Te Curto de Montao
E X I S T Ê N C I A
Sem a música a vida seria chata, em preto e branco, um erro.
Seria como viver sem um bom SAMBA que nasce da tristeza para transmitir alegria. Seria como viver sem a BOSSA que é recebida no Japão feito uma oração.
Seria como viver sem o grito de liberdade e a adrenalina do ROCK.
Seria como viver sem a variedade melódica e o swing do JAZZ.
Seria como viver sem o sentir a alma da música CLÁSSICA.
Seria como viver sem a MPB que nos retrata.
Seria como viver sem o nó da garganta do BLUES.
Seria como viver sem o grito dos excluídos do RAP.
Aprendo não só com livros, mas também com discos.
A música é minha companheira permanente, sem ela não vivo apenas sobrevivo.
O repertório vem com o tempo.
C O N F I N A M E N T O
Os dias se repetem, feitiço do tempo.
A face refletida no espelho, como um filme em pausa.
Entre a inocência da infância e a sabedoria da velhice, procuro respostas.
Pelo olhar do observador, na audição de outras gramáticas, meu exercício solitário.
Várias trilhas sobre um mesmo tema, sem a opinião prévia do que me contraria.
Metamorfose de atitudes, a certeza da dúvida.
Duvidar sobre tudo que me disseram, excluir o absurdo, baú de contradições e imperfeições.
Convenções e convicções ficaram no passado.
O alvorecer de um tempo que ainda não começou.
S A L T I M B A N C O
Ainda na fila, vem-me a reflexão.
Pagar o ingresso para ter diversão?
Entre empurrões e palavrões procuro um bom lugar.
Respeitável público, o espetáculo já vai começar!
As cortinas se abrem, música alta, luzes estroboscópicas que me cegam por um instante.
De repente, sou puxado pelo braço, escolhido ao acaso, começo a fazer parte do show.
Trapezista que se lança sem rede de segurança.
Equilibrista sobre uma linha tênue entre o fracasso e o sucesso.
Malabarista de boletos, mágico fazendo aparecer o pão de cada dia.
Habitante do globo da morte e, literalmente, fazendo o papel do palhaço.
C A M I N H A D A
Temos duas datas garantidas. O que fazer entre elas?
Qual o melhor caminho? Qual a melhor escolha?
Alguns acreditam em destino; outros na ação e reação.
Alguns acreditam na criação de Deus; outros na evolução.
Durante a jornada sonhos, sangue e suor.
Quedas, recomeço, vitórias e derrotas (aprendendo a jogar).
Envelheço a cada janeiro.
Eu e meu vocabulário limitado seguimos em frente.
Só por hoje, um dia de cada vez.
Vejo o mundo diferente após a terceira dose.
Meus olhos vertem água feito dia de chuva calma.
Muitos planos, mas na realidade me falta o real.
Em que momento sonhos se transformam em insônia?
Seria bem mais fácil aceitar que somos simplesmente humanos.
Seres que são tomados pelos piores e melhores sentimentos.
H Á T E M P O S
Tenho saudade daquele tempo em que tudo era possível.
Daquele tempo, sabe? De quando você é criança e sua única preocupação é a semana de prova.
Daquele tempo em que você pode ser um astronauta.
Bola, bicicleta, pipa, toda ingenuidade que nos acompanha.
Depois tudo muda: a paixão pela menina mais linda (para você) que nem te olha.
A sensação de ser um super homem (herói) e que nada de mal pode te acontecer.
Como continuamos ingênuos mesmo com outra capa.
O pior é desejar que esse tempo voe.
O final da história já sabemos?
Tudo depende de você.
V A N G U A R D A
Verdade construída sem alicerce, sobre solo arenoso, não se sustenta.
Quando a cabeça não está boa, o corpo não aguenta.
Aprendi com a dor, que quando não mata fortalece.
Assim descobri ser mais forte do que pensava.
Abri a janela e deixei o vento entrar, o sol iluminar.
Em minhas mãos rosas da cor do líquido que circula no interior do meu corpo.
Anunciar a boa nova é fazer brotar o amor.
A solução existe, está dentro de nós.
Meu coração é esperança.
Você é agente da revolução.
L A R A
Um sorriso teu e a vida faz sentido.
Através de seu olhar enxergo o mundo.
Juntos voamos, sorrimos e choramos.
As águas de março trouxeram meu maior presente.
Adorável borboleta que sobrevoa o arco íris.
Raio de sol que ilumina meu caminho.
Peixe no interior do Aquário.
Só copas no meu baralho.
Anime e pipoca, arranhão de felino.
Novos sabores, sigo meu destino.
Um mundo sem Beatles seria infinitamente pior.
Obrigado por me tornar um ser humano melhor.
O N - L I N E
Avassaladora, apareceu de repente.
Confesso não sabia o que fazer.
Mergulhei em um universo desconhecido.
Gladiador sem rede, espada, escudo, exposto ao perigo.
Frente a parede, minha real companhia.
Monólogo diário, exército de um homem só.
Letras e figurinhas povoam a tela.
Não falta dedicação, falta educação.
Câmeras “off”, microfones silenciosos.
Perguntas sem resposta.
Falta total de conexão.
Quanto descaso com a nobre profissão.
EAD de dar dó.
Minguados elogios, abundância de críticas.
Humilhados até por quem tinha que nos representar.
Temos o que comemorar?
R E L I C Á R I O
Ontem eu arrumei o armário.
Ontem eu revirei todo o relicário.
Recordações do nosso amor.
Você estava tão linda.
Ontem foi dia de saudade.
Ontem eu reencontrei a felicidade.
Recordações do nosso amor.
Você presente em todas as minhas canções.
Ontem eu resolvi voltar.
Ontem eu tive certeza de qual o meu lugar.
Recordações que me levam até você.
Você presente em todas as canções.
Eu decidi que vou voltar pro meu lugar.
L I N H A D E F R E N T E
De repente, nasce a tristeza.
Bocas que caladas seriam poéticas, fazem brotar dizeres imbecis.
De repente, nasce o pranto.
Recluso, longe dos meus, regido apenas pela fé.
De repente, nasce a ira.
Doutores em falta de conhecimento propagam sua insanidade.
De repente, não mais que de repente, o momento da escolha.
Qual será o veredito?
De repente, nasce a dor.
Na trincheira, rodeado pelo fogo inimigo vindo de todas as direções.
De repente chego ao limite.
Boxeador preso entre as cordas, a segundos do nocaute.
N Á U F R A G O
Sem você tudo é deserto.
Tudo escuro, tudo incerto.
Qual o sentido? O antídoto.
Como curar essa dor?
Meu corpo cobra atitude.
Minha consciência pede ação.
Náufrago fazendo sinal de fumaça.
Solidão é mar e o tempo infinito.
V O G A L
A frágil busca do eterno.
O nascimento, começo do fim.
A lenta decomposição do corpo físico.
E quando te custa a paz, é caro demais.
O silêncio de uma tarde de domingo.
A leveza dos acordes de jazz.
A saudade, soma de momentos felizes.
E os dias passam lentos.
Eu vendo minha força de trabalho.
Apenas uma carta do baralho.
Eu camuflado a troco dos proventos.
Apnéia de sentimentos.
L I B E R T A S
Hoje vivo acompanhado de meus pensamentos.
Estes sobrevoam quintais sem algemas, açoites, angústias e tormentos.
Quase meio século em busca de conhecimentos.
E o que sei? Quase nada.
Calouro do curso em que nós formamos na linha de chegada.
Me equilibro entre escolhas e consequências.
Nada é um acaso e sim uma necessária experiência.
No entanto, não há liberdade onde não existe lei.
Que se faça valer nossa carta magna, 5° artigo, inciso IX, que é direito nosso até onde sei.
Em meus sonhos te cultivo, e lutarei sempre para que todos desfrutem dessa opção.
Não só na impressão, mas verdadeiramente na ação.
Que o poema mostre que sim, se pode!
Que só não há remédio para a morte.
“Responsável pelo que sou, minha sentença é ser livre”.
SÓ POR HOJE
Embriaguei-me de razão, empanturrei-me de paz.
Só com a certeza de receber um tanto faz.
Parti para o embate com a força que desconhecia me acompanhar.
Com os olhos vestidos d’água e o nó na garganta prestes a sufocar.
Mudam-se as regras durante o jogo, um tabuleiro com cenário surreal.
Sistema sem lei, é só “la prata” que comanda nossa vida atual.
As fronteiras desapareceram, a terra é meu quintal.
É por tudo que amo que vou até o final.
A luta é árdua, as vezes desanima.
Meu coração dita o ritmo pelo futuro da minha menina.
Está tudo tão claro, mas consigo entender quem se esconde.
Meus pés mantém a marcha, preciso de companheiros no front.
As canções me inspiram, as orações me fortalecem.
O mantra que veio da esquina, sonhos não envelhecem.
As forças se equilibram, cada um tem sua missão.
Não se esqueça que a rosa tem no espinho sua proteção.
DANÇAS DO VENTRE E OUTRAS EXCITAÇÕES
Era na noite avançada
Dos nossos tempos idos.
Aplicavas os teus fluídos
Nos requebros do teu ventre,
Em danças que a gente sente
Acordar libidos adormecidos.
Em lascívias
Óbvias
Do teu tronco,
Em sinais de púbis molhados
Nos negros caracóis
Fantasiados
Nos brancos lençóis,
Que depois da dança tua
De ventre
E de frente,
Fazíamos amor
Cansado
Mas sempre apetecido
Quando regurgitavam
Orgasmos,
Em espasmos
De loucura e dor.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 08-04-2023)
"Tudo bem ser eu quem fica "
Naqueles resquícios de tempo
Entre as entrelinhas do seu olhar
No banho demorado na madrugada
No choro incontrolável da dor
Nas tantas vezes que eu pedi
Pode se chamar de covarde
Alguém que não vai embora
Ou de coragem alguém que diz adeus
De toda forma quem fica está mais só
Do que quem partiu
Negligente irresponsável
Não , talvez não
Quem vai só tá buscando vida
Porque ali , não mais a tem .
"Se você quer ser um grande profissional, lembre-se a faculdade contribui com apenas 25% e 75% depende de você. Estude, se interessa, pesquisa, interaja, converse com amigos, acompanhe a evolução da profissão, seja moderno, humilde, respeite os profissionais mais experientes e finalmente será um vitorioso, sem no entanto tornar-se soberbo"
Seja homem, mas tenha alma de anjo
Com os pés sobre o território da realidade
E as asas sobre os ares da fantasia, que tudo nessa vida, meu bem, é uma grande ilusão.
"Todos nós precisamos ter um pouco de economista ou contador ou ambos, para controlar as nossas finanças, sendo ela muito ou pouca, com objetivo de fugir do SPC-SERASA, ou de ser roubado se rico. Muitas vezes somos preguiçosos e temos medo de levar um susto, porém é necessário. Mude o seu escopo"
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