Tenho um ser que Mora dentro de Mim
A noite veste o luto do meu erro,
E em cada estrela, vejo o teu adeus.
Um silêncio pesado, cruel desterro,
Onde a culpa reside e jaz nos meus.
O meu peito é um vazio que te implora,
Por um instante apenas de atenção.
A alma, em prantos, clama e a mente chora
O peso esmagador deste perdão.
Se a dor que causei pudesse ser medida,
Eu a beberia em um só gole, infeliz.
Devolve-me o sol desta vida
Que só em teu olhar encontra a raiz.
Perdoa, meu amor, este caminho errado,
Sou apenas um fragmento sem o teu calor.
Sem ti, sou um poema inacabado,
Um grito mudo de eterno e triste amor.
escrever sem pressão
entre pausas
surge uma lembrança na memória
entre respiros
um suspiro
e uma nova forma de me reconectar comigo
diferente
única
e acolhedora
eu gosto de escrever
isso me liberta
me traz de volta
para as melhores partes de mim
De quem sou
do que gosto
e o novo eu descubro,
de mim.
e me liberto
das correntes
que me aprisionam
uma nova versão renasce
como se ela estivesse adormecida
esquecida
empoeirada
guardada dentro de um baú
para ninguém ver como brilha
como inspira
Como é possível?
Ficar tão escondida!
agora sua luz ilumina o caminho
consigo ver a direção que eu devo tomar
e que a luz me leva
enxergo o céu sobre a minha cabeça
sinto os pés no chão
e o cheiro das flores por onde passo
o mundo do qual sempre fiz parte
é estranho como havia caminhos nebulosos
dentro de mim
mas como é bom estar de volta
para quem sempre fui.
Anestesia
Ao sentir o sabor, as partículas, o vinho como um todo, sinto-me relaxado, sensação de anestesia e rebeldia.
Dez horas da manhã e já sinto-me levemente alterado. É, sensação de anestesia.
Cigaretto;
Vinho;
Sedativo;
Música.
O ‘quarteto fantástico’ que asfixia minha disforia, minha angústia e minha melancolia.
Ao colocar uma dessas coisas para dentro, todos os problemas se vão.
— Lorenzo Almeida. (25.10.24).
UM CONTO ITALIANO🇮🇹
As colinas da Toscana ondulavam sob a luz prateada da lua, como um mar silencioso de vinhedos. O ar tinha cheiro de alecrim e uvas maduras quando Giulia, filha de viticultores, atravessou o campo carregando um pequeno caderno de couro preso ao peito.
O caderno não era dela. Era do avô, morto há poucos meses — o homem que guardava segredos tão antigos quanto as oliveiras que cercavam a casa da família.
Giulia só o encontrara naquela tarde, escondido dentro de uma gaveta trancada.
Quando chegou ao topo da colina, avistou Marco, o restaurador de igrejas que trabalhava na vila vizinha. Ele estava sentado no muro de pedra, observando o brilho da lua sobre os vinhedos.
— Non riesci a dormire? — perguntou ele.
Giulia respirou fundo e mostrou o caderno.
— Encontrei isto… e acho que há algo aqui que meu avô queria que eu descobrisse.
Marco se aproximou, curioso. Giulia abriu o caderno e revelou um desenho: um mapa simples, feito a carvão, marcando um ponto entre duas fileiras de cipestres. Ao lado, havia apenas uma frase:
“A verdade floresce apenas à luz da lua.”
Intrigados, caminharam até o local indicado. Quando chegaram, perceberam que o chão estava mais solto ali, como se alguém tivesse cavado recentemente.
Marco ajoelhou-se e removeu a terra, descobrindo uma caixa de madeira antiga. Giulia abriu com as mãos trêmulas.
Dentro havia cartas — dezenas delas — escritas pela avó de Giulia para um homem cujo nome ela nunca ouvira antes: Alessandro.
Em cada carta, uma história de amor proibido.
Em cada frase, a dor de ter escolhido um casamento arranjado em vez do homem que realmente amava.
Giulia engoliu seco.
— Minha avó… ela nunca falou disso.
Marco colocou a mão no ombro dela.
— Talvez ela tenha querido que você soubesse agora. Para entender que a vida é curta demais para esconder sentimentos.
Giulia levantou o rosto na direção da lua. As colinas pareciam sussurrar histórias antigas.
Ela olhou para Marco, percebendo naquele instante algo que tentava ignorar há meses:
os sentimentos que cresciam entre eles, silenciosos como as noites toscanas.
Marco sorriu, suave.
— La luna custodisce segreti… ma rivela anche ciò che conta davvero.
E ali, sob o luar da Toscana, enquanto as cartas antigas balançavam ao vento, um novo segredo começou a nascer — não para ser escondido, mas para ser vivido.
Reflexão
Será que um dia as pessoas vão reconhecer minhas frases?
Será que um dia elas vão ler e dizer: esse cara é surreal.
Será que um dia alguém vai olhar para minhas palavras e perceber que cada linha minha carrega um pedaço da minha alma?
Às vezes eu me pergunto se o mundo está pronto para tudo aquilo que escrevo.
Se um dia vão ler e dizer:
Esse pensador chamado Jalison Santos… é um dos mais profundos que já encontrei.
Eu não escrevo para aparecer.
Escrevo porque a vida me marcou, e minhas marcas se transformaram em palavras.
Mas, no silêncio do meu coração, existe uma esperança…
A esperança de que alguém leia o que eu escrevo
e sinta que minhas frases nasceram de verdade, dor, fé e amor.
Talvez um dia reconheçam.
Talvez quando meus textos tocarem o coração certo.
Talvez quando alguém ler e sentir exatamente aquilo que eu senti ao escrever.
Até lá, sigo.
Porque um pensador não escreve para ser grande.
Escreve para ser eterno.
O Que Fica do Que Fomos
William Contraponto
Se um dia eu cruzar a noite inteira
e o corpo cansar do próprio som,
não esperarei por luz ou fronteira;
apenas o rastro do que ainda sou.
Porque além da morte não há segredo,
não há espírito buscando um lar.
Há só memória vencendo o medo
e o que deixamos no fundo do olhar.
O que fica do que fomos é o gesto,
é o nome lançado ao vento incerto.
Não é alma pairando em algum lugar,
é a lembrança que insiste em continuar.
E se eu não voltar, que seja assim:
no que construí, no que vive em ti.
Quando a última porta se fechar,
não haverá juízo nem muralha.
A vida é um barco que aprende a passar,
e cada travessia ensina – e falha.
O que chamam alma, eu chamo história:
a voz simples do que se amou.
É a cicatriz guardando a memória
de cada luta que alguém lutou.
O que fica do que fomos é o gesto,
é o nome lançado ao vento incerto.
Não é alma pairando em algum lugar,
é a lembrança que insiste em continuar.
E se eu não voltar, que seja assim:
no que construí, no que vive em ti.
Se deixo um verso solto pela rua,
que seja luz pra quem quiser seguir.
Não há mistério entre sombra e lua:
há só a marca do que se quis sentir.
E quem nos guarda não é o além,
é quem repousa o nosso bem.
No silêncio que sucede o último passo,
ninguém nos chama para salvação.
O tempo recolhe o nosso espaço
e entrega aos outros a continuação.
Se algo vive depois do adeus,
não são anjos nem eternidade:
é o que plantamos no chão dos seus,
a parte nossa que vira verdade.
O que fica do que fomos é o gesto,
é o nome lançado ao vento incerto.
Não é alma pairando em algum lugar,
é a lembrança que insiste em continuar.
E se eu não voltar, que seja assim:
no que construí,
no que vive em ti,
no que chamam fim
e que eu chamo de existir.
Na mente, não há nada.
O corpo sente,
O coração vibra.
Em cada verso,
Um gole de amor,
Saciando a sede
Da alma vazia.
Quando o passado se apaga e o presente te recebe, o que resta é o vazio moldado pelo caos, e um destino que se oculta em seus próprios enigmas.
O passado, que se curvou ao tempo e era presente, cheio de idas e vindas, esvaiu-se como cinzas. E as cinzas voaram, encontrando o vento, que naquele momento era um futuro sussurrante, sem saber se traria palavras de verdades carrascas, cruéis e indecifráveis, ou presentes e bênçãos do imperador imprevisível, ditador e amargo: o tempo.
Ellen De 🌷
"A adversidade não é um bloqueio no caminho, mas o mapa inegociável que revela o quão forte é a estrutura da sua Quietude. O caos só tem poder sobre quem se recusa a estudá-lo."
Você é o único capaz de colocar um ponto final no parágrafo da vida onde só anda colocando reticências.
Os gráficos de mercado nos mostram o que podemos prever em relação á algo, sob um sistema de governança.
@ManualDoInvestidor
As taxas mantém as empresas funcionando, mas as taxas altas sobrecarregam o sistema como um todo.
@ManualDoInvestidor
A música liberta as almas das pessoas carentes de querer mais um pouco de prazer por ouvir músicas.
@VivaMusica
LOBO FERIDO 18-09-2025 (12h50 – 13h09)
Na história de um zé ninguém,
Uma cena grotesca se repete,
Traição vinda de alguém,
Pune um lobo da estepe,
Lobos são fieis e leais,
Humanos, tolos, lançam a própria história fora por cinco minutos de prazer,
Se desvencilham de seus ideais, reais, incondicionais,
E se esquecem da promessa sincera, de não fazer o seu amor sofrer,
Sou lobo, sou fogo, sou fantasia de amores perdidos,
Num mundo de caçadores, predadores sexuais, seres fingidos,
Levam a caça, abatem o caráter, violam a silhueta do corpo,
Sujam, destroem, destroçam até não restar nenhum osso,
Quem é a fera afinal de contas?
Quem pode maltratar um animal, um animal humano?
Merece perdão? Merece conhecer as verdes ondas?
Em um mar de selva, um campo de flores profano,
Se o teu corpo fosse meu, seu eu fosse esse monstro ditador,
Não me permitiria usufruir da sua presença por mais nem um segundo,
Pois o lobo em mim, é livre, e reconhece a liberdade de um trovador,
Eu já não considero o seu corpo, o mais profundo,
Lobos se sujam, se sujam de sangue, de lama, de mel,
Lobos morrem ao ficarem solitários, desistem, caminham para o precipício,
Homens se sujam de vaidade, de orgulho, de fel,
Homens destroem a sua história, apagam toda a beleza do início,
Se eu for homem, esquecerei que um dia eu amei,
Se eu for lobo, irei ferir quem eu amei,
Não quero ser lobo, não quero ser homem,
Quero a paz dos animais que dormem.
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