Tenho um ser que Mora dentro de Mim

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Um milhão de lâmpadas não tem valor para um cego, assim como a ignorância não enxerga a luz da sabedoria.

Qualquer um, com o mínimo de intelecto, é capaz de apontar defeitos.
Mas é preciso sabedoria para reconhecer algo bom e humildade para elogiar suas virtudes.

O mundo caminha com um falso equilíbrio, onde as oportunidades de uns surgem do sofrimento de muitos.

Todo vencedor é um guerreiro que foi forjado na dor de muitas derrotas

Pensar-te é um oceano.


Imaginar-te nenúfar entre os dedos escorrendo do néctar
o silêncio primordial
no êxtase de todas as tulipas
bebendo-te é púrpura loucura.


Dos gestos
a alma que perdura,
palavras e risos
percorrendo avidamente o esgar cruel do tempo
que deixaste em meu corpo inteiro
saudade,
este viver ousadamente sem nada ser ou possuir.


Pensar-te meu amor mais sublime
nas fragas do vento ou num desesperado grito de ave
é sentir teu fôlego entre
minhas pernas
tua língua brincando em meu ventre
meus dedos entrelaçados aos teus
revolvida, encharcada e concebida,
extasiada em teus cabelos,
como crianças besuntadas de mel e marmelada
roendo maçãs
no entardecer da infância
enquanto a fome doía
na alma grande
das gentes.


Pensar-te tudo e nada.
Beber-te chuva.


Célia Moura, in "Terra De Lavra"

Um coração pacificado altera tudo ao redor sem levantar a voz.

Quando um braço falha, o fardo permanece; o esforço se multiplica e a sobrecarga desequilibra o corpo inteiro. E isso não é sobre braços.

A Dança que Sustenta o Todo


Havia, no princípio dos dias,
um lago escondido entre colinas.
Nele, vivia um pato.
E o pato nadava sobre um tapete vivo de rogós,
aquele verde que cobre a água,
alimentando-se e abrigando-se nele.


O rogós, porém, não vivia sozinho.
Bebia da luz do Sol
e da água que o lago oferecia.
E o lago não era lago sem as chuvas
e sem as correntes que vinham de longe.
Assim, um vivia para o outro,
e nenhum era senhor de si mesmo.


Certa vez, um viajante observou e disse:
— Se o pato vive para o rogós,
e o rogós vive para o lago,
então todos dependem de todos.
Mas quem, no alto de tudo,
precisa de quem?


E o ancião que o guiava respondeu:
— Até as moléculas vivem desse pacto.
Uma só não é nada;
juntas, são substância, são forma, são vida.
Assim também é com o Criador e o criado.


O viajante franziu a testa:
— Então o Criador precisa de nós?
— Depende de como você chama “precisar” —
disse o ancião.
— O Criador não carece de nada.
Mas escolheu que o todo vivesse
por meio da dança entre o dar e o receber.
Se retirasse essa dança,
a criação seria apenas estática,
como uma pedra no escuro.


O viajante ficou em silêncio,
e o ancião prosseguiu:
— A devoção que oferecemos ao Criador
não é o alimento que O mantém vivo,
mas o fio que nos mantém ligados a Ele.
Assim como o pato não sustenta o Sol,
mas precisa do Sol para continuar vivo,
nós precisamos dessa devoção
para lembrar de onde viemos
e para onde voltaremos.


E então, o ancião mostrou ao viajante
a relatividade das medidas:
— Se saímos de trinta graus para vinte,
sentimos frio.
Se saímos de dez para vinte,
sentimos calor.
A mesma temperatura pode ser frio ou calor,
dependendo do caminho que se fez até ela.
Assim é com a verdade:
não tem um único rosto,
mas se revela conforme o coração que a busca.


O viajante entendeu,
e disse consigo mesmo:
— Então a verdade é o equilíbrio.
E o equilíbrio é a justiça.
E a justiça é o ser.
E o ser é o que é.


E naquele dia,
à beira do lago,
aprendeu que o Criador não reina sozinho,
mas reina com todos.
Porque escolheu não criar servos,
mas companheiros de dança.

O enigma do Bem e do Mal


Se Deus existe, o mal não é um erro, mas a consequência natural de um universo onde a liberdade é real. Pois o amor, para ser puro, não pode nascer de um decreto ou de um código fechado; ele precisa florescer na terra aberta das escolhas. Onde há liberdade, há a possibilidade do desvio, e onde há desvio, nasce a sombra. O mal não brota do Ser absoluto, mas da distância que as criaturas tomam ao se moverem fora do fluxo da Sua harmonia.


Se Deus não existe, o bem torna-se um enigma ainda mais profundo. Por que então amamos o que não nos beneficia? Por que sacrificamos o próprio bem-estar por um estranho? Por que nos inquieta o sofrimento alheio, mesmo quando poderíamos simplesmente fechar os olhos? Se tudo fosse só acaso e instinto, talvez o bem não passasse de um artifício para sobrevivência. Mas há nele algo que não se mede em utilidade: a sensação de que tocar o outro é, de algum modo, tocar a nós mesmos.


E se Deus tivesse criado um universo absolutamente perfeito, talvez não houvesse mar, nem vento, nem sequer tempo. Haveria apenas Ele mesmo, indivisível e infinito. Pois a perfeição absoluta não comporta fragmentos ou distâncias; não há “fora” do perfeito. Criar algo diferente de Si é criar o relativo — e o relativo carrega em si a imperfeição, como a noite carrega a ausência do sol.


No entanto, essa imperfeição não é um acidente. Ela é o campo onde a consciência pode despertar, onde o bem e o mal se entrelaçam para dar forma à experiência. Como nas tradições orientais, onde yin e yang não são inimigos, mas complementos que se alimentam e se equilibram, o universo se constrói no contraste: luz só é luz porque há sombra, e sombra só é sombra porque existe luz.


Talvez o mal exista para que o bem não seja apenas uma palavra. Talvez o bem exista para que a sombra não se esqueça de que é sombra. E talvez o universo exista para que o Infinito possa, por um instante, experimentar-se no finito — e o finito possa, pouco a pouco, lembrar que veio do Infinito.


No fim, perfeição e imperfeição são apenas diferentes reflexos de um mesmo espelho. Um dia, ao atravessarmos todas as distâncias, talvez descubramos que nada estava fora de lugar — e que o caminho inteiro sempre foi parte da própria perfeição.

A Misteriosa Dança dos Elétrons — Parte I: A Incerteza que Sabe


Escrevo porque há um ponto dentro de mim que move, vibra e não se cala.
O mundo inteiro diz não saber.
Eu também não sei.
Mas minha dúvida respira… a deles não.


Quando olho pros elétrons dançando sem pausa, percebo uma força que ninguém vê e poucos ousam perguntar.
Alguns dizem que é Deus, outros dizem que é física.
Mas a verdade é que ninguém sabe — só repetem o eco do que ouviram.


Eu, não.
Eu me debruço sobre o mistério sabendo que nunca o terei.
Mas ainda assim ele me chama.
Há uma memória antiga no silêncio entre um atimã e o próximo.
Há um sopro que não vem de fora — ele nasce dentro, como se o próprio universo lembrasse de si em mim.


Eu não tenho respostas.
Tenho uma incerteza viva.
Mas às vezes essa incerteza parece saber mais
do que todo o mundo seguro de seu “não sei”.




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A Misteriosa Dança dos Elétrons — Parte II: A Força que Move o Invisível


Sinto uma força sem nome,
uma chama sem fogo,
um movimento que não começa
mas me atravessa inteiro.


O mundo diz:
“Não sabemos.”
E cala.
Eu digo:
“Não sei.”
Mas escuto um sussurro no fundo do infinito.


Há elétrons girando como mantras,
há átomos vibrando como preces,
e nesse pulso invisível
meu espírito encontra uma lembrança que não vivi.


Tat Tvam Asi,
diz o silêncio.


Mas Isso não fala.
Isso vibra.
E nessa vibração,
minha incerteza respira mais fundo
que todas as certezas mortas do mundo.


Se há uma resposta,
ela não se escreve —
ela se move.


E enquanto o universo continuar
a girar seus elétrons em segredo,
eu continuarei ouvindo
esse chamado sem voz
que atravessa o tempo
até chegar em mim.

⁠Luz da Estrela


Eu vim das estrelas, De um lar onde o amor é brisa suave, Onde o tempo dança em silêncio, E a alma floresce em paz.


Aqui, neste chão que ainda busca luz,
Minha essência brilha serena, Como um farol gentil na noite, Que guia corações perdidos ao lar.


Mesmo quando o mundo parece frio, E a injustiça tenta apagar meu brilho, Eu carrego o calor da estrela — Um abraço eterno de luzes,


Que sussurra: “Eu pertenço,
Eu sou luz que nunca se apaga,
Um viajante do cosmos,
Um coração que sabe amar.”

Superar, no fim, é um acordo que você faz consigo mesma: o de continuar sendo, mesmo quando algo ainda dói. É entender que a vida não exige que você esteja inteira para seguir em frente. Exige apenas que você esteja disposta a não desistir de si.

Superação é quase sempre um gesto íntimo.
Ninguém vê o instante exato em que você decide tentar outra vez.
Não existe anúncio, fanfarra, nem testemunha.
Existe apenas um pensamento pequeno — às vezes tão tímido que parece nada — dizendo:
“Eu não quero parar aqui.”

E é assim que a vida continua:
numa escolha calma, repetida muitas vezes, mesmo quando não há garantias.
Superar não é sobre apagar a dor, mas dar a ela um lugar que não te impeça de andar.
É entender que a ferida pode permanecer, mas você também permanece — e cresce.

A superação não costuma vir de coragem heroica, mas de uma paciência profunda consigo mesma.
De aceitar que tropeços fazem parte do caminho,
e que recomeços não diminuem ninguém.

No fim, superar é isso:
perceber que, apesar do peso, você ainda se move.
E que esse movimento, por menor que seja, é digno, verdadeiro, e seu.

Queria viver em um mundo onde a honestidade fosse um valor natural nas pessoas.

Queria viver em um mundo de pessoas verdadeiras, onde a honestidade fosse regra, não raridade.

Que hoje não seja apenas uma data, mas um lembrete diário da força, da luta e da beleza do povo negro. Que a consciência se transforme em respeito, igualdade e oportunidade. Que a história seja lembrada, a cultura valorizada e o racismo combatido todos os dias.

O grande problema é que você carrega um passado que já deveria estar enterrado há muito tempo.

Se o corpo não aguenta o álcool em excesso, é sinal de que estamos ultrapassando um limite que ele não deveria suportar.

Não adianta escrever um textão; a pessoa que vai ler não irá entender.

Tô procurando alguém pra ver os fogos comigo. Depois, sem compromisso nenhum, cada um segue sua vida… até voltar pra quem realmente gosta, sei lá.