Textinhos sobre Limites da Vida
DEUS É BOM O TEMPO TODO
No universo de possibilidades que
um colar de dois milhões oferece, o de multiplicar-se
sendo doado a caridade, é a que rende
a melhor publicidade.
DEUS É BOM O TEMPO TODO
Tudo que ofereço, entrego em doação
me enriquece, as vezes dói por uns segundos e vejo no apego, paisagem agreste de desassossego, como um prego tamanho gigante que me prende a coisas, respiro
fundo e mando em descarrego.
DEUS É BOM O TEMPO TODO
Na linguagem universal que a vida na Terra tece e trata, sejamos tal qual pescoço de girafa, evoluindo dentro do impossível, nunca um burocrata.
DEUS É BOM O TEMPO TODO
Em Wagner de Assis, quem sabe o
comandante da Escola de Sagres,
quem sabe aduaneiro perfilando
alfândegas, quem sabe homem cansado de fritas almôndegas?
Navega navegador por entre mares e arrepios porque de sua vida de trabalho dirigindo seu amplo navio, viceja passageiros buscando primaveras distante do frio.
DEUS É BOM O TEMPO TODO
Mão esquerda, mão direita
viajantes, juntinhas, fulaninhas
mas sem comprometimento
em constante treinamento.
Como conseguir que a mão direita
seja anônima se a mão esquerda
enxerga, fotografa, grita e esperneia
aplauso, divulgação, reconhecimento.
Nós encontramos todos os dias algo novo, um pensamento, falas, caminhos, para descobrir que nada fica na espontaneidade, no tudo, anualmente sem parar.
DEUS É BOM O TEMPO TODO
Na resiliência o equilíbrio do planeta
como uma mola, meio a tantas guerras
bem diferente de uma maçaneta;
tudo se amplia em tecnologia...
Eis que nos pede água em seu silencio
uma roseira, um arbusto, um ramo de violeta;
diante de mísseis, obsoletas as baionetas
e me arrepio de saudades de um simples lápis
num tempo em que não existiam as canetas.
Você vai fazer amigos (...). Não há dúvida. Será necessário fazer mais esforço para mantê-los do que para encontrá-los, mas posso lhe garantir que é algo que vale a pena ser feito.
As coisas se quebram, às vezes podem ser consertadas, e, na maioria dos casos, você percebe que, independentemente do que é danificado, a vida se rearranja para compensar sua perda, às vezes de forma maravilhosa.
Não era a amizade um milagre em si, o encontro com outra pessoa que fazia o mundo solitário de certa forma parecer menos solitário?
Mas o que era a felicidade se não uma extravagância, um estado impossível de se manter, em parte por ser tão difícil de ser articulada?
Não há uma data de validade para precisar de ajuda, para precisar das pessoas. Não se chega a uma certa idade e daí acaba.
Na vida, às vezes coisas boas acontecem a pessoas bacanas. Não precisa se preocupar, elas não acontecem com a frequência que deveriam. Mas, quando acontecem, basta as pessoas bacanas dizerem “obrigado” e seguirem em frente, e talvez considerarem que aquele que está fazendo algo bom também esteja feliz, e não no clima de ouvir todas as razões pelas quais a pessoa a quem a boa ação foi feita acha que não a merece ou não é digna de tal.
Ele agora acreditava que uma relação bem-sucedida era aquela em que ambas as pessoas reconheceram o que de melhor a outra tinha a oferecer e escolheram também dar valor a isso.
Conquistar espaços. Sim, eu sei fazer isso. Minha vida é feita de conquistas, perdas e reconquistas.
Perdas? Como assim, perdas?! Estamos falando de conquistas!
É que pra saber conquistar, tem que aprender a perder também.
Enfim... conquisto meus espaços - quando são meus.
O espaço do outro já diz tudo. É do outro. Então, nesse caso, não há o que conquistar.
São os nossos limites: o meu e o do outro.
É simples.
Às vezes eu gostaria que a vida nunca tivesse um fim. Tudo que é bom, dizem, nunca dura.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
