Te Amo Filho

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Devoção

Este meu sentir tão distante
Que sequer atenção deseja
Te admira a cada instante
E teu amor já não almeja
É sentir de abnegado apreço
Que jamais se envaidece
Não se esgota ou esquece
Quanto mais te enalteço
É meu pecado e redenção
Minha dor e meu prazer
Meu castigo e remissão
Da poesia a inspiração
Um eterno amanhecer
Impetuosa devoção

Inserida por PoetaCarmo

Desejo

Desejo
Tocar sua pele pálida
Sentir o teu corpo cálido
Deitado sob o chão gélido
Misturar-me em tua química
Beijar tua boca trêmula
Desafiar a tua física
Numa amálgama
de amor clássico com paixão cênica
Em cada partícula de teu ser
E a ti unir-me em eterno vínculo.

Inserida por PoetaCarmo

Borboletas no estômago

Te construí com cada pedaço de emoção
Juntei as flores que jamais entreguei
As cartas que nunca enviei
As declarações que deixei de pronunciar
A prazerosa expectativa do encontro
As borboletas no estômago
A esperança do sentimento correspondido
Concepção de sua essência
Contemplei o seu alvor
Celebrei sua existência
Imanência, oh louvor
Encanto que sublima
Envolve e fascina
Obra prima do artista amor

Inserida por PoetaCarmo

Você

És indefectível
Te conquistar
Impossível

Inserida por PoetaCarmo

Revelação II

A poesia ao poeta consome
Não some até causar
A permanente fome
De amar

Inserida por PoetaCarmo

A morte do poeta

A vida do poeta só tende a terminar
Se por descuido e apesar de tudo,
Ele deixe de amar.

Inserida por PoetaCarmo

Palavras

As palavras
São insuficientes
Deficientes
Ausentes
Para expressarem
Realmente
Efetivamente
O amor
Que se sente
Em nossa mente
Vocábulos
Somente
De uma flor
A semente
Eternamente
intermitente

Inserida por PoetaCarmo

Sonho

Sonhei, veja que dissabor
Que você realmente era
O meu grande amor

Inserida por PoetaCarmo

Teu sorriso

Esquecer do teu sorriso?
Desculpe, não consigo
Pois é o que eu mais preciso.

Inserida por PoetaCarmo

Por teus olhos

Por teus olhos
Colorido de um verde esmeralda
Vejo um outro mundo
Com o qual fascina minh’alma
E como enlevo profundo
Este coração trôpego, entorpecido
Tantas vezes esquecido
Estremece
De fato sem perceber
Prevalece
E outra vez procuro
Encontrar
Em teu olhar
Um motivo, uma razão
Porque meu coração
Escolheu te amar

Inserida por PoetaCarmo

⁠[coração na mão]


Ter o coração na mão foi a forma que inventei para me esvaziar e deixar espaço para o novo. Não sei você, mas há um mar dentro de mim. Meu coração se afoga às vezes. Isso me deixa sem ar, aperta o peito, e os olhos não mentem: gotas de mar saem por lá.


Virei uma espécie de Salva Vidas. Salvo meu coração do meu próprio mar — desafiador, já que tenho medo de água.


Me desafiar a mergulhar dentro de mim mesma para salvá-lo é uma das coisas mais difíceis que precisei aprender a lidar. Porque o mergulho é muito profundo e sem equipamentos. Ou seja: segurança zero!


Pode parecer engraçado, mas salvar meu coração me ensinou algumas coisas:


Ele é um cara legal, eu vi ele e conversei. Mas, não é idiota como eu pensei que fosse. Ele me faz rir, fala muitas vezes nada com nada — acho que foi a falta de ar — só que ironicamente, no fundo, ele é um cara muito sério. Achei cafona, confesso.


No meio dos nossos papos, ele me pediu para continuar sendo salvo. Disse que tirar ele do meio do meu mar o ajuda a enxergar aqueles que ele permitiu amar. Disse ainda que ele me mostraria cada cômodo que construiu para cada um que ele escolheu deixar ficar. Falou até que há um livro guardado em um criado mudo velho, com as fotos de todos que já passaram por sua casa. Consideração? Quiçá.


Em um determinado momento ele me olhou nos olhos, ficou sério, fiquei até sem jeito, e disse:


— Algumas vezes você vai olhar aquele balanço da praça do bairro, e vai achar que o ir e vir é amor. Querida, entenda: ficar é o começo, mas só permanecendo para um dia ser amor.


Não confunda jamais aquele seu jogo de tabuleiro cheio de desafios e truques, com amor. Querida, entenda: no amor não há joguinhos e silêncio. No amor você faz barulho.


Muitas pessoas vão aparecer; o amor fica ausente as vezes e tudo bem. Tudo ao seu tempo. Aquela coisa envolvendo o acaso, universo, força estranha, acontece. Não é só conteúdo de livro espiritualista. Portanto, não se deixe inundar pela falta. Só me permito ao afogamento pela presença.


Querida, entenda: o amor não morre, ele só vai para outro coração.

Inserida por julianalencar

SONETO

O quanto perco em luz conquisto em sombra.
E é de recusa ao sol que me sustento.
Às estrelas, prefiro o que se esconde
Nos crepúsculos graves dos conventos.

Humildemente envolvo-me na sombra
que veste, à noite, os cegos monumentos
isolados nas praças esquecidas
e vazios de luz e movimento.

Não sei se entendes: em teus olhos nasce
a noite côncava e profunda, enquanto
clara manhã revive em tua face.

Daí amar teus olhos mais que o corpo
com esse escuro e amargo desespero
com que haverei de amar depois de morto.

Para Fazer um Soneto


Tome um pouco de azul, se a tarde é clara,
e espere um instante ocasional
neste curto intervalo Deus prepara
e lhe oferta a palavra inicial
Ai, adote uma atitude avara
se você preferir a cor local
não use mais que o sol da sua cara
e um pedaço de fundo de quintal

Se não procure o cinza e esta vagueza
das lembranças da infância, e não se apresse
antes, deixe levá-lo a correnteza

Mas ao chegar ao ponto em que se tece
dentro da escuridão a vã certeza
ponha tudo de lado e então comece.

Dentre tantas derrotas, você foi a qual eu mais sofri. Pois a perdi, sem ao menos lutar, sem ao menos tentar, e tudo simplesmente por não crer, não acreditar, te merecer.

O valor da vida de alguém é determinado por quanto amor se dá, não quanto amor é recebido.

AS FACES DO AMOR

O Dever sem AMOR AVALIATIVO te faz mal humorado...
A Responsabilidade sem AMOR LÚCIDO te faz imprudente...
A Ciência se AMOR RERFLETIDO te faz arrogante...
A Gentileza sem AMOR OBJETIVO te faz hipócrita...
A Honra sem AMOR PONDERADO te faz cruel...
A Justiça sem AMOR REALISTA te faz duro...
A Ordem sem AMOR SIMPLES te faz complicado...
A Riqueza sem AMOR JUSTO te faz avarento...
A Fé sem AMOR INTERROGANTE te faz fanático...
A Vida sem AMOR AUTÊNTICO é vazia e sem sentido...
Mas a vida vivida em AMOR A DEUS é permanente fonte de harmonia,
Criatividade, Paz Alegria e Felicidade...

RONDÓ DE MULHER SÓ

Estou só, quer dizer, tenho ódio ao amor que terei pelo desconhecido que está a caminho, um homem cujo rosto e cuja voz desconheço.

Sempre estive duramente acorrentada a essa fatalidade, amor. Muito antes que o homem surja em nossa vida, sentimos fisicamente que somos servas de uma doação infinita de corpo e alma.

O homem é apenas o copo que recebe o nosso veneno, o nosso conteúdo de amor. Não é por isso que o homem me atemoriza, quando aqui estou outra vez, só, em meu quarto: o que me arrepia de temor é este amor invisível e brutal como um príncipe.

Quando se fala em mulher livre, estremeço. Livre como o bêbado que repete o mesmo caminho de sua fulgurante agonia.

A uma mulher não se pergunta: que farás agora da tua liberdade? A nossa interrogação é uma só e muito mais perturbadora: que farei agora do meu amor? Que farei deste amor informe como a nuvem e pesado como a pedra? Que farei deste amor que me esvazia e vai remoendo a cor e o sentido das coisas como um ácido? É terrível o horror de amar sem amor como as feras enjauladas.

É quando o homem desaparece de minha vida que sinto a selvageria do amor feminino. Somos todas selvagens: são inúteis as fantasias que vestimos para o grande baile. Selvagem era a romana que ficava em casa e tecia; selvagens eram as mulheres do harém, as mais depravadas e as mais pudicas; selvagem, furiosamente selvagem, foi a mulher na sombra da Idade Média, na sua mordaça de castidade; mesmo as santas - e Santa Teresa de Ávila foi a mais feminina de todas - fizeram da pureza e do amor divino um ato de ferocidade, como a pantera que salta inocente sobre a gazela. E selvagem sou eu sob a aparência sadia do biquíni, olhando a mecânica erótica de olhos abertos, instruída e elucidada. Pois não é na voluntariedade do sexo que está a selvageria da mulher, mas em nosso amor profundo e incontrolável como loucura. O sexo é simples: é a certeza de que existe um ponto de partida. Mas o amor é complicado: a incerteza sobre um ponto de chegada.

Aqui estou, só no meu quarto, sem amor, como um espelho que aguarda o retorno da imagem humana. O resto em torno é incompreensível. O homem sem rosto, sem voz, sem pensamento, está a caminho. Estou colocada nesse caminho como uma armadilha infalível. Só que a presa não é ele - o homem que se aproxima - mas sou eu mesma, o meu amor, a minha alma. Sou eu mesma, a mulher, a vítima das minhas armadilhas. Sou sempre eu mesma que me aprisiono quando me faço a mulher que espera um homem, o homem. Caímos sempre em nossas armadilhas. Até as prostitutas falham nos seus propósitos, incapazes de impedir que o comércio se deixe corromper pelo amor. Quantas mulheres traçaram seus esquemas com fria e bela isenção e acabaram penando de amor pelo velhote que esperavam depenar. Somos irremediavelmente líquidas e tomamos as formas das vasilhas que nos contêm. O pior agora é que o vaso está a caminho e não sei se é taça de cristal, cântaro clássico, xícara singela, canecão de cerveja. Qualquer que seja a sua forma, depois de algum tempo serei derramada no chão. Os vasos têm muitas formas e andam todos eles à procura de uma bebida lendária.

Li num autor (um pouco menos idiota do que os outros, quando falam sobre nós) que o drama da mulher é ter de adaptar-se às teorias que os homens criam sobre ela. Certo. Quando a mulher neurótica por todos os poros acaba no divã do analista, aconteceu simplesmente o seguinte: ela se perdeu e não soube como ser diante do homem; a figura que deveria ter assumido se fez imprecisa.

Para esse escritor, desde que existem homens no mundo, há inúmeras teorias masculinas sobre a mulher ideal. Certo. A matrona foi inventada de acordo com as idéias de propriedade dos romanos. Como a mulher de César deve estar acima de qualquer suspeita, muito docilmente a mulher de César passou a comportar-se acima de qualquer suspeita. Os Dantes queriam Beatrizes castas e intocáveis, e as Beatrizes castas e intocáveis surgiram em horda. A Renascença descobriu a mulher culta, e as renascentistas moderninhas meteram a cara nos irrespiráveis alfarrábios. O romancista do século passado inventou a mulherzinha infantil, e a mulherzinha infantil veio logo pipilando.

O tipos vão sendo criados indefinidamente. Médicos produzem enfermeiras eficientes e incisivas como instrumentos. Homens de negócios produzem secretárias capazes e discretas. As prostitutas correspondem ao padrão secreto de muitos homens. Assim somos. Indiquem-nos o modelo, que o seguiremos à risca. Querem uma esposa amantíssima - seremos a esposa amantíssima. Se a moda é mulher sexy, por que não serei a mulher sexy? Cada uma de nós pode satisfazer qualquer especificação do mercado masculino.

Seremos umas bobocas? Não. Os homens são uns bobocas. O homem é que insiste em ver em cada uma de nós - não a mulher, a mulher em estado puro ou selvagem, um ser humano do sexo feminino - o diabo, a vagabunda, a lasciva, o anjo, a companheira, a simpática, a inteligente, o busto, o sexo, a perna, a esportista... Por que exige de nós todos os papéis, menos o papel de mulher? Por que não descobre, depois de tanto tempo, que somos simplesmente seres humanos carregados de eletricidade feminina?

Chama e fumo

Amor - chama, e, depois, fumaça...
Medita no que vais fazer:
O fumo vem, a chama passa...

Gozo cruel, ventura escassa,
Dono do meu e do teu ser,
Amor - chama, e, depois, fumaça...

Tanto ele queima! e, por desgraça,
Queimado o que melhor houver,
O fumo vem, a chama passa...

Paixão puríssima ou devassa,
Triste ou feliz, pena ou prazer,
Amor - chama, e, depois, fumaça...

A cada par que a aurora enlaça,
Como é pungente o entardecer!
O fumo vem, a chama passa...

Antes, todo ele é gosto e graça.
Amor, fogueira linda a arder!
Amor - chama, e, depois, fumaça...

Portanto, mal se satisfaça
(Como te poderei dizer?...)
O fumo vem, a chama passa...

A chama queima. O fumo embaça.
Tão triste que é! Mas...tem de ser...
Amor?...- chama, e, depois, fumaça:
O fumo vem, a chama passa.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. Bandeira de bolso: uma Antologia Poética, Porto Alegre, RS: L&PM, 2012

O QUE SINTO POR VOCÊ

Nosso amor é um sentimento
Sincero, no coração;
São dois olhares acesos
Bem juntos, unidos, presos
Numa mágica atração.

São dois galhos
Bem longe às vezes nascidos,
Mas que se juntam crescidos
E que se abraçam por fim.

São duas almas bem gêmeas
Que riem no mesmo riso,
Que choram nos mesmos ais;

São nossas vozes de amantes,
Duas liras semelhantes,
Ou dois poemas iguais.

Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.
1Jo 4:16b

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