Shakespeare sobre o Amor Soneto 7
A ESQUINA
sobre o vislumbre noturno, o anoitecer enobrece ao terno luar,
e as estrelas fazem um espetáculo para atrair o teu encanto.
o pincel que corre sobre tuas curvas
perpetram tuas cores abrolhando de teu manto,
e na fortuita esquina que se descobrira,
o brilho era volvido apenas para que tua figura fosse ressalvada.
foi então por teu imo minha coadjuvante,
esmero pela natureza, esta soturna melodia que lhe coubera
poderia ser ouvida até nos firmamentos.
esta beleza dissonante virou canção até para os desalentos ,
para cada olhar, uma penitência, cada beijo, um desejo,
cada tato, um pecado.
umvoz que aprecio bem, não porque era bela,
mas porque era tua.
diante daquele velho asfalto cinzento da rua que vivi,
logo passou a ser reluzir ,
porque quando chamava meu nome,
já me pegava a sorrir,
não porque era meu,
mas porque já passou a ser teu .
''Crise, triste, sobre a mira dos rifle, perfeitos pra protagoniza a quinta tragédia de Shakespeare.''
Você é dessas pessoas que se parecem com esses cometas que só passam uma vez pela terra e tals.
- dele para mim-
Fico triste em saber que todos os nossos planos se foram por água abaixo....
agora só resta momentos em nossa memoria
Moça
Moça ainda na mocidade
Moça que vive a puberdade
E desfruta da vaidade
Moça, não viverás eternamente na mocidade
Ou rodeada de amizade
Moça, é apenas uma verdade!
Uma criança que mal consegue soletrar o alfabeto
não conseguirá fazer bom uso
da leitura de um livro de Shakespeare.
Assim é um povo ignorante, politicamente falando.
Ainda que tente fazer escolhas corretas,
falhará em seu propósito.
A maturidade política é um processo
no qual o Brasil ainda engatinha,
e ainda continuará pagando caro por algum tempo
o preço de ter ingressado tardiamente na escola...
De tanta inspiração meus nervos convulsivos de agonia clamam por uma dose de ventura, minhas ilusões minha saudade e minha eternidade sucumbida.
Como a aurora da manhã o gosto do vinho glorioso o cheiro dos livros antigos, do salgado das lagrimas perdidas nas belas leituras melancólicas de Lamartine, Byron, Shakespeare.
Orgulho dos Leões
Eminente engodo é pensar que o orgulho não é a nossa principal fraqueza! Insidioso inimigo que, com sua vil peçonha, envenena as profundezas da alma dos incautos.
Conduz passos, articula reações, influencia na tomada de decisões, e deturpa o bom siso. Até no mais pretenso humilde reverbera o orgulho de não ser como os demais! Entre "ser ou não ser' a resposta para a egrégia questão é: "não seja!", pois somente um pode declarar, sem sombra de dúvidas, "Eu sou!".
Ser – ou dissolver-se ?
Eis o fio da lâmina acesa:
Suportar as flechas do fado,
ou erguer-se, alma indefesa?
É nobre calar o grito
ou guerrear no mais fundo obscuro?
Afogar-se em mares aflitos
ou lançar-se ao céu mais puro?
Na dobra entre dor e coragem,
o espírito hesita em vão.
há tempestades por estas margens
beirando cada decisão.
CLICHÊS vs TRAGÉDIAS
Sou shakesperiano assumido,
prefiro as tragédias aos clichês.
Gosto de entender que há realidade
em tudo que é belo,
e que há aprendizado
em tudo que é feio.
Sou romântico progressista assumido,
prefiro a devoção ao autocuidado.
Gosto de fazer existir histórias
onde só havia ilusão,
gosto de ver luz
no meio da escuridão.
Deveria eu assumir as tragédias
e então reproduzí-las?
Ou inspirar-me em clichês do cinema,
em histórias não vividas?
Prefiro viver uma história de cada vez,
um sentimento de cada vez,
para que quando a hora enfim chegar
haja tanta realidade que já não se sabe
se é uma tragédia ou um clichê.
NEM MESMO VAN GOGH
Tudo um dia
Se vai
Eu um dia vou partir,
Todos vamos partir
As flores vão murchar,
A água vai secar,
E nós humanos, vamos nos matar
Sabe a única coisa que não se vai?
A tamanha beleza
Daquela garota
Nem mesmo Van Gogh
Conseguiria achar
Uma palavra para a descrever
Nem Shakespeare
Iria conseguir canta-la
Monalisa teria inveja de
Uma pintura sua, maldito da Vinci,
Errou em sua escolha de obra
"Há uns tempos na vida da gente
Que é bem salutar relembrar
Tempos bons e urgentes
Tão rápidos em se passar."
"Busquei na alma vadia dos poetas
No êxtase das quimeras soberanas
Verdades voláteis e profanas
Provilégio dos magos e profetas
Vi na névoa a amazônia de savanas
Donde antes homens por demais atletas
Destilavam o suor de sua gana
Vi por cinzas as vidas da floresta
Composto inorgânico de baganas
Destruição e morbidez tão completas
Que a natureza, quem sabe leviana,
Sugerindo uma saída hipotética
Propôs novas vidas...
Mas não humanas."
Avanildo Moreira Mateus - 1995
Antologia Poética - Poetas em Altamira.
Altamira, teu segredo foi revelado
Você mata inocentes e inocenta culpados...
Culpados por Belo Monte...
Culpados por tantas águas
Que trazem no horizonte
Um rastro de violência
Escrita em muitas tábuas
Transformadas em cruzes
De flores adornadas.
E o que se faz?
Nada e Nada e Nada!
O fazer também JAZ!
"Por um instante o céu se esvaziou de nuvens e trouxe o sol, tão necessário quanto a chuva para a vida na terra.
Estamos tão sujeitos à vontade de Deus, que uns dias de chuva a mais (Nos tempos de Noé foram 40 dias e 40 noites, apenas) inundam terras que antes jamais imaginaríamos ser possível".
Somos um povo ingrato ante um Deus misericordioso!
"Dizem que o mundo é uma roda que gira.
Uma hora você está em cima outra hora, embaixo!
Acho que entendi: os ricos devem ficar no centro dela."
"Você pode cavar um poço ou optar por NÃO cavá-lo.
Todas as vezes que você guarda mágoa de alguém, de forma justa ou não, você está cavando um buraco debaixo dos seus pés.
Quanto mais mágoa, mais fundo o buraco fica.
Se isso continua, chega um tempo em que você olha para o alto e percebe que as paredes estão tão altas que você não tem forças para sair do buraco sozinho(a).
ENTÃO VOCÊ DESCOBRE UM 'BICHO' CHAMADO DEPRESSÃO.
Não estou dizendo que a incapacidade de perdoar é a única responsável pela depressão.
Estou afirmando que perdoar a quem nos ofende (agride, injuria, calunia ou acusa) é um preventivo poderoso contra a DEPRESSÃO".
