Silêncio
Talvez seja um Adeus
Talvez seja um adeus, sem voz, sem porquê,
um silêncio que parte antes de se ver.
Um gesto contido, um olhar que se vai,
como o vento que toca, e depois não volta mais.
Talvez seja um adeus, ou só um até logo,
mas algo em mim arde como brasa no fogo.
Se for despedida, que leve a verdade:
amei-te em silêncio com toda a saudade.
Ninguém Viu" – por Wallace de Oliveira Silva
Ninguém viu quando chorei no silêncio,
nem quando segurei o grito com um sorriso.
Fui forte pra todos, menos pra mim.
E ainda assim… ninguém notou.
Fui abrigo pra quem só sabia partir.
Estendi a mão pra quem já vinha armado.
Falei de paz, recebi guerra.
E ainda assim… eu fiquei.
Me chamam de ingênuo,
mas não sabem o quanto eu sangrei
pra continuar Não sabem quantas vezes eu me perdi
pra não perder o outro.
Cresci onde amor era luxo,
mas eu dava de graça.
Sonhei onde era proibido,
e mesmo assim… continuei sonhando.
Não é fraqueza querer ver o bem no outro.
É coragem.
Coragem de ser luz,
mesmo quando só te entregam escuridão.
Saudade
Saudade é o nome
daquilo que mora em silêncio no peito,
e faz barulho no olhar.
É ausência que pesa,
lembrança que toca,
tempo que não sabe voltar.
É quando a memória abraça,
mas o corpo sente falta.
Quando o riso vem fácil,
mas o coração falta.
Tem cheiro que chama,
voz que ecoa,
detalhe bobo que emociona à toa.
É querer ver de novo,
mesmo sabendo que não dá.
É conversar com o pensamento,
é esperar sem esperar.
Saudade é o espaço entre dois tempos,
entre o que foi
e o que talvez nunca volte a ser.
Mas mesmo doendo,
ela mostra:
aquilo que existiu valeu viver.
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É preciso estar em silêncio.
Não o silêncio de fora —
o de dentro.
Aquele que vem quando a alma
para de se explicar.
Só assim. Só no vazio do ruído
é que as coisas miúdas falam.
E elas — tão pequenas —
são as mais belas.
Porque são as únicas verdadeiras.
A cachoeira escorrendo sobre as pedras,
sem pressa de chegar.
O pássaro tecendo o ninho,
com o mesmo fio do tempo.
A semente rachando o solo,
num instante que ninguém vê.
As coisas pequenas —
essas, sim, sussurram em maiúsculas.
São tímidas, como o amor
quando ainda é um segredo.
Mas belas. Inteiras.
Mas a paixão...
ah, essa berra.
Espetada no peito,
atropela as frases,
rouba o fôlego e o sentido.
E cega.
E ensurdece.
E transforma o outro
num eco do que falta em nós.
O amor não.
O amor é a pausa.
Espera a febre passar.
Senta ao lado.
Não exige.
Olha —
e reconhece.
Só quando tudo se aquieta
é que o coração entrega
sua palavra crua.
Só quem para — de verdade —
ouve, enfim,
o que as bocas nunca disseram.
E então, no silêncio que sobra,
toca o impossível:
ser entendido
sem precisar falar.
Conexão
Tem coisa que não se explica,
só se sente.
Um olhar que atravessa,
um silêncio que entende.
É pele que reconhece,
alma que se enrosca,
energia que dança
sem precisar de resposta.
Não é só corpo,
é encontro.
É quando o tempo desacelera
e o mundo vira nós dois — pronto.
Conexão é isso:
não força, não cobra,
só flui…
e vicia como se fosse obra de outra vida.
Te amo meu filho
Perdi meu anjo com cinco meses,
Silêncio gritou dentro de mim por vezes,
No quarto, só ecoam as preces,
O mundo seguiu… mas eu fiquei nas mesmas.
Barriga vazia, coração pesado,
Um amor tão puro foi levado,
Nem vi o sorriso, nem ouvi o chamado,
Mas sinto a presença do meu ser amado.
Plug no beat, lágrima no chão,
Cada rima é um pedaço do meu coração,
Falo com Deus, mas sem explicação,
Por que levou minha luz, minha razão?
Fiz planos, imaginei o rostinho,
O jeitinho, o choro, o carinho,
Agora só resta um vazio fininho,
Que corta a alma feito espinho.
Mas sigo, porque ele vive em mim,
No meu peito, guardado até o fim,
Na brisa que toca, na luz do jardim,
Meu filho virou estrela, tá olhando por mim.
Em silêncio ouvia às estrelas.
– Porque pararam de falar do céu?
Ele, que assiste todas as histórias,
sorri, e chora sem ir embora.
O teu silêncio grita alto,
como um vazio sem fim,
e mesmo perto do teu corpo,
você não está mais em mim.
Sentir o silêncio significa ouvir um pranto sentido, mas não derramado, de um escritor que foi morto pelas palavras falseadas.
O levar dos minutos arrasta a realidade e ao atravessar o silêncio de uma ponte de névoa eu me transformei em neblina.
O vazio diz para a esperança desistir porque nada tem sentido. A esperança afirma que ela é palavra e concreto, indestrutível e incorruptível.
Vida e morte se encontram no mesmo instante e o que é eterno morre e renasce no mesmo insight das palavras não ditas, mas sonhadas.
Existidor – mistura de existir e dor.
Exemplo: Ela existidou até o último instante.
A alma é para o tempo assim como o corpo está para morte. A alma se esvai com o tempo, assim como o corpo se esvai para a morte.
Um estado pusilânime se apossou dos convidados em coro lastimável entremeado de dor e silêncio.
No seu quarto silencioso a dor apareceu como um fantasma e ela em meio à sua solidão desértica derramou seu pranto fúnebre.
Daria voz à melancoalegria, mistura de melancolia e alegria. Seria uma alegria triste, como o sorriso da Mona Lisa.
Ser humano é dançar com as estrelas no espaço cósmico.
Simbora pensar...Uhul!
Sabe, o silêncio pode ser belo quando escolhido, mas doloroso quando imposto.
Mesmo em Silêncio, Escrevo
Peguei a caneta, o papel estava ali,
Mas a mente calou, nada quis surgir.
Ainda assim, firme, eu insisti,
Pois sei que alguém vai parar pra refletir.
Tem gente que olha e diz: "Isso é pra alguém."
Outros leem e comentam: "Isso me faz bem!"
Uns acham loucura, outros, verdade,
Mas sigo escrevendo com sinceridade.
Não escrevo por aplausos ou por multidão,
Mas pra tocar uma alma em solidão.
Se uma vida pensar e se transformar,
Já valeu a pena continuar.
Quando a alma se recolhe em silêncio absoluto, o tempo fica suspenso no ar. Ele não se move, nem para frente, nem para trás. Fica inerte, pois é a alma que dá vida ao tempo. Bailam ensinando ritmo à vida.
Nos zoológicos animais aprisionados sobrevivem sem alegria. Cercados, mudados, são privados de sua vida natural. É um espetáculo lúgubre para pessoas sem consciência que admiram a tortura lenta e arrastada de seres que, com vida, já não vivem.
Ela se vestia de ausências para não ser tocada. Ela se exímia de significado para que mãos intrusas não a violassem. Ela era feita para ser apreciada, tocada apenas por olhos sensíveis.
Lembrar é trazer para o presente uma pintura renascentista. Ressuscitar é pintar a própria renascença, novamente com força original. Lembrar é uma forma vulgar de retomar imagens. Ressuscitar é recriar a realidade extinta com as cores da simbologia.
Esperançar é a mistura de esperança e esperar. Não é um neologismo estático, passivo, pois a esperança aponta para a urgência, para a solução. Esperançar é esperar no agora, no momento oportuno, em que cada palavra encontra a sua ressonância.
Uma ponte feita de palavras não ditas é o mesmo que uma ponte feita de sussurros. As palavras não ditas vibram e transportam o significado de uma parte a outra. Pontes são sempre ligação entre o afirmado respondendo o não dito.
Todo finito contém o infinito. O infinito grandioso, imponente, materializa-se no finito. A linguagem é infinita e se recria a cada instante, já a palavra é finita, mas carrega em sua essência o infinito. O universo é infinito, mas o ser humano é finito. Dentro do ser humano cabem todas as estrelas e o universo. Há uma dialética entre o infinito e o finito.
Há um relógio que marca as horas do coração. Quando ele para o coração sente algo como a indiferença, e tanto faz viver quanto morrer, no coração inerte nada pulsa. Apenas os sentimentos podem consertar esse relógio, seja a compaixão, o amor, a amizade. Os dois em sincronia marcam o pulsar da vida.
Há uma constelação que simboliza a mente de alguém que pensa demais. Chama-se Além Mundo. É uma constelação que sempre se alimenta de pensamentos e questionamentos. É para lá que vão as almas cansadas da vida terrena.
Há uma dança entre o que se sente e o que se pode dizer. Tudo pode ser dito, mas tudo convém. O que queremos dizer mora em pedaço do cérebro que morre de inanição das palavras não ditas. Quantas palavras de amor eu falaria se houvesse eco em ouvidos sensíveis, mas elas se encontram caladas, encarceradas em nossos sonhos não permitidos.
Meu diálogo com o Tempo
Falo com o Tempo
como quem costura cicatrizes
com fios de silêncio
Ele me escuta
com os ouvidos de antes
e os olhos do que ainda virá...
Às vezes
Ele me responde
em rugas poéticas
ou
em brisas madrugais..
Noutras
apenas me olha passar
como se eu
fosse uma estação
ainda à se definir
entre o ontem, o hoje
e o que ainda virá...
Já tentei silenciar o Tempo
mas Ele tem a língua das marés
a voz dos calendários vencidos
e dos sonhos por vencer...
Na calmaria da solidão
Aceito o silêncio
E escuto minha alma
Que chora copiosamente
Por saudade
Do barulho que você
Causava em meu coração.
🜂 “A alma que sangra em silêncio não é fraca. É sábia demais pra gritar onde ninguém escuta.”
Vivemos em um mundo onde a superficialidade grita, e a profundidade apanha calada.
Ser forte não é sorrir quando tudo desaba — é olhar o abismo, conversar com ele e voltar inteiro.
É aceitar que a dor não é derrota, mas depuração.
Que o caos não é falha, é fornalha.
E que os que mais curam são os que mais foram quebrados.
Quem nunca se esfarelou por dentro jamais entenderá o peso de um “tá tudo bem” dito com os olhos vazios.
Nietzsche diria que é preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela dançante.
Mas eu digo mais: é preciso morrer em si mesmo…
e renascer consciente.
Mais frio.
Mais sóbrio.
Mais livre.
A verdadeira força não faz barulho. Ela observa.
Ela recusa o papel de vítima.
Ela transforma dor em direção.
Não é sobre vencer o mundo. É sobre não se perder de si mesmo.
— Purificação
Os meus quatro motivos não cabem em palavras simples:
No silêncio, é tua voz que me traz de volta.
No fracasso, teu toque reacende o que pensei ter perdido.
Na tristeza, teu beijo dissolve dores que ninguém vê.
E na vida... é o teu amor que me reconstrói, todas as vezes que me sinto em pedaços.
É por isso que, mesmo sem entender tudo, eu sei — você é o motivo de eu ainda ser.
Carrega um peso cruel
não quer viver esse fel
Em silêncio, sempre sorrindo
passo a passo vai seguindo
Lírio do vale, beleza inefável
alma valente, lutas diante o véu.
Grito Silencioso
No silêncio da noite, meus pensamentos lutam com uma intensa vontade de te amar.
Te busco em cada sombra, em cada brisa, como se o vento soubesse onde te encontrar.
O tempo é uma roupa com saudade do algodão.
Entre eles havia o silêncio que antecedeu o big bang.
A porta estava aberta, mas ele não sabia mais sair.
Ele chorava a despedida, mas sua amada segurava sua mão.
Ele era uma bomba atômica com a aparência de um filhote de gato.
Ele era um feto em estado permanente de gravidez.
Ele construía uma escultura na areia como se fosse de bronze.
Ele tinha palácios, mas as camas eram feitas de espinho.
Ele tentava dizer, mas não tinha gesto nem cordas vocais. Estava paralisado como uma estátua.
O amor era tão profundo que a não reciprocidade anunciava a morte do sujeito que ama.
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