Ruth Rocha Amor
O que fazer com esse romantismo exacerbado?
Que não olha pro lado,
Está cego,
Olhos fitos no amor,
Até mesmo naquele que se acabou.
Eu tenho versos,
Ele tem sementes de amor no canto,
Voz doce e profunda de encanto,
Alegra o dia,
Massageia a Alma,
De alegria,
Como um afago,
Um abraço de saudade,
Um delicioso beijo sem maldade,
É muito amor contido em canção.
O amor,
Não é feito sob imposição,
Do coração ele é ladrão,
Simplesmente acontece e é leve,
Se um dia se tornar pesado,
Fardo,
Torne-se em copo,
Bebendo o gosto amargo da distância, Vento que trás o tempo cura,
Dá lugar ao reinicio,
Retorno do Eu,
Recomeço.
Certa vez,
Minha Avó me disse que eu tenho o dom do Amor,
Disse também,
Que o Amor é sofrendor,
Acredito,
Que em ambos,
Ela tinha razão.
Ao meu Amor açucarado.
Vou te aguçar no paladar,
Vou trazer-te em memórias palativas,
Olfativas,
Te levar comigo em viagem interior, Mergulhar-te em meio ao vinho,
Não suave,
Não se pode chamar de vinho o que se tem adição de açúcar,
O doce deve vir por meio de fermentação,
Assim como o Amor,
A fermentação representa o tempo,
O carinho,
O aguardo,
Do belo e aguardado momento do encontro,
Questão de compreensão,
Entendimento,
Vem com o tempo,
Tempo da prova,
Do conhecimento,
Saborear cada momento,
Prazer te mostrar,
Uma vez aprimorado,
O paladar,
Jamais se volta as mesmas crenças gustativas,
É como música boa,
Quanto mais nos aprofundamos,
O entendimento nos faz diferentes,
Expande a mente,
Tira tudo do lugar,
Nuances,
Notas dissonantes
Gosto peculiar,
Mergulhamos em conhecimento,
Nos tornamos mais complexos,
Nunca mais retornamos ao estado original,
Notamos com cuidado cada nota, Como um tom de paleta de cores num quadro,
Sentimos cada instrumento separadamente como uma voz,
Um afago,
Um sussurro na orelha,
Arrepiando os pêlos e cabelos, Analisamos seus versos,
Nos esbaldamos,
Embriagamo-nos em sensações,
Vivemos o som,
Sentimos cada vibração,
Num mergulho de momento,
Universo paralelo se faz,
E o óbvio se desfaz.
O Amor conforta,
Ultrapassa a barreira da dor,
Rasga o incomodo,
Faz de um deserto,
Se colorir em flores.
Eu Amo,
Em Amor de Alma,
Eu Amo,
Sem troca,
Sem retorno,
Simplesmente Amo,
Porque o Amor vive em mim e transbordo,
Em elogios,
Largos sorrisos,
E choros de emoção,
Por essa razão,
Me nomearam xavequeira,
Se é por Amor,
Aceito a condição.
Eu Amo sim,
Meu Amor é sem vergonha!
Amo rasgadamente,
Não há nada de sorrateiro em mim,
Intensidade é minha identidade,
Sofro,
Mas, prefiro sofrer por Amor,
Do que por resistência,
Reticências.
Viver é uma dor,
Pra quem vive o Amor,
E o vê estilhaçado dia após dia,
Diante dos olhos,
Ataca-me os nervos,
Abala-me em textos,
Sobrevivendo em estilhaços.
Era uma vez,
Uma garota que queria encontrar o Amor,
E quando pensa que encontrou,
Ganhou um coração partido,
Submergiu no mar da desilusão,
Com o principe que era um dragão,
Cuspiu fogo,
Queimou os nossos sonhos.
Dissolve-me,
Reduz-me à pó,
À pó que sou,
Amor meu,
Pouco se fez,
Manteiga,
Se desfez,
Pó, líquido,
Do só,
Contido,
Aflito,
Pouco solicito.
Meu Amor por ti,
Começa com R de Recíprocidade,
Se não fosse assim,
Não ficaria,
Chegou como quem não quer nada,
Passarinho,
Te encontrei,
Agora faz morada em meu ninho,
O que passou,
Já passou,
Tornou-se memória,
Platonizou-se,
Você é meu eterno Recíproco,
Então,
Se aconchegue,
Sou o ninho que é seu,
Seu Amor,
Com R,
Recíprocidade.
A saudade faz parte do Amor,
Assim como eu faço parte de você em mim,
A distância é inevitável agora, eu bem sei,
Ôoo se sei,
Então, que seja,
Em tua ausência a companhia da saudade,
Misturada com a imagem de uma história,
Utópica,
Platônica,
Que com muito Amor,
Se desenvolve à Neruda,
Um enlaço,
Um abraço,
Teia.
Dezesseis ou vinte dois?
Uma vida,
Uma morte,
Um respirar e a falta dele,
Um Amor vivido intensamente,
Intensamente destruído,
Novamente pelas minhas mãos,
Cama quente,
O calor do seu corpo,
O relaxar da minha mente,
Num relacionamento ardente,
Explosão,
Combustão,
Fogo,
Passa,
Arrasando tudo,
Arrastando os muros,
Escombros,
Migalhas,
Interrogação,
Eu não sinto mais a dor,
Eu sou a dor,
Sou solidão,
Insólita,
No grande mar das incertezas tão sólidas.
Dos sons mais notáveis,
O silêncio,
Dos fins não findáveis,
A paz,
O amor de verdade não acaba,
Muda,
Como tudo na natureza,
Transforma,
Ainda que transtorne.
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