Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes
De acordo com meus estudos cheguei a conclusão:
minha religião é Deus, não precisamos de templos e nem seguir doutrinas pois Deus esta dentro de nós.
Captar modificações profundas desafia a realidade das aparências.
É invisível à luz de conceitos comuns.
[Publicado no Recanto das Letras]
De boas ideias a boas intenções, infindáveis críticas e utopias são erguidas e sobrepostas por incrustações de outros devaneios.
(Do texto: A insensatez Adquirida)
Restringe-se para precisar, mas perde-se pela precisão quando se alcança o oráculo da especialidade
(Do texto "A imprecisão resolutiva e uma lição de Heisenberg")
Resta-me dizer que, de Charles Richet a Feyerabend, de uma época a outra, o inabitual tece um susto acadêmico; e o que dizer atualmente, se o susto ainda existe?
(Do texto "O inabitual como susto: De Feyerabend a Charles Richet")
ultimamente me sinto perdido
no tempo e no espaço
virei aquele famoso
maluco no pedaço
não sei se estou certo
nem se eu deveria ser julgado
mas quem é quem pra me julgar
nesse planeta alucinado
alucinado pela confusão
alucinado também pela maldade
me vejo no meio de tantas ilusões
que nem sei o que é verdade
talvez eu tenha perdido o medo da morte
me sinto até mais forte
mas talvez eu tenha medo da vida
e vivo contando com a sorte
nem sei quem eu sou
não sei o que pensar
quem diz saber
não se deve confiar
eu posso estar num abismo
perto do fundo do poço
mas não perco minha fé
creio que alguma força está conosco
talvez seja tudo um teste
tenho que aguentar até o fim
até porque se eu não viver
quem vai viver por mim?
enfim
esse é meu desabafo
mais um poema perdido
em meio ao tempo
e o espaço
ass:maluco no pedaço
as vezes eu não entendo
se vivemos tão pouco
pra que arrependimento?
não espere amanhã pra dizer aquilo
quem é quem pra te julgar?
ninguém tem nada com isso
liberdade pra se expressar
é disso que precisamos
não é qualquer um que tem coragem
em meio a tantos estranhos
nada pode te abalar
e se você morrer amanhã
quem vai fazer no seu lugar?
viva e faça o que sente
porque a vida pode acabar quando menos se espera
assim, de repente
É mais fácil inventar uma mentira
É mais fácil fugir da verdade
É mais fácil viver sem questionar
É mais fácil seguir a multidão
É mais fácil ser desonesto, falso, corrupto...
É mais fácil...
Apenas fácil...
Só há uma dificuldade em toda essa facilidade, suportar o peso da própria consciência depois de perceber que o fácil nem sempre foi a melhor opção.
Contudo, muitos ainda preferem o fácil.
Será realmente esse o melhor caminho ?
“A criação de todas as coisas na Natureza não necessita do grito nem do silêncio, pois em nada “é” e em tudo “vem a ser”. É o sempre cessar pelo iminente devir”.
(Escrito por Álvaro Vinícius de Souza Silva)
“O Espírito que em nós habita é a água de nosso Templo. Se insalubre, em nada nos purifica”.
Escrito por Álvaro Vinícius de Souza Silva
A razão serve para dimensionar ajustes práticos por vistas da realidade (símbolo de Saturno). Quanto mais bobamente emocional, mais idiota é.
Escrito por Álvaro Vinícius de Souza Silva
“... Costumo fazer algo de forma inesperada.
Coisas planejadas tem tudo pra não darem certo.
Brasília é um exemplo disso...!”.
uns atravessam o inferno tocando gaita
outros se lamentam no paraíso
uns explodem fingindo que acontece nada
outros fazem belas moradas no precipício
uns fogem de si
outros abraçam seus demônios
uns se cuidam pra continuar a existir
outros dançam com a morte em meio aos escombros
muitos apaixonados
tantos de má fé
uns na contramão
outros seguem a maré
poucos perfeitos
talvez nenhum
mas muitos na busca
mesmo com nada em comum
e eu aqui
refletindo a passagem
perspectiva que obtive
observando da margem
mesmo tentando ver além do céu aberto
a vida não perdoa ninguém
caminhando em direção ao incerto
sou só mais um refém
as vezes eu penso que eu sei
então eu paro e penso de novo
as vezes penso que eu sou um sensei
no corpo de um poeta louco
as vezes só sei que nada sei
e nem disso tenho certeza
as vezes acho que a vida é um replay
e tamo preso eternamente nessa cena
as vezes a mente se desorienta
a gente cai, a vida arrebenta
mas ela te ensina e te sustenta
a ferida sempre sara, então aguenta!
tipo um calor gelado
um frio quente
a gente se prende
preso na mente
uma liberdade impotente
uma escravidão transcendental
fingimos que ta tudo certo
o mal deu oi, o bem deu tchau
afinal, como diferenciar?
a dor que machuca também vem ensinar
a verdade é uma ilusão
é tudo vista de um ponto a se olhar
preferimos o ponto que nos convém
melhor que ninguém, é o que dizemos
mas sempre um passo a frente do outro
a desculpa é que nós merecemos
cordeiros quando expostos
lobos no anonimato
ser humano de aparências
nunca quer ser pego no ato
a questão não é nem é essa
o ponto é a hipocrisia
julgamos o próximo
como se vivêssemos nas mil maravilhas
a vida é sofrida
é uma lapidação sem dó
muitas vezes ardida
vivendo o resto dos dias até voltar ao pó
aqui todo mundo nasce morto
temos rédeas na mente
e quem ousa viver
acaba morrendo novamente
nos conflitos da dualidade
terminamos cedo
começamos tarde
o que nos cura também arde
onde até o covarde
precisa de coragem
o amor vira ódio
nem sempre os vencedores estão no pódio
sérios de tanto brincar
os erros ensinam a acertar
onde obtemos calma na ira
nessa loucura onde até a verdade
é, na verdade, mentira
pagando o preço necessário
vivo em busca da essência
resistindo ao naufrágio
persisto com resistência
nesse jogo enigmático
quero ver mais que aparência
o véu que cega é sistemático
vem plantar incoerência
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