Soneto da Mulher Perfeita
Ex-amor
Gostaria que tu soubesses
O quanto que eu sofri
Ao ter que me afastar de ti
Não chorei
Como um louco até sorri
Mas no fundo só eu sei
As angústias que senti
Sempre sonhamos com o mais eterno amor
Infelizmente, eu lamento, mas não deu
Nos desgastamos, transformando tudo em dor
Mas mesmo assim, eu acredito que valeu
Quando a saudade bate forte é envolvente
Eu me possuo e é na sua intenção
Com a minha cuca naqueles momentos quentes
Em que se acelerava o meu coração
SIMONE
O fim de quem ama
To aprendendo a viver sem você
Você que era meu amanhecer
O meu cais em noites de tempestade
O amor que eu viveria por toda eternidade.
Mas caminho só como um palhaço sem circo
Como um romântico incompreendido
Minha razão disse para não amar ninguém
Mas meu coração mandou amar alguém.
Como tudo na vida tem um fim
Nos corações ficam só as lembranças
Más ou boas como simples esperanças
Esperanças de um ser que sofre de amor sem fim.
O poeta disse que a solidão é o fim de quem ama
Então todos um dia serão solitários e sem vida
Pois viveram sempre em dolorosa partida
Em um amor que sempre os jogaram na lama.
MAX FRANÇA DA PAZ
Tu respiras e eu reparo.
Reparo nas curvas do teu corpo deitado,
a subirem a descerem com a entrada e saída de ar…
Reparo nos traços da tua cara
e nas linhas da tua boca.
E a minha boca grita pela tua
O nada magoa-me,
o silencio sufoca-me, o medo devora-me
tu que não sabes ainda
este sentimento sufoca-me
um dia penso beijar lindo (a)
Saudade? Bem sei o qu’é isso...
“…o medo vai dançando à minha volta.”
Nunca tive medo até hoje.
Nem culpa, nem saudade,
nem necessidade de olhar para o meu par mais um bocado
… Só tinha prazer…
e revolta
Continuamente estou imaginando,
Se esta vida, que logro, tão pesada,
Há de ser sempre aflita, e magoada,
Se como o tempo enfim se há de ir mudando:
Em golfos de esperança flutuando
Mil vezes busco a praia desejada;
E a tormenta outra vez não esperada
Ao pélago infeliz me vai levando.
Tenho já o meu mal tão descoberto,
Que eu mesmo busco a minha desventura;
Pois não pode ser mais seu desconcerto.
Que me pode fazer a sorte dura,
Se para não sentir seu golpe incerto,
Tudo o que foi paixão, é já loucura!
Não existiria som se não houvesse silencio...
Não a veria força se a fraqueza não existisse...
De que forma escolheria o melhor, se o pior não
se revelasse, e como seria a virtude se não existisse
defeitos...
É necessário que existir concordância para se estabelecer
liberdade...
Meu País Desgraçado
Meu país desgraçado!...
E no entanto há Sol a cada canto
e não há Mar tão lindo noutro lado.
Nem há Céu mais alegre do que o nosso,
nem pássaros, nem águas ...
Meu país desgraçado!...
Por que fatal engano?
Que malévolos crimes
teus direitos de berço violaram?
Meu Povo
de cabeça pendida, mãos caídas,
de olhos sem fé
— busca, dentro de ti, fora de ti, aonde
a causa da miséria se te esconde.
E em nome dos direitos
que te deram a terra, o Sol, o Mar,
fere-a sem dó
com o lume do teu antigo olhar.
Alevanta-te, Povo!
Ah!, visses tu, nos olhos das mulheres,
a calada censura
que te reclama filhos mais robustos!
Meu Povo anémico e triste,
meu Pedro Sem sem forças, sem haveres!
— olha a censura muda das mulheres!
Vai-te de novo ao Mar!
Reganha tuas barcas, tuas forças
e o direito de amar e fecundar
as que só por Amor te não desprezam!
não quero mais ser a mesma...
mudei sera que ninguem percebeo..
não quero mais aturar desaforos...
quero me divertir caiar na lama, cantar, sorrir
dizerr NÃÃOO
largar as bonecas pra poder viver uma aventura, uma aventura sem fim..
Queria que tudo no mundo fosse
De mentira
Mas acho que já é
De mentira
Os sentimentos que dizem ser de verdade
Na realidade é de mentira
Amor...
Chama-se paixão
Paixão...
é amizade
No mundo certamente existe a mentira
E a verdade
Dois caminhos que confundem
Eu te amo
Será que estou dizendo a verdade?
Volta!
Sangrado,ferido e cheio de dor
Não sei mais se continuo nesse temor
Só sei que um dia isso vai acabar,
Eu mesmo vou dar um jeito nisso
Meu coração entá doente
Está iludido e carente,
Parece que lá no fundo por mais que eu tenha tentado evitar
(Eu juro que tentei)
Ainda ão consegui esquecer você.
É bem verdade que os corações abandonados se julgam incapazes,
Mas você vai voltar pra mim,
Mesmo que eu nunca tenha tido você de fato
Sei que se eu não consigo viver sem você
Você também não vai me esquecer.
Por causa dos nossos olhos
O mundo é cheio de cores.
E por causa dos ouvidos
O mundo é cheio de sons.
Se as pessoas, de repente,
ficassem cegas e surdas,
o mundo teria cores,
o mundo teria sons?
Quem o testemunharia?
A visão é maior que os olhos:
o real é mais do que o visto.
Os olhos nos prendem à vida,
que é nosso modo de ver.
Na morte, a visão são olhos
de ver em outro lugar.
Há algo imóvel,
que move tudo.
Há o vazio
em todas as coisas.
Há o silêncio
por trás de todos os ruídos.
Há uma essência
comum a todos os seres.
Há o imortal escondido
em todas as mortes.
Há o eterno disfarçado
em todas as aparências
do transitório.
A carne é sonho transitório.
Quando dormimos, voltamos
à nossa essência onírica.
Quando morrermos, seremos
o sonho definitivo
que, um dia, foi homem,
que pensava ser real.
Só os mortos não mudam.
deserdados do futuro,
exilados do presente,
são imagens estéreis,
que não mais se reproduzem.
Só os vivos são férteis,
gerando suas imagens
constantemente no mundo.
O escritor é um médium:
vive vidas não vividas,
personagens que não foi,
memórias alienígenas,
lugares que nunca andou,
dores e amores vários,
o que nunca sofreu ou amou,
tudo escorrendo do braço
para a mão que psicografa
o que jamais escreveu
ou que sentiu ou pensou.
Criação ou adoção
o que escreveu como seu,
filho que nunca gerou?
Escreve-se por escrever,
para brincar com palavras
e inventar absurdos -
importa que sejam belos
ou arrepiem a lógica -
e frases que sejam coisas
diferentes das comuns.
Inventar novas palavras
de semântica imprevista.
Escrever como quem brinca
de desarrumar as coisas
e arrumá-las de outro jeito.
Palavras e só palavras.
Neste caos fraseológico
que mundo pode eclodir?
Os átomos se fizeram homens
para se conhecerem a si mesmos
e tudo o mais que fizeram.
Como homens, pensam que Deus
foi o criador de tudo.
Os átomos enlouqueceram?
A brincadeira nos devolve
a pureza original.
O paraíso é o lúdico.
A inocência perdida
nos condenou ao trabalho.
Só o ócio primordial
é a redenção do homem
que não soube ficar criança.
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