Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes

Cerca de 150449 frases e pensamentos: Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes

Na tentativa de me encontrar,
Me perdi.

Inserida por Vinifelix

Tell me how!

Como ouvir o clamor por misericórdia de um pássaro, quando, para se proteger de palavras humilhantes, você se privou de todos os mais belos sons da natureza?

Como alcança-lo se, para se proteger de visões que contrariem seus desejos, você se isolou em um mundo sem cores, onde reina a escuridão?

Como oferecer a ele o amor necessário para que se cure ou palavras de motivação para que prossiga com
sua jornada se você nem ao menos sabe o que é amor?

Devemos conhecer e reconhecer nossas limitações, mas sempre buscando reduzi-las ao máximo, pois, mesmo que não sejamos capazes de perceber, nossas escolhas e ações não refletem consequências exclusivamente em nós, mas também em todos ao nosso redor.

Inserida por Vinifelix

Para onde tem caminhado e onde quer chegar?
O que tem feito te ajudará a chegar ao seu objetivo?
E o seu objetivo... ele vale sua dedicação e esforço?
I hope so! ^^
Lembre-se: Por mais sozinho que se sinta, Deus não te abandona. Ele está mais perto do que vc imagina!

Inserida por Vinifelix

Just trust Him!

There's so much Stuff that I’ve been thinking of, but I wonder if any of them make sense.
Then I realize that even when everything is falling apart, God is still looking for me and He is always by my side. He is my strength and the reason I get up from bed everyday! If something is meant to be, it will. I just need to trust Him! Thank you Lord!

Inserida por Vinifelix

VIDA VAZIA,VAZIA VIDA..

LÁ VEM ELA TODA ACANHADA FAZENDO CARA DE COITADINHA PRA TODOS HÁ SUA VOLTA SABE SE LÁ QUE INFÂNCIA ESSA PRÓPRIA COITADA TEVE SERÁ QUE SEUS PAIS QUEBRARAM PROMESSAS FEITAS A ELA QUANDO CRIANÇA, COM SEU POBRE ESPIRITO FAZ DE UM AMBIENTE SE TORNAR QUASE SUFOCANTE COM SUAS QUEIXAS E OFENSAS DE SUA VIDA SEM GRAÇA OU GRAÇA SEM VIDA!!!
UM DOS LUGARES QUE VEJO SUA MISERÁVEL ALEGRIA E SOBRE OS QUATRO PÉ NUMA MESA DE BAR AO SOM DE VOZES QUE SE MISTURAM AS MUSICAS E MELODIAS SEM NENHUMA CULTURA OU CULTURA NENHUMA!!!
ESPERO QUE ISSO NÃO PASSE AO DNA DE SEUS FUTUROS FILHOS QUE DEUS NOSSO PAI ABRA OS OLHOS DESSA JOVEM MOÇA E VEJA QUE A VÁRIOS UNIVERSO DENTRO DE NOSSAS VIDAS, QUE SUA VIDA NA TERRA TENHA UMA RAZÃO E CHEGADO A HORA CERTA ELA ACORDARA DESSA VIDA SEM GRAÇA OU GRAÇA SEM VIDA!!!

Inserida por vinny2996

A minha benquerença imensurável

Por mais que me atirem pregos, eu só irei devolver-lhes "penas"(preferencialmente de ganso que é muito macia), não serei franzino, impotente e fraco, por ter retribuído o "golpe" com doceis "penas" é que não tenho "pregos" de "raiva" "ódio" "fúria" "rancor" "antipatia" e "aversão" dentro do meu ser para compartilhar.
E "penas" confortam e agraciam, prefiro arremessa-las.

Inserida por viniciusfadul

O conhecimento inato

O que sei é apenas um pingo minusculo de informações, comparado a um oceano imenso de conhecimento que eu tenho de descobrir.

Inserida por viniciusfadul

A essência pulsante da vida em todos os seres


O que sinto e penso na verdade é a essência primaria da vida que pulsa veemente em meu ser, que eu acredito que seja a força na qual faz criar planetas, florescer uma flor, gerar uma criança, gerar um animal.
É a força que desenvolve todos os seres inanimados e os animados e os faz viver, bem como os faz agir.

Inserida por viniciusfadul

⁠vira-lata

mesmo sem carne,
roo o osso —
rosno
para mim.

mostro os dentes —
ninguém encosta.
curvo, cavo,
te enterro.

quebra os dentes,
não enche estômago.
tutano egóico,
só por ser meu.

Inserida por rodriguesnutshell

⁠vitoria


talvez seja só um reflexo do que nunca alcancei.
se um dia te encontrar —
te reconhecerei?

havia algo insaciável,
a fome me corroía.
me entreguei a camas rasas,
onde o calor de corpos alheios
me deixou de barriga vazia.

(será que sua gengiva é mel?
ou é puro piche?)

procurei no asfalto cinza,
nos vidros pretos
dos carros brancos.
encontrei vestígios dela
em lençóis úmidos,
bordados em amarelo.

segui por caminhos
que não prometiam chegadas.
repetiam-se em silêncio:
cicatrizes que voltam.

e o nome permaneceu —
nas sombras do tempo,
na hipoderme:
gravou.
sangrou.
escorreu.

(meu estômago morreu.
de fome.)

Inserida por rodriguesnutshell

⁠provocação I


(o que você sente quando ninguém está olhando?)

quem te ensinou
a fazer charme com o trauma?
usar tristeza
como perfume,
esperar aplauso
pelo olhar vazio?

te acho linda com raiva,
e sinto pena
do texto ensaiado
de "não sei o que sinto".

(cresce um tédio
onde deveria haver mistério)

me provoca, vai.
fala do teu passado ruim,
como quem canta
uma música pop.

(não resistem
a uma mulher
em ruínas,
não é isso
que dizem?)

teu silêncio
chega sempre
depois da tragédia,
mas nunca antes.
e eu finjo que não vejo
a performance da lágrima
no timing perfeito.

(esse seu cinismo
manteve a gente em pé.)

vem, me escreve um poema
como ferida de estimação.
me chama de babaca
com sotaque de dor.

mas lembra:
quem se despe demais
vira vitrine de si mesmo.
teu corpo
(e o meu)
é palco,
tua dor — roteiro.
eu, só plateia.

o palhaço
que aplaude em pé:
gostosa.

Inserida por rodriguesnutshell

⁠retratos


passa-se do momento
de colocar tudo
que me lembra você
na caixa de sapatos
e enfiar-te no escuro
do meu móvel.

só por tempo suficiente
para esquecer,
esquecer,
essas memórias.

mais pedras para a
coleção fúnebre,
cemitério doméstico:
rostos pálidos,
mortos,
gravados nas fotos,
vivos, velhos.
esperando apenas
um olhar.
e assim alegrar,
transformar
e lembrar
antes de retornar
pro lugar
escuro.

e relembrar dos tempos,
velhos momentos,
jogados ao vento.
doces lembranças,
na caixa velha,
suja,
podre,
que,
no dia dezenove de março
me trouxe,
de dois mil e vinte e cinco.

e logo depois,
quando eu terminar,
só restará
o breve instante,
perdido no tempo,
voltando ao nada,
ao não sofrimento.
na caixa,
esquecimento.
sem ninguém pra olhar.

e foda-se.

Inserida por rodriguesnutshell

⁠lápide de açucar


atravessando a rua, fui atravessado.
caminhão de sorvete me deixou gelado.
almíscar e sangue, doce e amargo.
rosa, azul e um branco pálido.

dançando junto
em cima do asfalto,
corpo fechado,
pé numerado.
meu túmulo
caramelizado,

que jeito melado
de morrer.
e apesar da dor, virei sabor:
sorvete derretido,
perdeu o valor.

agora sou história,
verso travado,
epitáfio doce
e congelado.

Inserida por rodriguesnutshell

⁠parasitologia III


corpo
febril
toque
sutil
fado
senil
riso
infantil
a noite cresce
como micélio
nos cantos...

(fungos na alma)

infecção
vai além:
raízes
infestadas
de pústulas
negras
espalham-se
em dermes,
roupas
retratos
amores
vermes
e o que
por elas
passam
encontram:
pus
nos cantos
pretos
e lágrimas
no espelho

(rindo de nervoso)

toxina
exótica,
instinto
apático
oxida
a carne
rasga
a pele
delira
a mente
sempre desce —
e o tempo escorre
como seiva grossa.

(devagar enquanto apodrece)

pulmão afogado,
berros encharcados,
sonhos errados
em corpos fechados.
células morrendo,
estradas cedendo,
horas tremendo,
tempo moendo
e nada.

(só o ponto final,
como tampa de caixão)

Inserida por rodriguesnutshell

⁠parasitologia II


apodrece no ar
no contato
no palato
gangrena
a veia
o suor escorre
em linhas de mapa

(geografia
da doença)

vício
viscoso
morto?
nunca.
contamina
a todos:
reflexo
pálido
ego frágil
escamas
brancas
restos
de micróbios
inflamação
no espírito,
erupção
na derme
e pus
no coração

grito
calado
com olho
cerrado

véu
hum
ano
e luta
por

le
go

pulmões,
um saco de mel

(doce
e sufocante)

Inserida por rodriguesnutshell

⁠parasitologia I


o verme que primeiro
roeu as entranhas
a saudosa lembrança
ficou por aí

(assim, sem ponto final,
como coisa que não termina)

multiplica-se
tecidos
novos
sepse
em microgênese
da vida
à morte
fermenta
por dentro

(o branco das páginas
sangrando
nas margens)

altamente
contagioso
simbiose
desigual
infecção
lenta
necrose
mortal
ferida
aberta
na alma
descoberta —
encoberta
a dor
desperta
e a chaga
infesta.

(e o silêncio entre os versos
é o som do vírus se reproduzindo)

Inserida por rodriguesnutshell

⁠ apenas resta

a indiferença,
silêncio gélido,
tem o hábito de
atrofiar qualquer
traço de compaixão.

o rancor,
raiva em brasa,
tem o dom de rasgar
em fúria
meu bom senso.

o amor,
feito saudade,
tem o costume de virar poesia
e fugir de mim.

e eu,
sombra e afeto,
tenho a sina de
me perder em tudo
e não sobrar em nada.

e você?
perdeu algo
que nunca teve?
ou nunca percebeu que faltava?

Inserida por rodriguesnutshell

porta


passam velhos,
passam jovens,
passam felizes,
miseráveis.
passa a vida,
e ninguém nota.

abre, fecha.
fechadura seca,
chave de carne,
pulsa, sangra,
expulsa.

soleira, solitária.
passam mulheres,
ciganas, anjos,
feias, magras,
gordas, felizes,
miseráveis.

rangem
meus pecados nas
dobradiças inquestionáveis
da velha porta.

passo, tropeço,
nunca reparo
como algo
tão simples
e ordinário
meu batente
abre as portas
do meu peito
trancado.
butiquim enfer-
rujado

agora fecho.
maçaneta dura,
travada.
viro a chave,
cerro o quarto.

não vem,
não vai,
não leva,
não traz,
não volta,
não abre mais.

Inserida por rodriguesnutshell

⁠opióide III


escrevo versos
como quem afia pétalas
de papoula
leitosa sangria
sussurando letargia
pra folha
sinestesia líquida
(e a poesia)
é o único néctar
que nunca intoxica.

(reprovado no toxicológico).

Inserida por rodriguesnutshell

⁠opióide II


devaneio sussurrado
sufocando
em versos brandos,
a morfina das metáforas,
delírios brancos.
néctar, veneno,
remédio insano,
êxtase puro
em sonho arcano.

arpejo mental,
torpor visceral,
perfuração física —
dança letal,
remédio e veneno
num ciclo final.

abre espaço
para o vazio
silêncio —
a aorta dormiu.

a vertigem se desfaz
em névoa e sombra
o que da realidade me separaria
antes, ao sangue, se assimilaria.

arpejo mental —
anestésico
de braço aberto:
dança pura
entre remédio
e perfume.

e o universo
é um cobertor
de esquecimento.

Inserida por rodriguesnutshell