Te quero de novo

Nos nossos revezes, queremos antes passar por infelizes, do que por imprudentes, ou inábeis.

Há duas coisas que não se perdoam entre os partidos políticos: a neutralidade e a apostasia.

A honestidade é uma cor delicada, que teme o ar.

Lamentamos sempre aquilo que damos aos maus.

O luxo, assim como o fogo, tanto brilha quanto consome.

Jasmineiro em flor.
Ciranda o luar na varanda.
Cheiro de calor.

As ideias novas são para muita gente como as frutas verdes que travam na boca.

Os defeitos de quem amamos, devemos vê-los com os mesmos olhos com que vemos os nossos.

A vitória de uma facção política é ordinariamente o princípio da sua decadência pelos abusos que a acompanham.

O melhor modo de venerar os santos é imitá-los.

Na cidade, a lua:
a jóia branca que bóia
na lama da rua.

Nas desventuras comuns, reconciliam-se os ânimos e travam-se amizades.

Os filhos seriam, talvez, mais caros a seus pais e, reciprocamente, os pais aos filhos, sem o título de herdeiros.

O nosso amor-próprio é muitas vezes contrário aos nossos interesses.

O interior das famílias é muitas vezes perturbado por desconfianças, ciúmes e antipatias, e enganam-nos as aparências de satisfação, calma e cordialidade, fazendo-nos supor uma paz que não existe; poucas há que ganham em ser aprofundadas.

A poesia é uma doença cerebral.

Uma grande reputação é talvez mais incômoda que a insignificância pessoal.

Os grandes, os ricos e os sábios sorriem-se: os pequenos, os pobres e os néscios dão gargalhadas.

Existem a beleza que excita, a que comove e a que satisfaz: a melhor é a última.

A honra quer dizer o preconceito de cada pessoa e de cada condição.