Sementes
Quando passo a vida fazendo planos,me assemelho ao agricultor que lança sementes.A chuva pode ser pouca mas algumas sementes hão de vingar.
Sinhá
Bom Dia, Sinhá.
Hoje o plantio está feito,
As sementes estão boas,
Mas me parece um pouco feio o tempo que se forma,
Sinhá...!
Sinhá - O que foi?
Escravo - O Barão açoitou sem motivo algum um escravo.
Sinhá - Como está o escravo?
Escravo - Esta de coração partido, é o melhor escravo, Sinhá.
Sinhá - Avise a senzala que irei cuidar pessoalmente de seus ferimentos.
Escravo - Obrigado.
Escravo2 - Sinhá não merece estar aqui na senzala.
Sinhá - O Barão é desleal, faz dos escravos o que quer, porque fez isso?
Escravo2- Fez porque me ouvir falar das sementes que plantamos, que é muito parecida com Vós, quando crescer será o mais belo campo,verdejante aos olhos de Sinhá, cheiroso como cabelo de Sinhá, que apesar de tempos dificeis, será forte de raiz e colheita farta.
Escravo2- Minhas se fecham mas pra Sinhá seram as melhores cicatrizes,porque lembrarei quando te ver sorridente ao campo verdejante sorrizo de minina.
Sinhá - Por que tanta doçura diante de tanta dor causada pelo Barão?
Escravo2 - Porque não tem coisa mió de ter Sinhá do Meu lado, me atrevo a te dizer que a Amo, mas não tenho esse direito nem poder de querer ser Feliz com Sinhá, meu coração sofre sem Sinhá, mas se alegra em vê-la Sorrindo,não chorando pelo Barão. - Mas deixemo de prozar porque as dor já ta passando. - Obrigado Sinhá por me cuidar e dá o cheiro de sua pele, o brii de seu oiá por mim.
Amanhã será outro dia.
Há quanto tempo estamos no fim dos tempos, quantos que já se foram falaram o mesmo e suas sementes cresceram diante do fim e no fim que seus olhos ainda em vida contemplaram; se acharam em caminhos e andaram, pernas firmes e passos fortes caminharam, sem medo, sem remorso, com a vista em seu caminho para que não pudessem viver a agonia do fim dos tempos a qual seus antecessores viram, viveram, temeram os acontecimentos diante de suas faces, acontecimentos esses que pessoas como ele eram a causa eminente do fim dos tempos, perdidos em passos tornaram-se andarilhos e com poeiras da estrada da vida se esconderam em meio à névoa no seu tempo.
Fui até meu jardim secreto; me armei de pá, ancinho, adubos e sementes.
Fui plantar cataventos. Por quê? O nome já diz; para que ventos os levem.
Meu jardim estava um pouco triste, a chuva da insegurança abatera-se sobre ele. Então sentei-me ali naquela pedra e esperei que a chuva passasse.
Enquanto esperava, imaginava meus cataventos, e eles giravam, giravam, e o vento divertia-se com seus rodopios que eram tantos, que dissipou a chuva. E as nuvens se abriram; um sorridente Sol se mostrou entre elas. E numa parceria inesperada, vento e sol secaram meu jardim.
Peguei minha pazinha, meu ancinho e trabalhei minha terra, esperançosa pelos cataventos. Lançara minhas sementes de verdes cataventos.
E esperei por eles, dias e dias, regados pela chuva da paciência e aquecidos pelo Sol da esperança. Finalmente nasceram, bonitos, perfeitos, rodopiantes bailarinos. Sorri de satisfação. Eram cataventos de montão.
Enfim cresceram. Para quê tanto catavento? Oras, porque só um não basta pro meu intento.
Então, escrevi uma mensagem em cada um deles. Eu pedi a sua volta. Fiz um mapa também, para o caso de você se perder, para não perderes o rumo.
Sou homem da terra, cultivo jardim secreto. Não sei nada sobre plantar garrafas no mar. Depois me explique o projeto.
Tudo pronto para o grande desfecho. Aguardo que o grande vento conciliador se aproxime e Zás! Liberto meus catadores de respostas. Um a um eles se vão em sua busca. Olhe para cima, eles estão à sua procura. Encontre-os. Encontre-nos!
Sentarei aqui, nessa pedra de meu jardim secreto e
esperarei.
Até que retorne o último catavento, trazido pela sua mão.
Volte. Dê meia-volta.
Que eu não tenha plantado em vão.
“Faça o amor nascer. Se ainda não há, ouse plantar as sementes certas. Os frutos de nossas conquistas se dão pelo que plantamos.”
Ainda que qualquer um possa contar as sementes em uma maçã, somente Deus poderá contar o número de maçãs em uma semente.
" Meras sementes dentre um mar de possibilidades...evoluímos dentre a terra para captar a luz dos céus...crescemos ora sozinhos, ora acompanhados...passamos por chuvas...pela seca...tempestades..tardes de primavera...vivemos em estações limitadas não pelo tempo,mais pela alma...
mesmo que não sejamos flores eternas...podemos saber que vencemos o solo...tivemos a dádiva do sol e a chance de acolher alguém sobre nossas folhas, lhe dando sombra e fôlego para continuar a jornada da humanidade no jardim da vida "
Sementes que me dera
Respirei o amor que me cerca e você zomba dele.
Cuido tanto das sementes que me dera.
Mas você sempre esquece de regá-las.
O amor não cresce sozinho.
Fico trite com quem joga sementes da maldade, mas fico ainda mais triste com quem promove a multiplicação dessas maldades.
Estarei plantando santas sementes, para florescerem,frutificarem,para fazer sombra aos viajantes e as aves dos céus pousarem!
Qualquer descrição seria pobre para tentar transmitir tamanha paz, lugares ainda vivos de sementes ora novas que exibem a sua maturidade em grandes envergaduras esverdeadas e braços fortes vividos algemados por folhas carregadas de luz...
Impossível interrogar a natureza... E se o fizermos não teríamos uma resposta, apenas olhe e viva o momento...
E eu continuo semeando sementes do bem e regando os jardins que existem nos corações. Porque melhor que ser uma flor, é conseguir desabrochar flores nas pessoas.