Se eu Pudesse Viver de Novo a minha Vida

O erro é a noite dos espíritos e a armadilha da inocência.

O remorso é no moral o que a dor é no físico da nossa individualidade: advertência de desordens que se devem reparar.

O louvor que mais prezamos é justamente aquele que menos merecemos.

Os vícios, como os cancros, têm a qualidade de corrosivos.

A opinião pública é sempre respeitável, não pelo seu racionalismo, mas pela sua omnipotência muscular.

A maior parte dos desgostos só chegam tão depressa porque nós fazemos metade do caminho.

O muito juízo é um grande tirano pessoal.

Quando desejamos pomo-nos à disposição de quem esperamos.

É judiciosa a economia de palavras, tempo e dinheiro.

As mulheres dão mais valor aos atrativos do que as paixões.

Ninguém mente tanto nem mais do que a História.

O louvor não merecido embriaga como o vinho.

Os bens que a ambição promete são como os do amor, melhores imaginados que conseguidos.

Não é a fortuna, mas juízo somente, o que falta a muita gente.

O homem de juízo aproveita, o tolo desaproveita a experiência própria.

Há mentiras que são enobrecidas e autorizadas pela civilidade.

A vaidade de muita ciência é prova de pouco saber.

A maior parte dos males e misérias dos homens provêm, não da falta de liberdade, mas do seu abuso e demasia.

Deixamos de subir alto quando queremos subir de um salto.

Os bons presumem sempre bem dos outros; os maus, pelo contrário, sempre mal; uns e outros dão o que têm.