Sou Igual a minha Irma
Deixo tudo assim,
escolhi ser o que sou.
Aceitar as condições,
pra mostrar pra você
que fiz o possível.
Mas fui levando.
E levando levei,
tristeza nas mãos.
Joguei no rosto
a água que ainda tinha.
Levantei a cabeça,
amanhã é outro dia.
Pensei.
Assim tentei viver.
Comigo e sem você.
Cortando o vento
por que um dia amei.
Deixa eu ver os olhos
daqueles que não querem
mostrar que já choraram
por não amar primeiro.
Deixo tudo pra última hora. Sou dessas que corta o fio quando falta 1 segundo. E geralmente é o errado.
Eu sou o tempo... As coisas acontecem na cronologia do desejo de Deus. São rápidas...Avançam, demoradas...retrocedem, pausam.
Pra lá no mundo do meu tempo...eu não carrego carteira nem roupas apertadas. O meu cabelo é sempre liso e a minha pele tem a cor de três verões. Sou mais do BEM que você imagina e isso nem importa de fato. O que me fascina é que lá eu carrego em mim tudo que este mundo em que vivo me furta.
Escrevo simples...
Escrevo como sou
Escrevo por momentos, como estou, como sinto
E quando as palavras se escondem, eu procuro-as no meu sonho
Escrevo...
Simples, apenas simples...
Sou tão frágil, tão pequena. E por mais que eu pareça forte, tem horas que somente um sopro é capaz de me derrubar.
Sou humano tenho o direito de errar, mas se você é perfeito e tem o poder de mim julgar, não mim julgue pelos meus erros porque tenho qualidades.
INCÓNITO
Não sei mais quem sou
Ou quanto de mim existe...
Tantas vezes mudei
Tantas vezes piorei
No tempo em que
Minhas penas se largavam.
Quem tem saudades
Vive no passado
Pisa com pés de gigante
O instigante andamento
De quem quer chegar.
Quantas vezes aportei
Às margens de qualquer rio
Tantas vezes me larguei
Em cursos que eu não sabia.
Quantos amores tive
Com a necessidade de amar profundo
Ou com a destreza de fincar-me fecundo
Ou nem amar, por vezes passei
Solitárias noites de inverno
Sem quem me cobrisse.
Quantas vezes no verão
Dormi sufocado
Por um amor que me agasalhava
De um cobertor pequeno
Que não me chegava aos pés.
Quantas vezes fui criança
Nas voltas do meu coração
E quantas vezes pisei com desequilíbrio
A posição do homem astuto
E assim fiquei chorando e cantando
Indo e voltando
Partindo e não saindo do meu lugar.
Por vezes não sei por onde fui
Na companhia medrosa do menino
E nas condições do adulto.
SAGRADO AMOR
Sou um dos que justifica o que não vale
O precipício que anda sob meus pés.
Quero, às vezes, chamar pelo meu nome
Mas eu ainda não aprendi nem decorei
Por isto resiguinei-me à mutilação
Dos meus valores, abaixo da importância
Que uma vida vale.
Não sei se vivo ou morto eu chego lá
Ao abraço do Sôfrego da cruz
E acreditar nisto, que tem o significado
De tudo, o santíssimo, Cristo.
