Tempos
Sei que há um prazer violento que se chama gozar. Adivinhei-o noutros tempos, num momento de embriaguez...é quando a alma se conhece a si própria.
Quando seguimos pelo trilho da vida que diz "Coragem", encontramos a felicidade em cada paragem que fazemos para apreciar a beleza do nosso caminho.
"O padrinho de Florentino Ariza, antigo homeopata que tinha sido confidente de Trânsito Ariza desde seus tempos de amante oculta, se alarmou também à primeira vista com o estado do enfermo, porque tinha o pulso tênue, a respiração rascante e os suores pálidos dos moribundos. Mas o exame revelou que não tinha febre, nem dor em nenhuma parte, e a única coisa que sentia de concreto era uma necessidade urgente de morrer. Bastou ao médico um interrogatório insidioso, primeiro a ele e depois à mãe, para comprovar uma vez mais que os sintomas do amor são os mesmos do cólera".
Raabe estava feliz no Brasil
As coisas tinham mudado muito
Era como um jardim regado de amor
Todos felizes, rosados e nutridos
Não existia mais violência
Pobres não se viam nas ruas
As crianças estavam todas na escola
Todos sabiam ler e escrever
Jovens e velhos tinham saúde
Os sorrisos tinham dentes saudáveis...
Enoque chegou ao céu.
Depois de passar trinta dias
deitado em leito de sacrifício,
disseram (eu ouvi): “não,
ele não vai conseguir,
mesmo que a gente tente de tudo
a vida dele já está no fim
não adianta persistir, insistir, perdurar”.
Tudo que move vive,
Nem sempre dizer é certo
(“Maria ele morreu em movimento?”)
“Sim! Por uma bala dura
Que saiu de um canhão
Do homem da viatura pública que solta:
Bang, bang, bang”
(“como assim Maria?”)
O CEP inexistente entrega de onde eles vêm
E o julgamento passa a ser fatal e desumano: “cuidado!”
Na janela do trem, ela cansada do dia, ainda sonha
Na janela do ônibus, ele cansado do dia, ainda tem amor...
O preto brasileiro está marcado com selo
Assim dizem os brancos do alto pódio
No Brasil quem manda tem pele clara
A pele pobre tá encarcerada longe de tudo...
Sou feito de tempos e templos:
Templos humanos sagrados
e tempos perdidos e sangrados.
De esperanças que fluem como a fé
e de saudades que não diminuem com a espera.
Há tempos deixei para trás
o que nada me acrescenta,
e pouco, na verdade, acrescentou,
não gosto de inseguranças,
nem falta de boas atitudes,
se a paciência se esgotou
enterro logo o ataúde.
É pela leveza da pena que se constrói a mais brava armadura. Pois a paz só é possível quando a guerra dos tempos, dos outros, dos loucos não nos atinge. E a minha guerra traz a leve pena afiada de uma paz redobrada.
O QUE NÃO MORRE
Eis o que não morre
Pois tem suas garras cravadas na garganta do tempo
Ela está entre a humanidade desde o início dos tempos...
Fera que ronda a terra
Louca besta devoradora
O mundo teme suas garras afiadas
Rasgando ventres vazios,
Infernal sempre é sua presença
Arrastando quem há tanto tempo não come,
No prato vazio revela seu nome
O maldito nome é: Fome... Maldita fome
Fome.
Só passando pra dizer que o mais difícil já acabou, o amanhecer trouxe a esperança a tempos perdida.
Saudade dos velhos tempos
Dos tempos que não voltam mais
Dos tempos de escola
E tudo o que eu não fiz, agora gira em minha volta
A saudade fica em mente
E o coração sempre sente
E o avião de papel rosa, agora está em prosa
O preparo para a vida, é o perfeito caminhar de todos os tempos...
Autor: Antonio Cícero da Silva(Águia)
Quando enfim, os cientistas descobrirem a origem da vida, verão que era tudo aquilo que tentavam provar o contrario; será o fim dos tempos.
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