Somos Passaros de uma Asamario Quintana
Uma alma sem liberdade, não há como encontrar o seu caminho.
Permanecer num lugar onde a alma não se sente conectada, é não pertencer a lugar nenhum.
Pensava que por trás de cada decepção, havia sempre apenas uma lição, mas percebo que há muito mais...
Há uma chama dentro dela, uma nova transformação crescendo, e ela não tem intenção nenhuma em contê-las…
Tenho uma pequena desconfiança de uma grande certeza de que, para lá do tempo, eu continuarei amando-me.
Quando nós conhecermos, senti-me sobrecarregada por gratidão, senti-me presenteada, como se uma prece fosse atendida.
Ao partir sem se despedir, senti que todas as orações de agradecimento tivessem se perdido.
Será que é por isso que te foste tão cedo e sem se despedir?
Será que é por este motivo que tive que reaprender a viver sem você?
Para aonde vão às orações perdidas?
Ainda me recordo de você e continuarei recordando-me. Descanse em paz!
A vida nem sempre é uma corrida, uma competição, e o amor também não.
As coisas mais importantes da vida, são construídas.
É sobre resistir, mais do que vencer.
Quem disse que o amor tem uma forma certa de ser expressada?
O amor está no olhar, no toque, nos gestos, na sinceridade, no abraço, no cuidado.
O coração sempre encontrará mil formas, de se declarar.
A nossa relação é como subir uma ladeira com o desafio áspero e frágil do tempo; mas ao invés de perdermos o fôlego e desistir, isso nós impulsiona há continuarmos em frente no mesmo caminho.
Uma história com altos e baixos com um final incerto, escrito por dois amantes, que vivem uma narrativa que eles mesmo escrevem.
Mais uma vez eu me despi para a ilusão de que iríamos dar certo dessa vez, e o que resultou, foi novamente eu perdendo a minha imunidade e mais uma vez eu tendo que lidar com a decepção.
Houve uma mudança em mim.
Sempre tive uma mente ativa e uma voz tranquila em busca de respostas.
Hoje, simplesmente sigo vivendo, extraindo o melhor da vida sem muitos questionamentos.
Apenas busco ser um ser humano um pouco melhor do que ontem e, quem sabe, com mais respostas amanhã.
Às vezes, sou como Vênus: protetora e amorosa, uma chama que aquece com ternura e ardor.
Outras vezes, sou Mercúrio: inteligente e astuta, navegando pelos labirintos dos pensamentos com a velocidade do vento.
Em alguns momentos, sou Marte: ardente e vigorosa, uma chama incandescente de força e coragem.
E, em instantes, sou Netuno: ser espiritual e criativo, caminhando pelas ondas da imaginação com fé inabalável.
Por vezes, transmuto-me na grandeza de Júpiter, portadora de otimismo e generosidade, abraçando o mundo com esperança e bondade.
Nessa dança cósmica, sou a conjunção de muitos mundos, uma alma errante entre as estrelas; cada movimento, um eu ao infinito.
Ela é a própria essência da natureza, uma flor silvestre que dança ao vento, sua beleza é um mistério, seu encanto é uma promessa.
Em sua aura de mistério, ela esconde segredos não contados, exalando a curiosidade dos que se aproximam.
Ela é flor silvestre que, ao sentir a carícia dos ventos, desabrocha em toda a sua esplendorosa vulnerabilidade, revelando uma beleza que transcende o efêmero.
Bem... cansei de esperar, então tracei meu caminho e na cauda de uma estrela cadente, peguei uma carona e encontrei meu lugar.
