Reflexao Dignidade

Acompanhe os meus e os seus anos percorridos
Irá perceber diferenças bem objetivas e proferidas
Preste atenção quando tropeçar para não cair
Ajoelhe-se pois se aceitar podemos nos ajudar.

Não dá para cair se uma mão conduz outra
Carregando sua história politicamente parecida
Uns com fardos mais pesados que outros e cada qual com sua cruz

Deus não nos criou para sermos infelizes
Ele nos ama e anseia nos ver em união entre irmãos
Venha até minha casa e coma da minha comida

Se bem nos quer... Bem mal nos queremos.
Deixamos escorregar-nos entre os dedos
Enterrando nossos dias, num estúpido medo.

Vento passa, carregam nossos pensamentos.
E consomem nosso tempo num piscar de olhos sem acento
Continuamos sentados sem coragem de viver nosso amanhã

Quando a escuridão se alastra
O tempo se faz menor
O tiro que vem de frente poderá mascar
Pegar-te por trás em comunhão ao azar

Deixo meu futuro sem previsão
Sem eixo e sem conclusões ao meu coração
E de papo com a lua narro uma história por dia

Venha logo para não se atrasar!
Porque estamos desaparecendo rapidamente.

Quem tem muito amor no coração, reserve seu parecer.
Não saiam por aí se distribuindo sem averiguações
Preserve a sua vida e só dê amor a quem de fato merecer.

Pedra que tanto bate um dia espatifa
Eternidade só pós-morte !
Mesmo assim ainda há risco.
Se rejeitado...
Será para sempre executado

A soma dos nossos erros se contabilizam
E se agrupam num denominador comum
Com o decorrer do tempo recorremos às divisões
E em partes iguais distribuímos as causas em ações

Acertamos os primeiros desacertos
Em sequencias racionais e preferenciais
Ignoramos os pulos dos gatos
Subindo e clareando cada degrau.

E assim segue a lei dos acertos
Em leilões e distribuições das posições
Quando a cabeça não se acerta
O corpo não se posiciona
E o coração não funciona.

Tão certo que um dia me acerto
Desacertos fazem parte do nosso dia a dia
E se findam nos acertos das nossas matemáticas.

Nem tudo na vida é para sempre
Somos a soma dos fatores
Mesmo quando há alterações nos produtos

Jardim das minhas raízes
Plantou-me flores
Deu-me de presente todo o brilho da sua luz
Cuidou da minha alma
Regou meu coração
E rezou-me sua canção

Você se subtraiu nesta tentação
Deixou que alguém roubasse o melhor de você
Sua real e doce ignição inflamou
Até sua fé intocável o fogo apagou

Elegi o céu

Quando olho para o céu... Não é bem o céu que estou vendo, na verdade, não estou vendo nada, estou é pensando em tudo! Olhando para o céu, para este infinito azul; o azul, aquela cor serena, que traz tranquilidade, paz de espírito e segurança, que parece conduzir nossos olhos quando precisamos refletir; quando olho para ele, pode ter certeza que estou pensando muito, não posso descrever todas as coisas que já pensei olhando para este céu, mas foi ele o meu primeiro ouvinte intimo. Ele é o papel em que enxergo toda minha vida, é o papel em que escrevo meus sonhos e amores, que lanço meus arrependimentos e horrores.
Foi o primeiro cinema que fui e em que assisti sozinho (ou não) ao filme que eu queria, ao filme do que já vivi.

Talvez o céu não seja só um vácuo, nunca achei que fosse um vácuo mesmo, o céu pra mim é quem guarda tudo de todos, é quem acorda minha mente quando ela jaz adormecida, é quem conversa com minha mente, quando ela quer ser ouvida, é quem tranquiliza minha mente corrida, a minha mente mal dormida.

Quem sabe o céu seja mesmo a morada de Deus, os homens não se enganaram nisso, tudo que Deus fez para os homens, o céu fez para mim: nunca me julgou pelos meus erros, mas sempre me fez percebê-los e encontrar uma forma de corrigi-los. Mas, ao contrário dos homens, tolos homens, eu olho para este céu todo dia.

É... Afinal, o céu pode ser a morada do Deus, é o único espaço que poderia cabê-lo, os homens erraram ao dizer: “o céu é o limite”.

Eu não sei bem explicar o que é, de fato, o céu, sei que nele estão coisas minhas, que também são coisas das quais não sei bem explicar...

Por fim, quero que o céu sempre esteja acima de mim, gosto assim, deste modo não preciso dividir ele com os horrores dos outros, os horrores do mundo ruinoso em que habito e definho, até porque é justamente para esquecer isso, o motivo das muitas vezes que olho para o céu azul.
Meu céu azul.

Reluto não precisar-te sempre que preciso
Ignoro sem calcular meu insensato prejuízo

Honestidade e ética não devem ser virtudes, mas sim uma obrigação