nas mãos de Deus, essas eu ainda possuo.
Quando a cabeça pousar no seu travesseiro, lembre-se de guardar somente as coisas boas que te aconteceram hoje; assim você ficará com o coração leve e cheio de lindas lembranças.
Quando você nasceu, eu renasci.
Quando você sorriu, eu chorei
Quando você precisou, eu estava ali.
Quando você adoeceu, eu rezei.
Eu te alimentei.
Eu te cuidei.
Eu te protegi.
Eu te amei... em todos os momentos.
Filho, não te peço nada em troca, pois seu sorriso já é meu paraíso.
Te amo!
Cuide da sua menina
Eu sei que você pensa coisas do tipo, - como ela me sufoca, - como ela me prende, - como ela ciumenta, -como ela é chata, - como ela consegue brigar tanto, - eu quero sair hoje, -eu não quero ir lá, - eu não quero fazer isso que ela quer.
Eu sei que você pensa muita coisa sobre ela das melhores ate as piore. Eu também sei que você pensa coisas assim, -que linda que ela ta, -que cheirinho bom, -que carinho gostoso, - que saudade ruim, - que bom estar com ela, - que abraço bom, - eu a m o ela.
Eu sei que apesar dela não te impedir de sair ou você não deixar que ela te impeça, você sente falta de sair, curtir sem dar satisfação, sente falta de ir pra night e poder ficar com várias, sente falta de dar uma pegada diferente, de sair por aí, de curtir com teus amigos sem preocupação, sente falta de bocas, gostos sabores, corpos e assuntos diferentes.
Eu sei de tudo isso, mais ela sabe? Provavelmente a sua menina deve pensar coisas desse tipo pelo fato de toda menina pensar assim, mas com certeza ela deve imaginar que tu a ama sem limites e que vocês realmente são eternos.
Mais eu sei que apesar das coisas que você deseja na ausência dela, você também pensa em estar com ela toda hora, sente uma falta doida dela, gosta dos abraços beijos, carinhos, do jeitinho de rir, de falar besteira, o jeito de pedir desculpa, das brincadeiras de vocês, de conversar e poder saber que você pode contar com ela. Sim você realmente a ama do fundo do coração e ela é a menina mais linda do mundo.
Como você pode pensar tanta coisa assim de uma só menina? Da sua menina.
Eu sei o que você pensa e sei também o que ela pensa, para não fazer você perder teu tempo com palavras românticas e cansativas que ela deve lhe falar normalmente e escrever também e você já não presta mais tanta atenção.
Ela te ama muito, com uma intensidade sem limites, quer o teu melhor, quer o teu bem, ela também pensa algumas coisas ruins sobre você e tu também irrita ela, mais isso passa em segundos, esses pensamentos saem da mente dela como se nunca tivessem passado por lá.
Com o tempo que vocês estão, ela aprendeu a lidar contigo e vice e versa, com o tempo ela sabe o que te irrita o que te faz bem e tu também sabe tudo sobre ela.
Mais esses seus pensamentos não saem da tua cabeça tão facilmente, e a tua menina te irrita muitas vezes sem nem ao menos ter a intenção.
Você sai com frequência, às vezes você esquece dela, às vezes tu não lembra de alguma coisa que ela pediu, às vezes tu vai esquecendo, simplesmente esquecendo.
E a tal menina? Ela chora, ela fica triste, ela acha que você simplesmente não a ama; mesmo que não seja isso que esteja acontecendo, você ‘apenas’ esqueceu.
Será que você realmente está esquecendo? Apenas esquecendo?
Você já parou pra pensar nela como antes você pensava? Você já olhou bem pra ela e viu o brilho nos seus olhos? E como ela se esforça pra te deixar feliz?
Deveria realmente, deveria, depois de tudo o que vocês viveram, você deveria.
E a tua menina? Continua com os mesmo pensamentos tristes e sem razão se sente lesada, e deixada de lado, e com o medo constante de Te perder.
Você realmente acha que essa menina, a tua menina, insisto em dizer, não é mais importante que uma curtição que momentos com os amigos, melhor que qualquer night?
Se acha ou não a menina já tirou suas próprias conclusões, e já se feriu o bastante.
Você está preparado pra perdê-la? Se estiver... bum! Perdeu, e agora?
E agora te prepara pra night, pra curtir outros corpos e outros gostos e voltar pra casa e se deparar sozinho, sem ter alguém pra abraçar sem ninguém pra ligar e contar seu dia, seus problemas, sem poder dizer TE AMO.
E a menina? Ela cresceu não é mais a s u a menina, ela não te entendeu.
Até que um dia você encontra a mulher que um dia foi a tua menina e ela esta mais linda do que nunca, e em sua cabeça os pensamentos que há tanto tempo quando estava com ela não existiam mais, esses pensamentos voltam e as palavras EU TE AMO, VOLTA PRA MIM passam subitamente em sua cabeça. E a mulher? Bom ela te dá um beijo no rosto e vai embora...
E agora eu ainda sei o o que você pensa, e ela sabe?
Preste atenção em quem você ‘ama’ e cuide da SUA MENINA.
Talvez, amanhã quando você pensar em me querer, eu já tenha encontrado outro alguém que me queira.
Quando você precisar de mim, eu já tenha desistido da vontade de te ajudar.
Quando você pensar que eu existo, eu já tenha desaparecido do teu alcance.
E por acaso você algum dia quiser me amar, talvez eu já tenha transformado esse amor em amizade.
Quando seus olhos sentirem falta de uma luz e você quiser me amar talvez eu já tenha... Eu já tenha a promessa de outro alguém que me queira tanto quanto eu te quis, mesmo assim vai ser bom te ver.
Talvez quando nossos caminhos brilharem por uma única estrela eu já tenha outro em meu coração.
Quando você cair na real de que me teve ao seu alcance e não quis me amar, então peça a Deus que mude nossos caminhos e lance um nos braços do outro.
Não seja tolo em pensar que eu sofro por você, pois esse dia veio e já se foi a muito tempo.
E por obra do destino eu passar com outro, saiba que foi esse outro que me segurou com as duas mãos na hora da queda.
Se um dia descobrir que está sofrendo por um amor mal correspondido, console-se, pois eu também sofri por um amor: O seu. E quando descobrir que está amando sorria. Pois nesse dia deixarei de pensar que você é frio e sem coração.
Se depois de tudo que escrevi você continua sem entender nada, concentre-se nessas palavras VOCÊ ME PERDEU!
Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo “olha, não dá mais”. Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo,mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um e-mail, não é mesmo?
Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu “mas agora eu to comendo um lanche com amigos”. Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não voltava pra mim?
Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema. Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados, calmos, espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia.
Aí achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito. Decidi ser uma mulher mais feliz, afinal, quando você é feliz com você mesma, você não põe toda a sua felicidade no outro e tudo fica mais leve. Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas, quintupliquei o número de leitores do meu site e nada aconteceu.
Mas eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos e filha única Eu não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi que eu tinha que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim. Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida. Voltei de viagem e tchân, tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida.
Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip, cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres,rezei pra Santo Antonio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris.
Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha. Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei amigos para a inauguração, servi bom vinho e comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar.Resultado disso tudo: silêncio absoluto.
O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele. Até que algo sensacional aconteceu. Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher que eu acabei me tornando mulher demais para ele. Ele quem mesmo?
Triz
Eu quase consegui abraçar alguém semana passada. Por um milésimo de segundo eu fechei os olhos e senti meu peito esvaziado de você. Foi realmente quase. Acho que estou andando pra frente. Ontem ri tanto no jantar, tanto que quase fui feliz de novo. Ouvi uma história muito engraçada sobre uma diretora de criação maluca que fez os funcionários irem trabalhar de pijama. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo. Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também acho que gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente. Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias. Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada. Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: “Ei, não quer conhecer minha casa nova?” Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca. Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro…
Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto. O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.
Além do Ponto
Chovia, chovia, chovia e eu ia indo por dentro da chuva ao encontro dele, sem guarda-chuva nem nada, eu sempre perdia todos pelos bares, só levava uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito, parece falso dito desse jeito, mas bem assim eu ia pelo meio da chuva, uma garrafa de conhaque na mão e um maço de cigarros molhados no bolso. Teve uma hora que eu podia ter tomado um táxi, mas não era muito longe, e se eu tomasse um táxi não poderia comprar cigarros nem conhaque, e eu pensei com força então que seria melhor chegar molhado da chuva, porque aí beberíamos o conhaque, fazia frio, nem tanto frio, mais umidade entrando pelo pano das roupas, pela sola fina esburacada dos sapatos, e fumaríamos beberíamos sem medidas, haveria música, sempre aquelas vozes roucas, aquele sax gemido e o olho dele posto em cima de mim, ducha morna distendendo meus músculos. Mas chovia ainda, meus olhos ardiam de frio, o nariz começava a escorrer, eu limpava com as costas das mãos e o líquido do nariz endurecia logo sobre os pêlos, eu enfiava as mãos avermelhadas no fundo dos bolsos e ia indo, eu ia indo e pulando as poças d'água com as pernas geladas. Tão geladas as pernas e os braços e a cara que pensei em abrir a garrafa para beber um gole, mas não queria chegar na casa dele meio bêbado, hálito fedendo, não queria que ele pensasse que eu andava bebendo, e eu andava, todo dia um bom pretexto, e fui pensando também que ele ia pensar que eu andava sem dinheiro, chegando a pé naquela chuva toda, e eu andava, estômago dolorido de fome, e eu não queria que ele pensasse que eu andava insone, e eu andava, roxas olheiras, teria que ter cuidado com o lábio inferior ao sorrir, se sorrisse, e quase certamente sim, quando o encontrasse, para que não visse o dente quebrado e pensasse que eu andava relaxando, sem ir ao dentista, e eu andava, e tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo percebendo, por dentro da chuva, que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era. Começou a acontecer uma coisa confusa na minha cabeça, essa história de não querer que ele soubesse que eu era eu, encharcado naquela chuva toda que caía, caía, caía e tive vontade de voltar para algum lugar seco e quente, se houvesse, e não lembrava de nenhum, ou parar para sempre ali mesmo naquela esquina cinzenta que eu tentava atravessar sem conseguir, os carros me jogando água e lama ao passar, mas eu não podia, ou podia mas não devia, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro dele, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro dele, que me abriria a porta, o sax gemido ao fundo e quem sabe uma lareira, pinhões, vinho quente com cravo e canela, essas coisas do inverno, e mais ainda, eu precisava deter a vontade de voltar atrás ou ficar parado, pois tem um ponto, eu descobria, em que você perde o comando das próprias pernas, não é bem assim, descoberta tortuosa que o frio e a chuva não me deixavam mastigar direito, eu apenas começava a saber que tem um ponto, e eu dividido querendo ver o depois do ponto e também aquele agradável dele me esperando quente e pronto.
Um carro passou mais perto e me molhou inteiro, sairia um rio das minhas roupas se conseguisse torcê-las, então decidi na minha cabeça que depois de abrir a porta ele diria qualquer coisa tipo mas como você está molhado, sem nenhum espanto, porque ele me esperava, ele me chamava, eu só ia indo porque ele me chamava, eu me atrevia, eu ia além daquele ponto de estar parado, agora pelo caminho de árvores sem folhas e a rua interrompida que eu revia daquele jeito estranho de já ter estado lá sem nunca ter, hesitava mas ia indo, no meio da cidade como um invisível fio saindo da cabeça dele até a minha, quem me via assim molhado não via nosso segredo, via apenas um sujeito molhado sem capa nem guarda-chuva, só uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito. Era a mim que ele chamava, pelo meio da cidade, puxando o fio desde a minha cabeça até a dele, por dentro da chuva, era para mim que ele abriria sua porta, chegando muito perto agora, tão perto que uma quentura me subia para o rosto, como se tivesse bebido o conhaque todo, trocaria minha roupa molhada por outra mais seca e tomaria lentamente minhas mãos entre as suas, acariciando-as devagar para aquecê-las, espantando o roxo da pele fria, começava a escurecer, era cedo ainda, mas ia escurecendo cedo, mais cedo que de costume, e nem era inverno, ele arrumaria uma cama larga com muitos cobertores, e foi então que escorreguei e caí e tudo tão de repente, para proteger a garrafa apertei-a mais contra o peito e ela bateu numa pedra, e além da água da chuva e da lama dos carros a minha roupa agora também estava encharcada de conhaque, como um bêbado, fedendo, não beberíamos então, tentei sorrir, com cuidado, o lábio inferior quase imóvel, escondendo o caco do dente, e pensei na lama que ele limparia terno, porque era a mim que ele chamava, porque era a mim que ele escolhia, porque era para mim e só para mim que ele abriria a sua porta.
Chovia sempre e eu custei para conseguir me levantar daquela poça de lama, chegava num ponto, eu voltava ao ponto, em que era necessário um esforço muito grande, era preciso um esforço muito grande, era preciso um esforço tão terrível que precisei sorri mais sozinho e inventar mais um pouco, aquecendo meu segredo, e dei alguns passos, mas como se faz? me perguntei, como se faz isso de colocar um pé após o outro, equilibrando a cabeça sobre os ombros, mantendo ereta a coluna vertebral, desaprendia, não era quase nada, eu mantido apenas por aquele fio invisível ligado à minha cabeça, agora tão próximo que se quisesse eu poderia imaginar alguma coisa como um zumbido eletrônico saindo da cabeça dele até chegar na minha, mas como se faz? eu reaprendia e inventava sempre, sempre em direção a ele, para chegar inteiro, os pedaços de mim todos misturados que ele disporia sem pressa, como quem brinca com um quebra-cabeça para formar que castelo, que bosque, que verme ou deus, eu não sabia, mas ia indo pela chuva porque esse era meu único sentido, meu único destino: bater naquela porta escura onde eu batia agora. E bati, e bati outra vez, e tornei a bater, e continuei batendo sem me importar que as pessoas na rua parassem para olhar, eu quis chamá-lo, mas tinha esquecido seu nome, se é que alguma vez o soube, se é que ele o teve um dia, talvez eu tivesse febre, tudo ficara muito confuso, idéias misturadas, tremores, água de chuva e lama e conhaque batendo e continuava chovendo sem parar, mas eu não ia mais indo por dentro da chuva, pelo meio da cidade, eu só estava parado naquela porta fazia muito tempo, depois do ponto, tão escuro agora que eu não conseguiria nunca mais encontrar o caminho de volta, nem tentar outra coisa, outra ação, outro gesto além de continuar batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, na mesma porta que não abre nunca.
Eu só vim lhe desejar um dia lindo.
Com flores pelos caminhos que você percorrer.
Com gente feliz ao seu redor.
Com chuvas de sorrisos e de olhares que vem da alma.
Não importa se grandes notícias não virão hoje.
Que também não venham as más.
Que seu dia seja de paz.
Que você esteja em paz.
E que você olhe os problemas de cima, e as pessoas que você convive, com olho no olho.
Que as palavras do dia sejam ‘leveza’, ‘doçura’, ‘calmaria’, ‘tranquilidade’.
E que suas próximas horas sejam carregadas de pensamentos positivos e muita paz no coração.
Só vim te desejar um ótimo dia.
Colorido e florido.
Amém.
Eu queria te contar que não dói mais. Só que agora não importa tanto o que você vai pensar sobre isso. Queria que você soubesse que já vi nossos filmes milhares de vezes e nem chorei. Ok, chorei. Mas pelo filme, e não por você.Queria que você soubesse que tirei a poeira das nossas músicas e que as ouço quase todos os dias. Porque elas me faziam mais falta do que você fez.
Os nossos lugares não são mais nossos. Eu já voltei lá com outras pessoas e escrevi lá outras histórias...
Eu estou aprendendo a tocar violão. E a primeira música que toquei foi aquela música que era uma espécie de hino pra nós dois. Ela é tão linda... e sim, ela continua sendo muito nossa e lembrando demais você. Mas, ainda assim, não dói. Você não pergunta essas coisas, mas sei que gostaria de saber. Porque te conheço. E isso não mudou. Do mesmo jeito que adivinhei as coisas ruins que você aprontaria, eu sei as coisas boas que ficaram aí em você e te fazem lembrar de mim.
Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer à tona o que o coração vive tentando deixar pra trás.
(Então eu pego o passado, e transformo em poesia-ou-coisa-assim.)
Desabafo...
É triste saber que um dia eu gostei de você e,
hoje nem mesmo sei o que sinto...
Seu jeito um dia me conquistou, assim como suas
palavras, mas hoje não fazem o mínimo efeito
sobre mim.
Me perdoe pela sinceridade nas palavras...
sei que pareço um pouco agressiva ,mas é
melhor a mais amarga verdade do que a mais doce
mentira, preciso fazer com que você saiba um pouco
do que eu sinto.
É, você tem razão, eu mudei com você, mas é que eu não
posso mentir algo que nem mesmo eu sei a verdade.
O coração é o pior traiçoeiro, pois, podemos esperar
tudo de qualquer pessoa, menos de nós mesmo.
O coração sempre foi retratado como o mais belo ser...
mas vejo que não é bem assim, ele pode fazer com que você caia...
Mas nunca fique no chão, levante-se,"não importa em quantos
pedaços seu coração pariu-se, o mundo não pára para que você o
concerte."
Não espere muita coisa de mim, não espere muito do meu coração...
Espere muito mais de você...
Eu desistiria da eternidade
para tocar você
Pois sei que de alguma forma
Você me percebe
Você é o mais perto do céu
Que eu posso chegar
e não quero voltar
Para casa agora...
O único gosto que sinto
É o deste momento
E tudo que tenho para respirar
É seu amor.
Por que cedo ou tarde
Isto pode acabar
Hoje a noite
Não te deixarei ir...
Eu preferiria...
Sentir o cheiro de seus cabelos,
Dar um beijo em sua boca...
Tocar uma vez em sua mão...
A passar a eternidade sem isso
Desfarce
Tento desfarçar a minha dor
com uma face, não se encherga
só eu vejo o sentimento
que sufoca meu coração,
entristece minha alma
e perturba minha mente
por dentro eu grito e choro como
uma criança sendo torturada,
mas por fora sou uma simples pessoa
tentando desfarçar a realidade que vive,
e desfarço tão bem que poucos percebem.
quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência
vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência
vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito
vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito
então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp