Sombra
Píndaro dizia:"O homem é o sonho de uma sombra".Ouso discordar do gênio grego. Para mim, o "homem é a soma do que sonha, projeta e realiza".
Durante trinta anos eu vivi na sombra ... Tratei a morte para quem merece ... e eu desapareci como o vento.
"Eu sou reflexo de sua atitude, sou sua sombra, a luminosidade e a escuridão e a profundidade de sua ação!"
E nesse sombreado,
nem tão armado;
tua sombra não me assombra
nem a brisa é indecisa
ela leva e me diz: releva!
e lá eu descanso,
eu me espanto,
eu entro em prantos.
o soprar do vento,
o canto de um pássaro,
as folhas secas que viram pó
quando eu piso.
piso.
na sombra.
Geração de cavadores de poço, cegos para luz, amantes da sombra.
Somos a geração com corações invertidos e pensamentos perdidos.
Já não importa o que você sinta, nada sinto.
Foi Minha indiferença que te carregou hoje cedo para terapia?
Ou seu acumulo de desafetos que dizias que nunca te abalaria?
O rei Davi disse: ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei a mal algum.
Só se pode não temer esse tipo de "mal", quando se passa pelo vale da sombra da morte.
É o único meio para se saber se se está pronto para temê-lo ou não.
"Um dia, o sol admitiu:
Sou apenas uma sombra,
quisera poder mostrar-te a infinita incandescência
que lançou minha imagem brilhante.
Quisera poder mostrar-te, quando você se sentir só ou na escuridão,
a surpreendente Luz do seu próprio Ser."
Sem luta não há vitoria, apenas espectadores omissos, que dormem à sombra dos heróis. Quem pode contar a história? Somente quem delas tem memória, porque lutou!
Uma pessoa vazia
Eu costumava ser
A sombra da minha vida
Pairava sobre mim
A INVEJA!!!
A inveja, essa sombra ardilosa que se esgueira pelas mentes frágeis, é uma prisão sem grades, um veneno que envenena o invejoso antes de atingir o invejado. Ela é um desperdício de energia e um emaranhado de ressentimento que sufoca a própria alma.
Quando a inveja reina, a felicidade alheia se torna uma ofensa, o sucesso do próximo se transforma em motivo de amargura. Mas, oh, como é triste viver nesse mundo estreito, onde a alegria se transforma em ameaça e a conquista alheia é vista como uma perda pessoal.
A inveja é a incapacidade de reconhecer a própria luz, de apreciar as próprias virtudes e talentos. É como olhar para o céu estrelado e desejar que as estrelas se apaguem para que a sua própria luz brilhe mais forte. É uma ilusão tola, pois a grandiosidade não se mede pela diminuição do outro, mas pela elevação de si mesmo.
Que pena é desperdiçar preciosos momentos de vida envoltos na teia da inveja, quando poderíamos nos inspirar nas conquistas alheias e transformar essa energia sombria em motivação para alcançar nossos próprios objetivos. Que desperdício é sufocar a admiração em nosso peito, quando poderíamos aprender com aqueles que já trilharam os caminhos que desejamos percorrer.
A inveja é a antítese do crescimento, a negação da gratidão, a recusa em reconhecer a própria capacidade de brilhar. Liberte-se desse cárcere silencioso e abrace a verdadeira abundância que a vida oferece. Celebre as conquistas alheias como uma vitória coletiva e veja como a abundância floresce em sua própria existência.
Lembre-se, o invejoso é prisioneiro de seu próprio veneno, enquanto aquele que encontra inspiração nas realizações alheias se torna protagonista de sua própria jornada. Desperte para a beleza de ser autêntico, de cultivar seus talentos e de se alegrar com o sucesso do próximo.
Que a inveja seja apenas uma lembrança distante, uma sombra que se dissipa na luz de sua própria grandiosidade. Seja a pessoa que admira, a pessoa que inspira e a pessoa que brilha com uma luz tão intensa que ilumina o mundo à sua volta.
Não se abale com a cópia. Ela é apenas a sombra que prova que a sua luz é forte o suficiente para inspirar o caminho dos outros.
DIÁLOGOS COM A SOMBRA
Eu te ignorei por anos, trancada no sótão da mente
Doeu menos fingir que eras obra da poeira e do tempo
Mas nas noites de insônia, quando o mundo desmaia
Sinto teu peso no colchão, um afundamento calmo, lento
És o hóspede não convidado que paga aluguel em silêncio
A parte da história que nunca me contaram completa
A raiz que cresce na direção oposta da flor
A única verdade que minha alegria aceita discreta
E hoje, cansei da guerra. Baixei as armas da razão.
Abri a porta do sótão e disse, sem triunfo, apenas:
"Entra. Já que insistes em habitar esta casa,
ao menos vem da penumbra. Vamos ter uma conversa,
afinal somos inquilinos do mesmo osso, da mesma carne,
dividimos o mesmo teto quando a tempestade desaba."
Refrão:
E assim começou o diálogo com a sombra:
"O que queres de mim, além do medo que já te dei?"
E ela, feita de vozes antigas e pó de espelho:
"Nada que já não seja teu. Apenas devolver o que esqueceu de ser.
Sou a cidade submersa sob teu mar de tranquilidade.
O nome que riscaste da tua própria biografia.
Não vim para te destruir, apenas lembrar-te
que a luz que tanto cultuas nasceu da minha geografia."
Confessei meus segredos mais claros, os de pleno sol
Ela riu um riso de terra: "Ingênua. Esses não interessam.
Fala-me da inveja que vestiste de ambição.
Do ódio que baptizaste de 'justiça'. Da crueldade
que chamas de 'franqueza'. Dos desejos que afogas
no álcool da resignação. Desses sim, somos parentes."
E eu, sentada no chão com meu duplo noturno,
vi minha história reescrever-se com tintas diferentes.
Ela mostrou-me as feridas que eu causara e chamara de 'conquista'
Os amores que asfixiei em nome do 'amor próprio'
A criança que abandonei no caminho da 'maturidade'
E eu chorei. Não de arrependimento, mas de reconhecimento.
Era como ler um livro escrito em língua estrangeira
e descobrir, página após página, que era a própria história.
A sombra não era monstro. Era o arquivo, o repositório
de tudo o que joguei fora para brilhar na memória
E assim seguiu o diálogo com a sombra:
"O que faço contigo agora, se já não te posso temer?"
E ela, feita de silêncios e verdades truncadas:
"Integra-me. Não como inimiga, mas como contraponto.
Sou o contorno que dá forma à tua luz.
A nota grave na tua melodia.
Sem mim, és apenas claridade sem definição,
uma bondade plana, sem história, sem profundidade, sem dia."
Bridge (Musical: cresce para um clímax orquestral, depois cai em absoluto silêncio por 2 segundos)
E no ápice do confronto, veio a quietude.
A rendição. A sombra não se dissolveu em luz.
A luz não venceu a sombra.
Elas apenas... se reconheceram.
Dois rios correndo no mesmo leito.
Dois vocais na mesma canção.
E eu, que era a guerra,
tornei-me o campo de batalha pacificado.
E depois, o próprio tratado de paz.
Outro (Sussurrado, sobre um piano solitário que retorna):
E agora carrego-te comigo. Já não és um fardo às costas.
És a mochila com as provisões para a noite.
Aprendi a linguagem das tuas pausas,
e tu aprendeste a melodia dos meus desejos aceites.
Já não sou 'eu contra ti'.
Somos... um nós.
Uma alma com suas nuances.
E quando a luz do dia me define,
és tu, na penumbra, quem me dá dimensão.
Obrigada, estranha.
Minha mais íntima estrangeira.
Minha sombra.
Minha... dona de casa
Destino incerto
Uma casa perdida na floresta escondida pela sombra das grandes árvores,
a chaminé acesa dando a posição do nada no meio sereno da solidão,
entre as belezas e as dúvidas do silêncio o charme do barulho do pequeno rio e dos pássaros chamavam a atenção,
escurece lá fora, a lenha queima, o cheiro de chá forte é percebido e comentado pô os animais uivantes,
o frio da selva noturna chega acompanhado da saudade e pedem para se sentar,
mesmo sem plateia as lembranças de um passado próximo começam a dar um show,
olhar parado no tempo, lágrimas secadas pelos ventos, surra bem dada pelos sentimentos, a necessidade e a dor dançando juntas ao relento,
fogueira baixa, chaminé acesa, porta fechada, uma decisão é tomada,
ao amanhecer, mochila nas costas, muitas incertezas, porém muita coragem para caminhar na estrada sem destino.
