Texto eu Amo meu Namorado
ontem, um pensamento fulgaz me ocorreu
"eu não quero mais viver nesse mundo"
tão rápido quanto um piscar de olhos
quanto a velocidade da luz
e uma queda de energia repentina
de fundo, cinematograficamente
um céu azul com grandes nuvens
pessoas dormindo nas ruas, fumaça, grandes prédios
carros, uma praia ensolarada
lágrimas silenciosas
a sensação de ausência e o sentimento de vazio
hoje, pensei o mesmo
Eu nasci pra capoeira.
Eu nasci pra capoeira,
Ela para mim nasceu,
Mas a minha gratidão,
Vai para o mestre Tadeu.
No congresso de varões,
Foi que ele apresentou
o Grupo de capoeira,
que então mim conquistou.
Eu nasci pra capoeira,
Ela para mim nasceu,
Quem não ama a capoeira,
Não valoriza o que é seu.
Sou da Tribo de Judá,
Me alegro em dizer:
Tenho Cristo no coração,
E a capoeira é o meu lazer.
Quem não ama a capoeira,
Não sabe o que está perdendo,
Pois quem treina capoeira,
Cada vez mais vai aprendendo.
Capoeira não é luta,
É uma ginga genial,
Quem treina capoeira,
Entra em qualquer lugar,
De cabeça erguida e sem medo de apanhar, porque sempre estar.
Então, deixa eu ver se entendi:
--- "AJUDAR VOCÊ" significa "SER TROUXA" porque foi eu que perdi por dar/fazer as coisas pensando em você...
--- E "VOCÊ É FODA" porque foi você quem recebeu sem fazer força tudo que eu te dei/fiz, por amar e pensar em você... (!???)
--- Ahammm...
--- E quem de nós dois é o CRIMINOSO dessa história!???
Eu me esqueci de quem eu era
Os jogos da vida,
A roleta do eu,
Me fizeram flertar com a falta de identidade,
que já não existe mais dentro de mim.
O Eu que me possuia
Foi tomado,
Invadido,
Destruido.
E hoje já não consigo encontrar-me,
Já não sei por onde rever- me,
Submeto a subordinação,
De uma alma cansada,
Sobrecarregada,
Sem paixão.
Por que quem eu era,
Sorria com gosto,
Vibrava sem rosto.
Sentia a pele do amanhecer,
Nos olhares da escuridão.
E esse eu que já não conheço,
Que até desfalece,
Não encontro mais em mim.
Não acho por nada,
Não vejo num olhar,
Nem em lábios sedentos,
Do alvorecer voraz.
Eu me esqueci de quem eu era,
Porque nas curvas da vida
Abandonei-me.
Sobre a beleza de ser pai… Primeira parte!
Eu nunca estive pronto pra ser pai, não fiz planos para esse “fim”, mas, vejo que a tarefa que me foi dada cumpri com maestria, sim, estou falando sem modéstia alguma, eu sou um bom pai.
Meus filhos herdaram características minhas que são essenciais para que eles caminhem rumo a seus objetivos.
A melhor delas… Sorrir, não sempre, não de tudo, até porque parafraseando os compositores de “amor pra recomeçar”: Não podemos esquecer que rir é bom, mas, rir de tudo é desespero.
Das demais características eu colocaria humildade, capacidade de servir, não que todos eles sejam cópias fiéis de mim, mas, os adjetivos vão se formando, os defeitos também.
Por fim, me vendo pai, abracei a ideia e me comprometi a ser leve, a ser o amigo, o que indica o melhor caminho, o que fala palavras duras e ao mesmo tempo alivia a jornada.
Tenho um carinho muito grande pelos meus filhos e eles sabem, mas, sabem também que eu sou “antiquado”, “metódico”, “sistemático”, falante.
Estou nesse caminho de ser pai, mas, volto e lembro noites em claro, sorrisos e choro, balanços e sonetos, viagens, brincadeiras, cantos e encantos.
Talvez eu seja o pai mais falante que exista, mas, também sou o pai mais romântico e amante, mais brincalhão e bobo, mais carinhoso e cheio de direcionamentos que indicam onde Jesus está.
Essa é Jhulia, a risonha, brincalhona, resenhista e emotiva, a pediatra da família.
Amo-a como quem ama a si mesmo, com a mesma intensidade e despreparo do pai que me torno todo dia.
Sobre a beleza de ser pai… Segunda parte.
Já falei antes que não me via sendo pai, eu continuo assim, o aprendizado que se colhe ao longo do caminho, é feito de cuidados, de carinho, amor, carões e dias indigestos.
Mas, isso faz parte do processo, não atoa essa tarefa vem abarcada de outras situações externas.
Saber lidar com isso é uma tarefa árdua e pensante, a medida que os filhos vão crescendo, nossa responsabilidade aumenta.
Nos vemos mais protetores, nos vemos mais cobradores, e a saga se repete, dia a dia, como se “chronos” nos fizesse reviver o mesmo dia, várias vezes.
Mas, passa, a ideia de juventude e de liberdade que a sociedade prega nem sempre é a que queremos para nossos filhos.
A inquietante dor que nos pega e nos sacode como um vendaval é somente o nosso corpo buscando formas de defender aquele filho.
Relativamente alinhado ao “nosso querer” estão as vontades deles, opostas nesse caso.
Como fazer, como indicar o caminho sem ser “chato”, antiquado e as vezes bravo? Como orientar no caminho que se deve andar, se ela já escolheu trilhar seus próprios caminhos.
Continua a tarefa, continua a peregrinação na busca do aprendizado que ser pai requer.
Ainda estou me remontando e criando expertises para ser o melhor pai, o melhor amigo, a melhor companhia, o melhor parceiro que um filho deve ter.
Essa é Mirla, de sorriso largo, mas, nem sempre pronto, de olhar discreto, reto é contraponto, ela é como ela é, a modelo da família.
P.S: Ela vai dizer que a foto não ficou boa.
Quando minha dor quer me prender, eu abro mão de senti-la como fim.
Escolho elevar o peso em resiliência, e sigo mesmo quebrado.
Fé me sustenta quando minhas forças se esgotam.
Propósito me empurra para além do que é visível.
Extraordinário não é não cair, é levantar pela missão.
Cada passo que dói se torna semente de futuro.
Sou só instrumento, mas instrumento forjado no fogo.
Purificação.
🌟 Transformar em Resiliência
Quando minha dor quer me prender, eu escolho sentir e também transformar.
Cada peso se torna impulso, e a queda se converte em resiliência.
Fé me eleva quando a força parece faltar.
Propósito me guia além do medo e da dúvida.
Transformar o ordinário em extraordinário é minha missão.
Cada passo que dói se torna ponte para o outro.
Sou só instrumento, mas instrumento que brilha na luta.
Purificação.
Não abaixo a cabeça para ninguém. A história é minha.
Eu levanto do chão, do caixão, do que tentaram me enterrar.
Cada queda que me jogaram é combustível para a minha força.
Quem torceu contra vai engolir o próprio espanto.
Não há pressa, não há dó, não há perdão — só a minha verdade.
Eu existo, eu comando, eu destruo qualquer expectativa que tentou me definir.
O mundo pode gritar, pode tentar esmagar, mas eu sigo vivo, imbatível, meu tranco ninguém segura.
— Purificação
Não abaixo a cabeça. A história é minha.
O mundo pode virar contra mim, mas eu seguro o tranco, porque ninguém pode roubar o que já está gravado no meu peito.
Ninguém consegue bater em alguém para sempre.
E quando um morto levanta, o velório acaba.
Eu saio do caixão, eu cancelo o luto.
Quem apostou na minha queda vai ter que assistir meu recomeço.
Levanto. Respiro. E escrevo minha própria história.
— Purificação
De um lado está o "eu" de hoje, com as marcas do tempo no rosto e os olhos que já viram e aprenderam tanto. Carrego na memória as histórias vividas e os desafios superados. No colo, o "eu" de ontem, transbordando inocência, com um olhar de curiosidade inesgotável e a promessa de um futuro a ser escrito.
É impossível não sentir uma mistura de emoções. Há uma pontada de saudade por aquela inocência, mas também um profundo senso de gratidão a Deus por cada etapa percorrida. Embora o tempo avance, a essência daquela criança sonhadora ainda reside em mim.
Eu não quebrei. Eu floresci.
Cada queda me ensinou a levantar mais forte.
Cada sombra que passou me mostrou a luz que existe dentro de mim.
Eu sou força, sou resistência, sou crescimento.
Eu floresci mesmo onde parecia improvável
🌱 Minhas cicatrizes são sementes que viraram flores.
🔥 A dor me lapidou; a coragem me fez inteira.
💫 No silêncio da minha alma, encontrei meu renascimento.
🌻Não fui derrotado pelo caos; fui moldado pela vida.
Mortinhos
Estamos perdidos
Eu não sei onde estás
Caminhamos sozinhos
Num caminho para o amor e para a paz
Sei que estou vivo
Mas deixei algo para trás
Algo com valor e sentido
Foi o teu amor que tão bem me faz
Dizem que estamos escondidos
Mas como cada um foi capaz
De fugir de sorrisos tão bonitos
Que estão lá um para o outro nas horas más
Só sei que sobrevivo
Desde algum tempo para cá
Sei que sobrevives num mundo esquecido
Em que esquecemos de nos dizer olá
ORGANIZAÇÕES MARGINAIS
A violência dos meus olhos parece ser nada de mais
Eu entendo o terror que afasta meu sonho
Um dia sou feito de perdão
No outro sou feito de aço
Tudo depende de onde estou
Desde sempre armado até os dentes
Porque eu tenho voz
Porque vivo entre esse ódio contra a minha paz
-
Enquanto você fala do efeito perigoso que essa vida tem
Eu lhe mostro o caminho da corrupção
Num pais para poucos cidadãos
Antes mesmo de nascer sou considerado um individuo qualquer
O feitiço do Estado está na cor da pele
Então faço minha lei contra as grades confessionais
-
Do paraíso ao inferno, seja bem-vindo ao Rio de Janeiro
Terra das organizações marginais
Do inferno ao paraíso, seja bem-vido ao Rio de Janeiro
Fronteira das organizações marginais
Do paraíso ao inferno, seja bem-vindo ao Rio de Janeiro
Inferno das organizações marginais
Do inferno ao paraíso, seja bem-vido ao Rio de Janeiro
Paraíso das organizações marginais
-
O surto absoluto
Enquanto posso ouvir um jovem gritar
O asfalto é quente e estou acima de 50 graus
Desperdiçando minha vida pelo sucesso de não existir
Como tantos outros iguais a mim
Nos destruímos em nome de algum poder
-
Cada lágrima nas sombras da morte
São diamantes na lama
Não espere a luz através da escuridão
A fé que enganamos pertence ao velório de alguém
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Talvez, jovens demais para morrer
Velhos demais para viver
O crime é sua cicatriz...
Nessa guerra para bandidos e policiais
-
Do paraíso ao inferno, seja bem-vindo ao Rio de Janeiro
Terra das organizações marginais
Do inferno ao paraíso, seja bem-vido ao Rio de Janeiro
Fronteira das organizações marginais
Do paraíso ao inferno, seja bem-vindo ao Rio de Janeiro
Inferno das organizações marginais
Do inferno ao paraíso, seja bem-vido ao Rio de Janeiro
Paraíso das organizações marginais
® Carlos Alberto Blanc
Sempre tive muita dificuldade de me posicionar profissionalmente. Tudo o que eu fazia não ia para frente, eu me sentia travada e os resultados financeiros não chegavam. Eu não entendia o porquê. Eu não compreendia por que, por mais que eu me esforçasse, nada na minha vida acontecia do jeito que eu queria...
Até que um dia eu percebi e entendi o ensinamento de que: quem quer está fechado.
Quando há esforço para realizarmos algo na nossa vida, quando aquilo nos demanda, suga nossa energia, faz com que tenhamos que forçar a barra em muitas situações, é a vida nos mostrando que talvez não estejamos indo na direção certa.
Porque, se quem quer está fechado, é porque eu não estou aceitando e recebendo aquilo que eu tenho no aqui e no agora.
Eu não estou aceitando, recebendo e experimentando com gratidão o que já tenho.
Eu quero algo diferente.
E, quando eu não aceito e não sou grata pelo que tenho, como algo melhor vai poder chegar até mim, se nem é possível expressar gratidão pelo aqui e agora?
E aí, nesse esforço todo para realizar, para fazer, me deu um start quando precisei voltar para uma etapa anterior do meu processo.
Eu queria fazer algo grande, algo grandioso, e parei o que estava fazendo anteriormente para me dedicar a essa nova coisa, essa nova visão, que, na minha cabeça, seria maravilhosa.
Mas o esforço veio.
E com as pequenas percepções que temos durante o dia, nossos estados internos, nossos pensamentos, é possível perceber a vida nos dando sinais.
A vida vem nos mostrar que, muitas vezes, estamos tentando ir para a direita, mas Deus quer que sigamos para a esquerda.
E a gente força, tenta, insiste em ir para a direita, mas Deus quer que eu vá para a esquerda.
Porque, se eu ainda não colhi os frutos daquele processo que estou vivendo,
se cada experiência que eu vivo na minha vida eu entendo como um momento de aprendizado, um momento de crescimento,
se percebo que as pessoas com quem convivo, os relacionamentos que tenho, tudo, servem para que eu cresça, me desenvolva, cure feridas dentro de mim e cure o meu sistema familiar como um todo,
então, se trago essa visão e percebo que estou indo forçosamente para um lado, consigo entender que Deus quer que eu vá para o outro.
Provavelmente, eu ainda precisava aprender algo na fase atual em que estava.
Precisava aprender gratidão.
Precisava aprender a experimentar o aqui e o agora com aquilo que tenho, e ser grata por isso.
Porque, se eu estou neste lugar, eu também posso contribuir.
Eu também posso ser instrumento da mensagem.
Posso ser instrumento do amor onde estou.
As pessoas que estão ali comigo, neste momento, também são instrumentos para trabalhar algo interno dentro de mim.
Elas vêm como espelhos para refletir tudo aquilo que reverbera dentro do meu coração.
E, através do contato, dos relacionamentos, das coisas e dos objetos, é possível observar o que vibra em mim.
E, se eu trago à consciência que é a minha visão, a minha projeção de mundo, que cria a realidade lá fora,
passo a entender a minha autorresponsabilidade com o meu cuidado e com o meu crescimento.
Porque, se eu tomo essa responsabilidade de curar as minhas feridas, de curar os meus traumas e compreender o que essa situação está querendo me ensinar, eu posso crescer com ela e deixar de buscar o que o meu ego quer.
Porque o ego quer ser grande, quer ser importante.
Mas, às vezes, você precisa estar em um lugar que, na sua concepção, é o mais humilde,
para trabalhar alguma característica interna, desconstruir a imagem que tem de si mesma,
desconstruir dores, traumas e perdas do seu próprio sistema familiar.
E então ser um canal para que o amor possa fluir,
do seu sistema passado, por você, e para as gerações futuras.
Então, se Deus está te trazendo de volta,
se você não conseguiu avançar para a próxima fase do videogame da vida,
volte com humildade, volte com amor e volte com o coração aberto, dizendo:
“Eis-me aqui. Que fruto eu ainda não colhi? O que eu ainda não aprendi?”
E aí, observando, você vai sentir que Deus está presente.
Que essa energia divina está comunicando conosco o tempo todo.
O que precisamos é despertar.
Abrir os olhos para ver e os ouvidos para ouvir.
E assim, sentir essa conexão, essa união com o Todo.
Namastê.
17/07/21 20h08
Karina Megiato
Cuidado você vai se atrasar!..
Eu corria, corria como se tivesse atrasada, como se sempre precisasse chegar em algum lugar que parecia tão, mais tão distante. Observava as pessoas conquistando, fazendo, e eu? Nunca chegava...
Adivinha o que aconteceu comigo?
Decepção, stress, julgamentos, inveja, ansiedade.
Um dia meu mundo desmoronou de vez, cavei um poço tão fundo que não via luz para sair.
Meus valores, crenças, família, amigos... Tudo havia se desmoronado junto com a vontade de viver, afinal, pra que viver??
Por mais que nós desistimos da vida, a vida não desiste de nós, pelos meios mais incovenientes, as pessoas menos improváveis, Deus veio me mostrar uma nova oportunidade...
Com muito preconceito, medo e todas as minhas limitações físicas, resolvi me abrir para a oportunidade do Yoga, algo que nunca antes na vida eu havia ouvido falar.
Ali meu corpo que já havia sido esquecido, negligenciado, começou a ganhar movimentos e compreendi que meu corpo é receptáculo da pura manifestação Divina.
Minha mente foi acessando novas compreensões e fui "tomando coragem" para acessar minhas dores, porque enquanto eu deixasse elas ali no cantinho a ferida sempre estaria exposta.
Descobri que essa corrida que eu nunca chegava era pura criação mental, que eu não preciso chegar a lugar nenhum, porque passado e futuro não existem, o que existe é a Vida no aqui e agora.
O yoga me trouxe movimento das energias vitais que estavam estagnadas em meu corpo, consciência de que eu havia uma mente inconsciente que comandava toda a minha vida, e principalmente, consciência de que nem respirar eu sabia direito, imagina viver.
Em todo esse caminhar, descobri as constelações familiares, onde aprendi as leis da vida e que eu não vivênciava nenhuma delas, Afinal, não conhecia nem minha respiração, imagina como desejar uma vida em ordem, se eu nem mesmo tinha aprendido o que é a vida e como ela funciona??
Aprendi muito com minhas dores, cresci, ressignifiquei. Voltei a ter tesão pela vida quando conseguiu acessar e ter a coragem de olhar com verdade para as minhas sombras. Esse caminho foi construído, dia a pós dia, em busca do autoconhecimento.
Hoje todo meu aprendizado me trás desejo de compartilhar, para que você, assim como eu, possa reencontrar o tesão pela vida e esse caminho começa pelo autoconhecimento, do eu, das energias, do corpo, da mente e da alma familiar.
Hoje estou aqui pra te dizer que a vida pode sim ser feliz e para isso você só precisa se colocar aberta para o novo, aprender alguns bons e novos hábitos e com amor é possível transformar uma história de muita dor na história de superação mais linda, que é viver a sua própria verdade.
Vamos juntas construir uma vida que vale a pena ser vivida?
31/05/2021 04:45
Você já teve a impressão que já passou por quase tudo nessa vida?
Eu já!
Fui bebê, engatinhei, mamei, chorei. Cresci. Passei a escolher minha própria roupa, brincar, cair me machucar, ralar os joelhos...
Cresci, casei, tive vontade de ser mãe, passou, voltou, me divorciei,
Experimentei vários lutos sucessivos. . .turbilhão de emoções, traumas, contradições, medo mas, o mais terrível a culpa.
Já fui heroína, quis salvar minha família e o mundo, já causei sofrimento a outros seres (vilã) mas, o papel que mais gostava era o da vítima, que é o papel mais perigoso. . .
A vítima não tem e não assume responsabilidade por nada, procura sempre um culpado por sua infelicidade. Os pais, a família, o cônjuge, país e até o Divino...
Morria de dor no estômago mas não me responsabilizava por minha alimentação; era mais fácil tomar remédios que cozinhar deixar industrializados, tomar água...
Morria de dor na lombar, corpo travado, mas era mais fácil tomar remédio que ir na academia.
Pensamentos atormentantes, ansiedade, insônia e ignorava o yoga.
Mais fácil culpar o parceiro por minha infelicidade do que acolher minha criança ferida, buscar ajuda.
Se as coisas saiam como eu gostava, ótimo! Era meu esforço. Se não, culpava Deus e o mundo.
Um dia o poço, de tanto ser cavado, chegou na água, (água lesse profundas emoções)não tinha mais pra onde cavar, a única saída que existia luz era para cima, mas era uma subida tão alta, eu havia utilizado todo o esforço para cavar... A vontade de ficar lá deitada perdurou, afinal, era pequeno, escuro, confortável... Mas as águas estão sempre em movimento, se eu permanecesse lá, iria me afogar, até cogitei a possibilidade, parecia tão mais fácil, assim como tomar remédios. ..
Penso que no fundo no fundo ninguém quer morrer, tirar a própria vida, o que se quer é deixar de sofrer mas, há certa altura, não é só o joelho que está machucado, as feridas da alma já são possíveis sentir no físico.
Essa parece uma história muito triste e sim é mesmo, a história da vítima e pq elas são os piores?
Porque uma vítima sempre se torna um agressor. . .
Um dia tomei consciência que em mim havia esse papel de vítima, reclamava de tudo e todos o tempo todo.
Que eu fiz?
Passei, através do conhecimento das constelações e prática do yoga a me observar e assim, dei um lugar a ela (vítima) dentro de mim. Hoje quando ela chega eu já estou aguardando para dizer Olá.
Me diz já tomou consciência da vítima que mora em você?
20/07/2021 19:10
Karina Megiato
Você já sentiu que não estava no seu lugar?
Eu passei muito tempo sem entender por que nada na minha vida fluía.
Era como se faltasse o colorido da vida que eu sempre ouvia as pessoas falarem...
Eu não entendia o porquê de estar aqui, qual era o sentido de batalhar tanto e não estar completamente feliz.
Eram muitos questionamentos que não tinham respostas, até eu entender que não havia “tomado a mãe”.
Como assim, Karina — tomar a mãe?
Isso mesmo! Nosso primeiro relacionamento é com a mãe.
Tomar a mãe é tomar a vida.
Quando nascemos, se por algum motivo não formos diretamente ao seio da mãe, para tomar o alimento, isso gera um movimento de amor interrompido.
24/05/2021 07h32
Karina Megiato
Fé
Eu não vi a luz.
Mas caminhei.
Eu não ouvi a voz.
Mas respondi.
A pedra não se moveu.
Mas eu acreditei no caminho.
Cada passo era silêncio,
cada silêncio, um grito contido.
O céu não abriu.
Mas o dia nasceu.
E o frio ficou.
Mas eu fui calor por dentro.
Eu caí.
Eu sangrei.
Eu calei.
E mesmo assim, eu disse: amém.
Porque fé não é ver.
Fé é arder sem fogo.
É andar sem chão.
É segurar uma mão que não se vê —
mas se sente.
E se a noite vier, virá.
E se o medo soprar, soprará.
Mas o que pulsa dentro, não se apaga.
Porque no mais profundo da ausência, mora a presença que não falha.
E mesmo sem sinal,
mesmo sem prova,
eu sigo firme na fé.
a verdade
"Eu me estrangulo
seguro a verdade
espero apodrecer, cria mofo
não deixo o fedor passar
as larvas só sabem acasalar
Giro minha cabeça
até minha garganta fechar
a verdade não é ruim
mas ninguém vai aguentar
sobre o que sou não é o que pensou
Eu me entupo de mentiras
transborda no meu olho
cai na pia
se pelo menos limpassem
e tirassem de baixo do tapete
as outras verdades
todos entenderiam a realidade
quero abrir minha barriga
para a verdade vazar
sem precisar falar
eu quero
só quero
apenas quero
simplesmente quero
segurar a verdade até parar de respirar"
declaro a todos escondem sua indentidade
