Sinto falta do meu Passado
Larissa,
Seu caminho faz tracinho no meu rostinho, vira sorriso tão leve, tão branquinho!
Quando se vai me deixa no mar, desce a cachoeira dos olhos "Shua, Shua", daria até pra nadar "lalá-la"
Quase não me esquivo da sua formosura, acho tão bonito o escurecer do cabelo no negro da pele
É diferente aquele canto "Lala", que encanto! Paguei com paixão a tão cobradora senhora ilusão
No requebrado da cintura, quem saiu quebrado foi meu coração
Eita apego! Quando o frio vem batendo, me empresta aquele coberto que chama de abraço
" Lalá-la" Por quê se foi? Deixou-me como um cavalo, sem um dono pra dar galope
Bichinha perversa "lala" se foi com tanta pressa que não esperou nem as lágrimas secar
Queria que fosse boa a profissão de soldador, pra remendar cada pedaço que deixou
Que tipo de passarinho virou "lala", o ninho do meu peito ta vazio, não escuto seu piado lá.
Hoje acordei no inverso ( Parte-1)
Hoje acordei e dei de cara com o espelho, que me dizia meu filho você é feio!
Era tão sincero e tão claro, vi um cara de terno e gravata na mira de uma quadrada, policial pedia o documento e dava tapa
Hoje eu vi o asfalto da cor da faixa de pedestre todo branco
E olha só ali é o Lazaro Ramos declarando a igualdade racial, onde qualquer que seja empresa deverá ser da cor das TV antiga, preto e branco
Olhei no muro dava pra ver os negros do futuro, sem correntes, correndo livremente
Passei meu pão de versos poéticos, diretamente na chapa estudantil, vários alunos comeram sem recheio, todos eles entenderam, não existia mais analfabetos no Brasil
As musicas tocavam nas ruas, mas de alguma forma invadiam o coração que pulsava em cada casa, existia letra no que se tocava
A viam tiros todos os dias, a cada bala de açúcar que acertava inocentes crianças, mais energéticas ficavam
Fui até o centro do inverso mundo, encontrei Jesus, Oxalá, Buda, entre outros grandes das crenças, Deus com todos eles no colo, cantando mais uma de suas musicas de ninar
Encontrei minha grande amiga, que alguns haviam achado que morreu, esperança a quanto tempo?
Dei um abraço nas lembranças do passado que sempre me dizia nos dias ensolarados :- Meu filho, leve o guarda-chuva!
O céu estava azul bebê, livros batiam suas asas
A chuva caia com suas gotas de conhecimentos
O padrão de beleza, era perfeito Einstein se estampava em várias capas de revistas
Os competidores do neuro-cultural, exibiam seus gominhos cerebrais
Era um dia lindo, enquanto a mim, eu estava deitado em cima da rede de jornais.
Limpo e sujo minha poesia, minha lírica, meu romance. Limpo e sujo sempre!
Sou perverso!
Per/verso.
Pé
Verso
E quanto mais pé tem no meu verso, mais caminho na poesia.
Quanto tempo faz que você não vem mais por cá.
Só sei que meu pensamento, sempre vai.
Tua voz aqui, não deixa-me dormir, sei lá.
Quero fugir daqui.
Seu abraço é forte, o meu coração é de vidro, pode destruir.
"Não vai."
Destruiu.
Até quando me olha, eu fico desmanchado de ver que a nossa história, se perdeu por erro meu, você não é santinha e sabe que também falhou.
Mas ainda sinto o cheiro de começo desse nosso amor.
Das palavras que deixaram inteiramente por um gole.
Do momento que amor estava lá, tão presente que a gente não pode errar.
Vou deixar o simples e o dificil, pra lá...
Depois de te amar não quero, mais nada.
