Renovação do Amor

O amor não é um sentimento, é uma arte.

O amor, no seu estado social, talvez não tenha nada razoável senão a sua loucura.

Não existe ódio implacável a não ser no amor.

O amor e o ódio são irmãos. Mas o ódio é um irmão bastardo.

O amor cede diante dos negócios. Se queres sair / do amor, entra nos negócios: estarás seguro.

Assim como o amor de Deus é raiz de todas as virtudes, assim o amor-próprio é a de todos os vícios.

Nunca um amante, por eloquente que seja, crê ter dito o bastante no interesse do seu amor.

Pode ferir-se o amor-próprio; matá-lo, nunca.

Depois do céu, quem mais pasmosos milagres faz é o amor.

O amor é a única paixão que se paga com uma moeda que ela mesmo fabrica.

O amor não passa de um prazer. A honra é um dever.

O verdadeiro amor só conhece a igualdade.

Não há baliza racional para as belas, nem para as horrorosas ilusões, quando o amor as inventa.

O ódio não cessa com o ódio em tempo algum, o ódio cessa com o amor: esta é a lei eterna.

O nosso amor-próprio é muitas vezes contrário aos nossos interesses.

O amor é o romance do coração: a sua história é o prazer.

Quem não sente qualquer amor, tem de aprender a lisonjear, senão não se arranja.

A gente sabe que o amor existe graças aos crimes passionais que a imprensa regista diariamente.

O amor retorna sempre ao coração nobre / como o pássaro aos ramos da selva; / a natureza não fez o amor antes do coração nobre, / nem o coração nobre antes do amor.

O que foi sempre o amor senão a mais dolorosa, a mais voluptuosa das mentiras?