Tenho um ser que Mora dentro de Mim
Via Única...
Vivo em mim, mas não sigo só e nem sem hora
Mora em mim, em revolta, tua companhia andarilha
Tão só, mas sigo, me deslocando como as ondas
Frias, absolutas, desacolhidas, pura ciranda
Sei amar-te, como solene sabe o ar
Sobre todos os campos e rios passar
Já tu, sabes amar, sem gestos, sem voz
Lua real, passante silente, a seguir veloz
A encontrei num livro, numa cor, num sonho
Trocando de amores, de roupas... de vida
Inventando um destino em revés desenfado
Buscando mudar tudo o que não pode ou evita
E nesse vai e vem de gostos e estranhezas
Trancastes a palavra, geleira calada, língua morta
E tornastes em mim, algo insano, quase demente
Por não poder vazar-te, acolhe-se em minha mente
O que fio saber é a certeza de sua frieza
Nada me ofende, nada mais surpreende
Tornei-me pedra, trilho férreo sem trem
Estrada de quem vai, nunca de quem vem
Sou ponto de partida, de ida e despedida
E já não permito que tire-me a coragem da luta
Nem que meu sangue se perca em eco sonoro
Da voz cuja força nasceu de juras em palavra dada
— Você fez tudo que podia, agora a esqueça.
— Esquecer como se ela está em mim? Se ela mora em cada parte do meu corpo e da minha alma.
ADORMECIDA
Mora em mim uma artista
Adormecida que pretendia
Acordar, expressar sua arte
E assim, ficar conhecida e
Até reconhecida nesta vida.
Mora em mim a melodia da
Poesia que não escrevinhei,
Um quadro que jamais pintei,
Uma dança que nunca ousei,
Um teatro que não representei.
Mora em mim adormecida esta
Medrosa em verso e prosa, que,
Temerosa de errar, borrar a tela,
Torcer o pé, de esquecer o texto,
Entorpeceu tão fugidia e arredia.
Mora em mim esta artista ainda
Adormecida que, pelo seu sono
Profundo não havia encontrado
Na magia do sonho da poesia o
Sentido da sua vida neste mundo.
Já que dormindo adormeceria seu
Medo, seu segredo, seu pesadelo,
Pois seria utopia viver só da poesia
Que rondaria sono, sonho e que lhe
Assombraria dia e noite, noite e dia.
Mora em mim diariamente este medo
Na mente, afinal lúcida, fingia mesmo
Dormir pra ludicamente poder aprontar
O despertar até então, adormecido pra
Que a esmo não tivesse vindo e vivido!
Guria da Gaúcha Poesia
Lavando a Alma,
Página 09,
1989
A minha força não depende
do externo
Ela mora aqui...
Em mim.
Pode parecer ironia
Mas quando me sinto presa ao que me
sufoca por dentro...
Não perco tempo
Eu ouso ,
fujo,
me liberto,
e nem olho para trás.
A sutileza mora em mim... meu toque é leve, é suave... sempre tive medo de machucar. Com palavras, gestos ou mesmo com o olhar. A força fica com quem é rude, com quem não sabe tocar... Minhas mãos são macias, são para acariciar. Meus atos correm do selvagem e meu olhar sempre quis ver a suavidade no outro olhar.
A artista que mora em mim
Quer circo sem palhaços fingidos...
Quer cachorros vadios...
Latindo de alegria,
Não de dor ou por fome.
Essa artista crê piamente
Que pode ser várias...
Disseram-me que preciso escolher
O que de fato quero ser.
Respondi em pensamento:
"Quero ser muitas".
Muitas moram em mim.
Como mudar o que por destino
Nascera comigo?
Essa artista que mora em mim
Quer sol num dia, no outro, chuva de flores...
Regada de vento, harmonia.
Quer ser uma hoje,
Outra amanhã...
Preciso seguir assim...
Com minhas mutações necessárias,
Preciso de arte, uma só não basta.
Preciso ser arteira de formas diferentes.
Sou assim mesmo, pequenina e diferente.
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