Te Curto de Montao
O Peso da Pele
Carrego na pele o peso de um tempo,
Onde ser negro é fardo, dor e lamento.
Na sombra do racismo, sigo o meu trilho,
Enquanto os olhos julgam o meu brilho.
Viver em um mundo que me nega o direito,
Como se a cor fosse crime ou defeito,
Eles não entendem, ou fingem não ver,
Que o meu sangue é igual, que eu também sei viver.
Eu não quero migalhas, nem falsa igualdade,
Quero o que é meu, de fato, em verdade.
Direitos de andar, de sonhar, de existir,
Sem que a cor me impeça de simplesmente sorrir.
Ser negro é lutar todo dia, em cada olhar,
Em cada esquina, onde tentam me calar.
Mas minha voz ecoa, firme e altiva,
Porque sou história, sou força, sou vida.
E um dia, quem sabe, hão de entender,
Que o direito é de todos, basta querer.
Não sou menos, não sou mais, sou parte inteira,
Sou filho da Terra, a luta é verdadeira.
Com um gesto fulgurante o Arcanjo Gabriel
Abre de par em par o pórtico do poente
Sobre New York. A gigantesca espada de ouro
A faiscar simetria, ei-lo que monta guarda
A Heavens, Incorporations. Do crepúsculo
Baixam serenamente as pontes levadiças
De U.S.A. Sun até a ilha da Manhattan.
Agora é tudo anúncio, irradiação, promessa
Da Divina Presença. No imo da matéria
Os átomos aquietam-se e cria-se o vazio
Em cada coração de bicho, coisa e gente.
E o silêncio se deixa assim, profundamente...
Mas súbito sobe do abismo um som crestado
De saxofone, e logo a atroz polifonia
De cordas e metais, síncopas, arreganhos
De jazz negro, vindos de Fifty Second Street.
New York acorda para a noite. Oito milhões
De solitários se dissolvem pelas ruas
Sem manhã. New York entrega-se.
Do páramo Balizas celestiais põem-se a brotar, vibrantes
À frente da parada, enquanto anjos em nylon
As asas de alumínio, as coxas palpitantes
Fluem langues da Grande Porta diamantina.
Cai o câmbio da tarde. O Sublime Arquiteto
Satisfeito, do céu admira sua obra.
A maquete genial reflete em cada vidro
O olho meigo de Deus a dardejar ternuras.
Como é bela New York!
Aço e concreto armado
A erguer sempre mais alto eternas estruturas!
Deus sorri complacente. New York é muito bela!
Apesar do East Side, e da mancha amarela
De China Town, e da mancha escura do Harlem
New York é muito bela! As primeiras estrelas Afinam na amplidão cantilenas singelas...
Mas Deus, que mudou muito, desde que enriqueceu
Liga a chave que acende a Broadway e apaga o céu
Pois às constelações que no espaço esparziu
Prefere hoje os ersätze sobre La Guardia Field
Vinícius de Moraes
Crepúsculo em New York
Rio de Janeiro , 1954
Enquanto os homens, de forma desinteressada e quase que mecânica, questionam-se sobre o que querem as mulheres, seguido pela constatação de essa ser uma pergunta sem resposta, ao lado de outros já conhecidos questionamentos de semelhante fim (qual o sentido da vida?), elas, por sua vez, parecem já saber exatamente o que os homens querem, e se encontram entediadas pela falta de mistério e de olhares. Não o mistério de um conto infantil, mas o de um simples e confiante "não saber" que permeia a imaginação, porque lá o universo feminino acontece, um não saber que te arrasta pela mão e te coloca na garupa sem dizer pra onde vai. Não de um olhar limitado, previsível, aprisionante, mas de um olhar quase neutro, de caçador. Que não capture apenas imagens estáticas (ela é assim, ela é assado), mas que reinvente a cada novo foco. Fixo e vazio, Onde é possível sentir-se dentro. Onde seja possível, até mesmo, viver.
Existe uma escada que te leva ao próximo degrau. E em degrau a degrau, você precisa olhar para as conquistas que foram realizadas, para que no dia da angústia, a lembrança dos teus sonhos concretizados sejam a sua força!
Pressa es inimiga da perfeição, a espera es inimiga da razão, mas a prudencia não tarda em ser sabia e proxima a agir com meditação
A solidão é um velho relógio parado
Que esta certo duas vezes no dia
Mas, um segundo depois torna-se errado de novo
Então procuramos um relógio que não esteja quebrado
Muito mais útil a todas as vítimas do tempo
Não existe dor, sofrimento ou mal que não tragam ensinamento; não há problema que não tenha a resposta certa da vida, meu filho. João de Aruanda.
"Em tudo na vida, geralmente, o princípio é mais fácil. Difícil é superar os últimos obstáculos. Persevere, a fim de não desperdiçar a energia já empregada."
As lagrimas que rolam no meu rosto
Não será, mas de desgosto,
E que por acaso rolaram
Até alcançar o chão
Hoje rolam por ter encontrado teu coração.
Sou peão, sou matuto.
Conheço o sertão
Trabalho, estudo
Sou empresário do meu próprio pão
Pensar em ir as grandes metrópoles
Isso não,
Moro na roça sou o meu patrão.
Não sou mandado porque conheço
Conheço o meu pedaço de chão
Na cidade não,
vou ser empregado, vou ter um patrão.
as lágrimas não vertidas foram abafadas pela alegria de viver, pelo amor semeado, pelos bons rastros estrada afora, com certeza, mais fortes. Os espinhos, servem para afastar a mão do "bobo" das rosas mais lindas, assim, somente as abelhas e o beija-flor poderão roubar o seu nectar!
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