Se eu Tivesse Asas
Alguma coisa fez com que eu me sentisse inferior, mas aí eu vi que essa coisa não era tão importante assim. Aí eu sorri.
Eu gosto de desafios, gosto de lutar pelo que acredito e quero, não tenho medo de lutas, guerras, nem mesmo de morrer…vou atras do sentido da minha vida e apesar dos meus entraves de alma, sou forte.
E lá, bem no fundo, eu sempre fui aquele medo infantil de errar, de perder as coisas por um descuido. E, talvez por ironia, eu sempre acabo perdendo mesmo, quem sabe por excesso de zelo. Olhando pra trás eu só consigo contemplar ruínas de sonhos gigantes, que nunca consegui tirar do meu sono e trazer pro mundo dos acordados.
O mais intrigante nisso tudo, é que aqueles destroços e cacos ainda brilham, como se pudessem voltar à vida em um simples estralar de dedos, e eu sorrio, um sorriso meio que triste, admito, mas sincero, e por instantes eu imagino como seria se tudo voltasse a se erguer, aí eu paro por um momento, e concluo que o que passou, passou.
Nada volta, por mais que ressuscite por alguns minutos, não pertence mais ao presente. Se passou tem que ficar no passado. Naquele cemitério lúdico de sonhos intermináveis, bonitos e felizes, mas que sempre serão sonhos, e nada mais.
Não diga nunca porque tudo tem um recomeço com meios para fugir do fim;
Me conte o seu passado, eu te revelarei para o seu futuro tão prematuro que se arrasta em dúvidas e então você tenha certeza de que as suas vitórias estão a tua espera.
"Já sei namorar. Já sei beijar de língua, então eu nem preciso estudar." - Disse uma adolescente grávida e que acha que a vida é fácil...
“Eu amo você mesmo brava,
mesmo chata,
mesmo sorridente,
mesmo com este olhar,
mesmo com tudo,
porque afinal quando se ama, se ama de todas as formas.”
Uma mentira, duas mentiras, três mentiras; se eu continuar acreditando no mentiroso, ele ganhou mais um amigo.
Não espere de MIM FALSIDADE, raiva, rancor, ódio. Não que eu seja PERFEITA, mas sim porque tudo isso só faz mal a MIM MESMA. Não espere de MIM desprezo, arrogância, MALDADE, não que eu seja a madre Tereza, mas sim porque tudo isso não faz bem a NINGUÉM. Não espere que eu escreva aqui só o que você GOSTA DE LER, a frase é no que EU estou pensando não VOCÊ.
Eu não tenho motivos para ser uma pessoa triste. Eu coloco na balança tudo aquilo que me faz bem. Do outro lado as pequenas coisas que me agonizam. E vejo que sou sim uma pessoa feliz. Em alguns dias a balança caí pro lado negativo. E então neste dia fico triste, mas somente neste dia. Até porque, estar não quer dizer ser.
Quer saber garoto sonho com você direto,gosto de você ainda.
E você ? nem lembra mais que eu existo não é !
Me desculpem por não ser perfeito... eu ainda estou crescendo, mas não me atrevo a pedir pra ninguém me esperar... pois, quando eu crescer, meus verdadeiros amigos estarão lá!
Quero-te por todos os quereres. Tudo o que sei. E nada sei dizer. O que queres que eu te diga, além de que te quero, se o que quero dizer-te é que sempre hei de
querer-te?
Não entendo as fotografias. Eu vivo a realidade das conversas e dos sorrisos online, e ainda assim tudo faz o mesmo sentido de antes, de quando estávamos dentro desses papéis brilhosos com sorrisos estáticos. Vejo uma coletânea de abraços escondidos por detrás dos corpos e o olhar formigando, é a mesma sensação. Mas minha vida precisa de um pouco de ação, nem que seja um vídeo, pra sentir que as fotografias se mexem, ou então relembrar que você tem tato, tem pele e coração. Eu até entendo a alegria das fotografias. Invejo-a na verdade. Felicidade intacta em que só posso tocar. Fotografia é onde você está parado ao meu lado, vivendo sua vida em outro lugar. Enquanto eu vivo observando a alegria na fotografia em que eu queria estar.
O telefone grita e eu logo penso ser meus amigos novamente. Trancado num sábado inteiro, detestando a TV, os insetos, as manchas na parede da sala e, cada vez mais, amando o meu sofá, meu cão e o cheiro de casa desarrumada. Mas aí eu atendo e é ela. É, ela com teu tom de voz misterioso e com um jeito de, só pelo telefone, já saber que eu não almocei direito, que eu nã
o corto minhas unhas e que minha barba está por fazer há dias. “Quero te ver”, ela diz. “Venha”, eu resmungo.
Ela diz que está vindo e eu já começo a arrumar a casa, a cara e até penso em dar um banho no cachorro. Espalho alguma essência pela sala, abro as janelas e tento, da minha forma torta, disfarçar qualquer solidão que me acompanha nesses dias de junho. Ela chega, sobe e o porteiro nem avisa mais. Abre a porta que insisto em deixar aberta e me pega de surpresa olhando CDs legais. Me pede para colocar Pink Floyd e deixar rolar a tal "nossa música". Eu sorrio e tento disfarçar qualquer vontade de agarrá-la de saudade.
Começa a tocar “Wish you were here” e eu digo que escolhemos uma música muito ruim para o nosso caso. Ela diz que tudo é real em nosso pseudo-relacionamento e que canções de saudades nunca saem de moda. Eu desconverso, numa eterna tentativa de não deixá-la saber que canto como um louco esta nossa canção em noites de frio, vodca e cânhamo.
Ela se deita. Elogia minha coleção de cervejas importadas e diz que meu cachorro precisa passear um pouco. Depois, transamos, trepamos ou algo assim. Tudo, menos amor. A gente se ajeita no sofá-cama, na blusa flanelada, no edredom velho e nas rodas de ciranda. Mas nunca no “amor”. Amor é palavra besta que fugiu do nosso dicionário e uma ilha desconhecida que não pertence ao nosso mapa-múndi.
Ela volta aqui como quem nunca saiu. Como quem brinca de se esconder em meus vinis. Como quem se veste dos meus quadros. Como quem se disfarça nos meus livros. Volta aqui sabendo que irá embora de novo. Ela sempre vai. Sempre vem. Volta com novidades e se vai com meus beijos e algumas queixas por tuas ausências. Nós seríamos um ótimo caso de amor veraneio. Mas sem as juras eternas de saudade e com a distância inventada.
