Te Desejo
Amor é fome e sede
Amar é uma palavra pequena,
mas um verbo tão forte,
que inspira a literatura,
a música, o teatro, o cinema
e até a teledramaturgia.
A mesma palavra retrata ainda,
o sentimento sublime,
entre um ser superior e seus fiéis,
entre pais e filhos,
irmãos e parentes,
consanguíneos ou não,
e descreve a relação íntima
entre os seres enamorados,
apaixonados ou amantes.
O desejo é a vontade de querer,
possuir, ter,
e se relaciona a bens e objetos,
mas se torna ardente
quando se aplica à pessoas.
A relação íntima
se torna completa,
com uma porção de amor
e uma pitada de desejo,
aí se juntam a fome e a sede,
que se saciam,
mas não se consomem.
Amor de papel
O amor não é apenas a palavra
que define um sentimento:
é uma linguagem completa
que se traduz por atitudes,
e para existir não precisa ser
descrito por qualquer meio ou forma.
O amor verdadeiro não é utópico ou romântico,
não é atração, desejo ou paixão,
nem sensação que cega ou oprime.
O amor autêntico pode não ser eterno,
mas certamente não é fugaz, efêmero ou passageiro.
É apenas intenso para se vivido por inteiro.
O amor não se prova ou se cobra com o ciúme,
não é dominação nem desconfiança,
não é sentimento levado ao extremo,
mas é uma pura expressão de afeto
que pode oscilar de intensidade,
mas se sustenta com cumplicidade.
O amor não é mágico, químico ou astrológico,
tampouco une apenas seres predestinados.
É a edificação mais autêntica da relação,
que se descobre verdadeiro com interação,
diálogo sincero, apoio e reconhecimento,
sem desprezo, ironia ou humilhações.
Amor é cumplicidade e afeto sincero,
que não se desfaz quando a paixão acaba,
que não se extingue na dificuldade,
nem envelhece ao longo do tempo,
é a expressão do olhar e do sorriso
de quem tem um sonho comum.
O amor substantivo abstrato
não tem existência própria,
sem a conjugação do verbo amar,
porque exige ação e movimento,
mais ampla que o ‘eu tem amo’,
mais além do que o ‘eu também’.
O amor se constrói diariamente,
se nutre ao longo do tempo,
se expande com a intimidade,
e se mantém com o respeito,
o carinho e a dignidade.
Embora não seja possível alcançarmos qualquer coisa apenas pelo fato de desejá-la arduamente, reconhecemos que o pensamento positivo interfere no nosso bem-estar e felicidade, e na disposição para enfrentarmos as nossas adversidades.
A nossa felicidade não pode depender apenas da realização dos nossos desejos ou do que acontece no mundo exterior, mas deve ser fundada nas nossas conquistas, no que temos, fazemos e acreditamos, pelo que lutamos e nos empenhamos para realizar, apesar dos fracassos, erros e imperfeições.
As coisas que queremos podem ser obtidas pelo nosso esforço, porque, com raras exceções, o sucesso nas carreiras, negócios ou relacionamentos, dependem do nosso empenho e compromisso, pois temos, além da capacidade de desejar, a disposição para agir e transformar esses sonhos em realidade.
A felicidade não pode ser apenas um destino ou um lugar específico, mas está mais para as pausas que fazemos durante o percurso, e não pode ser a total satisfação ou sacrifício dos nossos desejos, mas a serenidade de espírito como motivação das nossas ações, escolhas e condutas.
A mulher quer ser amada por inteiro, como um incêndio que se alastra por todo canto, e ser interpretada por suas expressões, sem precisar indicar a direção e a velocidade dos movimentos.
Os castelos feitos na primavera das ilusões,
não resistem às primeiras chuvas de verão,
e logo são destruídos pelas rajadas da razão.
Ocaráter e aconquista
'Antes do poeta vem o homem,
antes da poesia o caráter',
antes da conquista vem o objetivo,
antes da palavra o pensamento,
antes da emoção vem o sentimento,
antes do amor o desejo de amar,
antes do prazer vem o compromisso,
antes do relacionamento o respeito,
antes da indiferença vem o diálogo,
antes da separação a reconciliação,
antes do abandono bastava a amizade.
Não é errado querer uma coisa inatingível, triste seria seguir por um caminho que não fosse iluminado pelas estrelas ou por um jardim sem borboletas.
Amor é como fogo morto, não se pode juntar as brasas, nem soprar as cinzas, sob o risco de incandescer.
Viver com alguém sem amor é conviver por amizade, interesse ou comodidade. Feliz é quem tem alguém que é a razão de viver, que motiva voltar pra casa todos os dias. Alguém de quem não dá vontade de se ausentar e, se tiver que ir, dá vontade de voltar, antes mesmo de partir.
Ainda bem que você existe e com você a sua amizade, os teus sonhos, desejos, vontades, saudades, sorrisos e tantas outras coisas. Se você não existisse, precisaria ser inventada.
Muitas pessoas acabam acreditando, sem darem conta disso, que os relacionamentos se mantém no piloto automático, ao esquecerem de uma palavrinha mágica capaz de manter a convivência: a reciprocidade.
Nós deveríamos economizar a frase "eu te amo", sem repeti-la quando não fosse preciso. Parece absurdo, mas quando realmente precisamos, ela nos faz falta: quando as coisas vão mal, quando nos desentendemos, quando estamos fragilizados. Se economizássemos, teriam muitos "eu te amo", para dizer quando o outro realmente precisasse ouvir.
Ela pode representar um desarranjo, um descompasso ou uma bagunça. Pode chegar sem avisar e partir de uma hora para outra, e retornar, novamente, como se fosse a primeira vez. Mas trará sempre a leveza nos gestos, a suavidade na voz e a força de vontade para realizar todos os próprios sonhos.
A beleza gera a atração, a atitude nutre o amor
É a beleza que atrai e chama a atenção, mas ela não sustenta a relação.
Se somos atraídos pelos olhos, através da aparência física e até de um sorriso, não é isso que nos toca a alma e o coração, não é isso que mantém o relacionamento.
O que mantém o sentimento são as atitudes, são elas que nutrem o que sentimos.
Nós nos apaixonamos pelo convívio, por quem enxerga além da aparência, por quem tem prazer em compartilhar, somar e estar por perto.
Maior que a atração física é o sentimento de amizade e cumplicidade que se demonstram com afeto, ternura e carinho.
Emoções e realidade
Com alguma conversa e um pouco de sorte, um homem conquista uma mulher e descobre seu corpo.
Mas se ilude, se pensar que a conhece intimamente, porque conhecer-lhe o corpo, não é invadir sua alma, nem as suas emoções.
Para conhecê-la é preciso muito mais que desejo ou paixão, é necessário compartilhar sentimentos e emoções, é preciso ouvir, respeitar e abraçar com tanta força que espante os receios e os medos.
Conhecer é ouvir mais que falar, abraçar mais que possuir, sentir e retribuir emoções.
Nossas emoções se transformam em ações, por isso temos que afastar nossos medos, desconfianças, inseguranças e conflitos.
Todos somos vulneráveis e temos que aprender a confiar, para nos entregarmos sem temer um fracasso, para não transformar essa emoção negativa em realidade. O mesmo vale para qualquer bagagem de outros relacionamentos.
Somos todos frutos das nossas próprias inquietudes e sequer sabemos onde elas desaguam. Somos almas desgarradas, como meteoros fora de órbita que, em algum momento, poderiam ter se chocado e se tornado um só.
Não há desafio maior que enfrentar uma mulher triste, nem haverá prazer maior que contemplá-la, quando satisfeita.
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