Texto Amor pelo Olhar

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O verbo no infinito

Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...

Vinicius de Moraes
Livro de sonetos

Sem remédio

Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou
Não sabem que passou, um dia, a Dor
à minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e aonde vou!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!

Crônica de um amor anunciado

Toda pessoa apaixonada é um publicitário em potencial. Não anuncia cigarros, hidratantes ou máquinas de lavar, mas anuncia seu amor, como se vivê-lo em segredo diminuísse sua intensidade.

O hábito começa na escola. O caderno abarrotado de regras gramaticais, fórmulas matemáticas e lições de geografia, e lá, na última página, centenas de corações desenhados com caneta vermelha. Parece aula de ciências, mas é introdução à publicidade. Em breve se estará desenhando corações em árvores, escrevendo atrás da porta do banheiro e grafitando a parede do corredor: Suzana ama João.

A partir de uma certa idade, a veia publicitária vai tornando-se mais discreta. Já não anunciamos nossa paixão em muros e bancos de jardim. Dispensa-se a mídia de massa e parte-se para o telemarketing. Contamos por telefone mesmo, para um público selecionado, as últimas notícias da nossa vida afetiva. Mas alguns não resistem em seguir propagando com alarde o seu amor. Colocam anúncios de verdade no jornal, geralmente nos classificados: Kika, te amo. Beto, volta pra mim. Everaldo, não me deixe por essa loira de farmácia. Joana, foi bom pra você também?

O grau máximo de profissionalismo é atingido quando o apaixonado manda colocar sua mensagem num outdoor em frente a casa da pessoa amada. O recado é para ela, mas a cidade inteira fica sabendo que alguém está tentando recuperar seu amor. Em grau menor de assiduidade, há casos em que apaixonados mandam despejar de um helicóptero pétalas de rosas no endereço do namorado, ou gastam uma fortuna para que a fumaça de um avião desenhe as iniciais do casal no céu. A criatividade dos amantes é infinita.

O amor é uma coisa íntima, mas todos nós temos a necessidade de torná-lo público. É a nossa vitória contra a solidão. Assim como as torcidas de futebol comemoram seus títulos com buzinaços, foguetório e cantorias, queremos também alardear nossa conquista pessoal, dividir a alegria de ter alguém que faz nosso coração bater mais forte. É por isso que, mesmo não sendo adepta do estardalhaço, me consterno por aqueles que amam escondido, amam em silêncio, amam clandestinamente. Mesmo que funcione como fetiche, priva o prazer de ter um amor compartilhado.

Sua vida pode ser uma comédia, uma aventura ou uma história de superação, sucesso e amor. Mas pode ser também um drama, uma tragédia ou a monotonia da não mudança.
Porque todos nós temos tudo isso em nossas vidas. O que muda é como editamos, em quais experiências mantemos o foco e sobre o que falamos.
Fale do drama, e sua vida será um drama. Fale da aventura e a mesma vida será deliciosa.

O Amor

E alguém disse:
Fala-nos do amor:
- Quando o amor vos fizer sinal, segui-o;
ainda que os seus caminhos sejam duros e difíceis.
E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos;
ainda que a espada escondida na sua plumagem
vos possa ferir.

E quando vos falar, acreditai nele;
apesar de a sua voz
poder quebrar os vossos sonhos
como o vento norte ao sacudir os jardins.

Porque assim como o vosso amor
vos engrandece, também deve crucificar-vos
E assim como se eleva à vossa altura
e acaricia os ramos mais frágeis
que tremem ao sol,
também penetrará até às raízes
sacudindo o seu apego à terra.

Como braçadas de trigo vos leva.
Malha-vos até ficardes nus.
Passa-vos pelo crivo
para vos livrar do joio.
Mói-vos até à brancura.
Amassa-vos até ficardes maleáveis.

Então entrega-vos ao seu fogo,
para poderdes ser
o pão sagrado no festim de Deus.

Tudo isto vos fará o amor,
para poderdes conhecer os segredos
do vosso coração,
e por este conhecimento vos tornardes
o coração da vida.

Mas, se no vosso medo
buscais apenas a paz do amor,
o prazer do amor,
então mais vale cobrir a nudez
e sair do campo do amor,
a caminho do mundo sem estações,
onde podereis rir,
mas nunca todos os vossos risos,
e chorar,
mas nunca todas as vossas lágrimas.

O amor só dá de si mesmo,
e só recebe de si mesmo.

O amor não possui
nem quer ser possuído.

Porque o amor basta ao amor.

E não penseis
que podeis guiar o curso do amor;
porque o amor, se vos escolher,
marcará ele o vosso curso.

O amor não tem outro desejo
senão consumar-se.

Mas se amarem e tiverem desejos,
deverão se estes:
Fundir-se e ser um regato corrente
a cantar a sua melodia à noite.

Conhecer a dor da excessiva ternura.
Ser ferido pela própria inteligência do amor,
e sangrar de bom grado e alegremente.

Acordar de manhã com o coração cheio
e agradecer outro dia de amor.

Descansar ao meio-dia
e meditar no êxtase do amor.

Voltar a casa ao crepúsculo
e adormecer tendo no coração
uma prece pelo bem-amado,
e na boca, um canto de louvor.

Nirvana

Viver assim: sem ciúmes, sem saudades,
Sem amor, sem anseios, sem carinhos,
Livre de angústias e felicidades,
Deixando pelo chão rosas e espinhos;

Poder viver em todas as idades;
Poder andar por todos os caminhos;
Indiferente ao bem e às falsidades,
Confundindo chacais e passarinhos;

Passear pela terra, e achar tristonho
Tudo que em torno se vê, nela espalhado;
A vida olhar como através de um sonho;

Chegar onde eu cheguei, subir à altura
Onde agora me encontro - é ter chegado
Aos extremos da Paz e da Ventura!

Luzes felizes, coloridas a piscar,
Com bolinhas reluzentes, transmitindo todo o amor.
Fazem meus sonhos mais felizes.
Estou pulsante, como as asas de um anjo protetor.

Que venha o Natal, singelo, sincero,
E nos traga muita luz, amor.
Mensagens belas e verdadeiras,
Trazidas pela voz do Senhor.

Querendo a felicidade,
Todos cantam numa só voz.
Dentro do coração guardamos o amor,
Por este homem que nasceu e morreu por nós.

Inconstância

Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!

Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!

Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...

E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando...

Oh estações, oh castelos!
Que alma é sem defeitos?

Eu estudei a alta magia
Do Amor, que nunca sacia.

Saúdo-te toda vez
Que canta o galo gaulês.

Ah! Não terei mais desejos:
Perdi a vida em gracejos.
Tomou-me corpo e alento,
E dispersou meus pensamentos.

Ó estações, ó castelos!

Quando tu partires, enfim
Nada restará de mim.

Ó estações, ó castelos!

Você

De repente a dor
De esperar terminou
E o amor veio enfim
Eu que sempre sonhei
Mas não acreditei
Muito em mim

Vi o tempo passar
O inverno chegar
Outra vez, mas desta vez
Todo pranto sumiu
Um encanto surgiu
Meu amor

Você é mais do que sei
É mais que pensei
É mais que esperava, baby

Você
É algo assim
É tudo pra mim
É como eu sonhava, baby

Sou feliz agora
Não não vá embora não

Não, não vá embora, não
Vou morrer de saudades...

Tim Maia
Álbum "A Arte de Tim Maia"

Prefiro Rosas

Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.

Logo que a vida me não canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.

Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,

Se cada ano com a primavera
As folhas aparecem
E com o outono cessam?

E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?

Nada, salvo o desejo de indiferença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.

Como Nossos Pais

Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
Das coisas que aprendi
Nos discos...

Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...

Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado prá nós
Que somos jovens...

Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...

Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...

Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...

Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...

Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...

Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...

Belchior

Nota: Letra da música "Como Nossos Pais", do álbum Alucinação, lançado em 1976. A música foi interpretada por diversos cantores, como Elis Regina.

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Drão

Drão,
O amor da gente como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar
Plantar n'algum lugar
Ressuscitar no chão
Nossa semeadura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Dura caminhada
Pela estrada escura

Drão,
Não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito
Imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminha dura
Cama de tatame
Pela vida afora

Drão,
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há
De haver mais compaixão
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão
Drão.

Promessas matrimoniais

Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento na igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre: "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?" Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?

- Promete saber ser amiga e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?

- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?

- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?

- Promete se deixar conhecer?

- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?

- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?

- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?

- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?

- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declara-os maduros

Martha Medeiros
Crônica "Promessas matrimoniais", 2003.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 17 de fevereiro de 2003. Por vezes é atribuído erroneamente a Mário Quintana.

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A Alegria na Tristeza

O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti. No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis" que, até onde sei, permanece inédito no Brasil.

O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.

Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.

Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.

Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.

Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.

Martha Medeiros
Crônica "A Alegria na Tristeza", 1999.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 8 de março de 1999.

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Esse texto é pra você! Sim você mesmo que está lendo agora, porque tenho certeza que já passou por isso ou vai passar... Todos nos temos aqueles momentos de "BASTA", aquela hora em que queremos gritar "CHEGA", mas nem força pra isso temos mais! E sabe porque? Pois as vezes achamos que estamos sozinhos e temos que segurar tudo para que os outros não se afetem com a situação... Mas vou te dizer uma coisa, Você não está sozinho, você tem amigos, familiares, pessoas perto de você que podem sim te ajudar! Pedir ajuda não é sinal de fraqueza e sim amadurecimento! E se o problema for exatamente com a pessoa que você que você deveria estar contando com a ajuda? Então te digo: você tem a mim!! Isso mesmo que você leu, posso não te conhecer, mas irei ajuda-lo com meu texto, assim como um cantor te toca na alma com sua letra e melodia, assim como um ator te emociona com sua atuação e história! O que quero dizer com isso??? To dizendo que ao mesmo tempo algumas pessoas conseguem te "tirar do serio", te machucar, te ofender, te entristecer, etc! Outras, mesmo que não se conheçam, tem o poder de te ajudar, alegrar, te acalmar, às vezes mesmo sem saber, e cada uma te ajudando de sua própria maneira!
Então não desacredite nas pessoas, existem as que valem a pena, se cerque delas, ou melhor, seja uma delas, a primeira delas! Porque quem melhor que você mesmo para começar a te ajudar? Seja você a pessoa que consiga te fazer sorrir, se distraia, ouça aquela música que gosta, ou melhor, aquela que te faz querer sair dançando por ai!
Meu amigo ou amiga, se é que ja posso lhe chamar assim... Deixe os sentimentos fluirem, o sorriso aparecer, os olhos brilharem, seja pela felicidade, ou por lágrimas estarem escorrendo deles, chore pra lavar a alma, se tiver que gritar, grite, deixe seu espirito falar mais alto tambem, faça o que você quiser fazer, o que sentir que deve fazer, só me prometa uma coisa!!! Me prometa que, mesmo sofrendo, triste, chorando ou brigando, vai se lembrar que essa fase vai passar!!! Porque é exatamente isso, uma fase, elas passam, e quando ela passar, adivinha: "EU" ainda estarei aqui, pronto para a proxima! E entenda que com esse "EU", quis dizer qualquer pessoa que te ajudou, e olha, "EU" posso precisar da sua ajuda um dia...
E ai meu amigo, entenda que saberei que posso contar com você, e sabe por que?
Porque sei que você é uma pessoa do bem, e é forte, bem mais forte do que imagina, mas alem disso, eu te digo obrigado, porque leu meu texto, e essa ja foi a forma com que você me ajudou... Então não gritarei CHEGA, nem BASTA, e sim irei te dizer: OBRIGADO, e mesmo sem te conhecer, ou te conhecendo, saiba que te quero feliz, com um belo sorriso no rosto, porque sei que merece... Seja feliz meu amigo! Isso é apenas uma fase, VAI PASSAR!

Prece aos Orixás de Bará a Oxalá
(Texto adaptado)

Bará
Alupô meu pai! Senhor das encruzilhadas, permita que todo esse axé aqui presente preencha as nossas vidas. Destranca todas as fechaduras, todos os cadeados, tira do caminho tudo o que esteja atrapalhando a nossa caminhada.
Desata todas as amarras, tanto no plano material quanto no plano espiritual.
Alupo!


Ogum
Ogunhê meu pai! Senhor das conquistas e das batalhas! Que a tua espada e teu escudo nos protejam sempre. Que nenhuma demanda chegue a porta da nossa casa, que o senhor tire donosso caminho tudo e todos aqueles que demandarem energia negativa.
Ogunhê!

Oiá
Eparrei minha mãe! Afasta pra longe todos aqueles que nos querem o mal. Senhora dos ventos e das tempestades, que o teu sopro traga a motivação e a coragem minha mãe. Senhora da alegria e do bom viver, traz a perseverança e a bênção de cada novo dia.
Eparrei!

Xangô
Kaô cabecile! Senhor da justiça, permita a nós a percepção do certo e do justo, nos defende das inustiças desse mundo, que a tua balança de a sentença com rigor e que nada escape dos teus olhos meu Pai, mas tenha misericórdia pelas falhas dos seus filhos quando houver arrependimento e uma busca por evolução.
Kaô meu pai!

Odé e Otim
Oquêbamo! Meu pai Odé, minha mãe Otim! Nos dêem o alimento, as riquezas da mata, não deixem que falte o pão de cada dia. Que nunca nos falte a companhia na nossa jornada, que tenha sempre alguém ao nosso lado pra nos acompanhar. Que a vida seja sempre de fartura e abundância.
Oquêbamo! Odé e Otim!

Obá
Exó minha mãe! Senhora da roda, do movimento, do fluxo de energia. Que a sua navalha corte qualquer fofoca, briga ou desavença de nossas vidas. Que o fluxo da vida seja sempre contínuo. Que possamos enxergar a bondade no coração mais duro.
Exó minha mãe!

Ossanha
Eu eu, meu pai! O senhor que conhece o poder das folhas, nos permita alcançar a cura do corpo físico e espiritual. Nos da a força e a vitalidade, o senhor que é um dos médicos do plano espiritual, peço com misericórdia.
Eu eu!

Xapanã
Abau sapata! O senhor que é o médico da espiritualidade, o senhor da vida e da morte, traz o entendimento de que a matéria é uma morada provisória e de transição. Que a sua vassoura varra as más companhias, as doenças e as tristezas.
Abau sapata!

Oxum
Ieieô Oxum! Mãe das águas doces, dos rios, das cachoeiras. Acolhe-nos com tua ternura, nos faz enxergar a vida com a tua doçura. Protetora das crianças e de todos aqueles que necessitam da tua graça. Nos acolhe no teu seio e nos proporciona a paz de espírito e alegria. Ieieô!

Iemanja
Mãe de canto doce, acalanto dos aflitos, tenha piedade de nós! Nos proteja, nos dê o sustento e leve embora toda a dor.
Mãe de todos os orixás, mãe que cuida e zela de seus filhos, a senhora que é a dona do nosso pensamento, nos dê a clareza com a tua luz minha mãe. Odoiá!

Oxalá
Epao babá, senhor da perfeita sabedoria e do bendito amor. Nos proteja das ilusões desse mundo, nós que muitas vezes afogados na ignorância, em sentimentos inferiores, pedimos a tua misericórdia, nos envolve com o teu alá de compaixão, de amor e misericórdia.
Epao babá!

Briga de energia
.
Por que você espera tanto dos outros? Por que dá tanta importância para o que eles dizem? Não ligue. As pessoas fecham a cara hoje e, amanhã, abrem.
Toda vez que você recebe uma ofensa, o ofensor se sente vitorioso. Toda vez que você rejeita uma ofensa, a energia volta para a pessoa que a ofendeu. Ela sofre o impacto da própia energia, se arrepende do que fez e, então, muda.
A única maneira de se defender nesse mundo é não aceitar nenhum desaforo. A pessoa fez desaforo? Não estou nem ligando. Me fez mal? Pode fazer. Me quis mal? Pode querer. Assim, a gente vai deixando todo o mal lá fora, não aceita nada e não entra nada. O que acontece?
A energia volta para a pessoa. E, dai a pouco, ela vai se sentir culpada. Então, se arrepende do que fez e vai pedir desculpas. Mas se a pessoa é rude e indelicada e a gente se magoa com aquilo, guarda aquela energia, ela se sente vitoriosa. Na verdade, ela não está querendo ofender, mas exercer seu poder de se
sentir superior. Olha para você como inferior a ela, porque você se põe de inferior.
E por que você se sente inferior? Porque você é uma lata de lixo que pega toda a porcaria que os outros mandam. Leva a sério tudo quanto é desaforo, tudo quanto é besteira. Mas se você não pega, dá de ombros e diz:
- É a pessoa que está criando essa energia ruim de antipatia e não vou pegar. Vai ter que engolir o que ela mesma está criando.
Aí, minha filha, tudo muda. Estou ensinando como se defender da briga de energia, do jogo do poder. Se você ganhar, tem que ser mais forte que o outro. Senão, você vai perder...

O pobre de mim
.
Quanta gente sofre sem necesidade. Sabe qual o maior problema do pobre de mim? Quando você diz:
- Sou coitado. Eu não tenho poder, eu não tenho jeito, eu não tenho, eu não tenho...
Você fecha interiormente as portas dos recursos que estão no inconsciente e que deveriam emergir nesse momento. Em vez de dar força e trazer para fora o poder, a criação, a cura, a solução, você acaba fechando e ficando naquela posição miserável, dando cada vez mais passagem para aquilo que o está atormentando, que está lhe fazendo mal.
A gente tem que parar com esse vício. Você já viu alguém com pobre de mim resolver algum problema, sair de uma situação feia para outra melhor? Eu nunca ví. Mas a gente se acha no direito de dizer:
- Ah, porque coitado de mim, só eu faço tudo, só eu sou assim...
Cai no pobre demim, que é a mesma coisa que o desespero. Tem gente que gosta de ficar desesperada. Qualquer coisa faz escândalo.
Há pessoas que agem sem pensar e sem observar a vida. Estão errando e estão fechando os olhos. E, quando se vêem num beco sem saida, fazem escândalo com se isso fosse consertar a vida delas. Mas como a vida é eterna, se mate ou não, tudo continua, até para pior.
Por que você não vira uma pessoa inteligente de uma hora para a outra? Use sua inteligência que Deus lhe deu. Diga:
- Que desespero que nada! Nada merece tanta atenção assim. Nada merece estragar as coisas da minha vida. Se uma coisa não está bem, o resto pode estar. Eu não sou o coitado. Sou uma fonte de poder e de conhecimento. Tudo dá muito certo na minha vida. Tudo está a meu favor. Está tudo bom - eu grito. Aí vai ficando bom mesmo, porque a gente puxa as forças positivas.

Lealdade vs. Fidelidade

Advertência: o texto que se segue é da inteira responsabilidade de quem o escreveu, não tendo como base qualquer estatística, teoria ou pensamento que não as que, ao longo da vida, se foram formando na cabeça da autora.

A meu ver, há uma diferença muito grande entre Lealdade e Fidelidade. Tão grande, mas tão grande, que uma nada tem a ver com a outra. O mais infiel dos seres pode ser o mais leal (geralmente, é), enquanto que o mais fiel pode ser o mais desleal (geralmente, também é).

A fidelidade prende-se com o respeito pelos compromissos que se assumem perante uma pessoa, enquanto a lealdade tem a ver com o respeito devido à própria pessoa, isto é, ao seu âmago enquanto indivíduo, algo de tão precioso e tão delicado a que chamamos frequentemente dignidade do ser humano. Além disso, a fidelidade existe somente no contexto amoroso e no contexto dos negócios (de certeza que já ouviram falar dos contratos de fidelização das operadoras telefónicas…), enquanto a lealdade existe em relação a todas as pessoas, principalmente àquelas com quem estabelecemos relações de proximidade (profissionais, amorosas, de amizade, etc.). Simplificando (muito) a coisa, eu diria que a infidelidade fere o orgulho, enquanto a deslealdade fere a dignidade.

A infidelidade põe fim ao compromisso, mas não impede que nasçam outros, novos. Depois da infidelidade podem surgir novos compromissos, assumidos perante as mesmas ou perante outras pessoas, basta que a isso ambas estejam dispostas. Contudo, a deslealdade não pode dar lugar a outras pessoas, a novas pessoas, porque as pessoas não se “fabricam”, não se criam por acordo.

Assim, para mim, a lealdade é muito mais importante do que a fidelidade, porque as pessoas têm muitíssimo mais importância do que os compromissos. Os compromissos começam e acabam, renovam-se, são substituídos, voltam a começar e a acabar. Mas as pessoas que passam pela nossa vida, essas, deixam marcas eternas, indeléveis e, em certa medida, diria até que nos constroem.

O dever de fidelidade cessa quando cessam os compromissos; o dever de lealdade para com o nosso semelhante não cessa depois dos compromissos, não cessa sequer depois da morte, porque depois da morte há ainda um nome e uma memória a respeitar, à qual devemos um comportamento leal. É por isso, julgo, que a infidelidade se perdoa, se esquece, tem importância diminuta e não faz de ninguém um ser menor, mas tão somente humano (desenganem-se os que ainda pensam que há pessoas 100% fiéis, pois tal coisa não existe, a não ser que se defenda que a infidelidade é somente física). E é também por isso que a deslealdade é vergonhosa, inesquecível, inapagável e imperdoável.

A infidelidade é algo que devemos evitar a todo o custo, é algo de que não devemos orgulhar-nos e que é, do ponto de vista das relações humanas honestas, incorrecto. Mas a deslealdade, car@s amig@s, a deslealdade é uma filhadaputice inqualificável.

© Texto by Mente Assumida, do blog Assumidamente - mais um magnífico blog das grrrls de além mar.

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