Te quero de novo

O medo é a arma dos fracos, como a bravura a dos fortes.

Sempre vimos boas leis, que fizeram com que uma pequena república crescesse, transformarem-se depois num peso para ela, depois de grande.

É próprio das grandes almas desprezar grandezas e almejar mais o médio do que o muito.

Apenas um homem de gênio ou um intriguista se atrevem a dizer: «Fiz mal». O interesse e o talento são os únicos conselheiros conscienciosos e lúcidos.

As repúblicas acabam pelo luxo; as monarquias, pela pobreza.

O amor é um poema essencialmente pessoal.

O amor-próprio dos tolos desculpa o das pessoas inteligentes, mas não o justifica.

O mundo, que não é causador de nenhum bem, é cúmplice de muitas infelicidades; depois, quando vê eclodir o mal que ele maternalmente chocou, renega-o e vinga-se.

Os homens investidos no poder crêem na duração do presente.

Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.

Quem é capaz de suportar tudo pode atrever-se a tudo.

Não ser amada é uma desventura; mas deixar de sê-lo é uma afronta.

O escravo apenas tem um senhor, o ambicioso tem tantos quantos lhe puderem ser úteis para vencer.

Poucas vezes quem ganha o que não merece, agradece o que ganha.

É preciso que um autor receba com igual modéstia os elogios e as críticas que se fazem às suas obras.

Nada, absolutamente nada resiste ao trabalho.

Despendo mais energia numa discussão com a minha mulher, do que em cinco conferências de imprensa.

A variação quantitativa de tensão da realidade originária dá origem a todas as coisas.

Das mulheres, como das outras coisas, usa; não te fies, porém, nelas.

Não é dado ao saber humano conhecer toda a extensão da sua ignorância.