Soneto Amor Impossivel
SONETO LASCIVO
Em um poço atroz revestido de luxúria
eu mergulho, em insanidades, todos os dias
profanando o mandamento sagrado e a carne sã...
Tornando-a despedaços, lugubremente fria.
Abro os portais para o dia funéreo
em que a lascívia corromperá os fiéis;
maldições, preces ressoam em gritos dolorosos
iniciando a sombria inversão dos papéis.
E nesta luxúria sou um impávido soberbo;
impetuoso seguidor dos prazeres da carne,
onde qualquer idólatra se torna um homicida.
"Porque tudo o que há no mundo -
a concupiscência da carne, a concupiscência
dos olhos e a soberba da vida [...]".
SONETO DA AMIZADE.
Confesso-te tudo minhas amigas e amigos
Os meus segredos
Conto te tudo meus queridos
Os meus anseios e medos.
Amor incondicional
Não se sabe quando começa
Se esta mal
Ajuda-te depressa
Sentimento tão nobre
Quem não te conhece
É um coração pobre
Todo ser tem necessidade
Um sentimento que enobrece
Tu és bendita Amizade
Soneto
Feliz Aniversário
Por suas virtudes e criatividade,
pela maneira íntegra de ser
eu agradeço a sua amizade,
todo o carinho sempre a receber.
E nesta data uma nova idade
com outro tempo a desenvolver,
os seus talentos na realidade
são um presente da vida a trazer.
Que aconteça a justa recompensa
contendo tudo o que tanto deseja,
em cada ato tenha brilho e vença.
Neste momento de tanta alegria,
abençoado por Deus ele seja!
Parabéns! Outra chance em novo dia!
Um grande abraço
Soneto dos meus dois amores
Meus dois amores nem mais estranho existe
um posicionamento em oposição
um sentimento em que em mim persiste
uma dor que alivia o coração.
Um é pensamento e exaltidão,
o outro é frieza e agonia,
um é suspiro e paixão,
o outro vive a se queixar de falta de alegria.
Dois amores que já vive outros amores
e eu aqui em martírio e ternura
vivendo uma loucura inquieta.
Amados meus, meus terrores!
meus pesadelos de alma pura
residentes apenas na memória de uma poeta.
Soneto à T.R.
De um sentimento fraterno fez-se uma paixão
a amizade de um homem e uma mulher
fogo que aqueceu o coração
uma confusão que não se sabe o que quer
A distância em ligação
quilômetros de saudade
um gostar moldado a mão
prazer e felicidade.
A volta tão esperada
em contagem regressiva
e o coração ficou apertando
Um mar de alegria em esplanada
férias de uma vida
realidade ficou chorando.
SONETO EM A
Ah! Paixão volátil que se dissimúla
Ao sabor dos ecos do vento da emoção
Agindo nas veias o sangue coagúla
A furtar-me o tênue fio da razão.
Atônito ante seus olhos reluzentes
Almejo ver seus sonhos seus segredos
Acordo encarcerado em correntes
Atado e impedido então me vejo.
Ao menos no olhar minha te tenho
Assim grilhões não me podem conter
Amando-te no silêncio, me contenho
Aline, que a um olhar aprisiona
Aos mortais que em tua órbita passeiam e
A cada instante por ti se apaixonam.
Soneto Da Solidão
Me sinto só e prisioneira.
Ergui muros de ilusões.
Das minhas dores e decepções.
E recusei levantar a bandeira.
Quem me dera voltar atrás.
E erguer a bandeira da paz.
Ignorei a sua doce compreensão.
Fui jogada às traças na minha desilusão.
Hoje corpo seco de saudade.
Dos tempos da minha mocidade.
Quem me dera, quem me dera.
Sair dessa triste solidão.
Povoar seu doce coração.
E viver nova primavera.
Soneto de sentimentos
A vida é como as ondas
do mar que vão e vem
como as batidas do meu coração
com a solidão que derrama
da minha insurreição.
Meu coração é feito de cimento
Que vai voando com os meus sentimentos Que vai morrendo em meus pensamentos
Que vai voando com os meus batimentos.
Lua branca que cai do céu que vai navegando no mar de mel.
Morrer ou viver
não sei o que escolher
até a lua se escurecer.
Alma negra que derrama sangue do meu coração que vai morrendo na escuridão da minha ilusão.
NOITE AFORA (soneto)
Como a secura no cerrado, sombria
A saudade, arde no peito desolado
Que dói, corrói, num olhar maculado
De agonia, e sentimento em romaria
Tão horrenda é a ausência de alegria
A luz do dia, neste silêncio privado
Ecoa em brado, no coração fechado
Causando ilusão enganosa e fantasia
Assim, entre as tristuras, essa poesia
De canção queixosa, chora e tão cheia
De espera, na insônia pela noite afora
Palpita melancolia, repleta de ousadia
Na lembrança que devasta, incendeia
Equivocando o sono, perdido na hora
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/02/2020, 04’52” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Soneto à maneira de Camões
Esperança e desespero de alimento
Me servem neste dia em que te espero
E já não sei se quero ou se não quero
Tão longe de razões é meu tormento.
Mas como usar amor de entendimento?
Daquilo que te peço desespero
Ainda que mo dês - pois o que eu quero
Ninguém o dá senão por um momento.
Mas como és belo, amor, de não durares,
De ser tão breve e fundo o teu engano,
E de eu te possuir sem tu te dares.
Amor perfeito dado a um ser humano:
Também morre o florir de mil pomares
E se quebram as ondas no oceano.
Soneto:
Calma - alma
Tão bom viver dia a dia
A vida assim jamais para
Viver todos os momentos
Como pássaros na alvorada
Ora se ganha ou perde
Igual outono e inverno
Velhas folhas se vão
Para dar chance ao recomeço
O vento sopra contra o tempo
Nem sempre se vive de flores
Às vezes aparecem tormento
Passando a luta, chega a glória
O sol sempre volta a aquecer
Aquele que continua a trajetória
Autoria #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos reservados 13/04/2020 às 19:00 horas
Manter créditos de autoria original _Andrea_Domingues
NUME... (soneto)
(8 de março, Dia da Mulher)
Há na mulher um ser de grandeza
que é de luz e de espírito bendito
a tua criação é o divino na natureza
tua prestante alma é todo o infinito
Um mistério de força e de pureza!
Um coração em espasmo erudito
rasga-se em amor de terna firmeza
e de toda geração o melhor escrito
Deus transmite o Teu olhar por ela
cada rebento a vida em harmonia
e a Gênese do afeto em cada abraço
pois, no seio de mulher ou donzela
dela o amparo, patrona companhia!
Nume... que nunca rende ao cansaço.
CERRADO SECO (soneto)
Ah! plangente cerrado, quente, sequioso
Ventos abafados, denodados, e ao vento
Dormente melancolia, e tão portentoso
Murmurejante e, navegante de lamento
Sol queimoso, unguinoso, tal moroso
Que no seu firmamento vagar é lento
Inventando no tempo variegado iroso
Parindo nuvens dum cinzento natento
Securas secas, e que secam ardoroso
Veludos galhos, veludosos e poeirento
Que racham sedentos num ardor ditoso
Ah! cerrado seco, de ávido encantamento
De um luar num esplendor esplendoroso
Da lua de contornos, no céu monumento
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
SONETO DA CREDIBILIDADE PERDIDA
(Para dar um jeito na amizade fingida)
Um traidor chegou todo faceiro numa quitanda/e quis comprar alguns quilos de credibilidade./O vendedor o expulsou. Num terreiro de umbanda,/o Infeliz foi solicitar o apoio de uma "entidade".
-"Por favor, seu 'caboco', eu preciso de sua ajuda,/não entendo como conseguir a capacidade de mudar de vida./Estou sentindo a dor de um sufoco que não muda/e então eu pretendo readquirir a minha credibilidade perdida".
Após escutar a solicitação do cabra da peste,/a "entidade" impedida de dar a ajuda solicitada,/ disse: - "Tu irás penar por cada traição que fizeste."
A credibilidade perdida não pode ser comprada/pela Infernal escória, sem respeito e nem consideração./Eis a bela a moral da história pra quem tem feito traição.
Paulo Marcelo Braga
Belém, 17/03/2015
( 03 horas e 42 minutos)
Soneto da descoberta
Descobrir é brincar de se esconder
Para espiar vendo as coisas de longe
De repente surgir não se sabe de onde
Trovejar feito nuvem para chover,
Sem pressa os momentos desnudar
Ao pé da letra, como criança sem jeito,
Não parar diante de seu maior feito
Revirar-se feito terra para plantar,
A espreita nas entrelinhas se ajeitar.
Ler ao contrario, mudar seu olhar,
Enxergar feito criança de ponta cabeça
Espernear até a resposta encontrar
Pelo avesso se necessário virar
Crescer feito raiz para se sustentar
(SONETO) MADRUGADA (CALMA)...
No silencio da madrugada
Consigo escutar
As batidas do meu coração
Solitario coração
Nem mesmo o vento frio
Que sopra la fora
É capaz de apagar
A chama que Invade
O coração nessa hora
Traspassando a divisao
Do nosso ser
Enchendo o propio peito
Da brisa leve que acalma
Aflição e a solidão da alma
Lagrimas que escorreu
Dos olhos e trasmitindo
A voz da alma inexprimivel
Madrugada calma...
A terminar e se esconder
Pureza da alva ao subir
Resplandecendo a aurora
Que do amanhecer
É a primeira luz
Poderia continuar a falar-te
Madrugada calma...
Mas o Sol da justiça
Ja vai chegar
E o trabalhador dispertar
Madrugada calma...
Que me inspira, me encina
Descobri que juntos
Não tem mais solidão
No meu coração.
Soneto aos poetas da madruga
Aqui vossa presença eu consagro
Às ervilhas podres da madrugada
Vaga quem porta um sentimento amargo
E tão frágeis são quanto uma maçaneta enferrujada
Peço perdão, pela métrica usada
Sei que não vos convém a academia
Pois a vós a ideia não foi doutrinada
Encaixamos a alma onde o imaterial se distorcia.
Com sucesso, lhes envio um salve
Se é poesia em imagem, letra ou movimento
Ou vida esculpida no incorrupto mármore
Hoje a noite não é de Vinicius, ou Camões
Da noite a poesia vive meus irmãos!
Sagrado é o caos, dentro de vossos corações!
Soneto do(a) lobo/ovelha
Somos todos brancas ovelhas,
Em um rebanho soturno e misterioso
Quando da verdade ascendem a centelhas
Adentro no rebanho surge um lobo.
O preço faz caro, muitos danos e perdas
Livres ao caos, reluzem as máscaras
Caídas na grama entre tantas ovelhas
Qual for lobo, não será identificada
Sou eu, um lobo ovelha?
Ou uma ovelha lobo?
Um caçador dissimulado, de fábula velha
As máscaras estão aqui e também ali
Criamos nossa própria ovelha
E andamos pela sombra, disfarçados por aí.
SONETO DUM PISCIANO
Sou peixes, das águas da emoção
dum olhar profundo, sou cardume
que bóia na nascente do coração
das irrigas condoídas, e de nume
Ter zelo e dedicação, sua missão
doar-se num dos lados do gume
alma encharcada de expressão
gota a gota, afeto com perfume
Banha o outro nas tuas chagas
içando doçura nas tuas austagas
peixes, místico servidor do amor
Neste mar, e com suas dragas
devora a tirania, e as pragas...
Do zodíaco, eterno sonhador!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO IN SAUDADE
Sou um verso inacabado
Um pouso sem céu
Um poço sem fundo
Um vazio alado .
Meus instantes soam ventania
Meu ar anda vestido de solidão
O pensamento vaga na ilusão
Numa inquieta e infinda agonia .
Vivo escorregando no tempo
Num poema rasgado e ansiando alento
Sob um pano de fundo se perdendo de mim .
O outrora sempre me persegue
Inda que no presente o vento me negue
Mas sem pedir a saudade sempre pousa por aqui.
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