Se Voce Fosse minha Namorada
Eu odeio essa minha necessidade de ter que me autoafirmar nas pequenas coisas que eu torno gigantes, pra tentar impressionar gente que não ta nem ai pra mim.
Acordei! ...
Hoje sigo minha estrada
com calma e alma desarmada .
Sem pensar e premeditar quase nada .
Vou cuidando delicadamente
do meu interno jardim .
Dia após Dia
na plenitude da vida a florir
Um girassol no vento bailando
e por aí a sorrir
Sim ... Amadureci!
Vivo na tessitura dos segundos
Vestida de sonhos
e sendo Dona de mim
Ah... Só de mim !
Sim, continuo ...
Minha caminhada é longa
e a estrada não prevista
Ora a ferida me grita
Ora a intacto me atiça.
Sou sobrevivente das oscilações
e tempestades da vida !
E tombo e tropeço e caio e submerso ...
Mas sempre volto à tona e me ergo .
Ah, eu sempre me levanto
com sede de busca e recomeço
É minha sina !
A minha amiga
a minha amiga eu não sei de onde veio
mas de lá trouxe tudo que podia:
o tempo que lhe falta na rotina
e se estende pela sua companhia,
a vontade de abrir o próprio peito
e abarcar esse mundo em um só dia
sem perder a leveza de sentir
o compasso que une a melodia
o que trouxe consigo a minha amiga
eu não sei se consigo descrever
é um pouco de tudo que eu já vi
mais um tanto de coisas pra aprender
é o sopro de vida que eu senti
quando a sorte me deixou escolher
que eu queria que fosse também seu
esse sangue que eu não pude eleger
à minha amiga ofereço o meu ombro,
o meu colo e a vontade de ficar
conversando como quem não quer nada
e desconhece a hora de parar,
o sorriso que de mim toma conta
ao dizer qualquer coisa sem pensar
pois é isso que ofereço e recebo:
a beleza de sentir sem julgar
o presente que eu dou à minha amiga
não tem fita, não tem laço, nem preço
é o que o espelho me mostra agora
e aquele jovem que eu já não conheço
é a dor que só vai porque demora
e aquilo pelo que mais tenho apreço
é o que vai sem medo de existir
pois não tem a sua morada endereço
ali surgiu, sem uma explicação
o que não tem nome e nunca vai ter
dali fluiu, sem uma só razão
o que a gente nunca vai entender
eu só queria, com muita afeição
não deixar pra depois e já dizer
que o tempo só vai dar a direção
pois és minha amiga e sempre vai ser
Não deixe as lágrimas ser as nuvens que atrapalham seu olhar, erga a cabeça só assim verá as estrelas, hoje o céu está lindo.
Crônica: Lembranças de minha avó Mulatinha.
São poucas, mas são boas as lembranças de minha infância. Essas lembranças me transportam para uma deliciosa viagem ao um tempo que não volta.
Lembro e muito da minha avó, ela tinha um cheiro peculiar um cheiro próprio, único e marcante que não se confunde com outro cheiro, um cheiro bom. E volta e meia eu sinto esse cheirinho gostoso, mas sem ter ela por perto. Tenho saudades do seu meigo olhar, e que apesar da avançada idade ainda sentia prazer em brincar.
Chamava-se Mulatinha: vó Mulatinha! Até esqueci que seu nome era Maria. Acostumei... Minha última lembrança são de seus cabelos branquinhos como flocos de algodão e que brilhavam como raios de luar. Não sei a magia das avós, mas sempre são queridas. Deve ser porque não querem ser mais mães, não querem educar e nem repreender; querem apenas ser amiga dos netos.
Não esqueço de minha avó: era carinhosa e sempre com um sorriso maroto como se tivesse compartilhando travessuras. As avós podem se dar a esse luxo. Dizem que elas deseducam os netos; tudo bobagem! Elas nos abraçam de amor. Um amor que hoje, já adulto, sinto saudades. Muitas vezes precisamos desse aconchego sem fronteiras e sem limites.
Lembro-me quando perdi minha mãe aos quatros anos, lá foi eu e meu irmão Nem, de mala e cuia para casa de minha vó, apesar de quase cega foi ela quem cuidou de mim e de meu irmão, por um bom tempo, depois meu irmão foi morar com meu tio Martin e eu ainda fiquei morando com ela. Que maravilha! Porém, tinha um defeito, vivia dormindo pelos cantos kkkkk. Numa destas 'dormidas', meu irmão e eu pegamos as tripas de uma galinha enrolamos no pescoço de nossa avó. Ficou um lindo colar. Mas aquilo quase a matou de susto, ficamos arrependidos, afinal não é moleza acordar com um colar de tripas no pescoço. Foi a primeira vez que ela ficou brava e falou serio.
Porém, no dia seguinte ao chegar da escola, minha patinete estava toda vestida com minha camisa e meu short, em cima da única cama da casa onde dormia nós três! E ela sorrindo, como se quisesse se desculpar pelo desentendimento do dia anterior.
Beijos, minha vó mulatinha, quem sabe um dia a gente se encontra num lugar bem mais bonito, onde você deve estar brilhando. Então poderemos brincar sem medo e sem contar mais o tempo; pedirei ajuda aos anjos para que me guiem por essa imensidão, e perguntarei, em cada canto, se eles não viram uma 'Estrela chamada MULATINHA' sapeca, com uma cabecinha branca e brilhando como raios de luar.
Saudades, vó.
Théo.
Crônica: Ailton sapateiro e a rua do socorro.
ALGUÉM AQUI LEMBRA DE SEU AÍLTON SAPATEIRO DO SOCORRO EM TIQUARUÇU?
– Oi, de casa! – gritávamos pela janela que dava para a rua.
– Instante só – vinha uma voz de quem parecia tirar um cochilo em outro canto da casa.
Estávamos de frente para a casa e ao mesmo tempo oficina de seu Aílton, sapateiro que há décadas se instalou na rua principal do povoado do SOCORRO, em Tiquaruçu, sua casa, continuava com o mesmo aspecto tosco de antigamente. A única que não recebia nenhum tipo de pintura ou reforma no meio das casas do lugar. Mas também um local onde funcionava o atelier de um grande artista.
Sapato todo esfolado, sem sola, com costura arrebentada? Seu Aílton tinha a solução. Bolsa de couro rasgada, sem presilha? Lá estava ele dizendo que dava um jeito. Quantas vezes vi seu Aílton resolvendo o que parecia ser impossível. Os sapatos chegavam em frangalhos e, dois dias depois, pareciam novos. Era trabalho feito com detalhe e precisão. E também alívio para clientes que resistiam a abrir mão de velhos e confortáveis calçados.
– Pois não, em que posso ajudar?
Era assim que sempre nos recebia seu Aílton!
Crônica de um domingo de praia.
Era certo, todos os domingos eu acordava as sete da manhã e chamava o meu amigo João de Dadinho para… Acordar!!! “Já vou”, dizia ele, “Já vou” e repetia isso quantas vezes fosse necessário até as 8 horas. Morávamos juntos, dividíamos uma kitnet em campinas de Pirajá. Neste intervalo - enquanto João se espreguiçava na cama – eu preparava a água oxigenada e o amoníaco. Todos - na nossa idade – diga-se de passagem, levavam esse “elixir” para a praia. Queríamos ficar com os pêlos loiros; só não me perguntem para quê? Acho que era moda. (os loiros pegavam mais mulheres e as loiras faziam mais sucesso) Quem tinha grana, não precisava se preocupar com isso, comprava pronto nas farmácias. Não era o nosso caso. Meu e de João é claro: dois duros. (Não importava) nosso desejo era chegar logo a praia de Piatã, onde encontrávamos os nossos conterrâneos de Feira de Santana, e alí, naquela bela farofa de frango e arroz, nos empanturrávamos até ficarmos “boiados”, como dizia a galera “das antigas”: boiados de prazer. E arrisco dizer, que a farofa, era de fato, o nosso prato principal. O nosso motivo maior. A força que nos impelia a estar alí todos os domingos. FAROFA! Ao sair, coloquei a água oxigenada e o amoníaco em um vasilhame de xampu, e partir com João para tomar o transporte no Largo de Campinas. Pegamos um Pirajá x Itapoã da ITT. Fui o primeiro a entrar. Sentei em um elevado, ao lado da cadeira do cobrador, e de lá fiquei observando João, que não conseguiu assento. João, ao contrário, foi pendurado na porta do buzu até a região de Jaqueira do Carneiro. O ônibus estava socado. E naquele dia parecia estar pior do que estávamos acostumados…De repente João olhou de maneira estranha para mim, fez sinal com os olhos de assustado e disparou: — Théo a água oxigenada! — Está ai na sua mochila, avisei sussurrando. — Eu sei mais está muito quente, ponderou. - É normal, concluir. E tomei a mochila no colo. Foi então, que percebi, a gravidade da situação. Tínhamos que tomar uma decisão rápida! e como dois criminosos estabanados, tiramos o saco com o vasilhame, e colocamos embaixo da cadeira do cobrador. Levantei do pequeno elevado e “me piquei” para o meio do buzu. “Tinha uma bomba loira comigo! e eu não queria, de maneira alguma, ficar com aquilo na mão!”. Uma senhora senta justamente no lugar onde estava. Pensei: “coitada, sabe de nada inocente”... e gentilmente pega as mochilas de duas garotas colocando-as despretensiosamente sobre o colo… A esta altura já estávamos na San Martins…De repente, ao passarmos em frente a garagem da São Luís - uma pequena explosão aconteceu embaixo da cadeira do cobrador. Uma explosão suficientemente forte para causar um transtorno dos diabos no coletivo. “A bomba loira!” pensei. Disfarçadamente olhei para o fundo do buzu e vi várias pessoas com espumas espalhadas por todo corpo. Não contei conversa! Pisquei para João, dei sinal com os olhos e partimos a mil entre solavancos e empurrões: “PeraíMotô! Esse ponto é meu!!!Gritávamos. E lá do fundo, para nosso azar o “terrorismo loiro”, era denunciado aos borbotões pelos passageiros: “Foi da bolsa dessa senhora”, gritou uma. “NÃO...as bolsas são dessas duas aqui!” disse outra, apontando o dedo para as jovens a sua frente. ”Como eu vou chegar ao trabalho agora desse jeito, parecendo uma maluca”, consternava-se outra. E enquanto isso, enquanto a espuma se espalhava sobre todos nós, eu e João, entoávamos um cem número de “Com licença! É aqui motô! E Pára essa zorra que eu quero descer!”. Moral da história: as vezes é melhor não sair loiro do quê queimado E finalmente chegamos a praia de piatã.
Domingo 23 de Novembro de 1986
Te desejo...
(Nilo Ribeiro)
Já não me controlo,
sou puro desejo,
hoje te exploro,
quero teu beijo
eu tenho pressa,
sou pura loucura,
faço promessa,
quero tua ternura
não é minha vida,
nem é meu jeito,
mas você é diva,
quero teu peito
não aguento mais,
já perdi o pudor,
já não tenho paz,
quero teu amor
é o abismo,
é o desconforto,
é o meu hedonismo,
quero teu corpo
de qualquer maneira,
como você quiser,
quero você inteira,
quero você mulher
quero te agarrar,
quero te arrebatar,
quero me entregar,
quero te amar
sem delicadeza,
com muita paixão,
quero você alteza,
quero teu coração
venha donzela,
acabou teu tempo,
meu corpo te espera,
ele é o teu templo
venha se encerrar,
venha se entregar,
venha meu corpo explorar,
venha meu corpo adorar
venha devasta,
venha e se aninha,
venha me abraça,
venha ser minha…!!!
Minha História - Alan Maiccon
Tudo começou na casa do pai
Ali certinho me fiz ser humano
Como criança é sem medo
de ser feliz
Eu brincava pra valer jogava pique esconde com os amigos
sorria alegremente para todos sem entender
Eu não podia perder aquilo que sentia de pequeno
Mais tive que mudar para me maturizar
Sem perder minha essência
E nobre consciência que tive que guardar oque nasceu meu
Eu acredito que seja Dom de Deus #
Minha história é uma infância pobrezinha
Em brincadeiras sorridentes de criança que tende ser inocente
Aos 14 fui me vendo diferente e vi que tinha algo ali
Que queria crescer
Comecei a trabalhar para vencer
Eu aqui estou contando pra vocês que venci meus medos
e meus jeitos
mais guardo aqui o pouco pra levar pra sempre oque vivi ali
Ó céus,
Sua presença é encantadora.
A surpresa de tua visita,
Desarma-me,
Encanta-me.
Ó, jovem senhorita,
Seja minha amada,
Seja minha amante.
Encanta-me com teu sorriso
Nos dias corridos.
Encanta-me com teu olhar,
Nas noites de luar.
Ó senhorita,
Seja minha,
Ontem
Hoje
Sempre.
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