Sociedade
Debaixo desse verniz de uma consciência moral conservadora há um claro sentido de superioridade medrosa.
Podemos nos sentir nostálgicos por algo que aconteceu há dois anos, porque o mundo inteiro mudou nesse período.
Injustiça, a pobreza, a escravidão, a ignorância - estes podem ser curados por reforma ou revolução. Mas os homens não vivem só pelo combate dos males. Eles vivem por objetivos positivos, individuais e coletivos, uma grande variedade deles, raramente previsíveis, às vezes incompatíveis.
Se, como acredito, os fins dos homens são muitos, e nem todos são, em princípio, compatíveis entre si, a possibilidade de conflito - e de tragédia - nunca pode ser totalmente eliminada da vida humana, pessoal ou social.
A dignidade do homo sapiens é precisamente essa: a percepção da sabedoria, a demanda do conhecimento desinteressado, a criação de beleza. Fazer dinheiro e inundar as nossas vidas de bens materiais cada vez mais trivializados é uma paixão profundamente vulgar e inane.
A maioria deles preferia protestar do que fazer o trabalho pesado para tornar o mundo um lugar melhor.
O pântano disfuncional de interesse próprio inescrupuloso conhecido como Washington, D.C. era certamente tudo menos perfeito.
As pessoas boas não precisam ser chatas. As partes realmente interessantes da vida são aquelas das quais não somos testemunhas. Porque o homem que decide apertar a mão do próximo, ou ajudá-lo a cortar a grama... Eles é são os verdadeiros heróis!
Estou cansado de tentar falar com as pessoas. Eu não acho que você possa mudar as pessoas. Eu acho que as pessoas precisam ser forçadas a fazer a coisa certa, então não estou interessado em tentar mudar a opinião dos outros.
Esta pandemia escancarou e tornou oficial algo que a gente já sabia. Educação e Cultura não são consideradas atividades essenciais pela sociedade.
A maioria das pessoas não está preparada para enfrentar seus monstros internos e se posicionar frente à sociedade como elas realmente gostariam de ser.
Sabe quando a gente sobre uma escada? Os pés vão um atrás do outro, como aprendemos desde crianças. Mas a alegria dos primeiros passos se perdeu. Ao crescer, nos modelamos segundo o andar dos nossos pais, dos irmãos mais velhos, das pessoas às quais somos ligados. As pernas agora avançam com base em hábitos adquiridos. E a atenção, a emoção, a felicidade do passo se perderam, assim como a singularidade do andar. Nos mexemos acreditando que o movimento das pernas é nosso, mas não é, uma pequena multidão sobe com a gente aqueles degraus, e a ela nos adequamos: a segurança das pernas é apenas o resultado do nosso conformismo. Ou se muda o passo e se recupera a alegria do início ou nos condenamos à normalidade mais cinzenta.
