Texto eu Amo meu Namorado
Colheita
Eu procurava o amor em jardins de cactus. Vinha buscando o fruto em árvores erradas, e nas mordidas sentia o gosto azedo, que amarga no fim da boca. Colhi amores podres, comidos pelo tempo e dor.
Foi preciso paciência – e um outro tempo – amadurecendo um fruto para colhê-lo doce, suave, terno e delicado. Simples como naturalmente é.
Eu imaginava haver segredos por trás dos espinhos. Mas é puro acaso que amores e espinhos se encontrem em botões abertos ou fechados. A rima entre amor e dor é armadilha.
O verdadeiro fruto está ao alcance das mãos – mas é tão rasteiro, que quase não se vê. É preciso passear sem fome para enxergá-lo redondo, vermelho. Para então mordê-lo distraído como numa tarde de chuva.
Eu acho patética estas pessoas que ficam de blá-blá-blá nas redes sociais tentando mostrar algo de si mesmo aos outros, coisas que elas mesmas sabem que nunca serão, mas para poderem se sentir um pouquinho melhor em seus mundinhos elas têm que dizer, traçar e vomitar.
Embotamento me causa náuseas, tenho preguiça de canastrão.
Você só precisa provar algo de si para outros quando você mesmo não acredita!
Portanto se você sabe quem é você mesma não existe necessidade, nem mesmo precisa dar provas de quem você é ou deixa de ser a ninguém.
Na vida você deve provar somente deliciosos beijos, prazeres, elegantes trajes, charmosos sapatos, deliciosos pratos, bons vinhos, valiosas joias dentre outros mimos e luxos.
O resto seja ou não seja e pronto!
Saiba que quando você precisa provar um vinho é porque desconhece o seu real sabor!
Autora A.Kayra
Você pensou que seu rostinho lindo, e seu jeito conquistador iriam me levar pra cama?
Achou que eu iria me jogar aos seus pés, que bastasse
Você me chamar eu iria correndo ao teu encontro e
Bancar o tipo de garota apaixonada.
Vejo que você também se enganou ao meu respeito,
Você nunca me conheceu realmente.
Sinto-me perdida na imensidão de meus pensamentos.
Sinto-me como se eu não fizesse parte deste mundo, não sei explicar bem como é estar dentro de mim, mais de uma coisa tenho certeza, é um suplício ser quem sou na era de meu tempo.
Todos os dias travo grandes batalhas dentro e fora de mim, obrigando-me a assistir meu próprio massacre, e assassinando minha própria existência por não ter forças para lutar contra toda esta fusão de sentimentos conflituosos.
Este amor transbordante que me dilacera é uma tortura sem fim, este amor se tornou o pior dos carrascos de minha existência.
Como viver em um mundo onde não se tem como dividir tão imensurável amor?
Quero me livrar de todos estes meus sentimentos perturbadores que me aprisionaram a prisão perpétua dentro de meu próprio “Eu”.
Sinto um turbilhão de sensações e sentimentos que me queimam como lavaque flui das chaminés vulcânicas e que devasta-me.
Quero me libertar, aprender a voar, quero ser livre, quero esquecer quem sou, quem fui e quero apenas ser e voar.
Ser livre dentro e fora de mim....
Autora A.Kayra
Sofri, chorei durante dias e noites, pois eu com minha sensibilidade unicamente minha me dilacera diante as perdas que tenho, mais meu esposo de tanto falar agora entendo o real sentido de uma verdadeira "Amizade".
Amizade verdadeira é aquela que diante todas as turbulências está ali enfrentando-as junto com você.
A vida nem sempre é fácil, por isso O Grande Arquiteto do Universo criou os verdadeiros amigos, anjos guerreiros que lutam conosco e nos ajudam a superar quaisquer obstáculos sejam eles quais forem .
Amizade verdadeira é aquela que quer te ver sorrir ao invés de lhe fazer chorar.
Amizade verdadeira é aquela que te levanta quando você está caída e não aquela que ajuda te derrubar.
Amizade verdadeira é uma dádiva divina que se cultiva dia a dia.
Uma amizade verdadeira não é a mais antiga, mas a que faz realmente diferença em sua vida.
São nos momentos difíceis da vida que são identificados os verdadeiros amigos. Sempre atentos, eles tomam os problemas como se fossem próprios, não abandonando seu companheiro (a).
Amizade verdadeira não é aquela que está ao seu lado só quando lhe convém.
Amizade verdadeira não é aquela que usurpa de suas vulnerabilidades tampouco aquelas que sugam você.
Amigo é aquele que acolhe, ajuda, diz a verdade mesmo quando não gostamos, e que está sempre disposto a ouvir você. O verdadeiro amigo não espera recompensa, seu objetivo é ter de volta o sentimento de amizade.
Dentre as várias formas de relacionamentos humanos, amizade se destaca, pois o amigo não lhe é imposto por questões sociais ou de família, eles são escolhidos segundo um critério de afetividade.
Os amigos quando são verdadeiros são amigos para sempre. Pois ainda que existam dificuldades, impedimentos, distâncias ou discussões, a amizade tudo supera.
Não há obstáculo que consiga impedir uma amizade verdadeira, e mesmo que os amigos não se vejam ou falem durante anos, o sentimento está lá no coração de cada um.
E apesar dessas circunstâncias, mesmo afastados, se algum precisar de apoio, de conforto ou um simples ombro onde chorar, o outro não hesitará em demonstrar sua amizade.
Pois assim é a amizade verdadeira, sempre eterna e poderosa. Um sentimento bom que torna nossas vidas mais fáceis e alegres, e o mundo um lugar mais belo para se viver.
Amizade verdadeira é aquela que se vai construindo dia a dia tijolos por tijolos.
Amizade verdadeira não se compra, não se paga pois o seu valor é incomensurável.
Amizade verdadeira é aquela que te rouba sorrisos mesmo diante as catástrofes existenciais em sua vida.
Amizade verdadeira é aquela que enfrenta leões selvagens famintos ao seu lado sem temer .
Amizade verdadeira não é aquela que fala que te ama da boca pra fora e sim da boca pra dentro.
Amizade verdadeira é aquela que se preocupa com você.
Muitas vezes você precisa se decepcionar para aprender o real sentido de tudo que o Grande Arquiteto do universo coloca em seu caminho.
Autora Aline Kayra
Buscando um novo rumo, que faça sentido nesse mundo louco
Com o coração partido. Eu tomo cuidado pra que os desequilibrados não abalem minha fé pra eu enfrentar com otimismo essa loucura. Os homens podem falar, mas os anjos podem voar. Quem é de verdade sabe quem é de mentira. Não menospreze o dever que a consciência te impõe. Não deixe pra depois valorize a vida. Resgate suas forças e se sinta bem, rompendo a sombra da própria loucura. Cuide de quem corre do seu lado e quem te quer bem, essa é a coisa mais pura. Fragmentos da realidade, estilo mundo cão. Tem gente que desanda por falta de opção. E TODA FÉ QUE EU TENHO EU TO LIGADO QUE AINDA É POUCO, os bandidos de verdade tão em brasília tudo solto. Eu faço da dificuldade a minha motivação. A volta por cima vem na continuação.
O que se leva dessa vida é o que se vive, é o que se faz
saber muito é muito pouco. Esteja em paz.O que importa é se sentir bem, que importa é fazer o bem eu quero ver meu povo todo evoluir também.
Hesitas
Quando é, dormindo, será dia?
Quando é, noite, serei recordação?
Eu alma, a minha alma, fria
Alheio o pulsar do coração
Não sei, nada sei desta arrelia
Ou se despertarei da escuridão
Onde terá sol, ou terá só magia
E se assim, acordado, serei são
Planeja o tempo, o fado em parceria
Passará a dúvida, serei oração
E nesta angústia que me agonia
Serei curiosidade sem revelação
E na velocidade vem a vida, ironia
Descendo as ladeiras da vitalidade
Inspirando hesitas na minha poesia
De uma única certeza, um dia. Sem ser brevidade!
Luciano Spagnol
O tempo e eu
Tudo se tornou tão conciso
O tempo pequeno
O sonho que preciso
Um aceno...
Tudo tão distante, indeciso
Passando tão rapidamente
Meus velhos amigos, indiviso
Os cabelos brancos comumente
Eu ali diante do tempo, sem opção
Que passa velozmente, outrora recente
Aquele tempo cheio de porção
Que aos olhos era lentamente
E livre de pensamentos o coração
Abruptamente
Calcei a meninice de pés no chão
Que ficou no passado
Trancado pelo tempo o portão
Vai em frente
Diz com decisão
Friamente
Quando de repente lágrimas de emoção
Escrevem palavras de lembranças
Retratando a casa da vovó, paixão
O tempo agora, confiança
Já é tão sucinto
Mas com esperança
Acumulado no recinto
Da aliança
Do tempo e o aprender
A ter fé, nesta real dança
De que ser feliz é amar no viver.
Luciano Spagnol
DE POESIA EU PRECISO
De poesia é o que eu preciso
Da tua quimera e mais nada
Galgar a rota de sua escada
Sem vestir-se do ser narciso
A poesia é muito mais amada
Prazer d'alma, pouco ao juízo
Volteios de ilusão no paraíso
Da ficção, com lira misturada
Só preciso de poesia, teu guizo
Inspiração, silêncio, a tua pitada
Cheios de acordes e improviso
Poesia é tal qual uma estrada
Do fado vendado e impreciso
Que nasce da faúlha inspirada
(de poesia eu preciso!...)
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
CHEIRO DE CERRADO
Quando a alvorada chegou, eu fui a janela
Sentei-me. O horizonte abriu, a vida arfava
Eu, ao vento, atraído, a essa hora admirava
E estaquei, vendo-a esplendorosa e bela
Era o cerrado, era a diversidade em fava
Céu róseo um mimo! A arder como vela
De pureza singela tal qual uma donzela
Que hipnotizava a alma, eu, observava
Então me perdi no perfume que exalava
O olhar velava com pasmo e com tutela
Aí, hauri toda a essência que fulgurava
E agora, fugaz, lembrando ainda dela
Sinto o cheiro, que na memória trava
Da alvorada do cerrado vista da janela
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
A VIDA
Mirei o horizonte remoto
Sonhei acordado fantasias
Do cerrado eu fui devoto
Da vida as trovas vazias
Era sonho tão maroto
Com tortas caligrafias
Das quimeras de garoto
Seguintes as tais ironias
De um tal amor imoto
Raras as companhias
Com o verso canhoto
Ortografei as urgias
Então, neste viver piloto
Riscados nas heresias
De poeta e feliz louco
Versejaram os meus dias
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, outubro
Cerrado goiano
VIVO VIVENDO (soneto)
Vivo por viver vivendo a vida somente
Agradecido, sempre, sou eu por ela
Que me dá mais que posso ter dela
Agraciado com dádiva tão presente
E nesta deste amor tão diversamente
Faz dos dias sorrisos, e a alma bela
Em cada passo o bem em sentinela
Onde no peito este ato não é ausente
E a vida vivida na vida, vida me traz
Mutuando o pranto pela felicidade
Quem dela prova, ventura é capaz
De, com alegria, ter a fraternidade
Viver vivamente tudo conseguirás
Levando no ser paz pra eternidade...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Sexta feira da paixão
REMORSO
Hoje, eu sei, a contrição com a dor
Te beijei na saudade, e assim ando
Forjando e padecendo, até quando
O teu cheiro será o meu condutor?
Às vezes, eu me vejo te chamando
Nas lágrimas versadas sem expor
Da alma, me calo, e torno sofredor
Cansado, neste tal sentir nefando...
Sinto o que no tempo desperdicei
Choro, no início da minha velhice
Cada seu, que eu não aproveitei…
E nesta ilha de suspiros e de tolice
No teu breve adeus, tarde cheguei
Sem que desta falta remorso visse!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, fim de setembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
RENOVO (soneto imperfeito)
Quisera eu o dissabor fosse menor
que os dias tivessem só harmonia
acalmando meu coração tão aflito
e na convicção ter dito: obrigado!
Quisera ser no fado um reto caminho
de suavidade, além do fatal conflito
necessário pra evoluir na infinidade
do, porém, e portar afeto bem intenso
Quisera que o imenso dom do viver
na magia do é e ser, encantasse
pra eu mergulhar nas glórias da fé
E assim, como errante e reles mortal
no final, o ardor da esperança restar
e todo dia, fosse, renovo neste amor!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Julho de 2016
Cerrado goiano
BEM E MAL (soneto)
Tal qual gente que vive sem pressa
na correria do tempo, eu vou assim
e nessas de ter-me um, nesta peça
atuo um dia de cada vez, até o fim
Na alta complexidade que não cessa
a turves rompida pela luz do camarim
da vida, reluz o amor que ele expressa
tingindo o cetim do afeto na cor marfim
Sou feliz! É como minh'alma confessa!
Na tristura, a remessa de sorte pra mim
é paz, pois, tenho na verdade, etc e tal...
Então, na falsidade que nada a impeça
a pureza do amor sempre é um clarim
proclamando que o bem vence o mal...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto/ 2016
Cerrado goiano
SEM INSPIRAÇÃO
Às vezes uma poética me entala
Nesta lacuna em que eu ando
Sofro, cá no cerrado, quando
A saudade dentro do peito fala
Inspirações sufoquei nefando
Sem as trovas numa luz sincera
Ah! Cada rima com força quisera
No senso, e não o cântico calando
Sinto que nas quimeras fui rude
Choro cada outrora desta sandice
Já alquebrado, foi-se a juventude
Os versos que não criei por tolice
Por desventura escrever não pude
E assim tornar a prosa na mesmice
© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 09 de dezembro, 2019
Olavobilaquiando
FIRMAMENTO (soneto)
Por tantos amores, desvairado e descontente
O teu, eu reconheci naquele exato momento
Pois, o meu coração, ficou aflito e diferente
E, que estaria no meu constante pensamento
Que ainda agora mesmo, no peito, és presente
Em um arfar, infinito, suspirante e tão violento
Que sei que ali, havia amor, que a alma sente
E que aquele “oi”, seria para gente, portento!
Piedoso Bragi, que a minha solidão sentiste
Na poesia deste bardo, que havia sofrimento
Agora, inspirai as boas sortes não pungentes
E que então o poeta seja alegre, e não triste
E que caia sobre ele a ventura do firmamento
Com as rimas apaixonadas e beijos ardentes
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SONETO (amor)
Se eu fosse o amor, a eternidade eu seria
Um daqueles tempos de romance de outrora
Aos desencontros eu nunca chegaria
E dos minutos eu faria mais que a hora
O melhor da paixão está na quimera
Do olhar que é desviado e que olhou
Dos beijos dados (ah, quem me dera!)
Eu seria o amor infinito, que não passou
Eu seria esse amor literário
Cheio de novela, nunca solitário
Que todos espera sempre no coração
Numa esperança sempre desejada
Que no querer é promessa renovada
Com pitada de cumplicidade e ilusão
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/08/2020, 12’12” – Araguari, MG
paráfrase autor desconhecido
ARDOR DE AMOR
Me dizes que dá sorte eu tenho
Uma dita para assim ocupar-te.
Quero ter-te, saibas por amar-te
Nesta poesia claramente venho
Tempos, no agrado me empenho
Sempre desejando poética dar-te
Em gestos, num todo não parte
Pois, é amor na razão que tenho
Tentei no soneto ser um bardo
Encher-te de poesia e contento
E no teu aplauso ser o felizardo
Na prosa, busquei ter um talento
Catando o verso, mais puro e alto
E, aqui te dou e com ele te exalto!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/07/2021, 19’24” - Araguari, MG
PRA ADOÇAR...
Galanteios a escolher eu tive. E, todavia
elegi os sem sorte, oficio dum azarento
triste, talvez, sem sedução, sem poesia
e pelo destino me achei sem ter assento
Um lindo canto de encanto e fantasia
amores vão cantando, com sentimento
canção do coração... cheias de intento
harmonia. Olhares, e, eu largado sentia
Suspiros e as noites sem o calmo freio
a toda minha sede, a todo sonho meu
notando outro lábio e outro noutro seio
Hoje sem! E o amor em sua sobrecarga
nesta hora, busco a poética do meu eu
pra adoçar a sensação da vida amarga!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG - 31/07/2021, 18’47”
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