Saber Cuidar - Leonardo Boff
O motivo da glória muitas vezes é o motivo da guerra, porque o gosto da vitória é saber lidar com a espera.
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Afinal se coisas boas se vão é para que coisas melhores possam vir. Esqueça o passado, desapego é o segredo!
Nota: Adaptação de trechos de Link
PERDOE-ME
Perdoe-me por não saber mais de ti.
Por não me abrir mais pra ti.
Perdoe-me pelas lágrimas que caíram.
Pelas palavras que feriram.
Perdoe-me pelas noites perdidas.
Pelas metas falidas.
Perdoe-me pela minha indecisão.
Perdoe o meu jovem coração.
Que disposto a amar,
se entregou a uma paixão.
Mas depois percebeu,
que era só ilusão.
Perdoe-me pelas portas fechadas.
Pelas caras amarradas.
Pelas mãos atadas.
Pelos rios de lágrimas.
Perdoe-me por não saber te ouvir.
Por não saber falar.
Por não saber sentir.
Por não saber amar.
Encarecidamente, eu lhe peço perdão.
Perdoe o meu jovem coração.
Perdoe-me pelos planos desfeitos.
Por meus inúmeros defeitos.
Por meus eufóricos anseios.
Por meus contínuos receios.
Perdoe a minha ausência.
A minha indecência.
A minha inconseqüência.
A minha impaciência.
Perdoe-me pela minha fraqueza.
Pela minha incerteza.
Pela minha pureza.
Pela minha frieza.
Perdoe a minha ignorância.
A minha intolerância.
A minha insignificância.
Perdoe a minha infância.
Estupidez é saber a verdade, ver a verdade, mas ainda acreditar na mentira.
Converte-te numa pessoa melhor e assegura-te de saber quem és antes de conhecer mais alguém e esperar que essa pessoa saiba quem és.
O saber deve ser como um rio, cujas águas doces, grossas, copiosas, transbordem do indivíduo, e se espraiem, estancando a sede dos outros. Sem um fim social, o saber será a maior das futilidades.
Bom ir, bom voltar, bom saber que aquelas pessoas boas continuam lá, outras também, outras não mais.
Primeiros erros
Meu caminho é cada manhã
Não procure saber onde estou
Meu destino não é de ninguém
E eu não deixo
Os meus passos no chão
Se você não entende, não vê
Se não me vê, não entende...
Não procure saber onde estou
Se o meu jeito te surpreende
Se o meu corpo virasse sol
Mas só chove e chove
Se um dia eu pudesse ver
Meu passado inteiro
E fizesse parar de chover
Nos primeiros erros
Meu corpo viraria sol
Minha mente viraria sol
Mas só chove e chove
Idealize um modelo de competência
e faça sua autoavaliação
para saber o que lhe está faltando para chegar lá.
Ocupe seu tempo crescendo,
desenvolvendo suas habilidades e seu talento.
Só assim não terá tempo de criticar os outros.
Não acumule fracassos, e sim experiências.
Tire proveito dos seus problemas
e não se deixe abater por eles.
Tenha fé e energia, acredite!
Você pode tudo que quiser.
Perdoe!
Seja GRANDE para os aborrecimentos,
POBRE para a raiva, FORTE para vencer o medo e
FELIZ para permitir momentos felizes.
Não viva só para o trabalho.
Tenha outras atividades paralelas,
como esportes, leituras, cultivar amigos.
O trabalho é uma das contribuições que damos à vida,
mas não se deve jogar nele
todas as nossas expectativas de realizações.
Finalmente, ria das coisas à sua volta,
de seus problemas, de seus erros, ria da vida.
E... ame! Antes de tudo, a você mesmo!
A gente começa a ser feliz
quando é capaz
de rir da gente mesmo!
Quem Eu Sou?
Querem saber como vivo?
Lhes direi...
Vivo do vento que me mantém lúcida e acordada para que eu não adormeça na caminhada.
Vivo do mar que me limpa do cansaço da luta e me recompõe para que eu continue.
Vivo das cores que me ensinam os remédios e os alimentos para que eu sobreviva forte para trabalhar.
Vivo da riqueza do meu melhor esforço, meu amor.
Planto-o por onde passo, não perco nem mesmo a terra de um vaso quebrado, pois ali a semente germina.
E sou feliz assim.
Sou simples, pois preciso de pouco.
Sou calma, pois aprendi a esperar.
Tudo vem.
E o campo arado e adubado produz coisas melhores, que valem a pena ser
preservadas.
Falo pouco, pois optei por grandes ocupações, como um trabalho escolhido de ouvir e por isso não me sobra tempo para as palavras.
Penso muito, mas corretamente.
Desejo só o necessário, ocupo pouco espaço e por isso não sofro por possuir. Sou feliz, sou abençoada, sou reconfortada e apreciada.
Querem saber quem sou eu, já que sabem como vivo?
Eu Sou...
" A Paz "
