Silêncio

Cerca de 21500 frases e pensamentos: Silêncio

⁠O CERRADO LÁ FORA

Quanto o manto da noite veste o cerrado
O silêncio invade a alma numa melodia
Num versar tão sensível e tão sossegado
Tal uma sensação de uma erudita poesia

As estrelas no céu, alvacentas e luzidias
Numa harmonia em seu encantado voo
Bailam pra lua em parceiras companhias
Celebrando a magia dum dia que acabou

Escura, sombria, duma vastidão gigante
Odorante, e de um singular inteiramente
Belo, significante, muito a todo instante

E nesta quietação mouca dorme a flora
Numa sedução, e fascínio tão inocente
Do embalar da noite no cerrado lá fora...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26 setembro, 2021, 20’44” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠"Subir na vida sem descer ao espírito é cair em silêncio."

Inserida por Guellor1996

dorido

a lágrima exibi
o silêncio, é palavra, ato
o revés, bisturi
que corta de fato

teu sentido, teu tato

a emoção contamina
perfura a razão
nos olhos neblina

sofreguidão

na despedida
no gemido
na partida
no laço corrompido
na magoa proferida
no desejo proibido
na luta vencida
o não no pedido

sem amor
é dorido
nunca acolhedor...

do perdão devedor

Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

O tempo prostrado

a inação
está parada
no céu são

nuvens em silêncio, calada
lutuosa trova uma canção
numa voz desafinada

é o tempo prostrado, catão
os olhos do pensamento
fixos na imensidão
sem qualquer argumento
sem ocupação

seria a perfeição
este estado
da alma em infusão
do corpo amuado
submerso em meditação

ou será o pecado
da solidão...

Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

Mãos vazias

Eu me esqueci na portaria
Do silêncio árido do cerrado
Me perdi no hall da fantasia
De um passado inexplicado
Pensei ter tido só a alegria
Vi que nem tudo é alegrado
O armário está de porta vazia
Confundi o fado com legado
Achei que sendo, seria cortesia
Vi que embutido, sou parado
E nesta surpresa oro teimosia
De um solitário sem sinfonia
De um poeta sem a poesia
Mi vi de mãos vazias...

Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

QUARESMEIRA

Floresce em fascínio e reflexão
A Quaresmeira em sua poesia
É silêncio, alma, esplendor, perfeição
No céu do cerrado colorido de magia
Encanta, embevece, nos conduz
Quaresmeira eterna emoção
Simplicidade ,saudade, luz
Aos olhos passo a passo canção
Quaresmeira desabrocha a promissão

Inserida por LucianoSpagnol

...na saudade, no silêncio
a lembrança assenta
Mãe não morre, ausenta.

Inserida por LucianoSpagnol

Saudade em silêncio

Hoje é celebração em lembrança
Da tua ausência, forte presença
Que no peito floresce em dor,
Lança atravessada no meu amor, sentença
De tua falta, do teu total silêncio
Que na saudade se lamenta
Mãe não morre, ausenta!

Inserida por LucianoSpagnol

Assim como do fundo da solidão
O silêncio emudece
A voz da saudade cala o coração

Inserida por LucianoSpagnol

Assim, como do fundo da solidão
O silêncio emudece
A voz da saudade cala o coração
Com mutismos que a alma conhece

Inserida por LucianoSpagnol

Pausa

A saudade em mim fez pausa
Ficou em silêncio, está muda
Não sofro mais por sua causa
Não vou mais buscar tua ajuda

Hoje fiz um intervalo no poetar
Solitário. Pois tenho companhia
Das estrelas que me fazem viajar
Da poesia meu remo na travessia

Larguei tudo. Tento só harmonia
Simetria em cada verso, cada rima
No sorrir busco a sorte em parceria
Caneta e papel riscado com estima

Hoje fiz interrupção nas lágrimas
Gota d’água somente as do céu
Não mais ficarei chorando lástimas
Pois o amor da solidão não é réu

Luciano Spagnol
23/10/2015, 08’31”
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

É noite no cerrado

Cai a noite no cerrado
E o silêncio floresce
Estrelas lado a lado
Da lua que se oferece

Junto vem a melancolia
Inundando o imaginário
De sonolenta monotonia
No poetar de um solitário

Já não se ouve a vereda
Comigo o breu algemado
O sono na inação enreda
Na noite que cai no cerrado

Luciano Spagnol
Fim de maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Sinto a solidão anoitecendo
O frio escorrendo pelo cerrado
O silêncio já se emurchecendo
E o olhar no caixilho debruçado
A lua então querendo se abrasar
Na aridez do chão cascalhado

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

A noturna

Sinto a solidão anoitecendo
O frio escorrendo pelo cerrado
O silêncio já se emurchecendo
E o olhar no caixilho debruçado
A lua então querendo se abrasar
Na aridez do chão cascalhado

É breu solitário e ressequido
Onde não há capa nem blusa
Para aquecer o espírito doído
E amparar a solidão reclusa...
É um vil rugido diluído no ar
É uma agrura na alma infusa

Não sei com que me agasalhar.

Luciano Spagnol
Início de julho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Aprendendo com o silêncio a ouvir.
Pra os uivos dos sons, poder sentir

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

No silêncio também
tem porém...

Inserida por LucianoSpagnol

Memorar. Um ano. Que importa o ano? Talvez
somente para lembrar os suspiros de tua ida
do silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

UM ANO SE PASSOU, naquela madrugada, o seu silêncio escreveu saudades e com ele sua morte trazia...
Acordaste do sonho da vida, e tuas lembranças nós acolhia.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Saudade em silêncio

Hoje a celebração é em lembrança
Da tua lacuna, forte é sua presença
Que no peito enflora em dor, lança
Que atravessa o amor, em sentença
Sinto falta neste silêncio, da aliança
Interrompida. Que a saudade lamenta
Reza, medita, e na fé, firme é a fiança
Pois, afeto de mãe não morre, ausenta!

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO ATORMENTADO

Fere o silêncio da áspera madrugada
no cerrado, um árido vento plangente
que golpeia minha alma ali presente
com saudade em mácula mal curada

Busco iludir-me que o zunido em toada
nada mais seja que ilusão descontente
daquela que põe angústias na gente
para deixar solitário e a ventura calada

E o vento insiste, persiste e não desiste
cortando a paz da noite com ruído triste
avivando a dor em suspiro redundante

Se soubesse quanta nostalgia desgarra
o vento teria dó e não seria tão fanfarra
e muito menos nesta solidão tão falante

Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

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