Soneto da Mulher Perfeita

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SONETO Nº3 - CASAS, CASOS E CASADOS

⁠tanta casa sem gente
e tanta gente sem casa
tanta gente se casa
e tanta gente descasa

descasa por puro descaso
casa só pra ter casa

há quem crie asa mesmo depois que casa
e quem depois de casado se encasa
casos que parecem ser de caso pensado
e acasos que de caso em caso já é casado

gente que se junta pra evitar pergunta
gente que desculpa pra esconder a própria culpa
gente que se ama mas não casa
e gente que só pra esquentar a cama se casa

tem ainda quem depois que casa tem um caso
e quem prefere o acaso a casar
mas o caso não está no casar em si
e tampouco no "se casar"

casar por casaré como sair de casa
só pra não se atrasar
ouevitar o azar
pois há casa em demasia
mas pouca casa há um lar

⁠SONETO PRA MANUELA ...

Quando a primeira vez revelaste pra vida
Do afeto acordaste, em devoção inteira
De dentro do sonho, do desejo foi parida
Desabrochando o amor da filha primeira

Com olhos rasos d’água, ovação, querida
Em anunciação, uma emoção verdadeira
És tu, menina, mimo, uma infinda torcida
Ao bem e a ventura, a felicidade te beira

E no zelo, por onde a ternura aí passar
Tão velada, ó pitéu pequenina, estrela
És “Manu”, um agrado que veio causar

Foi, assim, que se fez a surpresa bela
De simpatia, tua alegria, sorriso no ar
Feliz Novo Ano, viva, menina Manuela! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/02/2021, 06’48” – Triângulo Mineiro
*Um ano da minha sobrinha neta Manuela Naves Abraham

⁠SONETO DE AMOR

A prosa traz meu encanto, meu amor
Assim que ela versa o versar enamora
Sussurra, delira, e se esquece da hora
E a quem lê a sensação sente o sabor

Quando sai da imaginação, a compor
A ilusão é enlevada, poética, embora
A rima ao poeta seja caixa de pandora
Ah emoção... ajudai-me a dar-lhe flor

Ternura, uma ávida trova de um amar
Que nasce da sede e brota a embalar
Cada sentimento que o afeto conhece

O que ao arrebatado assim lhe parece
Aquece, e puxa a emoção pra poetizar
Pois, é a paixão no soneto a se revelar

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 outubro, 2021, 18’32” – Araguari, MG

Soneto

Feliz Aniversário

Por suas virtudes e criatividade,
pela maneira íntegra de ser
eu agradeço a sua amizade,
todo o carinho sempre a receber.


E nesta data uma nova idade
com outro tempo a desenvolver,
os seus talentos na realidade
são um presente da vida a trazer.

Que aconteça a justa recompensa
contendo tudo o que tanto deseja,
em cada ato tenha brilho e vença.

Neste momento de tanta alegria,
abençoado por Deus ele seja!
Parabéns! Outra chance em novo dia!


Um grande abraço

SONETO EM "I"
SENHOR MUITAS PEDRAS COLOCASTE EM MEU CAMINHO
ALGUMAS DRIBLEI, EM OUTRAS TROPECEI
MUITAS VEZES CAI E SEMPRE LEVANTEI
ME ARRANHEI ME MACHUQUEI CANSEI
MAS DESISTIR NUNCA DESISTI
SEMPRE DE ESPERANÇAS ME RENOVEI
ATÉ QUE EM UM BELO DIA TE ENCONTREI
VOLTEI A SORRIR E EM ORAÇÃO AGRADECI

Soneto da desilusão

A vida é o lento abrir da desilusão,
cada saber revela o espinho oculto;
a mente cresce, e com ela a aflição,
pois o véu cai, deixando só o vulto.

Não é que o tempo tenha se tornado
mais áspero, sombrio ou desumano,
é o olhar que, enfim, foi despertado,
e já não vive do consolo insano.

A consciência pesa, mas liberta,
ao sábio ensina a ter leveza e calma;
se tudo é sombra, a impermanência é certa.

O apego fere, o silêncio embala e acalma;
e no vazio, a verdade se desperta:
não há prisão maior que a própria alma.



Roberval Pedro Culpi

28/07/2025

Soneto da flor


Um dia eu amei tanto uma flor
Que tive que me afastar dela
Um dia eu fiquei tão triste
Que a dor, eu já não sentia mais


Uma noite eu lembrei da flor
Que era linda, mas não era minha
Que amar era perder
Que a flor precisava crescer


Um dia eu amei tanto uma flor
Que eu senti a dor
Que tive que me afastar dela


Que amar era carregar a dor
E não ela, a flor
Eu tive uma flor, amei ela

SONETO DO PRESENTE
No cárcere do ontem, almas presas,
Mágoas e culpas, sombras a vagar,
E o amanhã, com suas incertezas,
Ansiedade e medo a nos cercar.

Esquecemos que o agora é o que existe,
É nele que pulsamos, que vivemos,
E no presente, o coração insiste,
É então que em sonhos florescemos.

No instante, a vida se revela,
É aí que a alegria se esconde,
Deixemos o passado, sua cela,

E o futuro, com seus medos, responde.
Vivamos o presente, sem mais demora,
Pois só nele a felicidade se esconde.

Roberval Pedro Culpi

Soneto do primeiro dia


É hoje, meu primeiro dia.
O que carrego ?ansiedade? Alegria?
Vamos começar novamente?
O começo é o fim de algo.


E perder dói. Toda perda tem ganho?
Eu vou começar agora, não importa.
Começar é decidir, agir, ser livre.
Todo dia é um começo e um fim.


O fim do dia é o começo da noite.
Quem se vai, fica, pra sempre.
O começo da dor é o fim da alegria.


Eu escolhi começar novamente.
E cada dia é uma escolha nova.
Cada dia é recomeço, um novo dia.

Soneto da declaração

Gostaria de dizer que te amo

Sem você ter como saber

Que seu nome, à noite, chamo

Talvez nem mesmo perceber

O quanto você faz meu coração

A bater por ti e o dia a pensar

És a minha inspiração

Que me faz a dia melhorar

Sua voz é tão doce

Chega a ser mais do que o mel

Amo também a sua delicadeza

Posso até parece precoce

Contigo gostaria de ter uma relação estável

Pois sou escravo da sua beleza

Soneto “Homens da minha vida”


Márcio, meu esposo, namorado e companheiro
Um pai presente, com carinho e dedicação
Homem simples, divertido e verdadeiro
Sua alegria nos cativa, pura diversão.


Márcio Júnior, meu filho primogênito, meu doce amor
Meu menino autista, cheio de sonhos, azul é seu mundo
A cada dia nos ensina o novo e pretende ser ator
É calmo, sereno, sincero e com olhar profundo.


Henrique Lui, menino parceiro, nosso segundo rapaz
Gosta de esportes, é dedicado, tranqüilo e espontâneo
Meu tesouro branco, é firme em tudo o que faz.


Emanuel Cauê, o caçulinha, de futebol, aos sete já era comentarista
É carinhoso, emotivo, às vezes tímido, questionador
Meu pacotinho de ouro, meu intenso flamenguista.


Tatiane da Silva Santos - Santarém PA
23/08/25

Soneto “Meus pais”

Alonso e Eunice (em memória)



Seu Alonso, meu pai conselheiro

Homem trabalhador, conhecido por “Meus Amigos”

Ajuda a todos, chama-os de queridos

Sustentou os filhos com o suor de pedreiro.



Dona Eunice, minha mãe educadora

Mulher persistente, intitulada “Minha Amada”

Orientou a tantos, pela educação foi obstinada

Sustentou os filhos com a função de professora.



Ele, eterno “vizinho”, sereno, flamenguista animado

Da família Tavares, cresceu no Acai do Lago Grande

Pai amável, tio carinhoso, esposo apaixonado.



Ela, eterna “diretora”, resiliente, franciscana empenhada

Da família Ferreira, cresceu no Atumã de Alenquer

Mãe incansável, tia inspiradora, esposa dedicada.



Santarém - Pará, 26/08/25.

SONETO AO SERVIDOR PÚBLICO




Sei que não trago o verso ainda perfeito

A quem faz da rotina diferente

Mas quero agradecer sim do meu jeito

Quem com dedicação atende a gente




Ser que merece muito mais respeito

Pois o servidor é sim quem mais sente

Por não fazer além do que tem feito

Posto entraves que surgem de repente




E tantas vezes é mal rotulado

Por situações que lhe afetam também

É guerreiro passando maus bocados




O servidor que busca ser só alguém

A caminhar conosco lado a lado

Imbuído na missão de servir bem

Soneto (parte 3)
Carta para meu lírio




Lírios azuis, flores de sonho,
Ternura que o coração sente,
Amor que não morre, não some,
Lembranças que para sempre se sentem.


No jardim da memória,
Lírios azuis florescem,
Trazendo lembranças queridas,
De momentos de amor e paz.


Seu perfume suave e doce,
Enche o ar de ternura,
Lembrando momentos felizes,
De amor e alegria pura.


Lírios azuis, símbolo de amor,
Ternura que não acaba,
Lembranças que ficam,
Mesmo quando a distância separa.

Soneto do jardim

Você levou a melhor parte de mim

Por outro lado deixou no meu peito

Um belo, grande e lindo jardim

Lugar onde faço do amor meu leito



Vejo flores por todos os lados

Porém, em toda rosa há seus espinhos

Por isso, ando com todos os cuidados

Procurando você por todos os caminhos



Amo-te mais do que tudo

Sinto sua falta quando não te vejo

Conto os segundos para teu perfume aspirar



Infelizmente, na vida há algum contudo

Você é o que mais desejo

Como a mulher para a vida compartilhar

MEU SONETO

As minhas lágrimas são da arte
E a minha solidão é do amor.
No meu poder tem o disfarce;
Dos meus sorrisos saem a dor...

No meu coração tem o enlace,
Na minh'alma esplendor...
E na expressão de minha face
Se faz brilhar todo o fulgor.

No meu silêncio tão profundo
Exalto a vida a todo mundo,
Levo às costas todo o poder...

Do maior amor sou dependente;
De mentiras vivo a toda gente,
Da ilusão, profano o meu viver...

© Dolandmay Walter

Soneto das Línguas do Ser




Em cada língua, um tom da consciência,

um modo do infinito se dizer;

no inglês, a mente em fria reverência,

no russo, o abismo aprende a renascer.



O italiano canta em transparência,

faz do divino um gesto de prazer;

o chinês respira a impermanência,

e o verbo volta ao nada, sem sofrer.



O português? É carne e transcendência,

onde razão e alma vêm beber;

é ponte entre o corpo e a existência,

eco de um Deus que tenta se entender.



Pois toda língua é um espelho do espírito —

e o homem fala pra lembrar o infinito.

💔 Um Soneto da Ausência Desvanecida
A respiração se prende, e agora a verdade é clara:
A fachada brilhante acabou, o amor terminou.
Encaro o silêncio que guarda o medo,
E descubro que não sou um amante arruinado e abandonado.
Pois neste espaço árido, devo atestar,
A crença fundamental que arrefece o fogo do espírito,
Aquilo que lamento, embora outrora uma busca sussurrada,
Nunca foi real, portanto o amor nunca existiu.

Foi uma troca de anseio, imperfeito e breve,
Uma dívida fantasma da qual o coração não pôde escapar;
A dor precede e permanece como principal,
E a solidão veste a forma exterior da paixão.
Assim, neste quarto vazio onde as sombras se encontram,
Amor e solidão são sinônimos, doce,
Pois amar é dar o que não se tem
a alguém que não o quer, gravar
Um vazio sobre outro vazio e chamar-lhe graça.

Soneto do Querer Impossível


Às vezes, o impossível se faz mais denso,
quando o desejo insiste em florescer;
é como o vento preso no silêncio,
lutando contra a noite pra viver.


O sonho é chama tímida e intensa,
que arde mesmo quando falta o que ter;
pois na arte de querer, tudo compensa,
e até o não se dobra ao nosso ser.


Mas há mistérios que Deus guarda e vela,
horizontes que o tempo quer tecer;
e o coração, por mais que se revela,


só alcança aquilo que aprende a entender.
No impossível mora a força mais bela:
a fé que move o mundo sem se ver.

Soneto do Ineditismo Vivo


O mais gostoso da vida é o ineditismo,
o que nasce puro, sem ser prometido,
um clarão súbito entre o céu e o abismo,
que acende o peito e desperta o sentido.


É no instante novo, em pleno improviso,
que o coração rompe o seu próprio tecido;
pois cada gesto raro é também um aviso
de que o viver só cresce no não repetido.


Há quem tema o novo e abrace o já sabido,
mas nós buscamos o encanto escondido
naquilo que surge sem pedir permissão.


E assim seguimos: quem prova o inédito,
descobre que a vida, em seu íntimo estético,
revela o eterno no instante em criação.