Saudades de Prima

Outono é uma veraneante saudade que cai aos pés da Natureza.

Desencrostar epidermicamente a saudade: pele com pele arranca a crosta da distância.

Saudade é: desfolhar-se por dentro.

Os tecidos da saudade não se regeneram.

⁠Quando eu inspiro significa que tenho saudades tuas.
Quando eu expiro significa que eu tenho saudades tuas.
Quando eu respiro significa que tenho muitas saudades tuas.

⁠A saudade que sinto por ti não é instantânea. É uma saudade que quero devolver-te com a minha boca a escorrer poemas.

⁠Quero que tu saltes da minha saudade para a minha existência.

⁠Diz ao teu orgulho que o meu orgulho sente uma enorme saudade de beijar a tua boca.

⁠-Saudade, por favor,
podes dar-me um momento?
-Porquê?
-Quero estar a sós com o meu amor!

⁠Há saudades que conseguimos matar, e há saudades que nos matam.

⁠⁠A saudade existe para explicar que metade da nossa alma vive em alguém.

⁠Meu amor,
a lua cheia
disse-me que
tem muitas
saudades nossas.

Cuidado ao
mergulhar
na saudade,
por vezes,
não tens pé.⁠

"A diferença entre o amor e a saudade: É que a saudade é pela ausência o amor e pelo que não vai."

Se um dia...


Se um se um dia a saudade bater a porta do seu coração!

Deixa-me entrar se um dia gritares por amor...
Grites por mim!

Se um dia sentir vontade de ir embora...
Chama-me que eu vou!

Mas...

Se um dia você cair em si...
Verás que não sou o grande amor da sua vida, mas mesmo assim lembre-se de mim...
E se não conseguires...
Veja em teu reflexo, o brilho dos teus olhos que me verá perdido dentro deles...
21/11/2003

⁠Quando eu sumir e a vida continuar, vou sentir saudades de lembrar de mim

⁠Tenho saudades de tudo aquilo que me dá saudade.
Tenho saudades até das saudades que não construi, e já tenho saudades
das saudades que amanhã terei.

Saudade agora é uma sensação estranha de que todos foram embora e só eu voltei para reconstruir a história.

Senti saudade do que nunca existiu.
Beijei bocas que sabiam seu sabor.
Num entardecer calado, fui canção sem ouvinte.
Era amor, mas era ausência — e eu provei.
O vento trouxe teu nome, mas não tua voz.
E a tarde morreu com um verso engasgado.

Então...
Volte para agosto, reencontre a saudade.
Siga até janeiro, descubra seus gostos.
Passe por março, atravesse o medo.
Mas não pare.
Outubro vem rosa, novembro vem azul,
dezembro vermelho —
mas ainda não é o fim.