Saber Cuidar - Leonardo Boff
"O Isolamento"
Misantropo assumido, odeio o convívio com outras pessoas, ainda mais aquelas a quem nos engana com sorrisos e falsas promessas, mas hoje realmente tive mais uma vez a certeza do amor que sinto pela minha profissão e a minha importância nesse meio.
No dia de hoje ao sair de casa uma única vez as 20:10h só para ir ao supermercado, fui parado por um velho conhecido que esteve preso em um presidio que trabalhei, o mesmo me parou, e em minha mente veio um único pensamento, "que seja rápido e sem dor", o mesmo me chamou pelo nome e me chamou de "senhor", respondi que não precisava mais me chamar daquela forma, pois ele já não estava mais preso, e em seguida perguntei o que ele queria, eis a minha surpresa:
Eu vi o senhor e vim lhe convidar para que compareça com toda sua família receber uma oração na igreja a qual eu faço parte, um pouco mais aliviado eu lhe disse, que por um breve momento eu imaginei que ele iria me fazer algum mal.
De imediato ele me respondeu; o senhor pode ser uma pessoa um pouco ate severa demais, mas tenha certeza que o senhor é respeitado, pois sempre quando um detento lhe solicita algo o senhor tenta resolver e sempre foi correto, muitas vezes já houve conversas com relação a sua postura, mas sempre foi levado em consideração a sua postura com relação ao seu trabalho.
Após isso me despedi dessa pessoa e fui embora, levando em mente que realmente eu desempenho de uma forma correta, pode ate não chegar ao 100% da perfeição, mas ao saber que de certa forma eu tenho esse respeito e ao ver um ex detento tentando seguir uma vida honesta e digna, eu tenho certeza que estou no caminho certo e fazendo de uma forma correta meu trabalho.
Apesar de não gostar de conviver com outras pessoas, eu ainda acredito, na transformação delas.
"Mesmo você me deixando para trás em um momento de necessidade, eu irei te ajudar quando você precisar, porém farei apenas o possível, porque o impossível deixarei para fazer à quem realmente merece"
Meu segredo
No silêncio das horas que passam,
Guardo-te em versos nunca ditos,
Um segredo entre o vento e a alma,
Onde sonhos são meus gritos.
És sombra que dança na memória,
E luz que aquece o coração,
Um amor que vive sem história,
Mas ecoa em cada pulsação.
Teus olhos, espelho do infinito,
Refletem mundos que não posso tocar.
E mesmo sendo amor proscrito,
É a ti que a vida insiste em chamar.
Nas noites solitárias, murmuro,
Teu nome perdido no tempo,
Como quem busca o porto seguro
No mar de um sentimento.
Se este amor é sombra ou destino,
Só as estrelas podem dizer,
Mas no meu peito segue o desejo,
De um dia poder te rever
Será o amor enfim
Lhe entrego meu coração
Sem medo, com devoção
Terei uma vida inteira
Sempre pedindo sua mão
O amor que sinto por ti
Será algo sem fim
Me pego pensando em você
Meu anjo, meu querubim
Você uma rosa tão bela
Dick! sorria pra mim!
A raiva motiva o homem
Eu nunca deixo alguém assim
Pois se deixo alguém com raiva
Ele desconta a raiva em mim
Quando triste, sozinho e cansado
Necessito que orem por mim
O meu dia parece pequeno
Minha noite parece sem fim
Dizem que a beleza não é nada
O importante é a alma bonita
Se então eu digo que sou belo
Quem me lê duvido que acredita
Nós sempre estamos sozinhos
Mesmo quando não estamos sós
No sucesso querem o individual
Na tristeza sempre querem o nós
Em tempos de extremos, a justa medida é o farol que orienta. A virtude nasce do equilíbrio entre a escassez e o excesso.
A vida adulta seria mais plena se preservasse a habilidade infantil de tornar o cotidiano uma aventura. Contudo, o conhecimento, ao iluminar, dissipa a penumbra onde a magia habita.
Os princípios são raízes que não se dobram ao vento. Os valores, folhas que dançam conforme a estação. Entre o imutável e o mutável, cresce a árvore do discernimento.
Enquanto os princípios atravessam séculos como bússolas morais da humanidade, os valores nascem e morrem com os povos e suas crenças. É no diálogo entre o permanente e o passageiro que a civilização se constrói.
