Ruth Rocha Amor

Amo drama e acho que a minha vida tornou-se num.

Como é que depois de tudo eu ainda sinto este conforto de escrever para ti, sendo que sequer vais ler?

É como se estivesse a esmagar cada parte de mim quando penso profundamente na pessoa que sou.

Neste momento estou a pensar no meu futuro e fiquei triste. Não sei se o que me aguarda é bom e isso acaba comigo.

Naquele dia caminhei até uma praça para ouvir música e ler, foi quando me apercebi que não me sinto mal em ficar sozinha. Mas é sempre bom ter alguém por perto.

É como se, a cada conversa, ele trouxesse flores. E um dia, esta terra ruim, infértil, vai se transformar em um jardim belo.

Mais uma segunda. O despertador toca na mesma hora, a preguiça de levantar persiste. Mas o dia é um pouquinho melhor, por saber que existes e és meu. Amo saber que depois de um dia atarefado, estarás lá para me fazer sorrir antes de ir dormir.

Pergunto-me como passas as tuas noites, se pensas em mim antes de caíres num sono profundo. Pergunto-me se sou a garota dos teus sonhos, ou se só apareço em pensamentos aleatórios do dia.

E hoje, neste exato momento, eu posso dizer com toda a certeza que eu te amo, desejo-te e estou feliz contigo.

Para um bom poema fazer
Inspiração você terá que ter

Pegue uma caneta
E manche o papel
Com os seus sonhos,
Desejos e receios.

Lembre-se que:
Rimar não é o principal
Gostar de escrever é o essencial

A paz está em nós, é só sabermos buscá-la.

Talvez a felicidade não seja para ser sentida a todo o momento, porque se assim fosse, as pessoas não saberiam valorizar os bons momentos.

As pessoas não cometem suicídio porque simplesmente querem morrer; há algo mais por trás disso.

O suicídio não é uma brincadeira e muito menos um jogo de opiniões de uma sociedade embutida no egoísmo.

Este vazio é tão grande, como se eu mesma não quisesse deixar ninguém permanecer na minha vida.

Tenho medo. Como todas as pessoas deste planeta. Porém alguns escolhem combatê-lo, já eu prefiro escondê-lo.

Vida Contrária

- Era inverno, ou talvez outono. Ainda morava na Europa e era um dia como qualquer outro. Estava frio e voltava da escola quando uma idosa caiu em frente ao banco, por onde eu passava naquele momento. Mesmo sabendo que ela precisava de ajuda, ignorei a situação e segui o meu caminho, com um grande aperto no peito, sabendo que fiz o errado. Felizmente, ao olhar para trás, reparei que um homem ajudou-a a levantar, suspirei de alívio.
- Este ano, estando morando no outro lado do oceano, deparei-me com a mesma situação. Mas agi de outra forma. O engraçado é que a senhora disse "Eu não preciso de ajuda, isso sempre acontece.".

Cinco e meia
O despertador toca
"Por favor, só mais uma hora"

Do banheiro saio correndo
Na esperança de que ainda vou a tempo
De passar na padaria
E comprar o pão do dia

Na viagem contemplo
As árvores e animais
Mas há dias que os
Meus olhos são dos livros

Finalmente chego ao destino
Onde os meus colegas estão comigo

Às vezes não notamos que estamos fazendo algo errado connosco ou com o próximo.

A mídia é um dos principais vilões da atualidade. Transmitem somente o que lhes convém, para assim iludir quem, sem pensamento próprio, deixa-se levar por tudo que ouve e lê.