Sair de Casa
#UM #DIA #DE #GAROA
Lá fora...
O céu chora...
Se é de alegria ou de tristeza...
Não posso dizer...
Vejo o balanço das horas...
E o que me acontece...
O que agora...
Há de ser...
A bocejar...
Um sol em dia nublado...
Garoa...
Frio...
Aqui está...
Não estou tão sozinho...
Sim, eu vejo...
Em meu jardim...
Ali molhado...
Um anjo solitário...
Com um sorriso me convida para brincar...
Diz com seus olhos...
A vida é bela...
Vem comigo festejar...
Um retrato na parede...
Olha para mim...
Sorrindo diz:
- Vai sim...
Olho para o jardim de cá...
Breve brisa chega...
Minhas flores bailando...
Me convidam,também, para esse encanto...
Me chamam para com elas...
Também dançar...
Trinca-ferro, canarinhos, sábias...
Fazem festa no canteiro...
Doces trinados...
A orquestra...
O pardal é o maestro...
Minha rosa tão linda...
Me oferece seu perfume...
Até o meu cravo...
Esqueceu seu queixume...
A flor-de-liz me diz...
Que hoje é um único dia...
Já não mais repetirá...
Essa fantasia...
Dálias e hibiscus...
Entrelaçam seus galhos...
No balanço do vento...
Amam-se em compassos...
Lírios e jasmins...
Todos orvalhados...
Festejam a dança...
Do bem-te-vi...
Nem sempre os dias mais belos...
São aqueles de azul intenso...
Eu já amo...
Qualquer variedade no tempo...
E o anjo que continua a me sorrir...
Já me estende a mão...
Aceito seu convite...
Suas asas vão me cobrir...
A fonte, num sussurro...
Desvenda um segredo...
Diz que o amor é eterno...
Para quem tem o coração sincero...
Então, tal qual menino...
Pisando nos astros ...
Em firmamento...
Vou bailando...
Me entrego...
Ao sabor do vento...
Eternos momentos...
E o dia fica mais lindo...
Tudo mais belo....
Em minha casa...
Meu jardim...
Meu castelo...
Sandro Paschoal Nogueira
Apareceu aqui na Pousada Casa do Sandrinho Hospedagem Conservatória
É a primeira vez...
Que assim eu vejo...
Um Alma-de-gato...
Alma-de-caboclo...
Tão bonito...
Aqui apareceu...
Tal qual Alma-perdida...
Meia-pataca...
Uma Maria-caraíba...
De Pato-pataca...
Com Rabo-de-palha...
Cheio de Picumã...
Queria Oraca...
Prestei atenção...
No Rabo-de-escrivão...
Fazendo Piá-ribolanga...
Fazendo Crocoió...
Com meu Chincoã...
Será que era de algum clã?
Pecuã...
Uirapagé...
Feliz da vida...
Comendo inseto...
Em meu pé...
Fiquei quietinho...
Bem espertinho...
Tirando foto do Atinguaçu...
Que de galho em galho pulava..
Um Titicuã...
Procurando Atibaçu...
Não encontrou o Coã...
Não cantou o Tincoã...
Só me restou o Atingaú...
No pedaço de pau...
Solitário afinal...
Sandro Paschoal Nogueira
Este ano o inverno será diferente, pois não será possível aquecer o coração com longos e aconchegantes abraços apertados; mas assim como as estações, isso também vai passar – espero que pra nunca mais voltar – e, enfim, vamos poder abraçar todos estes abraços acumulados.
A vida é uma constante mudança, por isso viva de modo que não lhe faça sentir falta dos móveis, das roupas, das jóias ou do seu dinheiro quando precisar voltar para sua verdadeira casa.
Se refaz
Sem medida
E traz
Toda beleza que não é mais tímida
Sem deixar
O medo dominar
Deixa a voz de dentro falar
Vira música para dançar
É corpo
É casa
Que da asa
Para quem quer morar
É se apaixonar
Por ti
Por si
Por mim
Me refiz
E senti
Tudo o que sempre quis
INSATISFAÇÃO
Pela manhã o silencio dos homens
Faz frio e a chuva cai
Proporciona prazer o som que
o gotejar produz ao tocar as folhas
das arvores e os telhados das casas
As nuvens no céu são densas
quase não se pode enxergar os montes
O cão ladra, uiva
talvez sentido o cheiro do cio
Os pássaros surpreendem
voam e cantam como se fosse
um dia ensolarado de primavera
E o homem que percebe tudo isso, murmura
POEMA DE QUARENTENA
Eu fico em casa...
Tu ficas em casa...
Ele/Ela fica em casa...
Nós ficamos em casa (cada um na sua)...
Vós ficais em suas casas...
E quem sabe, logo, poderemos todos sair de casa e retomar a VIDA!
Vem com dedo de veludo e cutuca a alma, não dói, mas incomoda e não quer parar. De vez em quando chega como espinho açoitando sem dó. O que seria essa sensação estranha? Vai junto a qualquer lugar, não desgruda, impele, as vezes irrita. Se sair um segundo, vem a saudade, o medo de perder, o arrependimento por não ter-lhe dado atenção. Simplesmente tem um nome: inspiração...
Quem, um dia, observou o meu olhar sobre o horizonte saberá:
as minhas saudades não têm calmaria
estão sempre em devir
E dói
tanto que não caibo em casa,
fico acostado no limiar da porta
desejando algo mais.
Lembra-se de como pintamos nossa casa,
Assim como meus avós fizeram?
Tão romântico, mas nós brigamos o tempo todo
Eu deveria ter visto os sinais, sim
Aconcheguei-me a um quarto de mim
E para ti deixei três quartos de liberdade
Para em ti encontrares o teu abrigo
— Somos a casa: estás comigo.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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